A chegada a Padova






A manhã acordou muito sombria e chuvosa e foi nestas condições que viajamos até Padova (Pádua), onde chegámos ainda de dia. À entrada da cidade parámos logo no parque destinado às autocaravanas, situado ao lado de uma grande praça elíptica, ao sul de Padova, designada de Prato della Valle, que, além de ser a principal Piazza da cidade, é a maior praça da Europa e, provavelmente, uma das mais belas do Mundo. Como o dia tinha decorrido chuvoso, estavam só meia dúzia de autocaravanas e o enorme parque estava praticamente vazio. O jantar foi confeccionado na autocaravana e após a refeição fomos dar uma volta pelo Prato della Valle.

O princípio de noite adivinhava-se e o céu apresentava uma tonalidade cinza-azulada, onde a luz do sol tentava a todo o custo entrar, sem contudo o conseguir, proporcionando o cenário ideal para a realização de belas fotos. O passeio foi lento e demorado, uma vez que o Prato della Valle, tem 90,000 m2 e embora no coração de Padova, está rodeado de verde e silêncio, que nos dá um imenso bem-estar.

Historicamente foi um teatro romano e mais tarde um parque de diversões, tomando o aspecto actual em 1775. Possui um canal de forma oval por onde corre um bom veio de água, e uma ilha central, com uma grande área relvada, que é atingida por quatro pontes e nas bordas do canal, alinhamentos com 78 estátuas de personalidades famosas do passado, como bispos, escritores, filósofos e artistas imortais. Era sexta-feira, e para sábado preparava-se um concerto para toda a tarde e noite, seguido de fogo-de-artifício. Fora da praça, um grande palco negro fazia adivinhar a festa que se aproximava. A área em redor da praça é usada por corredores, ciclistas, patinadores… Ali e acolá, jovens sentados na relva ou junto ao canal liam, relaxavam, conversavam ou simplesmente viam o mundo passar.


O arranjo foi inspirado na grande tradição aristocrata do jardim veneziano, de acordo com os conceitos neoclássicos, numa solução para o planeamento urbano e qualificação ambiental. Fora da praça a Leste, e ao longo de um dos lados do Prato della Valle, avista-se, a Basílica de Santa Giustina, com as suas oito cúpulas, dando um toque abençoado ao local.

Fonte: http://www.padovanet.it / http://wikitravel.org

História de Bologna, entre o mito e a lenda

Bologna está situada numa localização central, que desde os tempos antigos, a fazia favorável ao tráfico comercial com o resto da península. A cidade está delimitada pelos rios Reno e Savena, no sopé dos Apeninos.

Existem várias lendas sobre o nascimento de Bologna, alguns atribuem a sua fundação, aos umbros, que se puseram em fuga aquando da invasão etrusca, e que fundaram uma aldeia onde agora está situada Bologna, e posteriormente ocupada pelos etruscos.


Acredita-se também que tenha sido fundada pelos etruscos, com o nome de Felsina, por volta de 510 a.C.. Essa é outra história que fala de Felsina, uma descendente de Bianore, o lendário fundador da Pianoro, Parma e Mantua, que deu à cidade o seu nome alterado mais tarde por seu filho Bono, para Bononia.

Talvez haja alguma verdade em todas essas lendas, mas a mais fascinante é definitivamente a que nos fala do rei etrusco Fero que acampou na planície entre os rios Aposa e Ravone. Fero e seus homens começaram a construir cabanas num local de vegetação densa e com óptima localização.

A aldeia foi expandida em torno de um rio (o Aposa que ainda hoje corre no por baixo de alguns locais de Bologna) e um dia, para ligar os dois lados do rio, Fero construiu uma ponte, às vezes erroneamente lembrada como Ponte de Ferro (em vez de Fero), localizada na Via Farini provavelmente onde está situada hoje a Piazza Calderini. Mas um dia Aposa, amante de Fero, foi arrastada por uma inundação do rio quando ele se aproximava de casa. Fero tentou encontrar o seu corpo, mas este nunca foi encontrado. Desde então, o rio tomou o nome de sua mulher, Aposa.

