O primeiro vislumbre do castelo é absolutamente inesquecível. Vê-se em primeiro lugar, uma elegante pilha de torres salientes na água, emolduradas por árvores e montanhas escarpadas, que resulta numa paisagem de tirar o fôlego a qualquer um.

As partes mais antigas do castelo ainda não foram definitivamente datadas, mas o primeiro registo escrito do castelo datam de 1160 ou 1005. A partir de meados do século XII, o castelo foi a casa do duque de Sabóia, e foi expandido no século XIII por Pedro II de Sabóia. O castelo nunca foi conquistado num cerco, mas mudou de mãos, ao longo do tempo, por meio de tratados.
A história de Chillon foi influenciada por 3 grandes períodos: O período de Sabóia, o período de Berna e o período Vaudois.

No período de Berna (1536-1798), os suíços, mais precisamente os Berneses, conquistaram o País de Vaud e ocuparam o Château de Chillon, em 1536. O castelo manteve a sua função como uma fortaleza, arsenal e prisão por mais de 260 anos.
No período de Vaudois (1798 até o presente), os Berneses deixaram Chillon, em 1798, na época da Revolução Vaudois. O castelo tornou-se propriedade do Cantão de Vaud, quando foi fundado em 1803. A restauração do monumento histórico teve início no final do século XIX e continua até hoje.
Nesta época o movimento romântico redescoberto no séc. XVIII, com um entusiasmo considerável, deu origem a uma nova imagem de Chillon, que começou a tornar-se popular. No seu livro de novelas “Héloïse”, publicado em 1762, Rousseau já havia chamado a atenção para o local, estabelecendo um dos episódios do seu romance no castelo, onde fez uma breve alusão à prisão de Bonivard.
No entanto, foi Lord Byron, que decidiu investir em Chillon com mítica dimensão, quando em 1816, numa peregrinação aos lugares descritos por Rousseau, ele escreveu o seu famoso poema “O prisioneiro de Chillon”.

Neste poema Lord Bayron conta os sofrimentos de François Bonivard (1493-1570), nas masmorras do castelo e como ele foi mantido em cativeiro em Chillon, por causa de sua oposição à família de Sabóia.

O Château de Chillon encontra-se agora aberto ao público e abriga uma espécie de museu com muitos objectos históricos da época medieval, muito bem preservados e visitá-lo resulta numa experiência única, onde qualquer um é levado rapidamente a viajar no tempo, pois a empolgante e sinistra ambiência do castelo, leva-nos a imaginar cenas plenas de mistério e de história.
Escavações realizadas a partir do final do século XIX, em especial pelo arqueólogo Albert Naef (1862-1936), afirmam que este local tenha sido ocupado desde a Idade do Bronze.
No seu estado actual, o Château de Chillon é o resultado de vários séculos de construção e adaptações constantes, seguidas de reformas e restaurações.
A ilha rochosa em que o castelo foi construído, era ao mesmo tempo uma protecção natural, com uma localização estratégica para controlar a passagem entre a Europa do norte e do sul.
