Florença é o lugar mais encantador do mundo, especialmente quando o rio Arno fica dourado à luz do poente e por isso, quem a visita, tem que gozar pelo menos uma vez, a partida do Sol junto das suas margens.
Já anoitecia e rapidamente o apetite chegou. Resolvemos caminhar até à Piazza della Republica, para ali jantarmos e passarmos algumas horas da noite. Pelo caminho as ruas escuras, com pizzarias e geladarias, sempre com turistas e muitos jovens caminhantes.
Depois no final de uma rua deparou-se-nos a Loggia del Mercato Nuovo, popularmente conhecida como a Loggia del Porcellino, que é um edifício aberto que abriga durante o dia um mercado de rua. É assim chamado para distingui-lo do Mercato Vecchio, localizado na área da actual Piazza della Repubblica.
Este mercado foi construído em meados do séc. XVI no centro da cidade, a poucos passos da Ponte Vecchio e que inicialmente, era destinado à venda de bens de luxo e de tecidos de seda. Hoje é um mercado destinado ao turismo, onde são vendidos durante o dia, artigos de couro e souvenirs.
O ponto focal do mercado é a Fontana del Porcellino (Fonte do leitão), na verdade uma cópia em bronze de um javali por Pietro Tacca, do séc. XVI. O original pode ser encontrado no Palazzo Pitti.
A tradição popular diz que esfregar o nariz no nariz de porquito, traz fortuna, por isso ao longo do tempo, a estátua foi adquirindo um certo brilho nesse local. A tradição incentiva os visitantes a colocarem uma moeda na boca do porco, após esfregarem o seu nariz. Também segundo a tradição, o desejo será concedido se a moeda cair através da grelha para onde a água cai. A inclinação da grelha é de tal forma, que a maioria das moedas cai lá dentro...
Depois a chegada à grande Piazza della Reppublica, no centro de Florença, em estilo neoclássico. É um lugar central e animado, onde as pessoas se encontram e se espalham pelas esplanadas dos seus inúmeros cafés e restaurantes.
Vale realmente a pena passar por esta animada praça, no fim da tarde ou à noite. Esta praça, no coração da cidade foi ao longo do tempo, uma área que sempre manteve a sua função como um local de encontro, começando por acomodar o mercado, definindo o espaço público destinado ao comércio, perto dos espaços complementares nas proximidades, a Piazza del Duomo para assuntos políticos e Piazza del Comune, agora Piazza della Signoria, para os assuntos políticos e civis.
Hoje a Piazza della Repubblica é um lugar vivo, onde se encontram artistas de rua e exposições improvisadas, bem como o local de encontro de homens de cultura e escritores famosos, nalguns cafés da praça, como o Caffè Gilli, o Paszkowski, o Caffè Giubbe Rosse e o Caffè Gambrinus.
O nosso jantar decorreu no histórico Caffè/Ristorante Gilli, cheio de turistas e onde se degustou boa comida italiana. Aqueles que entram no caffè Gilli são imediatamente envolvidos no encanto dos seus dois séculos e meio da história.
O seu estilo Liberty, do início do séc. XX, com paredes cor de marfim, lustres de vidro de Murano, frescos no tecto, arcadas interiores, com um comprido e bonito balcão do bar com uma enorme oferta, bem como a sua refrescante esplanada, que oferece uma boa e variada ementa com produtos da Toscana, fazem com que os momentos ali passados sejam verdadeiramente inesquecíveis.
Fonte: Wikipédia / http://www.worldlingo.com

As especulações sobre a sua vida deram origem a vários mitos que foram propagados por seus primeiros biógrafos, dificultando o trabalho de separar os factos reais da ficção.
Durante o seu exílio Dante escreveu duas obras importantes em latim, “De Vulgari Eloquentia”, onde defende a língua italiana, e “Convivio”, obra incompleta, onde pretendia resumir todo o conhecimento da época em 15 livros, mas apenas os quatro primeiros foram concluídos. Escreveu também um tratado, “De Monarchia”, onde defendia a total separação entre a Igreja e o Estado.
A Piazza della Republica está localizada no centro da cidade e ocupa um lugar muito importante na história romana. Nos tempos antigos, o local onde a Piazza della Republica está situada, foi ocupado pelo Fórum Romano, que foi demolido, em 1865.
