As origens do Bom Jesus remontam ao principio do século XIV, quando alguém, talvez a seguir à Batalha do Salado (1340), decidiu colocar uma cruz no alto da encosta do monte Espinho. Bem depressa esta cruz foi abrigada por uma ermida, que se tornou meta de peregrinação por parte dos Bracarenses e de outros fiéis das redondezas.
Em 1629, um grupo de devotos da Santa Cruz do Monte resolveu construir uma confraria a que foi dado o nome de Confraria do Bom Jesus do Monte, sendo a sua finalidade fazer tudo para o engrandecimento deste centro de peregrinação. Pouco a pouco foi ganhando corpo a ideia de transformar a ermida da Santa Cruz do Monte Espinho num grandioso monumento em honra da paixão de Cristo. De 1629 a 1722 foi-se abrindo um caminho sinuoso e íngreme nas margens do qual se construíram capelas em forma de pequenos nichos, que lembram aos peregrinos os diversos passos do Calvário.
A partir de 1722, com o Arcebispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles, foi iniciado o projecto e começou-se a realizar um grande plano, que acabou por redundar no Santuário do Bom Jesus do Monte actual. Tratava-se de reedificar, em Braga a cidade de Jerusalém, para que os cristãos que não podiam peregrinar até à Palestina pudessem fazer aqui a sua peregrinação aos lugares santos, revivendo as cenas da Paixão de Cristo. Estas estações do Gólgota espiritual conduzem gradualmente até à igreja concluída em 1811, que substituiu o santuário original de forma circular. Os peregrinos, ou o turistas, que chegam ao Bom Jesus do Monte, se querem ficar com uma ideia exacta desta «via-sacra», em pedra, que, no dizer de Germain Bazin, é talvez o mais monumental e poético exemplar de todas as vias-sacras de pedra, devem começar a sua visita pelo pórtico, encimado pelas armas de D. Rodrigo de Moura Teles (foi reitor da Universidade de Coimbra, e em 1694, foi bispo da Guarda e de 1704 até a sua morte em 1728 foi arcebispo de Braga), e em cujos umbrais se podem ver duas cartelas, que indicam o objectivo do Santuário do Bom Jesus do Monte.
Além disso o peregrino e o turista também encontram no Bom Jesus ocasião para uma sã diversão, não só proporcionada pela bela vista que daqui se desfruta, mas também pela existência da sua bela mata com exemplares magníficos e ar puro que proporciona óptimos passeios.
O adro da Igreja projectado por Carlos Amarante em 1784, apresenta 8 estátuas, que representam personagens que intervieram na condenação, paixão e morte de Cristo, tendo a própria Igreja uma planta em cruz latina.
O Bom Jesus do Monte é por todos estes motivos um local magnifico, onde se conjuga a obra da natureza com a notável obra do homem, (vasta, diversificada e absolutamente fabulosa), numa das maiores intervenções barrocas do País desenvolvida por André Soares, e se afirma como uma referência obrigatória do Barroco europeu, que evidência a própria evolução da arte-bracarense, consubstanciada na introdução do neoclássico por Carlos Amarante.
Importa ainda referir o elevador, movido a água de finais do século XIX, peça viva da arqueologia dos transportes portugueses e hoje um imóvel de interesse público, que pode ser usado durante todo o dia. As célebres escadas do Bom Jesus do Monte (1723-1837), são a outra opção para alcançar o santuário que proporcionam um óptimo exercício.
O Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, cuja construção se iniciou em meados do séc. XIX, mais precisamente a 14 de Julho de 1863 e é o segundo maior centro de devoção mariana em Portugal, depois do de Fátima.
A história deste santuário é longa e interessante. Em 14 de Junho de 1637, o então Arcebispo de Braga, jurou solenemente defender o privilégio da Imaculada Conceição da Virgem Nossa Senhora, mais de duzentos anos antes de a Igreja definir o seu dogma.
Só em Agosto de 1880 foi benta uma capela, junto ao monumento, que receberia a imagem que ainda hoje lá se venera, esculpida em Roma e benzida pelo Papa Pio IX. O actual templo, que alberga a mesma imagem, foi iniciado dez anos depois e elevado por Paulo VI à categoria de Basílica.O templo actual só foi concluído já no século XX, e nele se destaca no seu interior o altar-mor em granito branco polido, bem como o sacrário de prata.
Pólo de grandes peregrinações, só em 1955 entraram no Sameiro mais de um milhão de pessoas. Por outro lado, acarinhado por vários Papas, a partir de Pio IX, o santuário foi visitado em 1982 por Sua Santidade o Papa João Paulo II e a ele dedicou o monumento ao Papa Peregrino. A festa da Senhora do Sameiro foi fixada em 12 de Junho, dia em que S. Pio X coroou oficialmente a imagem de Nossa Senhora da Conceição.

