Pela Via San Fermo e passando pela clareira em frente à Ponte Nevi, caminha-se ao longo da Estradone Barbieri Maffei, a caminho da Piazza Bra.
A Piazza Bra é o coração da cidade de Verona, um lugar amplo onde o sol incide luminoso, fazendo com que uma luz intensa passe através dos edifícios coloridos de diferentes idades e diferentes arquiteturas, que limitam a praça.
Ali impera a enorme Arena romana (1º séc. d.C.). Apesar de ter sido construída em 30 d.C, grande parte da sua arquitetura original permanece e o seu anfiteatro ainda abriga produções de ópera durante todo o verão. Ali decorre o Festival de Ópera de Verona, que todos os anos decorre na cidade.
À sua volta encontrámos um grande número de adereços próprios dos cenários das mais famosas óperas italianas e são usados nas várias apresentações da temporada de ópera da cidade, que decorre desde junho a setembro. Como não podia deixar de ser, resolvemos comprar logo os bilhetes para a apresentação de “Turandot”, a última ópera de Giacomo Puccini, composta em três atos e baseada numa peça de Carlo Gozzi, que ali decorreria naquela noite.
Na Piazza Bra também se encontram o Palazzo Barbieri e o Palazzo della Gran Guardia, dois palácios famosos e admirados da cidade. Mas junto da praça há muitos cantos que merecem a atenção, como a estátua equestre de Vittorio Emanuele II, no centro da praça, construída no século XIX. Atrás dela, no meio de pinheiros que decoram o centro do jardim, há a Fonte dos Alpes, criada em 1975.
A Arena dominante é o monumento que lembra mais do que qualquer outro, a origem romana da cidade e é também o seu símbolo. O grande anfiteatro da Arena de Verona é o terceiro maior do mundo, entre aqueles que restam e um dos mais bem preservados no mundo.
No lado oeste da praça encontra-se o Palazzo della Gran Guardia de estrutura imponente, usado como um local para importantes exposições, congressos e reuniões, cujo logradouro se encaixa na continuidade da Arena, quebrando a linha de casas coloridas com vista para a zona dos cafés e geladarias.
À sua direita, olhando para a arena, vê-se o Palazzo Barbieri, que é nos dias de hoje a Câmara Municipal de Verona. É um edifício construído pelos barbeiros da cidade, onde ficava o Hospital da Misericórdia e a Igreja de St. Agnes. É um edifício monumental em estilo neoclássico.
Da Piazza Bra, percorre-se uma curta distância até à Tomba de Giulietta (o túmulo de Julieta), o local de descanso final da heroína, que pode ser encontrado num claustro, no Convento di San Francesco al Corso, situado na Via del Pontiere.
O Convento onde se encontra o Tomba de Giulietta, pertenceu outrora aos monges Capuchinhos e remonta ao séc. XIII. A Tomba é o “cemitério” sentimental da cidade e é visitado por turistas românticos de todas as partes do mundo.
O túmulo é um sarcófago de mármore vermelho antigo, situado numa pequena sala rebaixada (uma espécie de cripta), junto de um claustro do antigo convento. É um sarcófago sem cobertura que se encontra completamente vazio e está indicado como o local de enterro de Giulietta, no início do séc. XIX. O túmulo em pedra mármore está ali há décadas, talvez séculos.
Nos dias de hoje, o Túmulo de Giulietta é procurado por jovens casais, para ali fazerem celebrar os seus casamentos civis. Muitos vêm do estrangeiro, para coroar o seu sonho de amor no lugar onde os amantes, Romeu e Julieta viram as suas esperanças de futuro destruídas.
O lugar é de dificil descrição!... Mas poder-se-á dizer, que é magnificamente iluminado por duas belas janelas góticas, onde o túmulo vazio aguarda a homenagem romântica dos inúmeros visitantes.
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