Lord Byron (1788 - 1824)

“Isto é criar, e ao criar vivenciar
Um ser mais intenso, que dotamos
Com a forma que desejamos, e obtemos, dando-lhe vida,
A vida que imaginamos.”

Byron


George Gordon Noel Byron, 6º Barão Byron (Londres, 22 de Janeiro de 1788 - Missolonghi, 19 de Abril de 1824), mais conhecido como Lorde Byron, foi um destacado poeta britânico e uma das figuras mais influentes do Romantismo.

A fama de Byron não se deve somente aos seus escritos, mas também à sua vida, considerada amplamente extravagante, que inclui numerosas amantes, dívidas, separações e alegações de incesto e até bissexualidade.

Apesar de nascer numa família rica, seu pai, o Capitão John Byron, era um "bon vivant" que destruiu toda a riqueza. Sua mãe, Catherine Gordon Byron, vinha da família dos Gordons escocêses, uma família tradicional e rica, muito conhecida pela sua ferocidade e violência.

O seu pai, juntamente com a esposa, imigrou para a França para fugir das cobranças de credores. Porém, a sua mãe não queria que seu rebento nascesse em solo francês e não hesitou em voltar a Inglaterra.

John ficou em França e encontrou abrigo na casa de sua irmã. Em 1791, encontrou-se com a morte, aparentemente por suicídio, aos 36 anos. Logo após o nascimento de Byron, a mãe levou-o para Aberdeen, na Escócia, onde uma deformidade em seu pé, começou a ficar evidente.

Byron possuía um defeito numa das pernas, era coxo. Esta pequena enfermidade marcaria com forte veemência a sua vida. Tal defeito foi um obstáculo enorme no desenvolvimento do garoto, que se sentia envergonhado perante os outros. O tratamento, exaustivo, também o irritava muito. Foram-lhe receitadas botas especiais e passou por inúmeros tratamentos, mas logo deixou estas dolorosas experiências para trás.

O pequeno George Byron apaixonou-se por literatura ao primeiro contacto e vivia mergulhado em leituras, com atenção especial para a história de Roma. Mas sua infância não se resumia a isto. Ele foi desde cedo marcado pelo amor. Aos sete anos, Byron apaixonou-se perdidamente por sua prima, Mary Duff e aos nove anos, a sua ama mostrou-lhe os prazeres da carne.

Com 10 anos, Byron herda o título nobiliárquico de um tio-avô, tornando-se o sexto Lord Byron, mas as suas finanças decresciam. Tudo o que remetia ao nome dos Byron era motivo de processos por dívidas.

Na sua adolescência, Byron foi tomando consciência de seu poder. Possuidor de carisma, beleza e poder de sedução, ele começou a aproveitar os seus dons. Envolveu-se com colegas, empregadas, professores, prostitutas e raparigas que adoravam um título de nobreza.

Apaixonou-se perdidamente por Mary Ann Chaworth, uma vizinha, mas em 1805, Byron teve um grande choque, Mary Ann casou-se. Esse desgosto torna-o mais rebelde ainda. Arranja um emprego em Cambridge, mas nunca trabalhava, como era usual para os membros do Romantismo. Era o ócio, a forma de vida dos românticos e da qual Byron foi o mestre supremo. Escrevia versos e mais versos e gastava muito dinheiro.

Após entrar no Trinity College de Cambridge, em 1807, publica seu primeiro livro de poesia, “Hours of Idleness” (Horas de ócio), mal recebido pela crítica da prestigiosa "Revista de Edimburgo". Byron respondeu com o poema satírico “English Bards and Scotch Reviewers” (Bardos ingleses e críticos escoceses), em 1809.

Em 1811, publica os dois primeiros cantos de “Childe Harold's Pilgrimage”, (Peregrinação de Childe Harold), longo poema em que narra as andanças e amores de um herói desencantado, ao mesmo tempo em que descreve a natureza da Península Ibérica, Grécia e Albânia.

