Visita à Coudelaria de Alter e Convento do Crato


A 4 quilómetros a Noroeste de Alter do Chão fica a Coudelaria de Alter, rodeada de 300 hectares de terras aráveis, cuja fundação pertence ao rei D. João V, da Casa de Bragança, no ano de 1748. Este rei, ansiando por cavalos de raça lusitana, importou éguas da Andaluzia, e foi nesta Coudelaria que se produziram cavalos de raça lusitana para a Picaria Real.
A coudelaria prosperou até às invasões francesas (1807-15), mas depois sofreu um longo período de declínio. Nos nossos dias, foram necessários anos de dedicação para a sua recuperação e a Escola Portuguesa de Arte Equestre, está ali para demonstrar os excelentes resultados obtidos.

A Coudelaria de Alter tem sido uma das instituições mais importantes para a divulgação do nome de Alter do Chão e para a continuidade e preservação da raça equestre, expressa no desejo do rei em “Que se conserve sempre pura esta raça".

Oriundo da Coudelaria de Alter era o famoso cavalo "Gentil", modelo de cavalo da estátua de D. José no Terreiro do Paço em Lisboa.

Até ao início do século XIX a Coudelaria de Alter viveu um período áureo, que foi desde aí perturbado por períodos complicados da sua existência, renascendo agora com outro fôlego, vontade e dinamismo.

A Coudelaria é hoje em dia constituída por diversas valências, nos seus 300 hectares de paisagem de grande beleza, onde impera a paz de espírito.
A Quinta de Alter onde se encontra a Coudelaria é enorme e desde a entrada, tem que se percorrer alguns quilómetros até às “Casas Brancas”, onde se encontra a recepção e bilheteira.

A visita guiada foi iniciada pelas cavalariças, um edifício novo, construído de forma a manter um enorme azinheiro, que faz as delícias dos visitantes e com as condições adequadas para acolhimento dos cavalos, separados por cores, sexo e ano de nascimento. Ao longe podemos visualizar a “éguada” na pastagem, no entanto foi pena não podermos observar ninguém a exibir a arte equestre com o belo Cavalo Lusitano.

De seguida iniciou-se um percurso pelas instalações da Falcoaria, aonde podemos ver todas as aves ali existentes. A Falcoaria é uma actividade muito antiga, e com raízes na caça medieval. Os falcões ainda hoje são usados nos aeroportos, para espantar outras aves, para que sejam evitados acidentes causados nos reactores dos aviões. A demonstração foi muito bonita, com três aves a exibirem-se em voo.

Outra fase da visita foi a exposição de atrelados, carruagens com 2 ou 4 rodas, para aparelhar em cavalos. Uns mais recentes, outros mais antigos, mas sempre muito interessantes! …Gostei! Depois vimos uma exposição de selas de cavalos, da América, México e Ásia, também muito interessante.
Hoje em dia ali funciona a Escola Profissional de Agrícola de Alter do Chão, a Escola Portuguesa de Arte Equestre, um pólo da Universidade de Évora, núcleos de investigação, de selecção e melhoramento da raça, infra-estruturas hípicas e desportivas, a falcoaria, entre outras valias, como a Casa do Arneiro, um espaço reservado ao alojamento de professores e conferencistas.

A Coudelaria de Alter oferece também núcleos museológicos e zoológicos de grande interesse, bem como diversas actividades pedagógicas, centradas na evolução e divulgação da preservação ambiental, patrimonial e turística.

A não perder também é a "saída da éguada", quando diariamente todas as éguas saem para a pastagem.

Após a visita à Coudelaria de Alter, seguimos viagem com passagem pelo Crato, que ficava ali bem perto de Alter do Chão, para visitarmos o Convento do Crato, hoje a famosa Pousada Flor da Rosa, que está instalada no antigo Convento.

Esta Pousada foi outrora um Castelo, um Convento e um Paço Ducal, todos construídos em distintas épocas e que deram origem a uma obra de arquitectura ecléctica, com uma harmonia de beleza incomparável.

Na Pousada ainda hoje se consegue respirar, em cada lugar, canto e recanto, todo o misticismo medieval uma vez que o antigo Convento-Sede do Prior do Crato pertenceu à Ordem Religiosa-Militar de Malta.

Para ali ser instalada a Pousada Flor da Rosa, o edifício sofreu algumas obras de restauro e transformação, a partir de um projecto do Arq.º Carrilho da Graça, que tão bem soube potenciar as características mais genuínas do monumento e evidenciá-las com uma intervenção arquitectónica que, embora moderna, respeitou integralmente as suas origens.

Ver história do Convento em: http://www.portugalvirtual.pt/pousadas/crato/pt/index.html

Fonte: http://www.guiadacidade.pt

Nenhum comentário: