Chinchón

Saímos de Toledo ao cair da noite, com rumo a Chinchón, uma pequena vila situada bem próxima de Madrid, onde queríamos ir jantar e passar algumas horas, antes de rumarmos ao lugar de pernoita.
Já tínhamos intenção de visitar Chinchón há muito tempo, pois segundo o Guia da American Expresss, esta é a vila mais pitoresca e com mais personalidade da província de Madrid.
Chinchón está situada na bacia do Jarama-Tejo e é uma das vilas mais originais, por sua singularidade arquitetónica e seu tipicismo. Esta vila histórica rodeada de paisagens de ocre, castanho e cinza, é um lugar que tem mantido o charme de suas origens e que nos leva a uma viagem ao passado, pelo que se tornou um ponto turístico imperdível.
A vila está construída no sopé de uma alta colina e as suas ruas são quase todas em encosta, incluindo as ruas de ligação radial, que vão e vêm da Plaza Mayor, no centro, ou desde a periferia. As ruas como na maioria das vilas e aldeias castelhanas são austeras mas muito charmosas.
Chegados a Chinchón, parámos a autocaravana à entrada da vila, em ponto alto e fomos a pé até à Plaza Mayor. Os passos levam-nos por antigas ruelas empedradas e sinuosas que atravessam a vida e que nos mostram a cada esquina a história do seu povo, com casas agrupadas que vão subindo em volta dos morros em torno da Plaza Mayor, situada mais baixo, formando um círculo rodeado por antigos edifícios com pórticos de madeira, onde assentam lindas varandas pintadas de verde-escuro.
Esta antiga e bela praça principal é de origem medieval, pois remonta ao séc. XV, sendo o núcleo central e mais importante de Chinchón. É considerada uma das praças mais bonitas do mundo, pela sua harmonia e proporção. No séc. XV, nela começaram a ser construídas as primeiras casas e, finalmente a praça é fechada com casas no séc. XVII. Hoje os edifícios históricos que circundam a bela praça vão subindo em redor dela, formando dois ou três círculos, que vão crescendo à sua volta.
A Plaza Mayor de Chinchón possui duzentas e trinta e quatro varandas chamadas de "claras", que se parecem mais com balcões próprios de um teatro e que têm sido palco de muitas atividades ao longo de sua história, como festas reais, proclamações, teatros comédia, touradas desde 1502, e que já foi cenário de muitas filmagens. O pavimento vai descendo em anfiteatro até ao círculo central, o “palco”, onde ocorrem eventos.
Hoje a maioria dos edifícios à volta da Plaza Mayor de Chinchón, tornaram-se tabernas, bares, restaurantes, padarias, lojas de alimentos, bebidas e artesanato típicos de Chinchón. Foi num desses restaurantes, o "Rincón de Frascuelo", que jantámos, servidos por senhoras vestidas com trajes medievais. Neles podem saborear-se petiscos muito saborosos da região ou uma refeição espanhola clássica.
No dia da nossa visita decorria durante a semana de Carnaval, uma feira medieval no centro da Plaza Mayor, que nos ofereceu uma real vivência medieval, fazendo-nos sentir realmente a ambiência própria desta época.
O edifício monumental mais notório de Chinchón é a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, situada por trás e acima das casas da Plaza Mayor, empoleirada numa espécie de socalco. A sua construção foi iniciada em 1534 por Alonso de Cobarrubias e foi concluída em 1626. A igreja foi queimada pelos franceses em 1808 e reconstruída 20 anos depois. Esta reconstrução combina o estilo gótico plateresco, com os estilos renascentista e barroco. No seu interior a igreja possui uma pintura da "Assunção da Virgem", pintada por Goya.
À noite, a partir da Plaza Mayor, a visão desta igreja é incrível. É uma enorme massa que domina o horizonte norte da praça. Particularmente notável é a ausência de torre sineira. De fato, a Igreja da Assunção não tem torre. No entanto, um pouco à esquerda da igreja, vista a partir da Plaza Mayor, há uma torre (a Torre do Relógio) que não tem nenhuma igreja. Esta torre pertencia a uma antiga igreja, a Igreja de Nossa Senhora da Graça, que foi destruída pelas invasões francesas e nunca mais foi reconstruída. Assim, Chinchón tem uma torre sem uma igreja e uma igreja sem torre.
Há volta da vila, também são de destacar a existência de um grande número de vinhas e casas vinícolas, outrora situadas no porão da antiga cidade de Madrid.
Fonte: http://www.ciudad-chinchon.com / http://www.eturismoviajes.com