A obra alcançou sucesso imediato e sua fama consolidou-se com outros trabalhos, principalmente “The Corsair”, (O Corsário), em 1814 e “Lara”, no mesmo ano; além de “The Siege of Corinth”, (O Cerco de Corinto), em 1816. Nestes poemas, de enredos exóticos, Byron confirmou o seu talento para a descrição de ambientes.

Em 1815 casa-se com Anne Milbanke, mas o casamento dura pouco. Muda-se para a Suíça em 1816, após o divórcio de Lady Byron, talvez causado pela suspeita de incesto do poeta com sua meia-irmã Augusta Leigh.

Na Suíça escreve o canto III de “Childe Harold's Pilgrimage” e “The Prisoner of Chillon”, (O prisioneiro de Chillon,) e o poema dramático enigmático e demoníaco, “Manfred”.
Em Genebra vive com Claire Clairmont e faz-se amigo de Shelley. Percy Bysshe Shelley foi também um dos mais importantes poetas românticos ingleses, que tal como Byron, morre cedo.

Passam horas discutindo filosofias e poesias. Navegavam pelo lago Genebra e visitam os cenários de “Nova Heloísa”, de Rousseau. E segundo as intrigas da época, chegaram inclusive, a trocar rosas e carícias.

Numa noite chuvosa em Diodati, Byron e um grupo de amigos, decidem compor histórias macabras. Nasce ali Frankenstein de Mary Shelley (companheira de Percy Bysshe Shelley) e “O Vampiro”, de Polidori.

Escreveu em 1818, o canto IV de “Childe Harold's Pilgrimage” e “Beppo - A Venetian Story”, (Beppo - Uma história veneziana), poema em oitava rima, de tom ligeiro e cáustico, em que ridiculariza a alta sociedade de Veneza.

Em 1819 começou o poema heróico cómico “Don Juan”, sátira brilhante e atrevida, à maneira do século XVIII, que deixaria inacabada, devido à sua inesperada morte. No mesmo ano ligou-se à condessa Teresa Guiccioli, seguindo-a a Ravena onde, juntamente com o irmão desta, participou das conspirações dos carbonários.

Em Novembro de 1821, tendo fracassado o movimento revolucionário dos carbonários, Byron partiu para Pisa. Em 1822 fundou, com Leigh Hunt, o periódico “The Liberal”. Foi a seguir para Montenegro e daí para Génova.

Nomeado membro do comité londrino pela independência da Grécia, embarcou para aquele país em 15 de Julho de 1823, a fim de combater ao lado dos gregos, pela sua independência da opressão turca, onde escreveu o drama “The Deformed Transformed”, (O Deformado Transformado), em 1824.

Passou quatro meses em Cefalónia e viajou para Missolonghi, no litoral norte do Golfo de Pratas, Grécia, acompanhado de um adolescente grego, Loukas, a quem dedicou seus últimos poemas. Acometido de uma misteriosa febre, morre em 19 de Abril de 1824, aos 36 anos. Seus restos mortais foram transladados para a Abadia de Westminster, que recusou a abrigar o corpo do poeta, devido à sua reputação de libertino e imoral. Byron foi assim sepultado perto da Abadia de Newstead, onde se encontram também os seus antepassados.

A obra e a personalidade romântica de Lord Byron tiveram, no início do século XIX, grande projecção no panorama literário europeu e exerceram enorme influência nos seus contemporâneos, por representarem o melhor da sensibilidade da época, conferindo-lhe muito de sedução e elegância mundana.

No meio a toda essa agitação existencial, que se tornou no paradigma do homem romântico que busca a liberdade, Byron escreveu uma obra grandiloquente e passional. Encantou o mundo inicialmente com seus poemas narrativos folhetinescos, em que não faltam elementos autobiográficos, como em “Childe Harold's Pilgrimage”, e depois assustou o mundo, com a faceta satírica e satânica que apresenta em poemas como “Don Juan”.

“Don Juan” é sem dúvida uma das suas obras mais conhecidas, sendo a que mais retrata a vida pessoal do autor e daí a famosa a frase que o descreve, de Lady Caroline Lamb: "Louco, mau e perigoso para se conhecer".

