Mostrando postagens com marcador Páscoa 2005 - Norte de Espanha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Páscoa 2005 - Norte de Espanha. Mostrar todas as postagens

Cangas de Onís e o Santuário de Covadonga

A cidade de Cangas de Onís, capital do Concelho e primeira capital espanhola, é uma pequena cidade em pleno Parque Natural dos Picos da Europa, onde há todos os serviços, desde restaurantes, casas de cidra, bares, clubes, bancos e lojas de lembranças. Nesta pequena cidade pode fazer-se a prática de muitos desportos de aventura, tais como, cavalgadas, canoagem no rio Sella, visitas guiadas de natureza e vários itinerários culturais.
Depois de um belo lanche em Cangas de Onís e da compra de compotas e queijos da região, seguimos viagem e a apenas 15 km, encontramos Covadonga que é outro dos pontos de partida para um dos percursos mais concorridos do Parque Natural. Aqui encontrámos a Basílica de Santa Maria La Real, a estátua de Pelágio e a Santa Cova, antes de subir a montanha, até aos lagos de Enol e Ercina, que é talvez a zona mais conhecida e frequentada do parque.

A Basílica de Santa Maria La Real em Covadonga é um santuário constituído como qualquer lugar de culto por uma Basílica de adoração de Santa Maria La Real. Concluída a Basílica em 1901, o templo que foi desenhado por Roberto Frassinelli e construído entre 1877 e 1901 pelo arquitecto Frederick Aparici, em estilo Neo-românico e construído inteiramente em calcário rosa.

Antes desta Basílica existiu outrora um outro templo que em 1777, sofreu um incêndio que destruiu totalmente o antigo templo, sendo decidido levantar um novo santuário com o intuito de ser monumental, com a oposição dos habitantes, que queriam reconstruir o templo junto à Sagrada Gruta. O santuário foi desenhado inicialmente por Ventura Rodriguez, mas nunca foi realizado.

A grande construção só é iniciada um século mais tarde por iniciativa do rei Alfonso XII, que deu o impulso necessário há realização desta construção. A ideia original deste templo foi encomendada a um conhecido estudioso alemão de Corao, Roberto Frassinelli, que foi óptimo desenhador, mas não um bom arquitecto. Assim cedeu o seu lugar ao arquitecto Aparici que acompanhou a construção.

A basílica está disposta sobre uma grande esplanada e tem três naves. A sua fachada principal tem um alpendre com três arcos que dão forma à porta e a fachada é marcada por duas torres. O edifício destaca-se por ter um aspecto muito sólido. O tom rosáceo é devido à pedra calcária rosa que cobre toda a Basílica e que a destaca no meio da paisagem verde que a rodeia.

Junto da Basílica e ainda sobre a esplanada estão a "Campanona", campanário com um sino com três metros de altura e 4.000 kg, construído em 1900 em La Felguera, doado pelo conde italiano Sizzo Norica e Luis Gomez-Herrero. A estátua de bronze de Don Pelayo (Primum Pelágio das Astúrias, foi um nobre godo que iniciou a reconquista de Espanha aos muçulmanos e fundou o reino das Astúrias, sendo o seu primeiro rei), de 1964, do escultor Eduardo Zaragoza. O obelisco com a Victoria Cross, data de 1857 e foi mandado construir pelos Duques de Montpensier, onde a tradição diz que foi o lugar onde Don Pelayo foi coroado rei.
A Sagrada Gruta, local de culto mariano com o seu cruzeiro de três cruzes, que eu já tinha visto em sonho sem saber de onde era e que me espantou e maravilhou quando o avistei, pois estava ali aquilo que tinha visto em sonho, anos atrás, sem saber o que era ou o que significava. A cova ou gruta foi visitada pelo Papa João Paulo II, que rezou perante "a Santinha" em 21 de Agosto de 1989.

A Virgem de Covadonga é a Patrona das Astúrias, onde é conhecida popularmente como "la Santina" (a Santinha). O nome de covadonga, significa cova de água, mesmo que persista a ideia de que significa cova da Senhora. Parece que outrora era um lugar sagrado para os habitantes pagãos das antigas Astúrias, a quem admirava o brotar da fonte que ali existe.

No ano de 722, em Covadonga, no que é hoje o centro de devoção mariana e símbolo das Astúrias, aconteceu a lendária batalha de Covadonga contra a ocupação muçulmana, na qual Pelágio começou a reconquista de Espanha. A batalha foi ganha pelos cristãos de "Don Pelayo", que não hesitaram em atribuir a vitória à protecção da Virgem.

O rio Auseva aparece debaixo da cova, para desaparecer depois nas brechas rochosas de Orandi. Nos relatos da batalha de Covadonga, faz-se alusão a certos fenómenos que colaboraram para a vitória dos cristãos. Segundo os escritos da época, durante a batalha houve uma tormenta e com ela um desprendimento de rochas, que caíram sobre os muçulmanos em fuga.

Este fenómeno foi atribuído pelos cristãos à protecção da "Virgen de la Cueva" e ainda segundo a lenda, da cova vinha um canto infantil que dizia "que llueva, que llueva, la Virgen de la Cueva"... (que chuva, que chuva, a Virgem da Cova). Em todo caso, não parece pelos escritos antigos que conste uma aparição mariana, o que não diminui a importância do Santuário como lugar de culto.

Perto da gruta, há uma fonte com sete bicas que segundo a lenda popular afirma, confer um ano para que a pessoa que beba por todas as suas bicas case (algumas pessoas dizem que o resultado é garantido, se a deglutição da água for feita sem respirar até que se beba água de todas as bicas).

