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Catedral de Saint-Pierre


A Catedral de Saint-Pierre de Genéve é uma Igreja Reformada, que foi construída como igreja católica. Foi iniciada no século XII, e inclui uma eclética mistura de estilos. É conhecida como a igreja e lar adoptivo de Jean Calvin, um dos líderes da reforma protestante. Dentro da igreja existe uma cadeira em madeira, que era habitualmente usada por Calvin.
A área abaixo da Catedral foi recentemente escavada por arqueólogos, revelando uma rica história do local, que remonta ao tempo do Império Romano.

A partir dos séculos VIII ao X, foi uma das três catedrais a coexistir no local. O actual edifício tem crescido a partir de uma catedral dedicada ao culto cristão e uso eclesiástico. As outras duas estruturas, são do séc. XII e correspondem ao crescimento do edifício sobrevivente e que eram, aparentemente, para diferentes usos, para sacramentos e para os ensinamentos da igreja.
No início da reforma, os serviços protestantes foram comemorados em celeiros pertencentes aos membros da congregação para o distrito de Saint-Pierre, mas na sequência da assinatura do "Edito de Nantes”, um primeiro templo foi construído em 1606. Este edifício foi queimado em 1626 para evitar que fosse transformado numa igreja católica.

Depois de 1803, devido à "Concordata", em que Napoleão permitiu a liberdade de culto, a Igreja Protestante de Saint-Pierre foi reformada para o culto protestante. Este novo edifício foi inaugurado em 12 de Maio de 1833.
Actualmente, nos cultos de Verão, está presente um pastor protestante alemão, tornando possível a realização de serviços bilingues e reuniões de alemão e francês destinados a fiéis protestantes.
Fonte: Wikipédia

Um dia perfeito em Genebra

Chegámos já bem noite a Genéve e procurámos logo o local para a pernoita. Ao contrário da primeira noite que ali passámos, depois de entrarmos na Suíça, quando a cidade ainda fazia os preparativos para a abertura da Feira de Genéve, que ocorreria a partir de 1 de Agosto, Dia Nacional da Suíça, a cidade encontrava-se agora muito mais movimentada e com muito menos locais de estacionamento.

Depois de estacionarmos bem a AC, à beira lago, no Quai de Cologny, tendo como companhia várias ACs de vários países, observámos que a feira parecia ainda fervilhar de actividade e resolvemos pegar nas bicicletas e ir até lá. Esforço para o engano, pois quando lá chegámos já tudo se preparava para encerrar.
No dia seguinte o agradável acordar à beira lago Lémam, que mais uma vez foi gratificante, tendo ao fundo o seu famoso jacto de água. Depois de um leve pequeno-almoço, mais uma vez pegámos nas bicicletas a fim de conhecermos bem a cidade.

Magnificamente situada nas margens do maior lago da Europa ocidental, o lago Léman ou de Genève, aos pés das montanhas do Jura e às portas dos Alpes, junto do local em que o rio Ródano flui do lago, Genéve é só por si, uma atracção.
Verde e cosmopolita, recordada pelo descanso e tranquilidade mas também pelo espírito de aventura e pela beleza indescritível do entorno natural em pleno anfiteatro dos Alpes, Genève encerra em si todos os segredos de um baú das recordações em cada escalada de uma montanha vizinha, em cada tarde de passeio ou em cada visita ao bucolismo dos campos à sua volta.
Merecedora de uma visita, à volta do seu lago, os visitantes encantam-se com a verdejante moldura da cidade, que atribui um toque diferente a esta desenvolvida metrópole suíça. Estávamos na borda sul da enseada, que é a imagem mais conhecida de Genéve com o seu célebre Jacto de Água, fascinante penacho de espuma branca que ascende a 140 metros de altura.
Pedalando pelos seus cais de canteiros floridos, passando por uma sucessão de parques de plantas raras e palácios antigos do outro lado da rua, com o lago sempre à direita e com a presença da sua abundante fauna aquática, composta com cisnes, gaivotas, patos e mergulhões e as velas multicolores dos seu barcos, que fazem desta baía o quadro perfeito para qualquer visitante regalar a vista.
A Feira de Genéve estava no seu auge, com carrosséis de todo o tipo e restaurantes com comida de todas as partes do mundo, cobrindo grande parte das margens do lago, desde o Quai Gustave Ador até ao Quai du Mont Blanc.