Chegada a Toledo

A chegada a Toledo ao final da tarde, quando a luz começa a cair, fez com que mesmo de longe, na penumbra da distância, me viesse à memória o cognome, a “Glória de Espanha”, que o grande Cervantes deu a esta cidade.

Do alto de uma colina e após uma curva da estrada, onde a vista se estende à vontade, a antiga cidade mostra a sua inigualável beleza. A cidade antiga domina o conjunto urbanistico, do topo da uma alta colina, cercada nos três lados por uma ampla curva do rio Tejo.
No alto desta colina a cerca de 100 metros de altura, destacam-se mesmo de longe as belas torres do Alcázar, da Catedral (a igreja primaz da Espanha) e a presença do Zocodover, o seu mercado central.
Mas não são só estes os monumentos de Toledo, pois a cidade antiga é um todo monumental, com museus, igrejas, ermidas e palácios que aqui e ali se notam dentro de suas muralhas. A cidade conserva um marcado estilo medieval, mas nem por isso, deixou de lado os avanços tecnológicos e de modernização.

Antes de se entrar na cidade já nos esperava um corso carnavalesco, que nos prendeu durante algum tempo. Nele vários grupos de foliões mascarados, desfilavam animadamente, mostrando a sua alegria, por, pelo menos uma vez no ano, poderem dar azo à sua imaginação e ilusão, de viverem fantasias, que na realidade gostariam de viver todos os dias.
Toledo é conhecida como a cidade das três culturas, pois, como diz a história, foi povoada durante séculos por cristãos, judeus e árabes, sendo essa a razão por que a cidade tem importantes monumentos religiosos, como a Sinagoga de Santa Maria la Blanca, a sinagoga de El Tránsito e a Mesquita de Cristo de la Luz.

A cidade de Toledo possui uma das artes artesanais mais bonitas de Espanha e nela podemos apreciar uma enorme quantidade de lojas cheias de artesanato, onde podemos ver a arte do damasquino, que é uma obra artesanal, aplicável a todos os tipos de objetos de arte, realizada com figuras e desenhos, onde são introduzidos finos fios de ouro ou prata sobre um metal comum. É uma arte de ourivesaria, praticada desde os tempos antigos, que provem dos egípcios, gregos e romanos. O nome damasquino refere-se à cidade de Damasco, na Síria, mas que na Península Ibérica foi introduzida pelos árabes. Toledo é atualmente o principal foco da produção mundial de damasquino, onde se desenvolveu uma importante indústria deste artesanato mais conhecida como o Ouro de Toledo.
Para se entrar na cidade é necessário fazer os percursos pela cidade a pé, caminhando através de suas ruas empedradas e íngremes, estreitas e sinuosas, onde os vários fragmentos da sua história são encontrados um pouco por todo o lado, o que perfaz uma viagem no tempo e uma experiência realmente inesquecível.

