A Piazza San Dominico era utilizada para conter as multidões que se reuniram para ouvir os sermões dos frades dominicanos, e era originalmente separada da rua por um muro. Na parte posterior da praça está presente uma coluna em pedra e bronze, obra de Guido Reni, que comemora o fim da epidemia de peste negra que por vários anos afligiu a cidade.
Muito características são as tumbas de Rolandino dei Passeggeri (1305 - um advogado italiano mestre na arte notarial da Universidade de Bolonha e um dos mais famosos juristas medievais, que se tornou o chefe principal de Bolonha, em torno de 1300. Até à sua morte, ele conduziu um regime de tirania e violência idêntico à maioria das ditaduras modernas) e de Egidio Foscherari (1289 - jurista bolonhês do final do séc. XIII). Uma terceira tumba, da Família Muzzarelli, similar às outras duas ficou ao lado da tumba de Rolandino.
A Basílica de San Domenico além de ser uma das igrejas mais importantes de Bologna é a sede da Ordem Dominicana. Dentro da igreja existe a chamada Arca de São Domingos, onde estão os restos mortais de San Dominico (São Domingos), fundador da Ordem Religiosa dos Frades Pregadores ou Dominicanos, realizada por Nicola Pisano e com contribuições de Niccolò dell'Arca, Michelangelo, Alfonso Lombardi e Jean-Baptiste Boudard.
A igreja foi iniciada logo após a morte do santo em 1221 e concluída em 1240, sendo modificada e ampliada nos séculos seguintes. Possui uma fachada em forma de cabana, construída inteiramente em tijolo, como queria San Dominico, em estilo pobre próprio das ordens mendicantes. O pórtico foi realizado em estilo românico pelo arquitecto Raffaele Faccioli em 1910, para restaurar a aparência românica original.
Se o exterior parece simples, o interior é o oposto, encontrando-se cheio de magníficas obras de arte, incluindo pinturas de Guercino, Cambiaso Luca, Lodovico Carracci e Pisano Giunta. O fresco localizado na luneta do pórtico, retrata “San Dominico abençoando a cidade de Bologna” e é uma reprodução de uma imagem em mosaico do século XVIII, de Luca Casalini-Torelli, na entrada do convento.
O local principal da igreja é sem dúvida a Capela de San Domenico, por conter a arca em mármore branco com os restos mortais do santo. Esta arca é considerada uma das mais importantes esculturas da arte italiana, esculpidas por artistas famosos como Nicolò Pisano e Michelangelo. O coro em madeira, também não deve passar despercebido, pois os seus contemporâneos chamavam-lhe a "oitava maravilha do mundo".
San Dominico chegou a Bologna, em Janeiro de 1218, estabelecendo-se com seus monges na igreja do mosteiro, que na época estava fora das muralhas, dedicada a Santa Maria da Purificação, conhecida como a "Mascarella", situada agora na esquina da Via Irnerio com a Via Mascarella, e que foi reconstruída após um bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial.
Por ter necessidade de mais espaço, San Dominico estabeleceu-se em 1219, no Convento de San Nicolò delle Vigne, o mesmo lugar onde agora se ergue a Basílica Dominicana. Ali, entre 1220 e 1221, San Dominico escreveu os dois primeiros capítulos gerais, que visavam definir os elementos-chave da ordem. Também foi ali que em 6 Agosto de 1221, San Dominico morreu e foi enterrado atrás do altar de San Nicolau. Em 1233, enquanto a construção da basílica e o alargamento do convento estavam em andamento, os restos mortais de San Domenico foram colocados num caixão de madeira de cipreste, que por sua vez foi colocado dentro de um sarcófago de mármore simples e colocado atrás do altar de uma capela lateral do corredor, onde hoje está a Capela do séc. XVII, de San Dominico.
No ano seguinte, a 13 de Julho de 1234, San Dominico foi canonizado pelo Papa Gregório IX. A fim de tornar visível o túmulo aos fiéis, cada vez mais numerosos desde a canonização do santo, em 1267, os seus restos mortais foram colocados num sarcófago mais rico e decorado por Nicola Pisano e seus alunos. Os anjos da base são um dos primeiros trabalhos de Michelangelo.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.iguidez.com/Bologna
À frente da Basílica de San Petronio encontra-se o interessante Museo Morandi, alojado no Palazzo d'Accursio ou Palazzo Comunale (Câmara Municipal da cidade). Nele podem ser encontradas colecções de arte, contendo a maioria da produção de Bolognese (Giorgio Morandi - 1890-1964), que era natural de Bologna e professor de Desenho na Universidade de Bologna. A colecção em grande parte composta por obras doadas à Câmara Municipal pela família do artista é caracterizada por temas recorrentes, tais como garrafas, naturezas mortas, vasos e copos.
