Também a não perder é a observação detalhada do lado sul (mais próximo ao Palácio dos Doges), onde é possível admirar duas colunas finamente esculpidas em estilo bizantino. Elas são provavelmente oriundas da Síria, do séc. V ou VI. Perto dali, no canto exterior do Tesouro, encontram-se as esculturas egípcias conhecidas como “Tetraquia”, que datam do séc. IV e que se acredita representarem Diocleciano e seus três co-governantes. Nas fachadas da basílica, podem ser encontradas cinco portas, que estão decorados sumptuosamente com mármore e mosaicos. A fachada principal é absolutamente surpreendente, devido à beleza observada. Está dividida em duas partes por um terraço, onde se observam as réplicas de quatro cavalos, que substituíram os originais em cobre e banhados a ouro, enviados de Constantinopla ao Doge Enrico Dandolo, em 1204, como parte do saque desta cidade na Quarta Cruzada.
Os Cavalos de San Marco foram acrescentados à basílica em torno de 1254. São uma obra da Antiguidade Clássica e alguns crêem que antes adornaram o Arco de Trajano. Foram retirados por Napoleão em 1797, mas devolvidos à basílica em 1815, onde permaneceram até ao ano 1990. Encontram-se atualmente numa sala de exposições, havendo sido substituídos por réplicas em fibra de vidro.Há muitos detalhes fascinantes para desfrutar no exterior, graças à incorporação de uma grande variedade de obras de arte desde a Antiguidade até a Idade Média. Na Basílica di San Marco existe uma quantidade enorme de mosaicos, cada um mais interessante que os outros. Encontramos ali mais de sessenta padrões diferentes, onde estão retratados pavões, rinocerontes, flores e alguns desenhos abstratos que desafiam a nossa imaginação. A combinação das cores, a qualidade dos desenhos e o ineditismo dos temas são de fazer espantar um pintor impressionista.
No átrio, antes de entrar na Igreja, o piso de mosaico em mármore pode ser datado dos séculos XI e XII, com colunas e paredes decoradas com mármore. Meias abóbadas e cúpulas em miniatura em estilo bizantino, revestidas com mosaicos de mármore, são datados dos séculos XII e XIII. A porta de entrada principal para a igreja é guardada por três portões em bronze dos séculos XI e XII.O interior é pouco luminoso, mas um lugar de grande riqueza e beleza arqutetónica. É uma igreja tipicamente bizantina, com desenho em cruz grega, com três naves divididas por colunas e arcos maciços, cobertos de mosaicos dourados que suportam as cinco cúpulas. Os mosaicos que decoram as cúpulas principais são feitos com ouro fundido e possuem na realidade a verdadeira grande riqueza da Igreja. Estas obras de arte em estilo bizantino e veneziano dos séculos XI a XIV, foram em parte refeitos por Ticiano, Tintoretto e Veronese entre outros, nos séculos XVI e XVII.
O altar-mor está levantado acima da cripta e cercado por portões de mármore sobre os quais estão uma série de estátuas de Dalle Masegne (1396). O altar em si é o túmulo de San Marco que está sustentado por quatro colunas em alabastro do séc. XII. Atrás fica o famoso retábulo de ouro, a "Pala d'Oro", todo realizado com ouro e pedras preciosas, além de esmaltes que são trabalhados em estilo bizantino e veneziano dos séculos X a XIV.A história das relíquias de San Marco não pode nem deve passar desconhecida a quem visita a cidade de Venezia, pois como se sabe este é o seu Santo padroeiro.
Segundo reza a história em 828, mercadores venezianos roubaram as relíquias de San Marco Evangelista que descansavam desde a sua morte, em Alexandria, no Egito. Para conseguirem sair do Egito, os venezianos terão escondido as relíquias num barril sob camadas de carne de porco, para as conseguirem passar pelos últimos guardas muçulmanos. Curiosamente esta aventura está retratada num mosaico do séc. XIII, colocado sobre a porta mais à esquerda da entrada principal da basílica e é um dos mais antigos da igreja. As relíquias foram inicialmente alojadas numa capela temporária no Palácio dos Doges, mas uma igreja foi construída para abrigar as valiosas relíquias entre 829 e 832. Esta igreja foi mais tarde queimada numa rebelião contra o Doge Pietro Candiano IV, em 976, mas foi restaurada pelo Doge Domenico Contarini. A basílica sumptuosa atual, que incorpora os edifícios anteriores, foi concluída por volta de 1071.
Fonte: http://www.veneziasi.it/en/venice / http://www.basilicasanmarco.it / Wikipédia.org
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