MASCULINO E FEMININO CRISE E TRANSFORMAÇÃO
Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Parte V
Parte VI
Parte VII
Visita a Venezia - Piazza San Marco - 1º Dia - Parte XVII

Na Basílica di San Marco há aspectos que devem ser mencionados como é o caso da totalidade da fachada oeste com seus arcos grandes e decoração em mármore, com esculturas em volta da porta central. Em acima, os quatro cavalos que presidem a praça inteira, simbolizando o orgulho e o poder de Venezia, aos quais os genoveses em 137, fizeram referência, dizendo que não poderia haver paz entre as duas cidades até que estes cavalos ali estivessem. 400 anos depois, Napoleão, depois de ter conquistado Venezia, retirou-os enviando-os para Paris.


A arcada está alinhada com lojas e restaurantes ao nível do solo, agora com escritórios em cima. Os restaurantes incluem o famoso Caffè Quadri, que foi apadrinhado pelos austríacos quando Venezia foi governada pela Áustria, no séc. XIX, enquanto os venezianos preferiam o Caffè Florian, do outro lado da Piazza San Marco.




Visita a Venezia - 1º Dia - Palazzo Ducale di Venezia - Parte XVII








Quando as mulheres ousam...

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* Josias de Souza é um jornalista brasileiro. Exerce o jornalismo desde 1984.
Visita a Venezia - Basílica di San Marco - 1º Dia - Parte XVI



Também a não perder é a observação detalhada do lado sul (mais próximo ao Palácio dos Doges), onde é possível admirar duas colunas finamente esculpidas em estilo bizantino. Elas são provavelmente oriundas da Síria, do séc. V ou VI. Perto dali, no canto exterior do Tesouro, encontram-se as esculturas egípcias conhecidas como “Tetraquia”, que datam do séc. IV e que se acredita representarem Diocleciano e seus três co-governantes. Nas fachadas da basílica, podem ser encontradas cinco portas, que estão decorados sumptuosamente com mármore e mosaicos. A fachada principal é absolutamente surpreendente, devido à beleza observada. Está dividida em duas partes por um terraço, onde se observam as réplicas de quatro cavalos, que substituíram os originais em cobre e banhados a ouro, enviados de Constantinopla ao Doge Enrico Dandolo, em 1204, como parte do saque desta cidade na Quarta Cruzada.
Os Cavalos de San Marco foram acrescentados à basílica em torno de 1254. São uma obra da Antiguidade Clássica e alguns crêem que antes adornaram o Arco de Trajano. Foram retirados por Napoleão em 1797, mas devolvidos à basílica em 1815, onde permaneceram até ao ano 1990. Encontram-se atualmente numa sala de exposições, havendo sido substituídos por réplicas em fibra de vidro.Há muitos detalhes fascinantes para desfrutar no exterior, graças à incorporação de uma grande variedade de obras de arte desde a Antiguidade até a Idade Média. Na Basílica di San Marco existe uma quantidade enorme de mosaicos, cada um mais interessante que os outros. Encontramos ali mais de sessenta padrões diferentes, onde estão retratados pavões, rinocerontes, flores e alguns desenhos abstratos que desafiam a nossa imaginação. A combinação das cores, a qualidade dos desenhos e o ineditismo dos temas são de fazer espantar um pintor impressionista.
No átrio, antes de entrar na Igreja, o piso de mosaico em mármore pode ser datado dos séculos XI e XII, com colunas e paredes decoradas com mármore. Meias abóbadas e cúpulas em miniatura em estilo bizantino, revestidas com mosaicos de mármore, são datados dos séculos XII e XIII. A porta de entrada principal para a igreja é guardada por três portões em bronze dos séculos XI e XII.O interior é pouco luminoso, mas um lugar de grande riqueza e beleza arqutetónica. É uma igreja tipicamente bizantina, com desenho em cruz grega, com três naves divididas por colunas e arcos maciços, cobertos de mosaicos dourados que suportam as cinco cúpulas. Os mosaicos que decoram as cúpulas principais são feitos com ouro fundido e possuem na realidade a verdadeira grande riqueza da Igreja. Estas obras de arte em estilo bizantino e veneziano dos séculos XI a XIV, foram em parte refeitos por Ticiano, Tintoretto e Veronese entre outros, nos séculos XVI e XVII.
O altar-mor está levantado acima da cripta e cercado por portões de mármore sobre os quais estão uma série de estátuas de Dalle Masegne (1396). O altar em si é o túmulo de San Marco que está sustentado por quatro colunas em alabastro do séc. XII. Atrás fica o famoso retábulo de ouro, a "Pala d'Oro", todo realizado com ouro e pedras preciosas, além de esmaltes que são trabalhados em estilo bizantino e veneziano dos séculos X a XIV.A história das relíquias de San Marco não pode nem deve passar desconhecida a quem visita a cidade de Venezia, pois como se sabe este é o seu Santo padroeiro.
Segundo reza a história em 828, mercadores venezianos roubaram as relíquias de San Marco Evangelista que descansavam desde a sua morte, em Alexandria, no Egito. Para conseguirem sair do Egito, os venezianos terão escondido as relíquias num barril sob camadas de carne de porco, para as conseguirem passar pelos últimos guardas muçulmanos. Curiosamente esta aventura está retratada num mosaico do séc. XIII, colocado sobre a porta mais à esquerda da entrada principal da basílica e é um dos mais antigos da igreja. As relíquias foram inicialmente alojadas numa capela temporária no Palácio dos Doges, mas uma igreja foi construída para abrigar as valiosas relíquias entre 829 e 832. Esta igreja foi mais tarde queimada numa rebelião contra o Doge Pietro Candiano IV, em 976, mas foi restaurada pelo Doge Domenico Contarini. A basílica sumptuosa atual, que incorpora os edifícios anteriores, foi concluída por volta de 1071.
Fonte: http://www.veneziasi.it/en/venice / http://www.basilicasanmarco.it / Wikipédia.org
António Lobo Antunes
Visita a Venezia - 1º Dia - Parte XVI
Do cais Salute o Vaporetto encaminha-se para o cais seguinte, San Marco, situado no ancoradouro de la Fondamenta dele Farine, por onde caminhamos até à Piazzetta, a praceta que nos recebe antes de entrarmos realmente na Piazza San Marco.