No interior desta Igreja encontramos um quadro, representando o celebre encontro de Dante com a sua amada Beatrice e tumbas da sua família. Também ali se encontra o túmulo de Beatrice, mas dizem não ser verdadeiro. Acredita-se no entanto, que os restos mortais de Beatrice estejam no túmulo da família do seu marido, Simone Bardi, no interior da Igreja Santa Croce.
No século IX, já ali existia um pequeno oratório de Santa Maria delle Vigne. Em 1049, foi sobre ele construída uma pequena igreja, com o nome de Santa Maria Novella, que foi concedida em 1221 aos frades dominicanos.
Por isso mesmo, as ruas de Florença são a todo o momento, sinónimas de cultura. Em cada esquina respira-se arte e em todas as ruas, há algo para ver. Encontramos sempre pessoas com mapas e guias da cidade nas mãos e claro, também ouvimos todos os tipos de sotaques e idiomas.
Assim sendo e partindo da Piazza Santa Maria Novella, fomos pela Via del Sole até ao Palazzo Strozzi (Palácio Strozzi), na zona central de Florença. Este é um dos mais notáveis edifícios da fase inicial da Renascença italiana.
Autêntica obra-prima da arquitectura civil florentina do Renascimento, foi construído, entre 1489 e 1538, para a família Strozzi, uma das mais importantes linhagens florentinas, tradicionalmente hostil à facção dos Médici e que manteve este palácio na sua posse até 1907, ano em que foi legado ao Estado italiano. O projecto do edifício é do arquitecto Benedetto da Maiano, que o projectou por encomenda de Filippo Strozzi.
A Piazza Strozzi foi usada durante todo o Renascimento como lugar de feira para venda de alimentos, uma ocupação que deixava diariamente muitos dejectos e que não agradava aos Strozzi. Uma placa ali colocada em 1762 pelos "Otto di Balia e di Guardia", (os precursores do corpo da policía municipal) na esquina da praça, proíbe o comércio de melancias, fruta e sucata, sob pena de severas multas.
Àquela hora a cidade ainda apanha em cheio a famosa luz da Toscana e é um prazer deambular pelas suas ruas e aqui e ali desembocar nas suas inúmeras praças, onde o sol aparece com todo o seu esplendor.
O Renascimento está presente nas ruas. Florença é um grande museu ao ar livre e para os moradores da capital do Renascimento, a convivência com hordas de turistas parece nunca incomodar, estando sempre prontos para responder com gentileza às perguntas e ajudar quem quer que precise.
A chegada à Piazza del Duomo foi rápida. Esta praça é dominada pela sua fabulosa Catedral ou Duomo e edifícios afins, como a alta e elegante Torre Campanário de Giotto e o Batistério de San Giovanni ainda aberto e que por isso ainda podemos visitar naquele dia.
São também constituídas por 28 painéis, com cenas do "Novo Testamento". As estátuas de bronze acima das portas norte foram feitas por Francesco Rustici, com assistência de Leonardo da Vinci.
Depois o simples mas saboroso jantar, uma bela Pizza Napolitana, seguida de um saboroso "gelatto", numa geladaria/pizzaria ali mesmo na Piazza del Duomo, do lado esquerdo do Duomo, numa esplanada ao ar livre, observando o passar dos turistas que inundavam a praça.
Assim e na paz bucólica das vielas à beira do rio Arno, caminhámos através do centro medieval de Florença, com a orientação naturalmente prestada pela torre do Palácio Vecchio, até chegarmos ao coração da cidade, a Piazza della Signoria.
Foi nesta praça que morreu Savonarola (reformador dominicano que veio de uma antiga e tradicional família de Ferrara. Um intelectual muito talentoso que devotou os seus estudos, em especial à filosofia e à medicina), em 25 de Maio de 1498, depois de ser denunciado à Inquisição como herege. A inscrição existente no círculo de mármore no centro da Piazza della Signoria, mostra o local onde Savonarola morreu queimado na praça pública.
Situada no canto direito do Palazza Vecchio, na Piazza della Signoria, foi construída entre 1376 e 1382 para abrigar as assembleias do povo e realizar cerimónias públicas, como por exemplo, a posse de cargos do exército ou do clero.
Ali se encontra a famosa estátua de Perseo, segurando a cabeça de Medusa, de Cellini (1554), simbolizando o que acontecia a quem cruzasse perfidamente com os Medici. Ali também se encontra, entre outras a complexa escultura do artista flamengo Jean de Boulogne, mais conhecido por Giambologna, o Rapto das Sabinas, uma das mais belas esculturas encontradas ao abrigo dos arcos da Loggia dei Lanzi.