A vila cresceu e Fero decidiu protegê-la com um muro, e apesar de velho, sempre trabalhou na sua construção. Enquanto trabalhava num dia quente de verão, a filha de Fero foi oferecer a seu pai um recipiente com água fresca, pedindo a Fero para que desse o seu nome à cidade. Fero concordou e manteve a sua promessa e a partir desse momento a cidade tomou o nome de sua filha, Felsina.

Bologna é uma das cidades mais antigas da Itália, com quatro milénios de história, quatro mil anos de glórias, de vicissitudes intensas e por vezes adversas, e rica em vestígios da sua história. Como a generalidade das cidades italianas, Bologna dispõe de uma história extremamente rica.

Com os etruscos tinha o nome de Felsina. Depois conquistada pelos gauleses, que fizeram de Bologna a sua capital, adquire o nome de Bononia. Bononia da era imperial romana floresce e desenvolve-se. Marcus Valério Marcial, poeta latino, chamava-a de "Culta Bononia". Os romanos de 189 a.C. nominaram-na como uma colónia, que prosperou com a abertura da Via Emilia.

No século IV a.C., Bologna e os arredores foram conquistados por uma tribo celta. A tribo estabeleceu-se e misturou-se muito bem com os etruscos, povos que viviam na península Itálica. Após a Batalha de Telamon, onde esta tribo e os seus aliados foram violentamente derrotados, os celtas aceitaram com resistência a influência da República Romana. A população céltica acabou então por ser absorvida na sociedade romana, mas a língua sobreviveu até hoje no dialecto bolonhês.

Em 88 a.C., Bologna tornou-se um município com um plano de ruas rectilíneas, com seis a oito cardi decumani (intersecção de ruas), que ainda hoje são visíveis. No seu auge, Bologna foi a segunda cidade de Itália, e uma das mais importantes de todo o Império, com vários templos, um teatro e uma arena.

Depois de um longo declínio, Bologna renasceu no séc. V, ao abrigo do bispo Petronio. Segundo a lenda, San Petronio construiu a Igreja de San Stefano. Após a queda de Roma, Bologna foi uma fortaleza da fronteira do Exarcado de Ravenna, na planície do Pó, e foi defendida por uma linha de muralhas.

Em 728, a cidade foi capturada por lombardos, pelo rei Liutprando, tornando-se parte do Reino Lombardo. Os conquistadores germânicos formaram uma jurisdição chamada "longobarda addizione" perto do complexo de San Stefano.

Bologna é brutalmente saqueada pelos húngaros, em 902, e mais tarde retomada. A recuperação da cidade coincidiu com o nascimento de sua famosa e conhecida universidade, a mais antiga do mundo, cuja fundação remonta a 1088, a que foi dado o apelido de "Dotta" (dotada, erudita), onde estudarem notáveis eruditos da Idade Média como Irnerius, Dante, Boccaccio e Petrarca.

No século XI Bologna começou a crescer novamente, como um município livre, juntando-se à Liga Lombarda contra Frederico Barbarossa, em 1164. A discórdia política, em várias ocasiões, da cidade com a Igreja, fez com que Bologna, em 1513 se tornasse um Estado Papal.

Proclamada capital das Províncias Unidas, em 1831, derrotou os austríacos a 8 de Agosto de 1848. Sede de um governo provisório em 1859, Bologna foi anexada em seguida, após o plebiscito de Março de 1860, ao reino da Itália.

Nos dias de hoje e na nova situação política, Bologna ganhou importância pelo seu papel cultural e tornou-se um importante pólo comercial, industrial e de comunicações. A população desta cidade italiana começou a crescer de novo e no início do século XX, as antigas muralhas foram destruídas, a fim de serem construídas novas casas para a população da cidade.
Bologna é por isso hoje uma cidade orgulhosa da sua antiguidade, cheia de carácter, aberta e tolerante, o que é bem expresso pelos seus epítetos tradicionais, Bologna la dotta (a erudita), la grassa (a gorda), ou ainda la rossa (a vermelha). Bologna a erudita, devido à sua prestigiada universidade fundada em 1088, que hoje oferece 250 programas de graduação para mais de 100 mil alunos e ainda por ser uma das capitais culturais da Europa. Bologna a senhora gorda, porque ela é uma amante dos prazeres da vida, uma cidade onde a comida é arte. Bologna a vermelha, pela cor vermelha de seus edifícios e arcadas, com cerca de 40 Km, mas também pela cor da maioria dos seus governos desde 1945 até à data.

