Catedral de Saint-Pierre
Um dia perfeito em Genebra
Na margem direita, no Quai du Mont Blanc, pode-se admirar o Monumento Brunswick, que guarda o túmulo do duque de Brunswick, que legou a sua fortuna à cidade, e as fachadas elegantes dos hotéis. Afastado do cais encontra-se o antigo quebra-mar de Pâquis, sinalizado pelo seu farol, onde são os banhos públicos da cidade.
Em 1865, Henri Dunant (1828-1910) fundou na cidade a Cruz Vermelha Internacional, e desde então Genéve tem sido um centro de organizações internacionais, como as Nações Unidas, e de negociações relativas à política, comércio, saúde, ciências e paz. Como centro de congressos, proporciona conforto de cinco estrelas num cenário magnífico, com o famoso repuxo, símbolo da cidade, que sobe acima do lago.
O passeio pelas margens do seu lago também oferecem boas alternativas para quem quiser passear algumas horas por Genéve. Uma delas é visitar o Bain de Pâquis, uma espécie de piscina pública, por onde passámos, com área de lazer já perto do coração da cidade.
A caminhada por esta zona da cidade, vendo um dos lagos mais bonitos da Europa, oferece também espaços interessantes como o Parc des Eaux-Vives, (Parque das Águas Vivas) ou, ao lado, o Parc des Granges, (Parque das Granjas).
Em Genéve os passeios são em placas de cimento, as esplanadas assentam no alcatrão das ruas, os jardins encontram-se muito bem tratados, com muitas crianças a brincarem na relva, adultos a namorarem, mães com filhos, carrosséis... é uma cidade repleta de vida.
No bairro antigo há pessoas às janelas, há movimento nas ruas, a cidade palpita, embora haja carros em todas as ruas a circular, ao lado de jovens em patins, muitas bicicletas, muitas scooters, motas, eléctricos rápidos, sempre a circularem cheios de gente.
Depois de entrarmos no bairro antigo, parámos num dos seus muitos e típicos cafés, onde estivemos parados a observar a vida da cidade antiga. Ali mesmo podemos visitar uma bela igreja, l’Église Saint-Maurice, onde fomos muito bem recebidos.
Subimos depois no sentido das montanhas e encontramos a Catedral de Saint-Pierre, que já espreitava lá de cima e que fica lá bem no alto, que é a Igreja de Calvin. Subimos até à Place du Bourg de Four, que se encontrava cheia de turístas, aproveitando para descansar à sombra, nas esplanadas da praça.
Depois desta visita, descemos pela Rue de l’Hôtel de Ville, onde se encontra a Câmara Municipal (Hotel de Ville), da cidade. Através da Rue de sain-Léger, chegámos ao Parc des Bastions, um enorme parque no centro da cidade antiga e que é uma beleza. Encontrava-se repleto de gente, uns namoravam, outros faziam ginástica, outros ioga, outros ainda jogavam xadrez em enormes tabuleiros desenhados no chão com peças à escala… Neste parque enconra-se o Monumento aos reformadores, o Monument International de la Réformation.
Depois de sairmos do Parc des Bastions, descemos em direcção ao lago, até encontrarmos a Rue du Rhône, junto ao Relógio de Flores que se encontra no Jardin Anglais. Entramos a pedalar em plena Feira, o que a partir de certa altura se tornou impossível, uma vez que a Feira fervilhava de actividade e se encontrava repleta de gente. Depois de nos sentarmos num restaurante árabe e degustarmos "que-babes" acompanhados de batatas fritas, pedalámos até à AC, que nos esperava para rumarmos a França.
Fonte: diplomatatours.pt /Google Maps
Thonon-les-Bains
A maior e mais animada povoação por onde passámos ainda de dia, foi Thonon-les-Bans, uma bonita vila termal, esmagada por enormes montanhas vizinhas, cobertas de escarpas e florestas de um verde intenso, onde os ventos parecem não incomodar.
Thonon-les-Bans é a capital de Chablais, na região francesa de Rhône-Alpes, e uma vila conhecida pela sua actividade comercial, a sua atmosfera descontraída e pela reputada fama das suas águas termais.
Situada à beira do lago Lémam, na margem sul pertencente a França, Thonon-les-Bans é construída em dois níveis. A parte inferior, com o seu porto de pesca e marina e um passeio ao longo do lago, até à antiga aldeia de Rives. A parte superior está concentrada no centro da cidade, com suas ruas pedonais, as suas muitas lojas, mercados e grandes eventos semanais durante todo o ano.
Na cidade alta, pode subir-se até às montanhas que a circundam, através de um elevador de cremalheira, que nos leva a ver vistas magnificas da cidade e toda a área envolvente.
Château de Chillon
O primeiro vislumbre do castelo é absolutamente inesquecível. Vê-se em primeiro lugar, uma elegante pilha de torres salientes na água, emolduradas por árvores e montanhas escarpadas, que resulta numa paisagem de tirar o fôlego a qualquer um.
As partes mais antigas do castelo ainda não foram definitivamente datadas, mas o primeiro registo escrito do castelo datam de 1160 ou 1005. A partir de meados do século XII, o castelo foi a casa do duque de Sabóia, e foi expandido no século XIII por Pedro II de Sabóia. O castelo nunca foi conquistado num cerco, mas mudou de mãos, ao longo do tempo, por meio de tratados.
