Visita a Assisi - Parte I







Depois de uma boa noite escura e repousante de descanso, fez-se dia bem cedinho e com o dia, um piar insistente acordou-me. Estavamos em Assisi, a terra abençoada de São Francisco de Assis. Voltei no entanto a adormecer, como é aliás meu costume… e o novo acordar só aconteceu lá pelo meio da manhã. Ansiava pela visita à cidade, onde encontraria os lugares vividos por Francisco de Assis, esse mistério de sabedoria Universal, esse espírito de simplicidade, de renovação, força, ecologia, humanização, respeito e entendimento, mas a família estava preguiçosa e tive de refrear a vontade.


A saída para a visita à cidade e aos lugares santos, foi só iniciada após o almoço. Estava muito calor e como sabíamos que a caminhada pelo caminho alcatroado era muito mais longa, optamos por um atalho pelo interior do parque de campismo. Esse caminho complicado e desconhecido, indicado numa folha A4 dada pela recepcionista do parque no dia anterior, não nos deixou ficar mal e fomos direitinhos à estrada que mais rapidamente nos levaria à cidade.

A vista do lado esquerdo é magnifica e foi amor à primeira vista!... Aos pés do Monte Subasio estende-se rodeada de vários montes arredondados, uma bela planície rendilhada com inúmeros quadradinhos de terras de cultivo, divididas entre si por colares de árvores e arbustos de um verde escuro profundo. Salpicada de múltiplas casas branquinhas que formam um enorme habitat disperso, próprio de lugar de terras férteis, a planície espreguiça-se até onde a vista alcança, linda, longa e repousante aos olhos de quem dali a observa.

O caminho a partir dali é sempre a descer até à cidade. Caminhando no mesmo sentido que nós, embora com passo mais largo, avistou-se um pouco mais a cima, um grande grupo de jovens acompanhados de um jovem frade franciscano e de algumas freiras Clarissas, que desciam apressadamente. Logo nos alcançaram, e para nosso espanto falavam português e como o Mundo é mesmo pequeno, dizem-nos ser da região de Leiria, das Caldas, de Porto de Mós e de Peniche. Tinham vindo conhecer os lugares santos, deixados para todos nós, por São Francisco e Santa Clara.

Como é bom encontrar compatriotas, em terras distantes!…

A caminho de Assisi




Após a visita a Spoleto, partimos com rumo a Assisi (Assis), onde chegámos já de noite. Pelo caminho mergulhamos nas montanhas dos Apeninos Umbro-Marchigiano, onde se encontra uma bela região montanhosa e verdejante, mais um território escondido e de encantos inesperados.

É uma região irregular de vales profundos e de intenso verde, uma vegetação extraordinária que é dada pela abundância de água do subsolo, com riachos e fontes que por ali brotam, onde se ouvem águas cantantes, afluentes do rio Tevere (rio que banha Roma), que aparecem na superfície aos pés das montanhas e que no seu todo compõem um panorama ondulado, a "Umbria verde".


Pelo caminho e já perto do nosso destino, avista-se do nosso lado direito empoleirada em cima de uma colina verdejante na encosta do Monte Subasio, a bela cidadezinha de Spello. Spello é uma antiga cidade medieval que deve o seu nome à cidade que outrora a dominava, Spoleto. A seus pés, as terras férteis e planas estendem-se até à montanha que são cultivadas com cereais, vinhas, oliveiras e pastos onde os animais são alimentados e criados.

À chegada a Assisi demos uma volta pela circular à cidade e logo nos dirigimos para o parque de campismo, pois não se pode entrar nem circular na cidade com autocaravanas. O parque de campismo, o Camping Village Assisi, ficava um pouco distante da cidade, situado acima desta, na encosta, em local densamente arborizado e com uma esplêndida vista sobre o vale. E como foi bom dormir na sua completa escuridão...


