Ao deixar-se a Auto-Estrada do Mediterrâneo e seguindo pela Auto-Estrada de Montserrat, encontramos a cerca de 40 quilómetros, a cidade de Terrassa, de onde se vislumbra ao longe todo o imponente maciço de Montserrat, que faz parte do Parque Natural da Montanha de Montserrat.
É nesta bonita povoação que param os comboios vindos de Barcelona, cheios de turistas que vêm visitar o Mosteiro e La Moreneta, a padroeira da Catalunha.
É ali também que se encontram as estações de funicular e teleférico, para se ascender ao cimo da montanha. Ainda se pode optar por subir a estrada, que se contorce nas vertentes desta imponente montanha.
Esta estrada para o mosteiro é deslumbrante, embora muito sinuosa e íngreme e por vezes muito estreita, em especial já numa zona de bastante altitude, fazendo com que a maioria das pessoas que visitam o mosteiro, por medo de a enfrentar, façam a viagem até lá acima de teleférico ou de funicular.
Para quem sofre de vertigens, como por exemplo, o nosso resistente e “heróico” condutor, a subida é um autêntico suplício, mas quando se chega lá acima, ninguém é capaz de dizer que não mereceu a pena a aventura, pois a paisagem é de uma beleza de tirar o fôlego.
O lugar de pernoita foi logo encontrado, num parque de estacionamento, junto aos primeiros restaurantes, antes da ponte, com uma vista soberba, de onde se vislumbrava toda a Catalunha.
Após o jantar, fomos a pé ver o mosteiro com a sua iluminação nocturna, o que é imperdível! O nome oficial do lugar é Monasterio de Santa Maria de Montserrat.Foi criado pelos frades beneditinos por volta do ano 1.000 d.C. Depois de diversas trocas de ordem religiosa ao longo do tempo, que foi administrando o local e de uma destruição quase completa pelas tropas de Napoleão, em 1811, o lugar foi recuperado em boa parte no século XX, por arquitectos catalães.
Até hoje é lugar de peregrinação de fiéis que procuram milagres através da adoração da Virgem de Montserrat, "La Moreneta".
Rezavam em uníssono às duas virgens de sua devoção, a Virgem de La Macarena, de Sevilha e à Virgem La Moreneta, da Catalunha. Quando nos viram, logo nos contaram o que tinha sucedido. A pequena e jovem pomba, ainda com fracas asas, teria caído lá de cima, da torre e como ainda não conseguia voar ali estava caída, sem amparo. Espero que durante a noite, tal Fénix Renascida, a pomba tenha voado novamente para o seu ninho e para os cuidados de sua mãe…O Santuário não se confina às principais dependências do mosteiro, mas a todo o conjunto, inclusive os vários caminhos a seguir, na parte acima de Montserrat, que nos levam a outros pequenos e antigos ermitérios, encravados nas rochas.
Alguns têm subidas bem fortes, outros vão serpenteando pelas encostas dos morros. Nada que demande equipamento ou calçados especiais, pois tudo são estradinhas bem definidas, inclusive com escadarias nos pontos mais íngremes e guardas de protecção nas partes mais perigosas.Conforme o ponto em que se está, vale sempre a pena andar mais um pouquinho além do que as placas permitem, para que se tenha uma visão ainda melhor do Mosteiro Montserrat, lá de cima.


Quem se desloca de Barcelona em direcção ao noroeste e após cerca de quarenta quilómetros, começa a vislumbrar a bela montanha de Montserrat.
Montserrat é segundo a tradição, a montanha mais importante e misteriosa da Catalunha. Situada entre as comarcas do Bages, o Anoia e o Baix Llobregat, esta montanha possui também o místico Mosteiro de Montserrat, que se localiza no cimo da montanha.
Na abertura do libreto de sua última obra, o compositor Richard Wagner, escreveu as seguintes instruções: “A acção da Ópera Parsifa passa-se no território dos guardiões do Graal, o Castelo de Monsalvat, situado nas montanhas ao norte da Espanha Gótica”.
Como se sabe a ordem militar dos cavaleiros templários foi fundada na época das cruzadas, para defender o Santo Sepulcro. Sua primeira sede foi a Mesquita Al-Aqsa, situada no Monte do Templo, em Jerusalém.
Acusados de heresia, os templários foram detidos, torturados e tiveram suas propriedades e bens confiscados. Seu líder máximo, Jacques de Molay, foi queimado vivo.
Os últimos sobreviventes foram os Templários da Catalunha, que receberam a protecção dos monges beneditinos, refugiando-se no Mosteiro de Montserrat. Diz a lenda, que o Santo Graal foi levado para este refúgio e escondido numa das grutas desta montanha. 
Após o almoço, tentámos ir até Port Lligat, mas as estradas estavam vedadas ao trânsito e o caminho tinha que ser feito a pé. 