Depois de se petiscar um pouco de todo este cardápio, tentámos dar uma volta pela simpática vila de Montalegre, mas o frio estava de rachar, pelo que se voltou para a caravana que estava quentinha e por isso muito mais comfortável que a rua.
Quem por lá passou por certo observou imagens singulares e até insólitas que ficam na memória de todos. Por entre um enorme leque de "flashes", podemos reter imagens diferentes que caracterizam este evento que arrasta mais de 50 mil pessoas à Capital do Barroso.
Caracterizada pelo seu imponente castelo que a vigia dia e noite do alto vai, segundo a lenda, buscar o seu nome à história do fidalgo que com as suas comitivas por aquelas paragens passavam e nas aldeias entravam, pilhavam e se abasteciam de tudo um pouco sem prestar as devidas contas.

O rio Corgo, um dos mais importantes afluentes do rio Douro, forma no concelho de Santa Marta de Penaguião, que atravessa, uma zona de fortes declives e de grande beleza, conhecida por "encostas do Corgo", local afamado pelos excelentes vinhos aí produzidos.

Nesta exposição tomei o real conhecimento, do muito que deve o Vinho do Porto a Joseph James Forrester. Em 1844 publicou "Uma palavra ou duas sobre o Vinho do Porto", obra em que declarou guerra a todos aqueles que adulteravam o vinho, o que lhe granjeou muitos inimigos. Foi também um estudioso do oídio da vinha (Oidium tuckeri), e foi um exímio cartografo tendo desenhado notáveis mapas do Vale do Douro. Foi ainda poeta, desenhista e aguarelista.
Ali a detentora de uma das maiores fortunas do Douro primava em receber as suas visitas, debaixo de uma frondosa palmeira que ainda hoje lá existe. Ao instalar-se o Barão no Vesúvio, aumentou assim o número de visitantes que já ali se encontravam, a saber, a filha de D. Antónia, o genro (o jovem Conde de Azambuja) e ainda o juiz de direito da comarca, que apreciava muito não se sabe se a quinta, se o famoso vinho, se a Ferreirinha. 


A sua obra, à medida das palavras e ao longo dos desenhos e outros trabalhos, convida-nos a um vai e vem subtil e perturbador entre o mundo e os objectos, entre as formas e os sentidos. Sílvia Hestnes conduz-nos da extremidade da pena e das suas mãos a deixar-nos invadir pela sua maneira de sentir e ressentir. Ela faz-nos entrar num universo onde o sorriso tem também a cor da melancolia e a tristeza a voz da felicidade de um dia.
Dessa imaginação e construção resulta um trabalho sem dúvida muito agradável, levando-nos para um Mundo imaginário e ao mesmo tempo real, a partir das formas e dos sentidos captados pelo observador. 
A sua obra integra plenamente a figuração e a abstracção, pela via de uma sensibilidade absolutamente surreal. Não é fácil encontrar-lhe parentescos próximos na grande família da pintura portuguesa saída dos meados do século XX. Mas, se quiséssemos procurá-los, talvez fosse algures nesse intervalo entre mundo concreto e onírico, entre real e fantástico. E assim, iniciar-se-ia essa difícil leitura de formas que se diluem nos fundos, de fundos onde se geram formas, de nebulosas que engendram figuras. Enfim um estilo e uma pintura realmente conseguida. Adorei... Pena as câmaras não poderem ser usadas.
Em 1960 frequenta o Curso Geral de Escultura e, entre este ano e 1968, participa em seis edições das Exposições Magnas da ESBAP. Em 1963 conclui o Curso Geral de Pintura, um ano depois viaja para França e Inglaterra e casa com Madalena Von Hafe.