Na sua frente a galeria porticada tem 30 arcadas e 139 metros de comprimento, enquanto que as escadarias e as galerias são densamente decoradas com inscrições e milhares de emblemas com os nomes dos alunos. O patamar de seu pátio interior é decorado com as capas dos melhores alunos de armas. O palácio abriga uma enorme biblioteca que contém 750.000 volumes e um emocionante Teatro Anatómico (Sala Anatómica), usada pelos professores e os alunos para dissecar cadáveres.
Abandonamos a Piazza Marggiori e caminhamos a pé pela Via dell’ Archinnasio que é uma rua com muitas montras das melhores marcas mundiais. Ali perto também se encontra a Galleria Cavour, onde podem ser encontradas as melhores lojas da cidade.
É um lugar sossegado, cheio de arvoredo, que convida à meditação. Nela sobressai a estátua de Camillo Benso, Conde de Cavour (político e unificador da Itália), por Carlo Monari, em 1892. Em torno da Piazza Cavour observam-se vários edifícios históricos, nomeadamente a Banca Nazionale, agora Banca d'Italia, o Palazzo Barbazzi e outros palácios de famílias importantes da cidade.
A noite decorreu chuvosa e na manhã seguinte, choveu e trovejou muito. No entanto, após o almoço o tempo melhorou, e fomos no autocarro urbano 68, para a cidade de Bologna.
Queríamos fazer o percurso recomendado pelo Guia American Express, para a visita ao centro histórico da cidade, e ao deixarmos o autocarro 68, já bem perto do centro, foi para lá que caminhámos. Pelo caminho a “Piazzola”, uma feira popular ao longo da estrada, cativou por vezes a nossa atenção, mas os belos edifícios de tijolo de traça medieval encantaram-nos.
Entre as obras de arte que lá se encontram, podem ver-se a “Anunciação”, por Ludovico Carracci, pintado na luneta central do Presbitério, uma crucificação romana de madeira de cedro e um grupo de esculturas em terracota, “Lamentação sobre Cristo Morto”, por Afonso Lombardi, uma obra do século XVI.
Entrámos pela Piazza del Nettuno, e logo do lado direito se observa a "Parede da Memória", com as fotos de muitos homens e mulheres, naquele que é designado por "Sacrario dei caduti della Resistenza", vítimas do fascismo, que foi considerado o 1º massacre de Bolonha, 1944-1945. Ao lado também se encontra uma lápide em acrilíco, que faz alusão ao 2º massacre de Bologna, a 2 de Agosto de 1980, provocado por uma bomba e que fez 85 mortes e mais de 200 feridos. Foi reivindicado por uma organização de extrema-direita intitulada Núcleos Armados Revolucionários e ignoram-se até hoje, quem foram os autores morais deste morticínio.
A Piazza Maggiore e a adjacente Piazza del Nettuno, constituem o coração de Bologna e são o centro de sua vida civil e religiosa. A aparência actual das duas praças é o resultado da história da cidade, com edifícios nobres de diferentes épocas. A Piazza Marggiori é uma das mais bonitas praças italianas, emoldurada por magníficos palácios medievais.
Elisa Bonaparte, irmã de Napoleão Bonaparte está ali enterrada. A Igreja possui também um relógio de sol, "La Meridiana del Tempio di S. Petronio", que forma de uma linha do meridiano, embutido no pavimento da basílica do corredor à esquerda. A luz do sol entra por um buraco no tecto, marcando a hora certa. Data de 1655, e foi calculado e desenhado pelo famoso astrónomo Giovanni Domenico Cassini, que ensinava astronomia na Universidade de Bologna. Tem 66,8 metros e é o maior relógio de sol em todo o mundo, cujas medidas foram para o tempo excepcionalmente precisas.
Já mencionada por Dante na "Divina Comédia", esta cidade tem uma longa tradição marítima, ligada às actividades de pesca e aos seus estaleiros.
Na zona histórica o charme do antigo Mercado do Peixe, combina a história com as novas tendências: adegas, bares e restaurantes à luz de velas, animam as praças e as ruas medievais do romântico centro histórico, transformando-a assim no “Montmartre” de Rimini. Ali se pode jantar sob as estrelas ou tomar uma bebida conversando. Tudo isto se passa no antigo Mercado do Peixe, com a sua antiga bancada em mármore do século XVIII. Este mercado tornou-se moda imediatamente, depois de alguns dos polos universitários da Universidade de Bolonha serem estabelecidos em Rimini, trazendo para a cidade cerca de 6000 estudantes de toda a Itália.
Rimini tornou-se rapidamente num resort, onde aos cuidados de saúde dos banhos de mar, se juntou entretenimento. Em vez de dunas de areia e zonas pantanosas, surgiu uma nova cidade, elegante, com muitas “villas” em estilo Liberty e muitas zonas verdes. Desde então as pessoas continuaram a chegar a Rimini não só por motivos de saúde, mas acima de tudo para relaxar e se divertirem.