Fonte: http://www.pitoresco.com.br / http://rio-bologna.blogspot.com / http://www.nozio.it/europa/italia/emilia_romagna/bologna/guide_turistiche

Visita a Bologna - Parte VII





Deixamos a Piazza Verdi e a partir do Largo Alfredo Trombetti aparecem de ambos os lados da Via Zamboni, os vários edifícios da Universidade de Bologna (Università di Bologna) que é a universidade mais antiga em funcionamento na Europa e que remonta a cerca de 1088. Actualmente cerca de 100.000 alunos frequentam esta Universidade.O campus está distribuído por vários edifícios, estando os serviços académicos concentrados na sua maioria, no Palazzo dell’Università. Junto da Piazza Antonino Scaravilli, está situada a faculdade de Economia, junto da Piazza Puntoni encontra-se a Academia das Belas Artes e mais à frente, já no final da zona antiga de Bologna e perto da Porta di San Donato, fica o Departamento de Matemática.


A Porta de San Donato, conhecida na cidade como Porta Zamboni por se destacar no final da Via Zamboni, é uma das portas da muralha da antiga cidade medieval. Como todas as cidades medievais, Bologna possui várias portas que parecem grandes arcos, onde cada uma é direccionada para uma outra cidade. Foi construída no séc. XIII, em tijolo, ao lado do alojamento para os guardas e no final do séc. XIV, foi-lhe colocada uma ponte levadiça.

Fechada e reaberta várias vezes entre 1952 e 1959, foi-lhe derrubado mais de um metro das paredes para permitir um melhor fluxo de veículos nas ruas Via Zamboni e Via San Donato. No entanto através do trabalho de restauração realizado entre 2007 e 2009, foi concedida à Porta San Donato a sua antiga glória.


Pela Porta San Donato, saímos em direcção à Via Irnerio onde apanhámos um autocarro que nos levou até à Via dell’ Indipendenza onde apanharíamos o autocarro 68, que nos levaria de volta ao parque de campismo.


Já no parque e como se avizinhava a hora de jantar, fomos para o restaurante, que embora não tivesse uma ementa diversa, servia comida saborosa. Depois o descanso, pois no dia seguinte partia-mos para Pádua.

Fonte: http://www.travelchannel.com / http://www.ricettebolognagrasse.it/storia / Wikipédia.org

Visita a Bologna - Parte VI





A caminhada continuou em direcção à zona universitária e mais à frente, pela direita aparecem duas praças, a primeira a Piazza Rossini, onde se encontra a Chiesa di San Giacomo Maggiore e a segunda uns 100 metros à frente, a Piazza Verdi, que tem o Teatro Comunale pela frente.
A Piazza Rossini, é uma praça que mantém a sua estrutura do século XV. No lado oeste está alinhada com o complexo majestoso que constituem os vários elementos do Convento e Igreja de San Giacomo Marggiori, que integram os restos das muralhas com ameias da antiga cidade medieval.

A Chiesa de San Giacomo Maggiore tem uma fachada românica-gótica que domina a Piazza Gioacchino Rossini, na frente do Palazzo Magnani e é um dos monumentos mais importantes da cidade de Bologna e abriga uma colecção notável de pinturas e artefactos. A fachada da igreja tem um portal românico decorado com leões esculpidos e coroado por um nicho com uma estátua de San Giacomo. Reza a história que Goethe ficou sem palavras, quando viu este magnífico lugar de culto. A Chiesa di San Giacomo Marggiori, foi construída por padres da Ordem dos Frades Eremitas de Santo Agostinho, em 1267. O maior destaque vai para a capela Bentivoglio com frescos de Lorenzo Costa e um retábulo de Francesco Raibolini, conhecido como Il Francia. No século XV, esta capela foi adicionada por Giovanni Bentivoglio e provavelmente desenhada por Lapo Portigiani.

O concerto em mi menor dos sinos da Igreja de San Giacomo é considerado um dosmais belos da cidade de Bologna, com harmónicos de afinação perfeita, que atravessam a zona universitária com o som de suave melancolia.