Na margem direita, no Quai du Mont Blanc, pode-se admirar o Monumento Brunswick, que guarda o túmulo do duque de Brunswick, que legou a sua fortuna à cidade, e as fachadas elegantes dos hotéis. Afastado do cais encontra-se o antigo quebra-mar de Pâquis, sinalizado pelo seu farol, onde são os banhos públicos da cidade.

Na margem oposta e já perto da cidade antiga, destaca-se o Jardin Anglais, com o seu Relógio Florido, que todos os meses muda de flores. Mais para o lado do rio Ródano, situa-se a ilha Rousseau, antigo baluarte construído em 1583, dominada pela estátua de Jean-Jacques Rousseau, escritor, filósofo e eloquente filho de Genève.
Fundada pelos Romanos, Genéve tornou-se uma cidade poderosa e independente. Mais tarde foi tomada pela França revolucionária em 1798, mas juntou-se à Confederação Suiça em 1815, após a queda de Napoleão. Ainda hoje é rodeada em três lados por território francês. Genéve foi um dos principais focos da Reforma, tendo implantado politicamente as austeras teorias religiosas de Jean Calvin (1509-1564) no séc. XVI.

Em 1865, Henri Dunant (1828-1910) fundou na cidade a Cruz Vermelha Internacional, e desde então Genéve tem sido um centro de organizações internacionais, como as Nações Unidas, e de negociações relativas à política, comércio, saúde, ciências e paz. Como centro de congressos, proporciona conforto de cinco estrelas num cenário magnífico, com o famoso repuxo, símbolo da cidade, que sobe acima do lago.

O passeio pelas margens do seu lago também oferecem boas alternativas para quem quiser passear algumas horas por Genéve. Uma delas é visitar o Bain de Pâquis, uma espécie de piscina pública, por onde passámos, com área de lazer já perto do coração da cidade.

A caminhada por esta zona da cidade, vendo um dos lagos mais bonitos da Europa, oferece também espaços interessantes como o Parc des Eaux-Vives, (Parque das Águas Vivas) ou, ao lado, o Parc des Granges, (Parque das Granjas).


Em Genéve os passeios são em placas de cimento, as esplanadas assentam no alcatrão das ruas, os jardins encontram-se muito bem tratados, com muitas crianças a brincarem na relva, adultos a namorarem, mães com filhos, carrosséis... é uma cidade repleta de vida.

No bairro antigo há pessoas às janelas, há movimento nas ruas, a cidade palpita, embora haja carros em todas as ruas a circular, ao lado de jovens em patins, muitas bicicletas, muitas scooters, motas, eléctricos rápidos, sempre a circularem cheios de gente.

Em Genéve é fácil encontrar senhores de fato e gravata, pedalando em cima de bicicletas. É uma cidade de liberdade, aberta, tolerante. Há centenas de motas espalhados pelos passeios sem incomodarem os peões, e não são multadas, nem a edilidade precisou de gastar milhões a fazer parqueamentos para motas, embora os haja também. Os polícias não andam à caça à multa e se aparecem é para auxiliar habitantes e turistas.

Depois de entrarmos no bairro antigo, parámos num dos seus muitos e típicos cafés, onde estivemos parados a observar a vida da cidade antiga. Ali mesmo podemos visitar uma bela igreja, l’Église Saint-Maurice, onde fomos muito bem recebidos.