Naquele dia, antes de deixarmos Toledo e como a noite se aproximava, fomos ver a cidade do seu melhor miradouro, em zona alta, a ver o Tejo e a cidade, situado a partir da Carretera de la Circunvalación, na zona conhecida por Camino Valle, uma vez que a luz àquela hora, é uma mais-valia para se conseguirem belas fotos da cidade.
Fonte: http://www.globalexpresstours.com / Wikipédia.org / http://meublogcafecomcanela.blogspot.com

A caminho de Toledo - 2ª Etapa - Parte II

A viagem rumo a Toledo continuou, com a entrada na região espanhola de Castilla la Macha, de que esta cidade é capital. É uma das regiões espanholas de minha preferência, não só pela sua beleza, mas sobretudo, porque a ela está ligada a figura de D. Quixote de la Mancha, imortalizada por Miguel de Cervantes (1547 – 1616).
Castilla la Mancha é um largo território situado no coração da Península Ibérica, e que se vai transformando ao longo das suas cinco províncias: Albacete, Ciudad Real, Cuenca, Guadalajara e Toledo, que nos oferecem um vasto património cultural, com muitas áreas naturais de enorme beleza cénica e uma excelente gastronomia.
A primeira povoação encontrada na estrada, após entrarmos na região de Castilla la Mancha, é Oropesa, que se avista ao longe, já em zona planáltica.

Oropesa fica situada entre a Serra de Gredos e o rio Tajo, já perto da cidade de Talavera de la Reina. É uma vila medieval monumental, salpicada de conventos, igrejas e palácios. 

Alvarez de Toledo lutou durante anos para converter o condado de Oropesa em capital, tendo para o conseguir, construído uma verdadeira e bela mansão/fortaleza. É este o seu poderoso Castelo, que lança a quem por ali passa um olhar desafiador, a que quase ninguém resiste. Ele é hoje um Parador Nacional de Espanha, onde já estivemos hospedados, quando ainda viajávamos sem autocaravana. É um Parador lindíssimo que respira história por todos os poros, servindo como um clímax majestoso, para um povo que preserva e exibe com orgulho a sua riqueza de monumentos e paisagens.
Oropesa possui além do castelo, outros imponentes edifícios, que são testemunhos da sua história, como a Igreja de San Bernardo, conhecida como A Empresa, a Igreja da Assunção e vários mosteiros que marcam a bela e pacata aldeia, bem como outras construções de caráter civil, que completam a povoação monumental, também rodeada por um ambiente natural de grande beleza.

A poucos quilómetros de distância de Oropesa e cercada por duas cadeias montanhosas (a norte, a Serra de San Vicente e a sul os Montes de Toledo), aparece do lado direito da estrada, Talavera de la Reina, que se estende pelas margens verdejantes do rio Tajo. 
Situada nas planícies férteis dos rios Tajo e Alberche, a cidade foi famosa pela sua cerâmica durante séculos. Hoje é uma cidade conhecida essencialmente pela sua indústria de cerâmica fina e é um grande centro de produção agrícola. 

Do ponto de vista histórico, foi palco da derrota dos franceses pelas forças britânicas e espanholas, em 1809, durante a Guerra Peninsular, onde Arthur Wellesley (futuro, Duque de Wellington) derrotou as forças comandadas por Joseph Bonaparte (rei José I de Espanha), irmão mais velho de Napoleão Bonaparte.
Mais à frente e a cerca de 30 quilómetros a norte de Toledo, do lado direito da A5, observa-se a povoação de Torrijos, situada numa depressão entre os rios Tajo e Alberche. Outrora chamada de "Torrijos das Oliveiras", é uma aldeia conhecida desde o século XIV pela abundância e qualidade da cultura da oliveira e das indústrias do azeite e sabão, que a tornaram famosa até ao final do séc. XIX.

Nesta aldeia viveram monarcas em momentos diferentes na história, sendo a residência de Pedro I de Castela, que ordenou a construção de um magnífico palácio, hoje o edifício da Câmara Municipal.
A partir dali a A5 segue o seu caminho, sem muito para contar, até que numa zona alta e após uma curva da estrada, se avista Toledo, que aos poucos se vai revelando entre colinas, na penumbra da distância.