Do lado esquerdo desta igreja há um bonito pórtico em estilo renascentista, que corre até à Piazza Verdi do lado direito. Esta galeria porticada tem 36 colunas com capitéis coríntios e foi construída em 1477, a pedido de Giovanni Bentivoglio e possui no início da galeria antigos frescos já desbotados.

Já próximo do final deste belo pórtico da Chiesa di San Giacomo Maggiore da Via Zamboni entre a Piazza Rossini e a Piazza Verdi, encontramos a entrada para o Oratório de Santa Cecília. Este magnífico oratório de Santa Cecília é apelidado de "Capela Sistina" de Bologna, devido aos bonitos frescos nas suas paredes.A pequena Chiesa di Santa Cecília remonta ao século XIII e foi assumida pela Ordem Agostiniana em 1323. Em 1505, Giovanni II Bentivoglio, um homem rico de Bologna, instruiu todos os principais produtores de arte renascentista para ajudar na decoração deste pequeno santuário. Os dez frescos foram pintados pela escola de arte bolonhesa, entre os séculos XV e XVI, um o trabalho de artistas como Lorenzo Costa, Francia Francesco, Aspertini Amico e Tamaroccio Cesare.

Logo a seguir, do lado direito chegamos à Piazza Verdi, um lugar amplo, onde a música ecoava entre prédios porticados. Os cafés abertos em esplanada permitiam o descanso a jovens estudantes que gesticulavam conversando, enquanto a torre sineira esguia da Chiesa di Santa Cecilia, domina o lado direito da praça. À sua frente encontra-se o Teatro Comunale, um edifício neoclássico.O Teatro Comunale di Bologna é a casa de ópera de Bologna e é um dos locais mais importantes da ópera na Itália. Normalmente, ele apresenta cerca de oito óperas durante a sua temporada, que vai de Novembro a Abril.

Embora houvesse vários teatros de ópera em Bologna desde o início do século XVII, ou caíram em desuso ou sofreram incêndios. No início do século XVIII, o Teatro Malvezzi, construído em 1651, sofreu um incêndio em Fevereiro de 1745 o que levou à construção de um novo teatro público, o Teatro Nuovo Publicco, como o foi chamado pela primeira vez o Teatro Communale. Projectado pelo arquitecto Antonio Galli Bibiena, o teatro foi inaugurado em 14 de Maio de 1763. Fonte: Fonte: http://www.travelchannel.com / http://www.ricettebolognagrasse.it/storia / Wikipédia.org

Visita a Bologna - Parte V







A caminhada continuou pelo coração do centro histórico de Bologna e já bem perto das duas torres gigantes, do lado direito observa-se a Chiesa dei SS. Bartolomeo e Gaetano. A tradição diz que esta igreja dedicada a São Bartolomeu, já existia ali no séc. V, erguida por San Petronio sobre os alicerces de uma primitiva igreja cristã. No lugar onde hoje se ergue a basílica, uma outra igreja existia em tamanho bastante modesto, com a frente virada para a Piazza di Porta Ravegnana, que é o ponto de confluência de 7 ruas e uma das mais importantes da cidade.


Depois a chegada junto às duas torres, que impressionam, quer pelo tamanho, quer pela sensação de pequenez forçada que qualquer um tem sob a sua esmagadora presença!... As duas torres inclinadas de Bologna, são as últimas que restam de um grande conjunto de torres que existiam na cidade e que anteciparam sem dúvida os arranha-céus de Manhattan e que realizam hoje uma das mais poderosas formas do imaginário medieval, a verticalidade, a ascensão aos céus e ao mesmo tempo o símbolo de poder.Por volta do ano 1000, havia em Bologna mais de 200 torres, que eram construídas por famílias aristocráticas medievais, para mostrar o seu poder e riqueza. Hoje, existem apenas estas duas torres da Piazza Ravegnana. A torre mais baixa e aparentemente inacabada, é a chamada Torre Garisenda e a mais alta, a Torre degli Asinelli, com 98 metros de altura.