Lord Byron foi, um dos principais poetas ultra-românticos. O cinismo e o pessimismo de sua obra haveriam de criar, juntamente com sua mirabolante vida, uma legião de jovens poetas "byronianos" por todo o mundo.

Termino com uma frase sua, cheia de sabedoria no que concerne ao conhecimento da personalidade feminima e que apesar da sua curta vida e do seu modo de ser volúvel, expressa bem a sua enorme sensibilidade: "Na sua primeira paixão, a mulher ama o seu amante; em todas as outras, do que ela gosta é só do amor." Lord Byron

Fonte: Wikipédia/spectrumgothic.com.br/englishhistory.net

Château de Chillon


O Château de Chillon é uma jóia arquitectónica localizada num dos mais belos locais, já visitados por nós, entre as praias do lago Genebra e os Alpes.

O primeiro vislumbre do castelo é absolutamente inesquecível. Vê-se em primeiro lugar, uma elegante pilha de torres salientes na água, emolduradas por árvores e montanhas escarpadas, que resulta numa paisagem de tirar o fôlego a qualquer um.

Este monumento com mais de 1.000 anos de história, sempre inspirou artistas e escritores, de Jean-Jacques Rousseau a Victor Hugo e ainda Lord Byron, Delacroix e Courbet.

O Château de Chillon está localizado na margem do lago de Genebra ou Lémam, no extremo leste do lago, a 3 km de Montreux. O castelo é constituído por 100 edifícios independentes que foram sendo ligados gradualmente, até se tornarem no edifício, tal como é hoje.

As partes mais antigas do castelo ainda não foram definitivamente datadas, mas o primeiro registo escrito do castelo datam de 1160 ou 1005. A partir de meados do século XII, o castelo foi a casa do duque de Sabóia, e foi expandido no século XIII por Pedro II de Sabóia. O castelo nunca foi conquistado num cerco, mas mudou de mãos, ao longo do tempo, por meio de tratados.

O local foi tornado popular por Lord Byron, que escreveu o poema “O Prisioneiro de Chillon” (1816) sobre François de Bonivard, um monge e político genovês que esteve lá preso de 1530 a 1536.

A história de Chillon foi influenciada por 3 grandes períodos: O período de Sabóia, o período de Berna e o período Vaudois.

No período de Sabóia (século XII a 1536), o documento mais antigo escrito, mencionando o castelo, data de 1150 e diz que nessa data a Casa de Sabóia já controlava a rota ao longo das margens do lago Genebra.

No período de Berna (1536-1798), os suíços, mais precisamente os Berneses, conquistaram o País de Vaud e ocuparam o Château de Chillon, em 1536. O castelo manteve a sua função como uma fortaleza, arsenal e prisão por mais de 260 anos.

No período de Vaudois (1798 até o presente), os Berneses deixaram Chillon, em 1798, na época da Revolução Vaudois. O castelo tornou-se propriedade do Cantão de Vaud, quando foi fundado em 1803. A restauração do monumento histórico teve início no final do século XIX e continua até hoje.

Nesta época o movimento romântico redescoberto no séc. XVIII, com um entusiasmo considerável, deu origem a uma nova imagem de Chillon, que começou a tornar-se popular. No seu livro de novelas “Héloïse”, publicado em 1762, Rousseau já havia chamado a atenção para o local, estabelecendo um dos episódios do seu romance no castelo, onde fez uma breve alusão à prisão de Bonivard.

No entanto, foi Lord Byron, que decidiu investir em Chillon com mítica dimensão, quando em 1816, numa peregrinação aos lugares descritos por Rousseau, ele escreveu o seu famoso poema “O prisioneiro de Chillon”.

Neste poema Lord Bayron conta os sofrimentos de François Bonivard (1493-1570), nas masmorras do castelo e como ele foi mantido em cativeiro em Chillon, por causa de sua oposição à família de Sabóia.

A figura histórica de François Bonivard, posteriormente libertado pelos Berneses, torna-se então um símbolo de liberdade e a sua prisão é quase investida de uma dimensão sagrada.