Assisi é uma bela cidade medieval encravada sobre o longo contraforte ocidental do Monte Subasio (1290 m), que domina o seu sugestivo vale. O aspecto medieval da cidade perdura até aos nossos dias, com ruas estreitas e tortuosas, frequentemente em descida até à Catedral de San Francisco, ou em subida a partir dela até ao final da cidade. A bela paisagem, a paz, a atmosfera mística, as lembranças franciscanas, os belos lugares de culto e as numerosas obras de arte, fazem de Assisi uma das metas mais frequentadas por peregrinos e turistas de todos os cantos do mundo.


Pelo que nos disseram na recepção do parque, são numerosas e sugestivas as festas tradicionais que ali ocorrem durante a Semana Santa, nas festas do primeiro de Maio e na ocasião do perdão de Assisi. Nos redores, o ermo de São Francisco conhecido como Le Carceri também deve ser visitado. A cidade com construção aparentemente medieval, tem um aspecto muito limpo e novo, com os edifícios todos reconstruídos, pois em Setembro de 1997, Assisi sofreu gravíssimos danos causados por um violento terramoto que destruiu numerosas casas e muitos monumentos umbros e marquegianos


No terramoto, o arco da Basílica Superior da Igreja de São Francisco desabou parcialmente, provocando vítimas. Muitas obras de arte foram danificadas. Além desta basílica, sofreram danos também a Catedral de San Ruffino, a Igreja de San Giorgio, Santa Maria Maggiore e a Abazia de San Pietro.As casas mais pequenas e realmente medievais que não foram gravemente danificadas pelo terramoto de 1997 apresentam-se em pouca quantidade nas praças da cidade e também sofreram melhoramentos.

O terramoto fez das suas em numerosos edifícios, como por exemplo em alguns palácios públicos, como o Palazzo dei Capitano del Popolo, no Palazzo dei Consoli e no Palazzo dei Priori, no pórtico del Monte Frumentario (1267) e nas igrejas românicas e góticas de San Rufino, (o Duomo), Santa Maria Maggiore, San Giacomo, San Giorgio (no Convento de Santa Chiara), Santa Maria delle Rose, San Pietro e Santa Chiara.A restauração começou imediatamente após o desastre e muitas construções já foram recuperadas, mantendo tanto quanto possível, a sua traça original.


Em quase todos os edifícios recuperados se encontram estranhos tirantes em aço pintado da cor do ferro (aparentando o antigo), que apertam as paredes contra os pavimentos nos vários andares. Estanhas engenhocas anti-sismo, que nunca tinha visto em lado algum. Fonte: http://www.initalytoday.com / Wikipédia.org

Spoleto




Um pouco antes da hora de almoço partimos de Roma, com o intuito de chegarmos a Assissi (Assis) ao final do dia. Pelo caminho queríamos parar durante a tarde na pequena cidade medieval de Spoleto, que nos ficava no caminho.


A tarde estava quente e foi muito agradável parar para um lanche depois de muitos quilómetros realizados, a que se seguiu a visita à cidade. A cidade estava calma, com alguns jovens na Piazza del Mercato, e só na rua de maior comércio é que se encontrava mais movimento.
Spoleto é uma esplêndida cidade enquadrada por belas florestas e localizada no centro da Itália, na região da Úmbria, uma região que se destaca pelo equilíbrio entre homem e natureza, no tratamento que seus cidadãos sempre tiveram com sua terra e seu rico passado.

Na Idade Média e na Renascença, foi uma activa região no coração histórico, cultural e religioso da Itália, onde as cidades se desenvolveram de forma extraordinária, acumulando uma enorme riqueza artística.
Spoleto está localizada no extremo sul do Valle Umbra, uma vasta planície aluvial criada em tempos pré-históricos pela presença de um grande lago, o Umber Lacus, que secou na Idade Média.

A cidade está construída sobre o Monte St. Elias, um promontório baixo, no sopé da Colina Monteluco, e que vai descendo até às margens do rio Tessino, sendo a leste cercada pelas montanhas que cercam a Valnerina.
Apesar de apresentar traços da era romana na sua estrutura urbana, Spoleto ainda mantém uma forte aparência medieval, herdada do próspero período do Ducado "Longobardi" e, depois, por ter sido uma importante cidade dentro do Estado Papal.