Diz a lenda que um pobre homem se apaixonou por uma jovem nobre. Depois de ficar rico, pediu a mão da senhora em casamento, mas como condição imposta para se casar com ela, teria que construir a torre mais alta da cidade, que segundo a lenda, teria sido a Torre degli Asinelli. Na realidade os nomes das torres referem-se aos sobrenomes das famílias que as construíram. Para se observar a mais bonita vista da cidade de Bologna, basta subir à Torre degli Asinelli, embora com algum esforço, os seus 498 degraus, mas vale bem a pena.
Pela Via Zamboni caminha-se para a zona universitária, situada a Noroeste da zona histórica de Bologna. Na sua extensão estão grande parte dos edifícios da Università di Bologna. Logo no início do caminho a cidade escurece, devido ao calcetamento com paralelepípedos de escuro basalto e das fachadas de antigos prédios escurecidas pelo tempo, que dão um aspecto escuro e insalubre a esta zona da cidade.


Nos velhos e históricos edifícios com arcadas vamos observando lápides que os distinguem por terem pertencido em tempos recuados a alguns polos universitários, como é o caso da primeira sede da Academia de Literatura e História Polaca e Eslava.
No caminho e logo no início da Via Zamboni, encontramos no cruzamento com a Via Canonica, a Chiesa di San Donato, uma antiga igreja construida em 1454 e alterada em 1751, quando foi pintada toda a sua fachada com frescos, hoje já bastante desbotados.

Fonte: http://www.travelchannel.com / Wikipédia.org

Visita a Bologna - Parte IV





Após a visita à Basílica di San Dominico e a observação detalhada aos túmulos da Piazza San Dominico, atalhámos por uma ruela estreita até à Via de Poeti, onde se encontra uma pequena praça para estacionamento automóvel, a Piazzeta Caldederini. Dali é um pulinho até à acolhedora, bonita e refrescante Piazza Minghetti. A Piazza Minghetti tomou este nome após Marco Minghetti, um ilustre político ter morrido em 1886. No meio da praça destaca-se uma estátua de Mingehtti, um trabalho de Giulio Monteverde, em 1896. Para a inauguração da mesma, no dia 28 de Junho desse mesmo ano, esteve presente o rei Umberto I e sua esposa a rainha Margherita. No passado a Piazza Mingehtti foi uma das principais paragens para os eléctricos antigos que corriam até San Ruffillo. O Palazzo delle Poste, situado logo atrás da praça, foi construído entre 1909-1911 pelo Emilio Saffi, um engenheiro civil de renome internacional.

Pela Via Luígi Carlo Farini, seguimos para a direita e antes de chegarmos à Via Santo Stefano, numa pequena e inclinada ruela empedrada destacava-se a Chiesa San Giovanni in Monte. Subimos a íngreme ruela e lá em cima do lado direito observa-se a recatada e silenciosa Piazzeta com o mesmo nome, que serve de estacionamento aos moradores dos prédios em volta. A Chiesa di San Giovanni in Monte foi reconstruída por volta de 1286. A lenda atribui a sua origem a San Petronio (séc. V), o santo padroeiro de Bolonha. No entanto, estudos recentes têm revelado que ela foi pela primeira vez construída em 1045. A fachada foi projectada em 1474, por Bernardi segundo os modelos venezianos do Renascimento.

O interior é em estilo gótico e está dividido em três naves, que são suportadas por pilares octogonais. As janelas, que foram construídas no final do séc. XV, segundo um projecto de Francesco del Cossa, são muito bonitas. No centro da nave central, existe uma coluna em mármore pardacento, encostada à qual está um precioso Cristo Crucificado em madeira, uma bela escultura atribuída a Afonso Lombardi. No cruzamento com a Via Santo Stefano, segue-se para a esquerda a caminho do coração da cidade velha. Observam-se ao longe as enormes Due Torri, como são denominadas as duas torres medievais inclinadas situadas na Piazza Ravegnana.

Pelo caminho cafés e restaurantes onde muita gente conversa e bebe para se refrescar e alguns dos edifícios que datam do séc. VIII. Como de costume, alguns destes edifícios encontram-se sob pórticos. Na verdade, os pórticos são o traço que mais distingue Bologna, que no seu conjunto formam as galerias de pórticos mais longas do mundo, medindo mais de 40 km! Numa esquina, entre a Via Santo Stefano e a Via Castiglione, observa-se a Loggia dei Mercanti, um belo edifício de cor rosa ocre, que é um dos edifícios mais antigos em Bologna. Era o Tribunal onde se julgavam todos os problemas entre vendedores e compradores, uma casa digna da importância da Associação de Comerciantes, Artes e Ofícios. Hoje, o edifício é a sede da Câmara de Comércio de Bologna.