O Château de Chillon encontra-se agora aberto ao público e abriga uma espécie de museu com muitos objectos históricos da época medieval, muito bem preservados e visitá-lo resulta numa experiência única, onde qualquer um é levado rapidamente a viajar no tempo, pois a empolgante e sinistra ambiência do castelo, leva-nos a imaginar cenas plenas de mistério e de história.

Escavações realizadas a partir do final do século XIX, em especial pelo arqueólogo Albert Naef (1862-1936), afirmam que este local tenha sido ocupado desde a Idade do Bronze.

No seu estado actual, o Château de Chillon é o resultado de vários séculos de construção e adaptações constantes, seguidas de reformas e restaurações.

A ilha rochosa em que o castelo foi construído, era ao mesmo tempo uma protecção natural, com uma localização estratégica para controlar a passagem entre a Europa do norte e do sul.


Fonte: lugareseviagens.com / Wikipédia

Montreaux, a jóia da Riviera Suíça



No final da visita à cidade de Vevey, partimos rumo a Montreux, onde parámos para conhecer a cidade e visitar o seu belo castelo medieval, o Château de Chillon.

A cidade de Montreaux pertence também à denominada Riviera suíça, e tal como Vevey encontra-se às margens do lago Léman, o segundo maior lago da Europa, com 75 quilómetros de extensão de um extremo ao outro.

A cidade muitas vezes descrita como a jóia da Riviera suíça, é uma estância de luxo, que se começou a desenvolver por volta de 1815. No séc. XIX o encanto desta zona, já cativava muitos artistas, escritores e músicos da época, tais como, lord Bayron, Leão Tolstoy e Hans Christian Andersen.

A grande atração de Montreux, é o Festival Internacional de Jazz de Montreux que ocorre há 37 anos sempre em Julho. Nas já muitas edições do evento, é habitual reunirem-se muitos que vêm só em busca de boa música dos mais variados estilos: jazz, blues & soul, hip-hop, rock, electro pop, funk, pop, folk, samba, reggae, bossa nova e axé., contando sempre com grandes estrelas internacionais incluindo brasileiras.

A cidade oferece ainda dezenas de hotéis da Belle Époque, o mais famoso dos quais é o Montreaux Palace, situado na Grand’Rue, a principal rua da cidade. Em frente a este hotel, encontra-se o Centre des Congrés, o moderno Centro de Congressos, que possui no seu interior, o Auditorium Stravinsky, uma sala de concertos dedicada a Igor Stravinsky, (que ali compôs “A sagração da Primavera”) construída em 1990.

Também ali bem perto, na Place du Marché, se encontra o mercado de ferro, construído em 1890, com fundos doados por Henry Nestlé, fundador da Nestlé. Na extermidade desta praça, à beira lago encontra-se a estátua de Freddie Mercury, vocalista dos Queen. Montreaux era a sua segunda morada, sendo ali que veio a falecer, em 1991.

A Leste desta estátua, também na marginal do lago Lémam, situa-se o casino da cidade, reconstruído após um incêndio que entrou para a história do rock mundial.

No dia 14 de Dezembro de 1971, durante um concerto de Frank Zappa & The Moothers of Invention, foi disparado um foguete para o tecto e o edifício acabou por ser destruído pelo fogo. Enquanto as nuvens de fumo pairavam sobre as águas do lago, Ian Gillan, dos Deep Purpel, que observava a tragédia do seu quarto de hotel na cidade, deixou-se inspirar pela sena e compôs “Smoke on the Water”.
A cidade ainda oferece uma infinidade de lojas e uma marina bastante agitada. Lá fica também o Château de Chillon, uma combinação de castelo e fortaleza construído sobre uma rocha, antiga residência medieval dos duques de Sabóia. Este castelo é hoje um dos simbolos da Suíça e uma das maiores atracções do País.

Além de suas belas casas do século XIX, um dos maiores atractivos de Montreaux é o passeio maravilhoso à beira do lago, repleto de flores, que chega até ao Castelo de Chillon, cuja prisão foi retratada no romance de Lord Byron.