Possui elementos arquitectónicos bastante antigos, que remontam à época imperial, como o Arco de Druso, de 23 d.C., encontrado perto da Igreja romana de Sant'Ansano, a casa romana que pertenceu à mãe de Vespasiano e o esplêndido Teatro Romano, construído antes dos primeiros anos do Império e a Basílica de San Salvatore do séc. IV, são testemunhas das mais antigas origens de Spoleto. Perto da igreja de San Gregorio Maggiore, do séc. XII e caracterizada pelo elevado presbitério, há uma ponte romana (também chamada de "a sangrenta") que consiste em 3 arcos construídos em blocos de pedra e o anfiteatro do séc. II d.C., também pode ser ali encontrado.



O seu Duomo é um raro exemplo que sintetiza a arquitectura românica e conserva frescos do Pinturicchio e de Filippo Lippi, natural da cidade e que ali morreu depois de ter pintado os belos frescos da catedral. Na área encontrada em frente à Chiesa di San Pietro tem-se um amplo panorama de toda a Spoleto e da poderosa e esplêndida Ponte delle Torri (Ponte das Torres), do séc.XIV, com dez arcos com um total de 80 metros de altura e 230 de comprimento, que liga ao Forte (Rocca Albornoziana) construído em 1352, sob as ordens do Cardeal Egidio Albornoz e desenhado por Matteo Gattaponi, nos declives da montanha que domina a cidade. Um passeio por estes lugares oferece um admirável panorama da cidade de Spoleto e do lindo vale do rio Tessimo.


Monumentos mais modernos, tão fascinantes quanto os outros, são as igrejas de San Domenico e San Ponziano, ambas construídas durante o séc. XII. Fonte: http://www.initalytoday.com / http://www.spoleto.com.br/

A caminho da Úmbria




A primeira vez que li algo sobre a Úmbria, relembro uma frase que dizia ser esta “…uma terra permeada por um sopro místico, onde vivem numerosas cidades históricas ricas de arte e de arquitectura, que convidam ao descanso e à meditação.” Situada no coração da península, a Úmbria é uma das regiões de maior apelo para o turismo cultural, por resguardar vivos e intactos belos lugares do saber medieval e humanístico.

Este aspecto é ainda mais valorizado pela harmoniosa relação com uma paisagem doce e meditativa, em grande parte formada por colinas tapeçadas por cultivos e bosques, por oliveirais e vinhedos, que nos proporcionam belos cenários que inspiraram durante muitos séculos os seus artistas.A partir de Roma foi para esta terra que nos dirigimos. Esta é uma região única, discreta e despojada de vaidade, que embora não exiba o esplendor da Toscana, possui uma beleza genuína e agreste, pois é uma região que ainda vive predominantemente da agricultura.

Fica situada no centro do país, onde o verde brota por todos os cantos, possuindo parques naturais incríveis, sendo por isso um verdadeiro paraíso. Algumas dessas áreas naturais ficam próximas às colinas ou na montanha e são lugares perfeitos para quem quer um lugar para descansar.


Para quem como nós se aventurar por suas estradas, fica deliciado com as belas e únicas paisagens proporcionadas pelos vales e pelas montanhas dos Apeninos, enveredando por caminhos que nos levam aqui e ali a cidadezinhas que, embora não pareçam, foram vigorosos reinos independentes, antes de serem dominadas pelos papas.

Ainda assim, a maioria das pequenas cidades da Úmbria, estão empoleiradas em cima de colinas e remontam à Idade Média, tal como os seus monumentos e quem as quiser visitar prepare as pernas, pois será preciso subir ladeiras íngremes e deambular por ruelas inclinadas e estreitas. Entre os diversos tipos de aldeamento presentes na região (de cume, de encosta, de fundo vale, de planície), prevalecem amplamente os primeiros, preferidos pelo clima mais ameno e salubre, além de mais defensáveis em caso de ataque. Em contraste, e devido ao sistema de meação das terras prevalecente na região, era significativa a parcela da população que vivia isolada em casebres no campo, muitos deles encimados por uma torre de observação quadrada, a “palombara” (pombal).