Fonte: Fonte: Fonte: http://www.travelchannel.com / http://www.ricettebolognagrasse.it/storia.

Visita a Bologna - Parte III








Bem perto da Piazza Cavour e seguindo pela Via Garibaldi, chega-se à Piazza San Domenico toda em seixos rolados de rio e alguns paralelepípedos, dominada por duas altas colunas, em cima das quais estão as imagens de San Dominico e Nossa Senhora do Rosário. Nela se destaca a Chiesa di San Domenico, onde nasceu a Ordem Dominicana. A igreja e o convento ao lado são dois dos mais importantes monumentos da cidade de Bologna.


A Piazza San Dominico era utilizada para conter as multidões que se reuniram para ouvir os sermões dos frades dominicanos, e era originalmente separada da rua por um muro. Na parte posterior da praça está presente uma coluna em pedra e bronze, obra de Guido Reni, que comemora o fim da epidemia de peste negra que por vários anos afligiu a cidade.

Muito características são as tumbas de Rolandino dei Passeggeri (1305 - um advogado italiano mestre na arte notarial da Universidade de Bolonha e um dos mais famosos juristas medievais, que se tornou o chefe principal de Bolonha, em torno de 1300. Até à sua morte, ele conduziu um regime de tirania e violência idêntico à maioria das ditaduras modernas) e de Egidio Foscherari (1289 - jurista bolonhês do final do séc. XIII). Uma terceira tumba, da Família Muzzarelli, similar às outras duas ficou ao lado da tumba de Rolandino. A Basílica de San Domenico além de ser uma das igrejas mais importantes de Bologna é a sede da Ordem Dominicana. Dentro da igreja existe a chamada Arca de São Domingos, onde estão os restos mortais de San Dominico (São Domingos), fundador da Ordem Religiosa dos Frades Pregadores ou Dominicanos, realizada por Nicola Pisano e com contribuições de Niccolò dell'Arca, Michelangelo, Alfonso Lombardi e Jean-Baptiste Boudard.

A igreja foi iniciada logo após a morte do santo em 1221 e concluída em 1240, sendo modificada e ampliada nos séculos seguintes. Possui uma fachada em forma de cabana, construída inteiramente em tijolo, como queria San Dominico, em estilo pobre próprio das ordens mendicantes. O pórtico foi realizado em estilo românico pelo arquitecto Raffaele Faccioli em 1910, para restaurar a aparência românica original. Se o exterior parece simples, o interior é o oposto, encontrando-se cheio de magníficas obras de arte, incluindo pinturas de Guercino, Cambiaso Luca, Lodovico Carracci e Pisano Giunta. O fresco localizado na luneta do pórtico, retrata “San Dominico abençoando a cidade de Bologna” e é uma reprodução de uma imagem em mosaico do século XVIII, de Luca Casalini-Torelli, na entrada do convento.


O local principal da igreja é sem dúvida a Capela de San Domenico, por conter a arca em mármore branco com os restos mortais do santo. Esta arca é considerada uma das mais importantes esculturas da arte italiana, esculpidas por artistas famosos como Nicolò Pisano e Michelangelo. O coro em madeira, também não deve passar despercebido, pois os seus contemporâneos chamavam-lhe a "oitava maravilha do mundo". San Dominico chegou a Bologna, em Janeiro de 1218, estabelecendo-se com seus monges na igreja do mosteiro, que na época estava fora das muralhas, dedicada a Santa Maria da Purificação, conhecida como a "Mascarella", situada agora na esquina da Via Irnerio com a Via Mascarella, e que foi reconstruída após um bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial.