Subimos depois no sentido das montanhas e encontramos a Catedral de Saint-Pierre, que já espreitava lá de cima e que fica lá bem no alto, que é a Igreja de Calvin. Subimos até à Place du Bourg de Four, que se encontrava cheia de turístas, aproveitando para descansar à sombra, nas esplanadas da praça.

Caminhando mais um pouco, fomos até à entrada principal da catedral. A sua fachada principal, mais parece a de um forum ou palácio romano. Por dentro é imponente, com um órgão lindo prateado e dourado e com vitrais maravilhosos a contrastar com a simplicidade do mobiliário, como é próprio de uma igreja protestante. Atrás da Catedral encontra-se o Museu International de la Reforme e ali perto temos um miradouro que nos proporcionam belas vistas do lago e da cidade.

Depois desta visita, descemos pela Rue de l’Hôtel de Ville, onde se encontra a Câmara Municipal (Hotel de Ville), da cidade. Através da Rue de sain-Léger, chegámos ao Parc des Bastions, um enorme parque no centro da cidade antiga e que é uma beleza. Encontrava-se repleto de gente, uns namoravam, outros faziam ginástica, outros ioga, outros ainda jogavam xadrez em enormes tabuleiros desenhados no chão com peças à escala… Neste parque enconra-se o Monumento aos reformadores, o Monument International de la Réformation.

Depois de sairmos do Parc des Bastions, descemos em direcção ao lago, até encontrarmos a Rue du Rhône, junto ao Relógio de Flores que se encontra no Jardin Anglais. Entramos a pedalar em plena Feira, o que a partir de certa altura se tornou impossível, uma vez que a Feira fervilhava de actividade e se encontrava repleta de gente. Depois de nos sentarmos num restaurante árabe e degustarmos "que-babes" acompanhados de batatas fritas, pedalámos até à AC, que nos esperava para rumarmos a França.



Fonte: diplomatatours.pt /Google Maps

Thonon-les-Bains

Depois da visita ao Château de Chillon, partimos rumo à cidade de Genéve, situada no topo oposto do lago Lémam. Decidimos fazer a viagem contornando o lago pela margem sul, até Genéve, para não repetirmos paragens. Assim passaríamos por terras de França, uma vez que a margem sul do lago pertence a este País.
Passámos por aldeias e vilas à beira lago, em tudo idênticas às da Suíça, não se notando a mudança de País, até porque a língua é a mesma e as condições psicossomáticas que influenciam populações e suas vivências, as mesmas são.

A maior e mais animada povoação por onde passámos ainda de dia, foi Thonon-les-Bans, uma bonita vila termal, esmagada por enormes montanhas vizinhas, cobertas de escarpas e florestas de um verde intenso, onde os ventos parecem não incomodar.

Thonon-les-Bans é a capital de Chablais, na região francesa de Rhône-Alpes, e uma vila conhecida pela sua actividade comercial, a sua atmosfera descontraída e pela reputada fama das suas águas termais.

Situada à beira do lago Lémam, na margem sul pertencente a França, Thonon-les-Bans é construída em dois níveis. A parte inferior, com o seu porto de pesca e marina e um passeio ao longo do lago, até à antiga aldeia de Rives. A parte superior está concentrada no centro da cidade, com suas ruas pedonais, as suas muitas lojas, mercados e grandes eventos semanais durante todo o ano.

A vila oferece agradáveis paisagens de verde intenso e canteiros floridos que se abrem em horizontes deslumbrantes, apresentando algumas das melhores vistas do lado francês do lago de Genebra (Lémam). Thonon é assim uma pequena cidade, esmagada pela beleza da natureza que a envolve.

Thonon-les-Bains cultiva a arte de viver com as suas muitas actividades de lazer, gastronomia e inúmeras manifestações culturais e de animação. Os arredores da cidade de Thonon, só reforçam as atracções da cidade. Tudo se encontra preparado para se gozarem excelentes momentos de lazer e a vila no Verão, talvez por este motivo, encontra-se cheia de gente.