Fonte: Guia American Express / EcoViagem.mht

Riviera suíça - Vevey

Chegámos a Vevey já de noite e encontrámos a cidade praticamente já adormecida. Depois do habitual reconhecimento da cidade encontrámos o local de pernoita, num estacionamento recatado e silencioso na marginal do lago Lémam, à sombra de plátanos artisticamente podados, um lugar muito tranquilo e atraente.

No dia seguinte pegámos nas bicicletas e percorremos toda a marginal da cidade. Primeiro para sul até à Grande Place e cidade histórica e já à tarde, foi vez da marginal para Norte até à praia. A cidade fica situada na região que é conhecida como Riviera suíça e é uma das mais caras do país.

Vevey é uma das mais conhecidas estâncias de férias da Riviera suíça. Situada na margem norte do lago Léman, a curta distância da cidade de Montreux, que viu nascer, no decorrer do XIX, inúmeras indústrias, com destaque para uma pequena fábrica de leite em pó que se tornaria, com o decorrer dos anos, no maior grupo alimentar a nível mundial, a Nestlé. A cidade é desde então a sede da Nestlé, onde tem até uma rua e praça, com o nome da empresa.

A cidade estende-se numa faixa que segue ao longo da marginal noroeste do lago Lémam, desenvolvendo-se como centro turístico desde o séc. XIX. Era a estância de férias de figuras famosas como o escritor Ernest Hemingway e o actor Charlie Chaplin (Charlot), que ali passou os últimos 25 anos da sua vida e que também ali foi sepultado em 1977.

A cidade já existia com o nome de Viviscus, na época romana e foi outrora um importante porto do lago Lémam. Floresceu na época medieval e por volta do séc. XIX, tornou-se a cidade mais importante do cantão de Vaud.

A zona mais atractiva de Vevey é a Grande Place ou Place du Marche, uma enorme praça, ocupada quase sempre por estacionamento automóvel e onde se encontra o edifício do mercado do peixe. Neste edifício e no dia da nossa visita ali decorria uma feira de velharias, por sorte minha. Às terças-feiras e sábados esta enorme praça enche-se de bancas com os mais diversos produtos regionais, com provas e degustações gratuitas de vinhos, queijos e outras iguarias.

No centro histórico da cidade, encontramos antigas e bonitas ruelas empedradas que se prolongam para leste da Grande Place. Na marginal do lago, onde passámos a noite e a caminho da la Grand Place, encontra-se o Quai Perdonnet, onde junto de um bonito roseiral encontramos a estátua em bronze de Charlot.

Também ali em frente se encontra o museu alimentício, onde se conta a história dos alimentos e onde é possível conhecer os mecanismos do aparelho digestivo, testar o tacto, o olfato, o paladar e até se arriscar na cozinha. Em frente ao museu, há um garfo enorme em aço espetado no lago, que se tornou um dos símbolos da cidade de Vevey.

Percorrendo a marginal para Sul da Grande Place, encontramos a praia mais concorrida de Vevey, onde se destacam no lago, três cavalos-marinhos em bronze, que transportam no dorso nuas e atléticas amazonas, que são fontes de água. Na calçada junto à praia podemos desfrutar de um belo gelado ou lanche, em bares com cerca de madeira e esplanadas em chão de areia, com guardas sol e espreguiçadeiras, tal como se na praia estivéssemos.

Onde estão os valores?

O mau caratismo de alguns está a extrapolar todos os limites. Algumas pessoas perdem a oportunidade de FICAR QUIETAS e de se omitirem em falsos testemunhos e considerações DESRESPEITOSAS para com os outros, quando a vergonha os devia fazer calar.
Como diria o pensador, os homens não têm muito respeito pelos outros, porque têm pouco até por sí próprios. Que, dentro de si, procurem algum sinal de humanidade; que busquem uma oportunidade para crescerem.

Que possam raciocinar sobre isto:
"Respeitar em cada Homem a humanidade, se não for aquele que é homem, pelo menos o homem que ele deveria ser."