A história de Chillon foi influenciada por 3 grandes períodos: O período de Sabóia, o período de Berna e o período Vaudois.
No período de Berna (1536-1798), os suíços, mais precisamente os Berneses, conquistaram o País de Vaud e ocuparam o Château de Chillon, em 1536. O castelo manteve a sua função como uma fortaleza, arsenal e prisão por mais de 260 anos.
No período de Vaudois (1798 até o presente), os Berneses deixaram Chillon, em 1798, na época da Revolução Vaudois. O castelo tornou-se propriedade do Cantão de Vaud, quando foi fundado em 1803. A restauração do monumento histórico teve início no final do século XIX e continua até hoje.
Nesta época o movimento romântico redescoberto no séc. XVIII, com um entusiasmo considerável, deu origem a uma nova imagem de Chillon, que começou a tornar-se popular. No seu livro de novelas “Héloïse”, publicado em 1762, Rousseau já havia chamado a atenção para o local, estabelecendo um dos episódios do seu romance no castelo, onde fez uma breve alusão à prisão de Bonivard.
No entanto, foi Lord Byron, que decidiu investir em Chillon com mítica dimensão, quando em 1816, numa peregrinação aos lugares descritos por Rousseau, ele escreveu o seu famoso poema “O prisioneiro de Chillon”.
Neste poema Lord Bayron conta os sofrimentos de François Bonivard (1493-1570), nas masmorras do castelo e como ele foi mantido em cativeiro em Chillon, por causa de sua oposição à família de Sabóia.
O Château de Chillon encontra-se agora aberto ao público e abriga uma espécie de museu com muitos objectos históricos da época medieval, muito bem preservados e visitá-lo resulta numa experiência única, onde qualquer um é levado rapidamente a viajar no tempo, pois a empolgante e sinistra ambiência do castelo, leva-nos a imaginar cenas plenas de mistério e de história.
Escavações realizadas a partir do final do século XIX, em especial pelo arqueólogo Albert Naef (1862-1936), afirmam que este local tenha sido ocupado desde a Idade do Bronze.
No seu estado actual, o Château de Chillon é o resultado de vários séculos de construção e adaptações constantes, seguidas de reformas e restaurações.
A ilha rochosa em que o castelo foi construído, era ao mesmo tempo uma protecção natural, com uma localização estratégica para controlar a passagem entre a Europa do norte e do sul.
Montreaux, a jóia da Riviera Suíça
A cidade de Montreaux pertence também à denominada Riviera suíça, e tal como Vevey encontra-se às margens do lago Léman, o segundo maior lago da Europa, com 75 quilómetros de extensão de um extremo ao outro.
Além de suas belas casas do século XIX, um dos maiores atractivos de Montreaux é o passeio maravilhoso à beira do lago, repleto de flores, que chega até ao Castelo de Chillon, cuja prisão foi retratada no romance de Lord Byron.
Fonte: Guia American Express / EcoViagem.mht
Riviera suíça - Vevey
No dia seguinte pegámos nas bicicletas e percorremos toda a marginal da cidade. Primeiro para sul até à Grande Place e cidade histórica e já à tarde, foi vez da marginal para Norte até à praia. A cidade fica situada na região que é conhecida como Riviera suíça e é uma das mais caras do país.
A cidade estende-se numa faixa que segue ao longo da marginal noroeste do lago Lémam, desenvolvendo-se como centro turístico desde o séc. XIX. Era a estância de férias de figuras famosas como o escritor Ernest Hemingway e o actor Charlie Chaplin (Charlot), que ali passou os últimos 25 anos da sua vida e que também ali foi sepultado em 1977.
A zona mais atractiva de Vevey é a Grande Place ou Place du Marche, uma enorme praça, ocupada quase sempre por estacionamento automóvel e onde se encontra o edifício do mercado do peixe. Neste edifício e no dia da nossa visita ali decorria uma feira de velharias, por sorte minha. Às terças-feiras e sábados esta enorme praça enche-se de bancas com os mais diversos produtos regionais, com provas e degustações gratuitas de vinhos, queijos e outras iguarias.
No centro histórico da cidade, encontramos antigas e bonitas ruelas empedradas que se prolongam para leste da Grande Place. Na marginal do lago, onde passámos a noite e a caminho da la Grand Place, encontra-se o Quai Perdonnet, onde junto de um bonito roseiral encontramos a estátua em bronze de Charlot.
Também ali em frente se encontra o museu alimentício, onde se conta a história dos alimentos e onde é possível conhecer os mecanismos do aparelho digestivo, testar o tacto, o olfato, o paladar e até se arriscar na cozinha. Em frente ao museu, há um garfo enorme em aço espetado no lago, que se tornou um dos símbolos da cidade de Vevey.
Percorrendo a marginal para Sul da Grande Place, encontramos a praia mais concorrida de Vevey, onde se destacam no lago, três cavalos-marinhos em bronze, que transportam no dorso nuas e atléticas amazonas, que são fontes de água. Na calçada junto à praia podemos desfrutar de um belo gelado ou lanche, em bares com cerca de madeira e esplanadas em chão de areia, com guardas sol e espreguiçadeiras, tal como se na praia estivéssemos.