Assim, desde as margens do lago Genebra até às altas montanhas que a cercam, podemos ali encontrar uma enorme variedade de ecossistemas, um rico património cultural, além de uma excelente gastronomia regional, desportos de natureza, caminhadas e grande número de desportos náuticos.

Na cidade alta, pode subir-se até às montanhas que a circundam, através de um elevador de cremalheira, que nos leva a ver vistas magnificas da cidade e toda a área envolvente.

Thonon-les-Bains é um paraíso para os amantes de desportos aquáticos, uma vez que Thonon, para além do lago Genebra, possui o caudaloso rio Dranse, com rápidos e águas límpidas, que nasce no coração dos Alpes.
Fonte: thononlesbains.com/ville-thonon.fr

Château de Chillon


O Château de Chillon é uma jóia arquitectónica localizada num dos mais belos locais, já visitados por nós, entre as praias do lago Genebra e os Alpes.

O primeiro vislumbre do castelo é absolutamente inesquecível. Vê-se em primeiro lugar, uma elegante pilha de torres salientes na água, emolduradas por árvores e montanhas escarpadas, que resulta numa paisagem de tirar o fôlego a qualquer um.

Este monumento com mais de 1.000 anos de história, sempre inspirou artistas e escritores, de Jean-Jacques Rousseau a Victor Hugo e ainda Lord Byron, Delacroix e Courbet.

O Château de Chillon está localizado na margem do lago de Genebra ou Lémam, no extremo leste do lago, a 3 km de Montreux. O castelo é constituído por 100 edifícios independentes que foram sendo ligados gradualmente, até se tornarem no edifício, tal como é hoje.

As partes mais antigas do castelo ainda não foram definitivamente datadas, mas o primeiro registo escrito do castelo datam de 1160 ou 1005. A partir de meados do século XII, o castelo foi a casa do duque de Sabóia, e foi expandido no século XIII por Pedro II de Sabóia. O castelo nunca foi conquistado num cerco, mas mudou de mãos, ao longo do tempo, por meio de tratados.

O local foi tornado popular por Lord Byron, que escreveu o poema “O Prisioneiro de Chillon” (1816) sobre François de Bonivard, um monge e político genovês que esteve lá preso de 1530 a 1536.

A história de Chillon foi influenciada por 3 grandes períodos: O período de Sabóia, o período de Berna e o período Vaudois.

No período de Sabóia (século XII a 1536), o documento mais antigo escrito, mencionando o castelo, data de 1150 e diz que nessa data a Casa de Sabóia já controlava a rota ao longo das margens do lago Genebra.

No período de Berna (1536-1798), os suíços, mais precisamente os Berneses, conquistaram o País de Vaud e ocuparam o Château de Chillon, em 1536. O castelo manteve a sua função como uma fortaleza, arsenal e prisão por mais de 260 anos.

No período de Vaudois (1798 até o presente), os Berneses deixaram Chillon, em 1798, na época da Revolução Vaudois. O castelo tornou-se propriedade do Cantão de Vaud, quando foi fundado em 1803. A restauração do monumento histórico teve início no final do século XIX e continua até hoje.

Nesta época o movimento romântico redescoberto no séc. XVIII, com um entusiasmo considerável, deu origem a uma nova imagem de Chillon, que começou a tornar-se popular. No seu livro de novelas “Héloïse”, publicado em 1762, Rousseau já havia chamado a atenção para o local, estabelecendo um dos episódios do seu romance no castelo, onde fez uma breve alusão à prisão de Bonivard.

No entanto, foi Lord Byron, que decidiu investir em Chillon com mítica dimensão, quando em 1816, numa peregrinação aos lugares descritos por Rousseau, ele escreveu o seu famoso poema “O prisioneiro de Chillon”.