A Marina é um lugar de meditação, cercado de água por todos os lados. Em cada época do ano é possível encontrar habitantes locais caminhando por ela, para um momento de relaxe, sozinhos ou acompanhados. E foi justamente ali, na noite, que Federico Fellini, natural de Rimini, imaginou a aparência do famoso transatlântico Rex, para o seu filme “Amarcord” (que significa "Eu me lembro", em dialecto local), de todos o mais autobiográfico deste cineasta. No entanto há muito sobre Rimini em quase todos os filmes de Fellini, embora as cenas tenham sido sempre reconstruídas nos estúdios da Cinecittà ou em algum outro lugar.
Essa noite foi de descanso e ficámos ao fresco no jardim ao lado da área de serviço. No dia seguinte pretendíamos fazer praia durante todo o dia e foi o que fizemos. Depois de acordarmos pegámos nas bicicletas e fomos até à praia.
A maioria do areal é concessionado, no entanto há muitas áreas destinadas a quem quiser estender uma toalha, que são livres. As áreas concessionadas pertencem a cafés ou restaurantes e alugam chapéus e espreguiçadeiras como nas zonas concessionadas do Algarve. A diferença está no espaçamento que é maior e como o número de áreas concessionadas é grande, nunca estão cheias, o que nos deixa em maior sossego. Adorei a experiência!…
Pode-se fazer qualquer coisa na praia, desde ter aulas de yoga, cursos de bordado, competições de castelos de areia ou fazer corrida ou caminhada. Durante o dia os estabelecimentos de praia organizam muitos tipos de eventos, para adultos e crianças. Para resumir, a ênfase está na diversão durante todo o Verão.
No nosso caso colocámos as bicicletas a guardar na área destinada ao Destacamento Aeroportuário, pois por sorte o senhor que tomava conta da área era um português casado com uma brasileira e que simpaticamente nos recomendou uma área bastante sossegada, como era nosso desejo.
Segundo a tradição, São Marinus deixou a ilha de Rab, na actual Croácia, então uma colónia romana e foi em 257, para a cidade de Rimini como pedreiro, quando o futuro Imperador Diocleciano, emitiu um decreto solicitando a reconstrução das muralhas da cidade de Rimini, que havia sido destruída por piratas libúrnianos.
A República de San Marino é a mais antiga república do mundo, regida também pela mais velha constituição. Teve desde sempre, em especial devido ao isolamento geográfico, conseguido manter-se independente, apesar da rivalidade das antigas cidades-estado italianas, das Guerras Napoleónicas, da Unificação da Itália, ou das duas Guerras Mundiais.
A chegada a San Marino foi realizada no final da tarde e depois de deixarmos a autocaravana bem estacionada em local com vigilância, dirigimo-nos ao teleférico que nos lavaria até ao cento histórico, uma cidadela amuralhada situada no Pico de la Rocca (749 m), onde se encontra o ponto mais alto do país e que é um autêntico centro comercial ao ar livre.
O antigo centro histórico ainda hoje habitado, tem preservando todas as suas funções institucionais, e graças à sua posição no topo do Monte Titano, a antiga cidade não foi afectada pelas transformações urbanas ocorridas a partir do advento da era industrial e assim se tem mantido até aos dias de hoje.
A pequena cidade antiga é um verdadeiro paraíso de compras, pois sendo uma zona franca, apresenta oportunidades que não podem ser perdidas para todos os "viciados em compras". Graças a uma carga mais leve de impostos, em muitos casos, é de facto mais conveniente fazer compras na República de San Marino do que no resto da Itália. As melhores "pechinchas" para aqueles que gostam de compras são: roupas, sapatos, perfumes e cosméticos, produtos homeopáticos, dispositivos electrónicos, instrumentos musicais (novos e usados) e gasolina.
Pelo caminho acompanhou-nos durante alguns quilómetros a planície umbria. Em Sansepolcro, um antigo feudo da Ordem monástica do Camaldolesi, uma cidade interessante e agradável localizada nas planícies do vale do rio Tibre (Tevere) e na fronteira entre a Umbria e da região das Marcas, virámos em direcção Este.
Esta região montanhosa encontrada no nosso caminho pertence à Reserva Natural dell’ Alpe di Luna. A Reserva Natural abrange uma grande área englobando a bacia dos Alpe della Luna, vale do rio Tibre e parte da região das Marcas. É constituída principalmente por uma floresta de grande porte onde em altitudes mais elevadas, a madeira de faia domina, enquanto em altitudes mais baixas existem bosques de carvalhos. No entanto, a grande singularidade dos Alpe della Luna (Alpes da Lua) está no seu grande isolamento, que mantem nesta área um estado quase selvagem.