Por ter necessidade de mais espaço, San Dominico estabeleceu-se em 1219, no Convento de San Nicolò delle Vigne, o mesmo lugar onde agora se ergue a Basílica Dominicana. Ali, entre 1220 e 1221, San Dominico escreveu os dois primeiros capítulos gerais, que visavam definir os elementos-chave da ordem. Também foi ali que em 6 Agosto de 1221, San Dominico morreu e foi enterrado atrás do altar de San Nicolau. Em 1233, enquanto a construção da basílica e o alargamento do convento estavam em andamento, os restos mortais de San Domenico foram colocados num caixão de madeira de cipreste, que por sua vez foi colocado dentro de um sarcófago de mármore simples e colocado atrás do altar de uma capela lateral do corredor, onde hoje está a Capela do séc. XVII, de San Dominico. No ano seguinte, a 13 de Julho de 1234, San Dominico foi canonizado pelo Papa Gregório IX. A fim de tornar visível o túmulo aos fiéis, cada vez mais numerosos desde a canonização do santo, em 1267, os seus restos mortais foram colocados num sarcófago mais rico e decorado por Nicola Pisano e seus alunos. Os anjos da base são um dos primeiros trabalhos de Michelangelo.


Fonte: Wikipédia.org / http://www.iguidez.com/Bologna

Visita a Bologna - Parte II




Até ao início do séc. XIX, Bologna permaneceu uma das cidades medievais mais bem preservadas da Europa e até hoje ela permanece única em seu valor histórico. O centro histórico é o segundo maior da Europa, e contém uma imensa riqueza com importantes edifícios da época medieval, renascentista e barroco, mostrando-nos as imensas particularidades artísticas das várias épocas.À frente da Basílica de San Petronio encontra-se o interessante Museo Morandi, alojado no Palazzo d'Accursio ou Palazzo Comunale (Câmara Municipal da cidade). Nele podem ser encontradas colecções de arte, contendo a maioria da produção de Bolognese (Giorgio Morandi - 1890-1964), que era natural de Bologna e professor de Desenho na Universidade de Bologna. A colecção em grande parte composta por obras doadas à Câmara Municipal pela família do artista é caracterizada por temas recorrentes, tais como garrafas, naturezas mortas, vasos e copos.


No lado oposto da praça, do lado esquerdo da Basílica de San Petronio encontra-se o Palazzo dell'Archiginnasio, construído em 1562 e originalmente utilizado como salas de aula da Universidade de Bologna, até que a universidade se mudou para o seu endereço actual, o nº 33 da Via Zamboni, em 1803.
Na sua frente a galeria porticada tem 30 arcadas e 139 metros de comprimento, enquanto que as escadarias e as galerias são densamente decoradas com inscrições e milhares de emblemas com os nomes dos alunos. O patamar de seu pátio interior é decorado com as capas dos melhores alunos de armas. O palácio abriga uma enorme biblioteca que contém 750.000 volumes e um emocionante Teatro Anatómico (Sala Anatómica), usada pelos professores e os alunos para dissecar cadáveres.


Ali perto, numa ruela medieval, por trás do Palazzo Comunale, na Via degli Orefici, que desemboca na Piazza Marggiori, encontramos o artesanato local mais notável, que é a produção de cobre e artefactos de ouro e prata, uma tradição que remonta à Idade Média. Esta rua ainda se encontra repleta de lojas de joalharia.
Abandonamos a Piazza Marggiori e caminhamos a pé pela Via dell’ Archinnasio que é uma rua com muitas montras das melhores marcas mundiais. Ali perto também se encontra a Galleria Cavour, onde podem ser encontradas as melhores lojas da cidade.

Encaminhamo-nos para a Piazza Cavour, em volta da qual as ruas medievais e os edifícios com pórticos, são um bom exemplo da arquitectura típica do elegante centro de Bologna. A construção desta praça, significou a demolição de dois belos edifícios, conhecidos como Palazzo Labella e Palazzo Benati, sendo um deles, rico em frescos de Ludovico Carracci. As obras começaram no 18 de Janeiro de 1861, terminando em 1865, e embora houvesse quem quisesse impedir a demolição, as obras prosseguiram, tornando-a irreversível. É um lugar sossegado, cheio de arvoredo, que convida à meditação. Nela sobressai a estátua de Camillo Benso, Conde de Cavour (político e unificador da Itália), por Carlo Monari, em 1892. Em torno da Piazza Cavour observam-se vários edifícios históricos, nomeadamente a Banca Nazionale, agora Banca d'Italia, o Palazzo Barbazzi e outros palácios de famílias importantes da cidade.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.iguidez.com/Bologna