Sociedade Invertida

Há um dia atrás, a minha filha dizia-me que em conversa com um dos seus amigos estrangeiros, com quem fala pela Internet para praticar Inglês, este lhe tinha dito feliz, que naquele dia iria ajudar um colega de trabalho a partir uma parede em sua casa, mostrando com isso, um verdadeiro entusiasmado.


A minha filha embora muito agradada com essa conversa, mostrava-se ao mesmo tempo espantada com a motivação feliz e solidária desse seu amigo. Dizendo-me que o que era habitual em Portugal era precisamente o oposto. Dizia que, “Aqui, o normal é que se alguém pedisse essa ajuda, das duas, uma, ou teria que partir a parede sozinho, ou teria de dizer que a seguir, ofereceria um bom e farto jantar.”


Enquanto ouvia isto, não pude deixar de pensar que atitudes solidárias desse tipo realmente não são muito abundantes entre nós, o que demonstra mais uma vez que vivemos numa “sociedade invertida”, sem valores de solidariedade e amizade incondicional.


Como é que então podemos passar do “homem invertido e dividido” ao “Homem Novo”, da sociedade egoísta à comunidade solidária, do mundo materialista e concentrador ao mundo da partilha?



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