Fonte: http://www.turismocastillalamancha.com/ / http://www.spainisculture.com / http://www.thefreedictionary.com / Wikipédia.org 

A caminho de Toledo - 2ª Etapa - Parte I

A partida de Cáceres foi realizada pelas 2 horas da tarde, para mais uma etapa, agora a caminho de Toledo. A estrada leva-nos por uma planície verdejante, onde depois de poucos quilómetros, numa colina granítica ao longe, se destaca o castelo da histórica cidade de Turjillo.
A linda Trujillo já várias vezes visitada por nós, é uma das cidades mais interessantes do ponto de vista histórico e turístico da Província de Cáceres. Fica localizada a leste da capital de província e o seu castelo domina num altaneiro contraforte granítico a planície em torno dele. Esta posição privilegiada foi segundo reza a história, escolhida pela tribo celta dos vetones militares, por seu valor estratégico e facilmente defendida pelos Celtas para o estabelecimento de um forte celtico, que eles chamaram de "Turaca".
Trujillo, é também berço de conquistadores do Novo Mundo e uma cidade verdadeiramente mágica e única, talvez em meu entender, uma das povoações mais bonitas de Espanha.
A planície torna-se rochosa, com muitos afloramentos graníticos e a estrada vai serpenteando entre leves colinas. A vegetação é determinada pelo carvalho e sobreiro e veem-se outras espécies nesta mata, como a esteva e alfazema.

Mais à frente e do lado esquerdo aparece a povoação de Jaraicejo, situada entre a Serra de Piatones e o Parque Nacional de Monfragüe. A povoação estende-se num prado verde, protegida a norte pelos primeiros contrafortes serranos.
Jaraicejo é banhada pelo rio Almonte, e no meio de alvas casas de telhados cor de ocre, destaca-se a antiga torre da Iglesia de Ntra Sra de la Asunción, de aspecto medieval. Diz a tradição que Jaraicejo foi fundada pela Rainha D. Urraca (1109-1126), e o seu nome, Jaraicejo é um diminutivo de Jaraiz, do árabe, xaharig, que quer dizer "lagar" ou "lagar pequeno".

A partir dali a estrada entra pela serra, marcada ao longo do lado sombrio das serranias, entre densa vegetação. Percorrem-se terras já pertença do Parque Nacional de Monfragüe, e ali se vê um estrato arbóreo, que consiste essencialmente em sobreiros e azinheiras, numa variedade de vegetação entre as quais incluem a urze e a murta.
O Parque Nacional Monfragüe, também chamado de Parque do Povo, é de referência obrigatória e está localizado na província de Cáceres, no centro do triângulo formado por Navalmoral de la Mata, Plasencia e Trujillo.

O Tejo e o seu afluente Tiétar fornecem a água a esta região, que vai esculpindo os penhascos de quartzito, onde se estabelecem grandes colónias de nidificação dos espetaculares abutres falcão-peregrino, águia e coruja.
Mais à frente situada num baixio, entre colinas e rodeada de vegetação luxuriante, aparecem as casas pintadas de branco da pequena povoação de Casas de Miravete, situada em pleno Parque Nacional de Monfragüe.

Após a passagem pelas margens de alguns dos braços da albufeira conseguida pela represa de Arrocampo, que regulariza o rio Tajo (para nós, Tejo), observa-se a Central Nuclear de Almaraz, situada do lado esquerdo da A5 a Autovia da Extremadura, já bem próxima da pequena povoação que lhe deu o nome.
A Central Nuclear de Almaraz é a central nuclear que a associação ambientalista Quercus reivindica o fecho, por se encontrar apenas a 100 quilómetros da fronteira portuguesa e de ser refrigerada pelas águas do rio Tejo.
A seguir aparece logo a pequena povoação de Almaraz, do lado esquerdo da estrada, que se estende numa peneplanície verdejante, tendo como fundo, os cumes pintados de brancas neves das altas montanhas da Serra de Gredos.
Logo a seguir na estrada, somos acompanhados de um lado e de outro, pela extensa Central Solar Fotovoltaica de Almaraz, uma das maiores do país e da Península Ibérica.
Fonte: http://www.trujillocaceres.com /http://www.inforural.com / Wikipédia.org