Neste poema Lord Bayron conta os sofrimentos de François Bonivard (1493-1570), nas masmorras do castelo e como ele foi mantido em cativeiro em Chillon, por causa de sua oposição à família de Sabóia.

A figura histórica de François Bonivard, posteriormente libertado pelos Berneses, torna-se então um símbolo de liberdade e a sua prisão é quase investida de uma dimensão sagrada.

O Château de Chillon encontra-se agora aberto ao público e abriga uma espécie de museu com muitos objectos históricos da época medieval, muito bem preservados e visitá-lo resulta numa experiência única, onde qualquer um é levado rapidamente a viajar no tempo, pois a empolgante e sinistra ambiência do castelo, leva-nos a imaginar cenas plenas de mistério e de história.

Escavações realizadas a partir do final do século XIX, em especial pelo arqueólogo Albert Naef (1862-1936), afirmam que este local tenha sido ocupado desde a Idade do Bronze.

No seu estado actual, o Château de Chillon é o resultado de vários séculos de construção e adaptações constantes, seguidas de reformas e restaurações.

A ilha rochosa em que o castelo foi construído, era ao mesmo tempo uma protecção natural, com uma localização estratégica para controlar a passagem entre a Europa do norte e do sul.


Fonte: lugareseviagens.com / Wikipédia

Montreaux, a jóia da Riviera Suíça



No final da visita à cidade de Vevey, partimos rumo a Montreux, onde parámos para conhecer a cidade e visitar o seu belo castelo medieval, o Château de Chillon.

A cidade de Montreaux pertence também à denominada Riviera suíça, e tal como Vevey encontra-se às margens do lago Léman, o segundo maior lago da Europa, com 75 quilómetros de extensão de um extremo ao outro.

A cidade muitas vezes descrita como a jóia da Riviera suíça, é uma estância de luxo, que se começou a desenvolver por volta de 1815. No séc. XIX o encanto desta zona, já cativava muitos artistas, escritores e músicos da época, tais como, lord Bayron, Leão Tolstoy e Hans Christian Andersen.

A grande atração de Montreux, é o Festival Internacional de Jazz de Montreux que ocorre há 37 anos sempre em Julho. Nas já muitas edições do evento, é habitual reunirem-se muitos que vêm só em busca de boa música dos mais variados estilos: jazz, blues & soul, hip-hop, rock, electro pop, funk, pop, folk, samba, reggae, bossa nova e axé., contando sempre com grandes estrelas internacionais incluindo brasileiras.

A cidade oferece ainda dezenas de hotéis da Belle Époque, o mais famoso dos quais é o Montreaux Palace, situado na Grand’Rue, a principal rua da cidade. Em frente a este hotel, encontra-se o Centre des Congrés, o moderno Centro de Congressos, que possui no seu interior, o Auditorium Stravinsky, uma sala de concertos dedicada a Igor Stravinsky, (que ali compôs “A sagração da Primavera”) construída em 1990.

Também ali bem perto, na Place du Marché, se encontra o mercado de ferro, construído em 1890, com fundos doados por Henry Nestlé, fundador da Nestlé. Na extermidade desta praça, à beira lago encontra-se a estátua de Freddie Mercury, vocalista dos Queen. Montreaux era a sua segunda morada, sendo ali que veio a falecer, em 1991.

A Leste desta estátua, também na marginal do lago Lémam, situa-se o casino da cidade, reconstruído após um incêndio que entrou para a história do rock mundial.

No dia 14 de Dezembro de 1971, durante um concerto de Frank Zappa & The Moothers of Invention, foi disparado um foguete para o tecto e o edifício acabou por ser destruído pelo fogo. Enquanto as nuvens de fumo pairavam sobre as águas do lago, Ian Gillan, dos Deep Purpel, que observava a tragédia do seu quarto de hotel na cidade, deixou-se inspirar pela sena e compôs “Smoke on the Water”.
A cidade ainda oferece uma infinidade de lojas e uma marina bastante agitada. Lá fica também o Château de Chillon, uma combinação de castelo e fortaleza construído sobre uma rocha, antiga residência medieval dos duques de Sabóia. Este castelo é hoje um dos simbolos da Suíça e uma das maiores atracções do País.

