Santiago de Compostela é uma das mais belas cidades da Europa. Mas o burgo de matriz urbana medieval está longe de ser um museu de pedra, é aliás, uma das cidades mais animadas da vizinha Espanha, a nível religioso, cultural e lúdico.
Santiago de Compostela, Cidade Património da Humanidade e capital da Galiza, conserva desde há séculos uma variada fisionomia, produto do passar do tempo nas suas igrejas e edifícios, nas suas ruas e praças e também nos seus hábitos de vida.
Antes do século IX, a cidade de Santiago não existia. Contudo, as escavações arqueológicas demonstraram que no lugar que hoje ocupa a cidade histórica, também se assentava na antiguidade uma vila romana que pôde atingir uma certa importância e que persistiu até o século VII.
Junto ao recinto amuralhado da civitas romana levantou-se, no século I, um mausoléu pagão que mais tarde daria origem à catedral. Não há dúvida de que nesse mesmo século e nesse mausoléu receberam sepultura três mártires cristãos, nem do prolongado culto em torno do sepulcro, tal como testemunha o cemitério cristão circundante que se utilizou até o século VII.
O nascimento de Santiago de Compostela, como se conhece agora, está ligada à descoberta (presumível) dos restos mortais do Apóstolo São Tiago, entre 820 e 835 d.C., à elevação do nível religioso, à sua Universidade e mais recentemente, à capitalidade da Galiza.
Nos primeiros anos do século IX o bispo de Iria, Teodomiro, descobre o sepulcro do apóstolo Santiago. Os reis Afonso II e Afonso III levantam igrejas e fundam os mosteiros de Antealtares e Pinario. A fundação da cidade data do ano 830.

O culto a Santiago impõe temor ao guerreiro muçulmano Almanzor que em 997, arrasa e incendeia Compostela levando para Córdoba os campanários das igrejas. Mais tarde a peregrinação chega ao seu auge e Afonso VI inicia a catedral românica em 1075. Poucos anos depois o conde D. Ramón de Borgoña e Diego Gelmírez impulsionam a sua construção e a de outras igrejas. A cidade cresce e seus habitantes chegam a levantar-se contra a rainha D. Urraca e Gelmírez em 1117.
Em 1211 o mestre de obras conhecido por Mestre Mateo termina a catedral. Caminha-se, nem sempre de maneira pacífica, até o final da Idade Média. O Renascentismo entra pela mão dos Reis Católicos e da construção do Hospital Real, hoje convertido em magnífico hotel. Por sua parte, os arcebispos da família Fonseca deixam indelével marca ao fundar a Universidade, concluir o esplêndido claustro da catedral e levantar o Colégio de Fonseca. O barroco renova a cidade histórica até adquirir quase o aspecto actual, e o mesmo ocorre com a catedral, igrejas e mosteiros.

Hoje, Santiago é uma cidade moderna, na qual a cidade velha ou zona monumental, se funde com a zona nova. É sede do Governo Galego e o pilar universitário da região, com seus mais de 35.000 estudantes. Grande recepcionista de congressos e convenções, Santiago conta com o Auditório de Galicia e o moderno Palácio de Congressos e Exposições, um recinto funcional e versátil com capacidade para 2.100 pessoas. Um moderno parque empresarial, o Polígono del Tambre, a 10 minutos do centro, acolhe suas principais indústrias e empresas.
Santiago converte-se no foco espiritual da Europa ocidental e na receptora de várias correntes de cultura, mas também de tesouros que enriquecem o santuário. Um feito histórico decisivo para a cidade de Santiago foi a constituição em 1981 da Comunidade Autónoma da Galiza e a sua designação como sede da Junta da Galiza e das instituições autonómicas, convertendo-se na capital política e administrativa da Galiza.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.santiagoturismo.com/
La Coruña é uma cidade movimentada e atraente na ponta norte da Galiza. É um lugar perfeito para desfrutar de um suave passeio pelas ruas e avenidas, onde é possível descobrir desde arquitectura romana, até aos mais modernos edifícios com arquitectura bastante inovadora.
A primeira impressão da capital da província da Galiza é das melhores, pois ela é uma cidade bonita, facilmente visitável, por não ser demasiado grande, moderna e espaçosa. A Coruña abriga magníficas praças, um fantástico bairro medieval e uma incrível variedade de diferentes estilos arquitectónicos.
O Passeio Marítimo que não pára de crescer e que nos leva por praias, enseadas e falésias, desde o Castelo de San Antón e seguindo a linha do porto, dando-nos a conhecer paisagens inesquecíveis como o Parque Escultórico da Torre de Hércules, um museu ao ar livre num contorno de lenda, continuando até às praias de Orzán e Riazor.
Muitos candeeiros de inspiração modernista ocupam parte do Passeio Marítimo, servindo de suporte a 1.200 pinturas da artista plástica Julia Ares, galardoada com vários prémios, entre eles, o "Chairman Award do Royal Museum de Ueno en Tokio".
A cidade também é conhecida pela sua excelente gastronomia, com muita qualidade das matérias-primas, onde se destacam os peixes e os mariscos. A Coruña é uma cidade onde o lazer e a cultura se fundem para dar como resultado apaixonantes percursos. Assim a sua gastronomia, os espaços, a arquitectura, os seus monumentos e o mar, fazem de A Coruña um verdadeiro prazer para os sentidos.
Depois de um belo lanche em Cangas de Onís e da compra de compotas e queijos da região, seguimos viagem e a apenas 15 km, encontramos Covadonga que é outro dos pontos de partida para um dos percursos mais concorridos do Parque Natural. Aqui encontrámos a Basílica de Santa Maria La Real, a estátua de Pelágio e a Santa Cova, antes de subir a montanha, até aos lagos de Enol e Ercina, que é talvez a zona mais conhecida e frequentada do parque.
A Sagrada Gruta, local de culto mariano com o seu cruzeiro de três cruzes, que eu já tinha visto em sonho sem saber de onde era e que me espantou e maravilhou quando o avistei, pois estava ali aquilo que tinha visto em sonho, anos atrás, sem saber o que era ou o que significava. A cova ou gruta foi visitada pelo Papa João Paulo II, que rezou perante "a Santinha" em 21 de Agosto de 1989.

O Cerro de Santa Catalina, é um parque na ponta da península que proporciona uma vista muito formosa do litoral. Sobre a própria ponta da península há uma escultura de grande tamanho, o "Eligio del Horizonte", ou o "Elogio do Horizonte".