A Mente Livre Está em Perigo

A nossa espécie é a única espécie criativa, e tem apenas um único instrumento criativo, a mente e espírito únicos de cada homem. Nunca nada foi criado por dois homens. Não existem boas colaborações, quer em arte, na música, na poesia, na matemática, na filosofia. De cada vez que o milagre da criação acontece, um grupo de pessoas pode construir com base nela e aumentá-la, mas o grupo em si nunca inventa nada. A preciosidade reside na mente solitária de cada homem.
E agora existem forças que enaltecem o conceito de grupo e que declararam uma guerra de exterminação a essa preciosidade, a mente do homem. Através das mais variadas formas de pressão, repressão, culto, e outros métodos violentos de condicionamento, a mente livre tem sido perseguida, roubada, drogada, exterminada. E este é um rumo de suicídio coletivo que a nossa espécie parece ter tomado.
E é nisto que eu acredito: que a mente livre e criativa do homem individual é a coisa mais valiosa no mundo. E é por isto que eu estou disposto a lutar: pela liberdade da mente tomar qualquer direção que queira, sem direção. E é contra isto que eu vou lutar com todas as minhas forças: qualquer religião, qualquer governo que limite ou destrua o indivíduo. É isto que eu sou e é esta a minha causa. Posso até compreender que um sistema baseado num padrão tenha que destruir a mente livre, pois esta é a única coisa que pode inspecionar e destruir um sistema deste tipo. Com certeza que compreendo, mas lutarei contra isso por forma a preservar a única coisa que nos separa das restantes espécies. Pois se a mente livre for morta, estaremos perdidos.
John Steinbeck, in 'A Leste do Paraíso'

Cáceres - 1ª Pernoita

A saída a caminho de Valencia foi feita pelo final da tarde. Estava destinada uma paragem para jantar uma fritada de leitão, na Portagem, num pequeno café esplanada, situado junto da Torre Medieval (onde outrora funcionou a aduana de Marvão e se cobravam direitos de portagem, daí o nome da povoação), do rio Sever e Ponte romana que o corta.
A povoação da Portagem fica situada no sopé do monte que sustenta a linda povoação de Marvão, próxima da fronteira com a Espanha e nela é habitual pararmos antes de sairmos do país, a caminho da Estremadura espanhola.

Nesta viagem a primeira etapa seria concluída em Cáceres, onde iriamos pernoitar na ótima Área de Autocaravanas, situada junto da Pousada Municipal, na Avda. Lope de Veja, frente à Iglesia de San Blas.
A Área de Autocaravanas, possui ainda à frente para a sua entrada, um excelente restaurante, com comida caseira e farta, pertença da pousada, onde habitualmente almoçamos ou jantamos, quando passamos ou pernoitamos na cidade.

Cáceres é uma bonita e histórica cidade, já muitas vezes visitada por nós que nos transporta a outras épocas, a outros feitos e a outras vidas. Passear pela Cidade Antiga, de noite ou debaixo de chuva, conduz-nos à evocação da Idade Medieval e, sobretudo, a desfrutar de muitas e boas sensações.
Pinturas rupestres do Paleolítico, cerâmica do Neolítico, estelas de guerreiros da Idade do Ferro, berrões vetões, restos da cidade romana Norba Caesarina, a muralha e a cisterna árabe de Qazris, as inúmeras casas fortes medievais e os palácios renascentistas, a Concatedral e restantes edificações religiosas, situadas dentro da cidade antiga, a Real Audiencia, a Universidade e as avenidas..., são algumas das marcas deixadas pelas culturas que foram compondo Cáceres, ao longo da sua história.

A Cáceres moderna, por outro lado, permite a oferta de muitas atividades culturais e de ócio, contando ainda com serviços turísticos de grande qualidade, que transformam a visita à cidade, numa experiência memorável.
Mais sobre Cáceres em: Carnaval 2009 - Espanha (Extremadura)

Fonte: http://pt.turismo.ayto-caceres.es / http://www.tagzania.com/

Carnaval 2011 - Espanha, Valencia

No Carnaval de 2011, a região escolhida para passarmos estas pequenas férias, foi a bela cidade de Valencia, a capital e a maior cidade da Comunidade Valenciana, além de ser a terceira maior de Espanha.