Segundo li, esta casa transpira a personalidade de Dalí, que está carimbada em cada quarto, em cada sala, em cada recanto, dando ao visitante a impressão da sua constante presença.
Encontra-se a curta distância de Barcelona, (a apenas 2h30) o que a torna muito acessível e atraindo não só turistas, mas também muitos espanhóis que têm ali as suas segundas casas para férias ou fins-de-semana.
Outros notáveis artistas, tais como Pablo Picasso, Joan Miró, Marcel Duchamp, Antoni Pitxot, Henri-François Rey, Melina Mercouri e Maurice Boitel também moraram ou veranearam ali, por certo atraídos pelas belezas naturais de cadaqués.
Dentro da vila podem ser encontradas várias lojas de venda de artesanato e lembranças turísticas. Existem também vários bares e restaurantes que servem principalmente os frutos do Mediterrâneo.
Tudo somado, Cadaqués é um lugar que faz do tempo lá passado, um tempo ideal e inesquecível, pois não podemos esquecer que ali estamos numa das estâncias turísticas mais cativantes da Costa Brava espanhola.
Uma dessas povoações à beira do Mediterrâneo e no sopé da montanha Albères, Port-Vendres, é a vila piscatória vizinha de Collioure, que logo nos aparece ao virar uma curva da estrada. Às portas de Espanha e perto de locais turísticos, Port-Vendres é a base ideal para fazer férias no Sul da França.
O seu nome provém do grego, "Portus Veneris” (Porto de Vênus), pois era um abrigo natural onde a actividade marítima nunca deixou de existir.
Outrora, ao contrário de que seria de esperar, não era a actividade piscatória que era a mais praticada, mas sim o contrabando de mercadorias de e para Espanha, que terá sido uma actividade importante em Banyuls-sur-Mer e só uma pequena parte dos seus habitantes viviam da pesca e da viticultura.
Mais uma pequena enseada! É Port de la Selva. De todas as aldeias em redor do Cabo Creus, Port de la Selva é talvez a mais típica vila de pescadores, digna de reparo a partir de uma certa altura.

Depois de se voltar a subir novamente até bem alto, onde a serra é árida e os ventos sopram sem parar. Lá no alto é estrada e mais estrada, curva e contra-curva e ao cair da noite, começámos a descer a serra, para a chegada ao crepúsculo a Cadaqués…

Desde 981, o Conde de Roussillon e os reis de Maiorca, contribuíram para desenvolver e fortalecer Collioure. A vila foi entre os anos de 1276 a 1344, a residência de Verão dos reis de Maiorca.
Mais tarde, a descoberta da América, no séc. XV dá origem ao declínio gradual da actividade no porto de Collioure, que nessa época pertencia à Catalunha. 



Uma homenagem de Madame de Lafayette, sua amiga, é representante da admiração que se tinha na época, por ela: "Sua inteligência e saber, embelezam tanto a sua pessoa, que não há ninguém na terra tão bonita ".
E foi assim, que Marie de Rabutin Chantal, Marquesa de Sevigné, passou à história das letras francesas, graças a essa correspondência, que da sua residência parisiense no hotel Carnavalet, manteve com sua filha, Françoise-Marguerite, Condessa de Grignan, que residia na Provença. Essas cartas foram publicadas após a sua morte, o que a fez famosa.
Acerca da sua escrita Luiz Roberto Monzani (professor na Universidade de Estadual de Campinas – Brasil), diz: “A correspondência de Madame de Sévigné, é digna de atenção sobre diversos pontos de vista. Em primeiro lugar, do ponto de vista literário, já que se trata de uma das melhores estilistas da Língua Francesa. Sua prosa alia, de maneira às vezes ímpar, a naturalidade e a elegância, e compreende-se perfeitamente ao lê-la, porque é considerada uma daquelas pessoas que contribuíram para a fixação de sua língua”.
A mesa de pedra em que Madame de Sévigné escreveu algumas vezes quando se encontrava em Grignan, encontra-se ainda na Caverna de Rochecourbière. Para chegar a esta caverna, que é um lugar de frescor, deve passar-se antes da piscina sul de Grignan, pela estrada para Montélimar e vira-se à esquerda na primeira esquina. A caverna fica a 300 metros do cruzamento.