Incógnita

Corre. Corre na tua máxima velocidade. Agora pára. Sente o teu próprio pulso. É sinal de vida.
Porque hoje está sol, mas amanhã não se sabe. O tempo é incerto. Aproveita essa sensação de
pulso cheio, ela não dura para sempre. Quando o pulso acalmar salta, salta o mais alto que
conseguires, tenta atingir o céu. Grita também, abre o livro que há dentro de ti a todo o
mundo. Liberta-te dessa vergonha que te acanha o mais rapidamente possível. Tenta senti-lo
de novo, consegues? Tens sorte tu. Outros tantos humanos como tu não o sentem. Aproveita
agora que o tens, leva-o ao limite. O limite dá-te prazer. E porque não ter prazer sempre que
podes? O tic tac não descansa, e a qualquer momento a bomba rebenta. Não penses que o
amanhã existe quando ainda estás em hoje. Ele é uma incógnita, e esta equação é impossível
de resolver.
Juliana Costa
Juliana Costa, aluna do 12.º B do Externato Cooperativo da Benedita, foi a grande vencedora do Concurso Nacional de Imaginação e Criatividade Escrita em Dia, promovido pela Coca-Cola Portugal e pelo Instituto Português da Juventude.

Fribourg, uma linda cidade medieval

Depois de deixarmos o lago Thunersee e a cidade de Thun, seguimos viagem com rumo novamente ao lago Lemam e às cidades de Vevey e Montreaux, na Riviera suíça.

Pelo caminho fizemos escala na cidade de Fribourg, onde parámos pouco tempo, mas o suficiente para observarmos a sua beleza, em especial a zona da cidade que se estende pelo vale do rio Saarne, com o nome de la Ville Basse.
Fribourg é uma cidade situada nas margens do rio Saarne ou Sarine, um verdadeiro tesouro cultural que remonta à Idade Média. Assim como a cidade de Berna, Fribourg preservou inteiramente o seu centro medieval, que é hoje um dos maiores da Europa.

Aninhada no coração da Suíça, Fribourg tem um esplendor medieval intrigante, mesmo para uma cidade histórica e antiga como ela, possuindo uma magia inexplicável para todos que têm a sorte de a visitar.

A natural agitação da cidade moderna e dinâmica, imprimida por uma grande comunidade estudantil, com alguns dos mais requintados restaurantes gourmet na Europa e, por último mas não menos importante, possuidora de uma paisagem deslumbrante, convida qualquer visitante a dedicar-lhe umas boas horas de exploração.

O seu centro antigo é rico em fontes e igrejas, que datam do século XII até o século XVII. A sua linda e imponente catedral gótica, com os seus 76 metros de altura, foi construída entre 1283 e 1490.

As fortificações de Fribourg formam a arquitectura militar medieval mais importante da Suíça, com 2 km de muralhas, 14 torres e um grande bastião medieval.

A cidade foi fundada em 1157, por Berchtold IV von Zähringen, o duque que viveu e mandou construir o castelo em Thun. Ela faz parte da Confederação Suíça desde 1481.

Situada no vale, que abre caminho às águas do rio, o bairro da Cidade Baixa, (la Ville Basse) é o nome dado ao centro histórico da cidade de Fribourg. Este belo bairro espreguiça-se pelas margens direita e esquerda do rio Saarne ou Sarine, onde se encontram muitas das suas igrejas, conventos, pontes e fontes.

La Ville Basse é constituída pelo conjunto de três zonas, Bourg, Auge e Neuveville, que vão serpenteando entre as margens do Sarine salpicadas de pequenas pontes de madeira e pedra, que fazem passar ventos e caminhantes de uma para a outra margem.

A Ville Basse é o berço do "Bolze", uma língua e cultura muito antigas. Ao longo dos séculos, esta cultura completamente distinta desenvolvida na Ville Basse de Fribourg, possui uma forma de linguagem que mistura o alemão e o francês.

Fonte: Wikipédia

Thun

Como continuava a chover, a estadia em Interlaken foi também curta, no entanto a chuva resolveu por vezes parar, o que permitiu visitar, conhecer e sentir a cidade o suficiente.