Além de suas belas casas do século XIX, um dos maiores atractivos de Montreaux é o passeio maravilhoso à beira do lago, repleto de flores, que chega até ao Castelo de Chillon, cuja prisão foi retratada no romance de Lord Byron.


Fonte: Guia American Express / EcoViagem.mht

Riviera suíça - Vevey

Chegámos a Vevey já de noite e encontrámos a cidade praticamente já adormecida. Depois do habitual reconhecimento da cidade encontrámos o local de pernoita, num estacionamento recatado e silencioso na marginal do lago Lémam, à sombra de plátanos artisticamente podados, um lugar muito tranquilo e atraente.

No dia seguinte pegámos nas bicicletas e percorremos toda a marginal da cidade. Primeiro para sul até à Grande Place e cidade histórica e já à tarde, foi vez da marginal para Norte até à praia. A cidade fica situada na região que é conhecida como Riviera suíça e é uma das mais caras do país.

Vevey é uma das mais conhecidas estâncias de férias da Riviera suíça. Situada na margem norte do lago Léman, a curta distância da cidade de Montreux, que viu nascer, no decorrer do XIX, inúmeras indústrias, com destaque para uma pequena fábrica de leite em pó que se tornaria, com o decorrer dos anos, no maior grupo alimentar a nível mundial, a Nestlé. A cidade é desde então a sede da Nestlé, onde tem até uma rua e praça, com o nome da empresa.

A cidade estende-se numa faixa que segue ao longo da marginal noroeste do lago Lémam, desenvolvendo-se como centro turístico desde o séc. XIX. Era a estância de férias de figuras famosas como o escritor Ernest Hemingway e o actor Charlie Chaplin (Charlot), que ali passou os últimos 25 anos da sua vida e que também ali foi sepultado em 1977.

A cidade já existia com o nome de Viviscus, na época romana e foi outrora um importante porto do lago Lémam. Floresceu na época medieval e por volta do séc. XIX, tornou-se a cidade mais importante do cantão de Vaud.

A zona mais atractiva de Vevey é a Grande Place ou Place du Marche, uma enorme praça, ocupada quase sempre por estacionamento automóvel e onde se encontra o edifício do mercado do peixe. Neste edifício e no dia da nossa visita ali decorria uma feira de velharias, por sorte minha. Às terças-feiras e sábados esta enorme praça enche-se de bancas com os mais diversos produtos regionais, com provas e degustações gratuitas de vinhos, queijos e outras iguarias.

No centro histórico da cidade, encontramos antigas e bonitas ruelas empedradas que se prolongam para leste da Grande Place. Na marginal do lago, onde passámos a noite e a caminho da la Grand Place, encontra-se o Quai Perdonnet, onde junto de um bonito roseiral encontramos a estátua em bronze de Charlot.

Também ali em frente se encontra o museu alimentício, onde se conta a história dos alimentos e onde é possível conhecer os mecanismos do aparelho digestivo, testar o tacto, o olfato, o paladar e até se arriscar na cozinha. Em frente ao museu, há um garfo enorme em aço espetado no lago, que se tornou um dos símbolos da cidade de Vevey.

Percorrendo a marginal para Sul da Grande Place, encontramos a praia mais concorrida de Vevey, onde se destacam no lago, três cavalos-marinhos em bronze, que transportam no dorso nuas e atléticas amazonas, que são fontes de água. Na calçada junto à praia podemos desfrutar de um belo gelado ou lanche, em bares com cerca de madeira e esplanadas em chão de areia, com guardas sol e espreguiçadeiras, tal como se na praia estivéssemos.