É uma cidade muito antiga, referenciada desde o séc. II a.C.. Com uma longa história, diversos museus e tradições populares como as Fallas, que nesta época são festejadas na cidade. Devido à sua proximidade ao Mar Mediterrâneo, é uma das cidades mais conhecidas e visitadas de Espanha.

As Fallas são uma festa com uma arreigada tradição na cidade de Valencia e povoações circundantes, celebrada em homenagem a São José, o santo padroeiro dos carpinteiros.

É a festa que naquela região está destinada à celebração do Carnaval, comemorado em todas as praças da cidade, onde são erguidas umas enormes esculturas, que ali substituem os carros alegóricos, e que são na realidade as Fallas propriamente ditas.

Hoje, as Fallas, em valenciano "Les Falles", é a maior celebração valenciana com uma semana de duração, durante a qual se queimam nas principais praças da cidade, as figuras chamadas "fallas". É um festival tradicionalmente valenciano, com uma forte tradição na cidade de Valencia, em que participam vários bairros da cidade. De 15 a 19 de março, durante Las Fallas, rolam desfiles pelas ruas, feiras de comida e bebidas típicas e tudo aquilo que estamos habituados a ver em qualquer festa ou romaria popular.

Poder-se-ia dizer que no Carnaval da cidade de Valencia, a população ao desenhar e realizar aquelas enormes esculturas com grande conotação crítica, representada nos monumentos erguidos nas praças da cidade, faz uma espécie de exorcismo ao queimá-las, para que se eliminem os problemas e males da cidade.

No entanto, nesta viagem como fazemos sempre, não nos limitámos só ao conhecimento da cidade eleita, mas também à procura de alguns lugares interessantes, que sabíamos estarem próximos das rotas efetuadas, quer no caminho de ida, como no caminho de volta.

Assim sendo o percurso escolhido para ir e voltar, foi:

1º Dia – Cáceres;


2º Dia – Cáceres,Turjillo, Oropesa, Toledo, Chinchón (jantar), Uclés;

3º Dia - Uclés, Mosteiro de Uclés, Valência;

4º, 5º e 6º Dias - Valência;

7º Dia – Valência, Ciudad Real, Almagro;
8º Dia - Almagro, Mérida;

9º Dia – Mérida, Casa.

Fonte: Wikipédia.org

Fim da Viagem (Verão 2010)

Depois de uma tarde bem passada em Andorra La Vella, seguimos rumo a Portugal, o que já foi feito ao final da tarde. Queríamos fazer naquela noite o maior número de quilómetros possíveis, até estarmos cansados, pois já ansiávamos chegar a casa, após tantos dias de viagem.
Já bem tarde, por volta das duas horas da manhã, procurámos o lugar de pernoita, que recaiu, pela proximidade à estrada que se percorria, na pequena povoação espanhola de Saúca, um município espanhol, situado na Província de Guadalajara, na comunidade autónoma de Castilla - La Mancha.
Para chegarmos a Saúca, tomámos a saída 126 da N-II e encontrámos a aldeia a menos de uma milha de distância. A pernoita foi realizada à frente do quartel da polícia da cidade, onde a calma e o silêncio se fizeram sentir durante toda a noite.
Na manhã seguinte, seguimos viagem atravessando Espanha, a caminho de casa, praticamente sem pararmos, para que ainda naquele dia fossemos dormir a casa. No entanto pela hora de jantar, parámos em Cáceres para jantar e desentorpecer as pernas, num breve passeio noturno pela bela e silenciosa cidade antiga, antes de fazermos a etapa final desta nossa inolvidável viagem de tantos dias, com passagem por Portagem/Marvão, a caminho de casa.