Estávamos na Suíça central, no meio dos Alpes e o lago que se seguia era o Thunersee, um pouco maior que o Brienzersee.

Interlaken e Thun encontram-se ligadas por estrada, via férrea e barco. A estrada serpenteia junto à margem norte do lago Thunersee na base de altas montanhas escarpadas de um verde intenso, com férteis pastagens verdes claras na base das montanhas e a meia encosta, e revestidas na sua quase totalidade com florestas de um profundo verde-escuro.

Por vezes, aqui e ali encontramos pequenos vilarejos que se estendem de um e outro lado da estrada, com típicas casas de madeira de dois a três pisos com telhados que descem até ao rés-do-chão.

No outro topo do lago Thunersee encontra-se a cidade que lhe dá o nome, a cidade de Thun. Continuava a chover a cântaros e por isso não podemos explorar a cidade como queríamos, pelo que resolvemos seguir viagem.

Thun é uma das cidades mais originais na Suíça e está maravilhosamente situada na extremidade ocidental do lago com o mesmo nome e oferece uma impressionante vista para os Alpes cobertos de neve e é muito negligenciada pelos visitantes, a favor da cidade de Interlaken.

As lindas vistas das montanhas Eiger, Mönch e Jungfrau, bem como a gigante e piramidal montanha Niesen (2362m) e a achatada montanha Stockhorn (2190m) são sem dúvida um prelúdio suave, para as vistas alpinas mais para sul.

A cidade tem um castelo medieval. As torres do imponente castelo, destacam-se sobre a cidade, em estilo medieval tardio, com quatro torres de ângulo. Na cidade também se destacam as pitorescas ruas no centro de Thun, que merecem bem uma atenta visita.

O centro histórico de Thun estende-se abaixo do castelo, na margem direita do rio. A cidade velha de Thun é fascinante e apresenta uma arquitectura especial, principalmente a arquitectura da cidade velha. O seu estilo arquitectónico com dois a três pisos com águas furtadas e ainda muitas vezes com um piso subterrâneo, pintadas com cores vivas ou simplesmente brancas, é único em toda a Europa.

Nos pisos térreos estas casas possuem atractivas boutiques e lojas de roupa em segunda mão. Além disso, a cidade velha de Thun é uma cidade preparada e adequada para se viver. Pessoas que gostam de viver o amor da cidade, o charme das casas da cidade velha e seus arredores, com cafés ao virar da esquina, com shoppings perto e muitas outras oportunidades culturais. Cafés e restaurantes encontram-se por toda a cidade, mas também bares modernos e discotecas que animam a cidade velha de Thun.

A rua principal, a Obere Hauptgasse, paralela ao rio, está dividida em dois níveis. O passeio foi construído num nível elevado sobre os telhados dos edifícios ao longo da rua, de forma a que os peões desçam as escadas para entrar nas lojas, no nível inferior. As ruas com degraus à saída da Obere Hauptgasse levam ao castelo, o Schloss Thun, de onde se podem obtêm esplêndidas vistas da cidade e dos Alpes Berneses.

Thun é uma histórica e antiga cidade mercantil, situada nas margens do rio Aare. As suas origens remontam a 1191. A cidade de Thun existe desde o séc. XII, quando o duque Berchtold V von Zähringen mandou construir o castelo, numa colina sobranceira ao rio. O seu nome deriva da palavra celta "dunum", que significa quase o mesmo que "ponto fortificado”.

A seus pés, o lago Thunersee, é um dos mais belos lagos da Suíça e muito apreciado por turistas e locais. Localizado dentro de verdes montanhas e picos nevados, o lago apresenta muitas oportunidades desportivas, em especial os desportos náuticos e a natação.

Uma rede bem documentada de rotas pedestres e caminhos ao longo do lago, acima das aldeias e no sopé das montanhas que o rodeiam, convidam a uma enorme variedade de actividades.

Thun abriga a mais antiga escola de vela da Suíça. A praia de banhos é bonita e atrai um grande número de banhistas no Verão. Também se recomenda uma caminhada ao longo das margens do rio Aare, com vista para o lago, que resulta sem dúvida numa experiência refrescante.