Por tudo isto trafegar por ali foi um prazer, pois o número de visitantes é menor e a região reserva relíquias incalculáveis. De toda a Itália, só as regiões da Úmbria, da Toscana e do Lácio, é que conservaram a herança dos etruscos, invasores que antes do Império Romano ocuparam a área central da península. O seu nome, "Úmbria", deriva da população (os Úmbros) que, junto com os Etruscos, ocupavam o território antes da conquista romana e da qual temos poucas notícias históricas. Em todo caso, esta denominação veio a desaparecer quando a região foi englobada no Ducado de Spoleto, instituído pelos Longobardos e, mais tarde, no Estado da Igreja, reassumindo o seu antigo nome só após a unificação da Itália, em 1861.

Fonte: http://www.roma.guide.com.br / http://www.portalitalia.com.br

Visita a Roma - 4º Dia, Parte X





Ainda na Piazza di Spagna procurámos pela Via Condotti. A Via Condotti é a rua que se encontra em absoluta perpendicularidade com a Fontana della Barcaccia e por isso situada mesmo em frente da Scalinata della Trinità dei Monti (Escadaria Espanhola) sendo assim muito fácil encontra-la.

Segue-se então pela Via Condotti, que se encontrava com muita gente que saia ou entrava na Piazza di Spagna. Nos tempos da Roma Antiga, a Via dei Condotti era uma das ruas que cruzaram a antiga Via Flaminia e permitia que as pessoas que cruzavam o rio Tibre chegassem à Colina Pincio. Ela inicia-se na Piazza di Spagna e recebeu o seu nome, devido às condutas que nela passavam e que transportavam água para as Termas de Agripa.

A Via Condotti é um dos centros da moda em Roma e nela se encontram as lojas das melhores marcas da moda italiana e mundial, desde que o atelier da Bulgari, que ali foi aberto em 1905. Agora, além de Valentino, outros estilistas, como Zara, Armani, Hermès, Cartier, Louis Vuitton, Fendi, Gucci, Prada, Chanel, Dolce & Gabbana e Salvatore Ferragamo, têm lojas na Via Condotti. Outros ainda, como Laura Biagiotti, têm seus escritórios no local.No segundo edifício do lado direito da Via Condotti, a partir da Piazza Di Spagna, encontra-se o Antico Caffè Greco. O Antico Caffè Greco (muitas vezes apenas referido como Caffè Greco) é um marco histórico da cidade, que foi inaugurado em 1760, no nº 86 da Via dei Condotti. É talvez o mais conhecido e antigo café de Roma.

Ali tomaram café figuras históricas entre as quais se incluem, Stendhal, Goethe, Thorvaldsen Bertel, Mariano Fortuny, Lord Byron, Shelley, Franz Liszt, Keats, Henrik Ibsen, Hans Christian Andersen, Felix Mendelssohn e María Zambrano , e ainda hoje, continua sendo um refúgio para escritores, políticos, artistas e pessoas notáveis em Roma. Ao entrarmos fomos muito bem acolhidos por um simpático empregado de mesa com a idade de quem já deu as boas vindas a muitas dessas figuras históricas, mas que sem qualquer diferenciação continua a bem receber quer simples visitantes, quer figurões.