Depois sempre a caminhar, passamos por muitas barraquinhas com as maravilhosas lembranças de Venezia, como os bordados de Burano, onde as sombrinhas se destacam, as famosas mascaras de fabrico artesanal de Venezia, assim como os lindos cristais e vidros multicores de Murano.

A coluna que se apresenta do lado do Palazzo Ducale e que suporta um leão alado, símbolo de São Marcos, o santo padroeiro da cidade, é também o símbolo da cidade e do Estado de Venezia. É uma escultura de bronze muito antiga, a que mais tarde lhe foram adicionadas asas.

A Piazza San Marco é a mais bela praça de Venezia. Foi um enorme centro de poder em séculos passados e a porta de entrada marítima da cidade. É uma praça de grandes dimensões, com uma arquitectura complexa e harmoniosa. A qualquer a hora do dia e até pela noite dentro a música faz-se ouvir, tocada pelas orquestras dos vários e luxuosos cafés (como é o caso do Florian, entre outros).

Ao lado da Basílica di San Marco (oeste), destaca-se virado para a Piazzeta, o magnífico e imponente Palácio dos Doges ou Palazzo Ducale di Venezia, dos séculos XIV e XV, que é também um dos símbolos de Venezia, com as suas paredes de mármore rosa e branco. O Palazzo Ducale, foi outrora a antiga residência do governo de Venezia, no séc. IX.


No entanto, este lugar, além do favorito dos deuses, também o é de muitos dos seus visitantes, sendo o lugar mais lotado de Venezia, possuindo ainda muitas outras maravilhas e tantos segredos por descobrir, como monumentos que são verdadeiras obras-primas criadas por grandes artistas, igrejas com tesouros escondidos, teatros e palácios com séculos de inúmeras histórias das famílias patrícias da cidade...

Fonte: http://www.venezia-gallery.com / Wikipédia.org
O Mundo é a nossa rua
Obrigado Pai, obrigado Mãe por me terem ensinado valores mais altos, como responsabilidade, empenho e determinação. Se não chego mais longe, não é por culpa vossa."
Visita a Venezia - 1º Dia - Parte XV