O ambiente de início do séc. XX, o belo mobiliário, os magníficos doces expostos e depois por nós escolhidos, o seu capuccino, o sossego e o fresco do ar condicionado, fizeram com que me viesse à memória a tão conhecida frase italiana: "Quanto è dolce non far niente" (como é doce não fazer nada).Este belo café não poderia existir noutro local que não fosse Roma, pois como se sabe um dos grandes prazeres da vida romana é saborear um café de preferência num dos seus cafés elegantes a ver o mundo passar. Assim sendo, ninguém deve passar por Roma sem experimentar dar um passeio através de Via Condotti com as suas magníficas lojas e de passar um fim de tarde descansado dentro do histórico Antico Caffè Greco. E como foi bom despedirmo-nos de Roma, neste belo e antigo café…


À saída o turbilhão de movimento da Via Condotti e um cheirinho inesquecível a castanhas assadas, ali bem próximo de nós. Depois o regresso ao parque de campismo, onde nos esperavam os preparativos para a partida no dia seguinte. No final do dia, o jantar no restaurante do parque, saboroso e bastante italiano. Fonte: http://trifter.com/practical-travel/world-cuisine/a-trip-to-caffe-greco / Wikipédia.org

Visita a Roma - 4º Dia, Parte IX





Depois o subir da escadaria e entrar na Chiesa de San Trinità dei Monti. A Igreja da Santissima Trinità dei Monti é um templo do renascimento tardio, mais conhecida pela sua bela posição de comando em acima das escadarias que nos conduzem à Piazza di Spagna. A igreja foi encomendada por Charles VIII no final do séc. XV e a construção durou até 1585.


O complexo inclui uma igreja e convento situado em Monte Pincio, com vista sobre a famosa Scalinata della Trinità dei Monti e a Piazza di Spagna, oferecendo ainda uma vista fabulosa sobre a Cidade Eterna.

Em 1494, São Francisco de Paula, um eremita da Calabria, comprou um vinhedo e, em seguida obteve a autorização do Papa Alexandre VI para ali estabelecer um mosteiro para os Frades Minimos (a Ordem fundada por São Francisco de Paula). Em 1502, Luís XII de França, começou a construção da Chiesa dei Trinità dei Monti próximo a esse mosteiro, para celebrar a sua invasão bem-sucedida de Nápoles.

A famosa fachada da igreja com suas duas torres simétricas foi um trabalho de Carlo Maderno. O interior combina arcos góticos, com uma decoração clássica renascentista. É o lar de várias obras de Cesare Nebbia inclusive a "Crucificação" do altar-mor de Daniele da Volterra, bem como obras do pupilo de Michelangelo. As suas bonitas esculturas e os frescos da cúpula são dignos de particular interesse.Novamente na Piazza di Spagna, caminhamos até à Piazza Mignanelli, situada do lado direito e mesmo ao lado da praça anterior. Pelo caminho do lado esquerdo, vê-se uma camisaria com o nome de Byron, por certo uma homenagem a Lord Byron, um destacado poeta britânico e uma das figuras mais influentes do Romantismo que ali esteve hospedado na praça (quando realizou o seu Grand Tour), em casa de seu amigo Percy Bysshe Shelley, também um dos mais importantes poetas românticos ingleses.

A Piazza Mignanelli tal como a sua visinha Piazza di Spagna, fica no sopé da Colina Pincio, à direita da Escadaria Espanhola e dela também parte uma escadaria que acede à Chiesa dei San Trinità dei Monti. Todos os anos, no dia 8 de Dezembro o Papa e milhares de católicos, visitam a Piazza Mignanelli, a fim de ali comemorar o dia da Imaculada Conceição, que está simbolizada pela imagem de Nossa Senhora no pilar que se encontra no meio da praça e por isso o pilar é chamado de dell' Immacolata Colonna.

O palácio que domina a Piazza Mignanelli e que possui o mesmo nome da praça, foi construído no início do séc. XVII. Foi encomendado pela família de Gabrielli, uma família rica de industriais de Siena. O terceiro andar do edifício só foi construído em 1887, pelo arquitecto Andrea Busiri Vici, que também reconstruiu a fachada. O palácio é agora popularmente chamado de Palazzo di Valentino, por pertencer ao famoso estilista do mundo da moda, e na fachada pode ser visto um grande "V" de Valentino.


A tarde começava a cair e a Piazza di Spagna ali ao lado a receber ainda mais visitantes, e nós já com algum apetite, resolvemos procurar o Caffè Greco para um lanche e pequeno descanso condignos. Abre-se o Guia da American Express, lê-se sobre a localização do Caffè Greco e em seguida procura-se a Via Condotti, onde do lado direito se encontra o antigo e histórico café.

Fonte: Wikipédia.org / http://tecnologia.terra.com.br

Visita a Roma - 4º Dia, Parte VIII




Pela Via dei Pontefici encaminhámo-nos para a Via del Corso, um segmento da antiga Via Flaminia que se localiza dentro da capital italiana e que se encontrava cheia de turistas. A sua posição central faz da Via del Corso um ponto de encontro perfeito para pessoas de todas as idades. Ela também atrai consumidores ávidos, porque ali podem encontrar uma ampla selecção de lojas para todos os gostos e preços.Uma série de atracções históricas de Roma, estavam localizados ao longo da Via del Corso. A história do nome desta rua famosa também é muito interessante. Poucas pessoas sabem que esta rua principal foi o sítio usado para uma corrida anual de cavalos que atravessava toda a sua extensão, daí o nome “Via del Corso”. Estas corridas foram proibidos em meados do séc. XIX, mas a Via del Corso ainda nos oferece um constante e colorido desfile de pessoas nos dias de hoje.


Escolhemos depois uma das vias perpendiculares à Via del Corso, enveredando pela estreita Via della Croce até ser atingida a Piazza di Sagna, onde queriamos passar o resto da tarde. A Piazza di Spagna, (Praça da Espanha), é um dos mais deslumbrantes locais da cidade de Roma. Encontrava-se cheia de gente, gozando o final da tarde, uma vez que é um ponto de encontro preferencial, diurno e nocturno de romanos e turistas de todas as nacionalidades e é muito comum ouvirem-se várias línguas ao mesmo tempo, num curto espaço.A partir dela sobe uma escadaria monumental que se encontra quase permanentemente cheia de pessoas que se sentam ao longo dos seus degraus. Esta elegante escadaria de 137 degraus, conhecida por Scalinata della Trinità dei Monti ou Escadaria Espanhola, é constituída por três secções e seguida na secção central por outras escadas que sobem nas laterais e levam até à Chiesa di San Trinità dei Monti. A construção da escadaria deve-se ao arquitecto Francesco de Sanctis (de 1723 a 1726) e foi custeada pelo embaixador da França, Etienne Gueffier.


A fonte no centro da praça, a Fontana della Barcaccia, com a singela forma de um barco, é afectuosamente chamada pelos romanos de La Barcaccia, ou "velha banheira". É atribuída a Gian Lorenzo Bernini ou a seu pai Pietro Bernini e foi realizada entre 1627 e 1629, que segundo dizem foi inspirada pela chegada à praça de um barco durante uma inundação do rio Tibre em 1598, quando um pequeno barco ali encalhou depois da água se ter retirado, quando o nível do rio baixou.Este acontecimento serviu para que o Papa Urbano VIII encargasse a Pietro Bernini a execução da obra, ajudado por seu filho Gian Lorenzo Bernini, que mais tarde o superaria em fama e técnica.


No início da Escadaria Espanhola (Scalinata della Trinità dei Monti), encontra-se do lado direito um prédio estreito e alto, que foi a casa de John Keats e Percy Bysshe Shelley (ambos poetas românticos ingleses) e onde o primeiro veio a falecer em 1821, com apenas 25 anos. Esta casa é hoje um museu dedicado aos poetas românticos ingleses, que na sua época iniciaram o Grand Tour, uma viagem que os aristrocratas, artistas, escritores e compositores faziam a Roma e outras cidades italianas, para um maior conhecimento da cultura italiana.


Também no início da Escadaria Espanhola, mas do lado esquerdo encontra-se outro prédio, o Babington's Tea Rooms, que foi fundado por duas inglesas solteironas, em 1896 e que nos dias de hoje ainda continua a servir chás à inglesa.

Fonte: http://www.aviewoncities.com/rome/piazzadispagna / http://www.navigaia.com / Wikipédia.org / http://www.virtualtourist.com/travel