Visita a Venezia - 1º Dia - Parte XIV
Na última etapa da nossa primeira viagem de Vaporetto pelo Grande Canal, com destino a San Marco e após a passagem pelo edifício onde está sediada a Collezione Peggy Guggennheim, observa-se do mesmo lado, um pouco à frente, o Palazzo Dario.O Ca’ Dario é um palácio estreito, que chama facilmente a nossa atenção pela fachada assimétrica de mármore policromado brilhante e vistoso, com uma mistura invulgar de estilos arquitetónicos, que como os anteriores palácios próximos também fica localizado no Sistieri Dorsoduro e com vista para o Grande Canal. A fachada é ricamente decorada com pedra d'Istria, onde estão dispostos vários medalhões circulares nos seus três andares superiores.
O edifício é famoso pela alegada maldição que pesa sobre ele, que segundo a lenda se encontra assombrado e que todos os seus proprietários estariam destinados a ir à falência ou morrer de uma morte violenta. O número de proprietários ou membros de suas famílias, que morreram pouco depois de possuirem este edifício é chocante, pois o número de mortes ali ocorridas foram pelo menos dez. O palácio foi construído sobre um antigo cemitério e a sua fachada principal encontra-se visivelmente inclinada devido à cedência das suas fundações. Um poeta italiano certa vez comparou a sua estrutura sumptuosa e inclinada, com "uma cortesã decrépita inclinada sob o peso de suas bugigangas".
A maioria do corpo do edifício foi construído num estilo peculiar, assemelhando-se ao gótico veneziano, embora a fachada principal virada para o Grande Canal, seja claramente renascentista. No rés-do-chão do prédio encontra-se a inscrição em latim, VRBIS DARIVS GENIUS GIOVANNI (Giovanni Darius protector da cidade). As suas chaminés também se destacam por serem altas, pois embora sejam tipicamente venezianas, estão entre os poucos exemplares originais da sua época. A varanda neogótica só foi adicionada ao edifício no séc. XIX.
Foi construído para Giovanni Dario, original da Dalmácia, em 1487 e projetado por Pietro Lombardo. Em 1494, com a morte de Giovanni Dario, o palácio foi herdado por sua filha Marietta passando depois para Vincenzo Barbaro. Mais tarde foi reconstruído por Giuseppe Sardi para o almirante Antonio Barbaro, entre 1678 e 1681 e possui um dos melhores estilos do barroco veneziano, em algumas das fachadas.O exterior tem mapas em relevo em mármore que representam os vários locais por onde Antonio Barbaro viajou a serviço de Venezia, como Candia, Zadar, Pádua, Roma, Corfu e Spalato. A família Barbaro permaneceu na posse do prédio até o que no início do séc. XIX, quando Alexandre, o Bárbaro (1764-1839), último membro do Conselho dos Dez da República de Venezia e conselheiro do Supremo Tribunal de Verona, vendeu o prédio a Arbit Abdoll, um mercador arménio de pedras preciosas.
Já no final do séc. XIX, o Palazzo Dario, foi adquirido pela Condessa de la Baume-Pluvinel, uma aristocrata e escritora francesa, que escrevia sob o pseudónimo de "Laurent Evrard" e que fez uma grande renovação do palácio. A condensa tinha por hábito e prazer cercar-se de escritores franceses e venezianos, entre os quais Henri de Régnier, cuja presença habitual no palácio, está imortalizada numa inscrição num muro do jardim do palácio, que diz: "Em Questa Casa antica dei Dario, Henri de Regnier, poeta di Francia, venezianamente Visse e scrisse-anni 1899-1901" (Nesta antiga casa de Dario, Henri de Regnier, poeta francês, viveu e escreveu em Venezia, nos anos 1899-1901).O palácio é também um dos palácios de Venezia que foi retratado num dos quadros de Claude Monet, pintado em 1908, quando se encontrava a residir na cidade e que hoje se encontra na coleção permanente do Art Institute of Chicago.
Atrás do Palazzo Dario reside numa pequena praça, o Campo Barbaro Campiello, assim nomeado em honra de um dos membros da família Barbaro. A praça sombreada por frondosas árvores é ladeada pelo Palazzo Dario, que também e mais uma vez foi imortalizado nos escritos do crítico de arte Inglês John Ruskin, que descreveu o mármore incrustado no edifício com grande detalhe.A estátua de António Barbaro encontra-se no centro da praça, ladeada por belas esculturas que representam a Honra, a Virtude, a Fama e a Sabedoria. No topo da fachada observa-se a árvore genealógica da família Barbaro, esculpida em relevo.
Em frente do Ca’ Dario, do outro lado do Grande Canal encontra-se o cais de Vaporitti de Santa Maria del Giglio. O Campo del Giglio ou Campo Santa Maria Zobenigo, é uma praceta a Oeste da Piazza San Marco onde se encontra a Chiesa di Santa Maria Zobenigo, que foi fundada no séc. IX pela família Zubanico, daí o seu nome, mas que é mais conhecida por Santa Maria del Giglio. Esta igreja, cujo nome se traduz como Igreja de St. Maria do Lírio, referindo-se à flor classicamente usada nas pinturas e escritas relativas ao Anjo São Gabriel, o anjo da Anunciação.
O interior foi restaurado em 1660 e a fachada barroca foi adicionada em 1678-83 por Giuseppe Sardi sob as ordens de Antonio Barbaro, garantindo assim a sua imortalidade, uma vez que a igreja possui uma estátua sua em pedra, que se encontra colocada em cima do portal principal, com estátuas de alguns de seus antepassados por baixo. Na realidade a fachada principal da igreja foi construída para comemorar a história da glória naval e política da família Barbaro, na República de Venezia, pelo que não há um único símbolo religioso na frente da igreja. A família Barbaro, embora originalmente de Roma veio para Venezia em 868, onde vários membros da família se distinguiram, tendo estado alguns deles no comando das tropas venezianas em várias batalhas travadas pela República de Venezia. Além de alguns diplomatas que também serviram Venezia nas complexas relações com as possessões ultramarinas da República, houve um dos seus membros que foi canonizado pela igreja católica.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.planetware.com / http://www.carols-cruise-port-itineraries.com