O Mosteiro de San Pedro, que se acredita que foi fundado por Alfonso I, é um edifício românico que conserva algumas de suas paredes originais. No século XVII, foi construido o novo edifício de plano rectangular com dois níveis. Em 1687 houve uma nova renovação do mosteiro barroco modificando-lhe a fachada e mais tarde outra reforma modificou a nave principal, colocando madeira no soalho.

O Santuário de Covadonga, um local de peregrinação para todos os cristãos é sem dúvida um local que não se deve deixar de visitar. A Nossa Senhora na caverna, a Basílica na colina Cueto, e a beleza da paisagem em torno do santuário, dentro do parque nacional, torna a visita a este local um momento único e uma experiência que nunca se esquece...

Fonte: Wikipédia.org / http://www.spain.info/


Os Picos da Europa

Após a saida de Luarca, dirigimo-nos aos Picos da Europa, uma magnífica região que nos permitiu conhecer uma das paisagens mais emblemáticas de Espanha. Nesta zona tivemos ainda a oportunidade de visitar o Santuário de Covadonga.
O Parque Nacional dos Picos da Europa, uma área de 64.660 hectares, entre as Astúrias, Léon e a Cantábria, constituindo a segunda maior zona protegida de Espanha e a terceira da Europa. O seu nome diz tudo e a imensidão da paisagem também. Estamos perante um dos maciços montanhosos mais importantes da Península Ibérica, com zonas de alta montanha de origem glaciar, gargantas apertadas, lagos espelhados, extensos vales e picos abruptos.

Este parque que por vezes se aproxima somente 3 Km do mar, faz com que se cruzem os ares do mar Cantábrico com os cumes altos das montanhas, as salamandras, os veados, os pastores de outros tempos e os lagos de origem glaciar. Este magnífico conjunto montanhoso dos Picos de Europa que constitui o principal maciço calcário da Europa Atlântica, começou a cimentar-se há 300 milhões de anos, no fundo de uma grande depressão marinha, daí que hoje se possam encontrar fósseis de vários organismos nos cumes, a mais de 2500 metros de altitude.

Os Picos da Europa têm três maciços bem diferenciados, entre os quais correm alguns dos principais rios da sua rede hidrográfica: Deva, Duje, Cares e Sella. Divide-se em três zonas distintas, separadas por vales e rios: o Maciço Ocidental, com o Rio Sella a oeste e Cares a este e a que se acede por Cangas de Onís; o Maciço Central, que vai da Garganta do Cares ao vale do Duje, com acesso desde Cabrales; e o Maciço Oriental, entre Duje e Deva e aonde que se chega pela estrada de Panes.

No Ocidental, é imprescindível visitar Cangas de Onís (convém chegar a um domingo para desfrutar do tradicional mercado, onde se vendem queijos artesanais da região), uma localidade com antigos pergaminhos que é também um bom ponto de partida para percorrer o interior, dominado pela majestosa silhueta dos Picos da Europa. Quando se visita a região no Verão, pode descer-se o rio Sella de canoa, o que é um dos maiores actractivos deste local.

A actual topografia dos Picos da Europa, com suas montanhas altas e pontiagudas e a sua inequívoca beleza que tem uma importância natural única, fazem desta vasta região protegida um local impar na Península Ibérica. Os Picos da Europa integram no maciço ocidental, o antigo Parque Nacional de Covadonga, criado pelo Rei D. Alfonso XIII em 1918, o primeiro de Espanha e um dos primeiros parques naturais do mundo.

Principais protagonistas destes "bosques encantados" nestas montanhas, as faias podem ser encontradas até perto dos dois mil metros de altitude. Com vestes outonais de cor viva, estas árvores pintam toda a paisagem de tons laranja, até se esconderem, já despidas, atrás dos primeiros nevões. Carvalhos, castanheiros, amieiros e muitas outras espécies de flora, completam este quadro típico de Outono, no Parque Natural de Somiedo, que está integrado nos Picos da Europa. É neste cenário que se esconde o urso-pardo, uma espécie ameaçada que encontra nesta reserva um dos seus últimos refúgios.

Estas grandes montanhas escondem no entanto outros segredos: pitorescas e históricas povoações, que marcam pela hospitalidade das suas gentes, herdeiras de uma longa tradição cultural, desde os tempos mais remotos. Esta é uma viagem a um mundo protegido que não se deve perder...


Luarca


Luarca, também conhecida como a "Veneza Asturiana" é uma bela e majestosa vila piscatória que desemboca no mar Cantábrico. Situada na foz do rio Negro, que se divide em dois, e que tem as suas origens como um importante enclave da frota baleeira espanhola. A beleza de Luarca está no seu charme, que reside essencialmente no rio que corre entre os meandros dos diferentes bairros desta vila piscatória, ligados entre si por seis pontes.

O seu belo porto pesqueiro é um dos que mais se destacam nas Astúrias, com inúmeros restaurantes vocacionados para o turismo e numerosos estabelecimentos comerciais que dão vida à vila e ao Concelho de Valdés. Os visitantes podem desfrutar da atmosfera marítima que se respirava no porto de pesca e em seguida, subir ao topo do promontório conhecido como a Sentinela.

A vila foi fortificada durante o séc. XVI e XVII para a defender dos piratas ingleses, no entanto destas muralhas já praticamente nada resta. Esta zona é hoje ocupada pela ermida da Virgem Blanca, o Farol e o cemitério com belos jazigos, num dos quais se encontram os restos mortais de seu filho mais ilustre, o Prémio Nobel da medicina Severo Ochoa, que aqui nasceu e viveu nos ultimos anos de sua vida. Daqui pode observar-se uma linda vista, não só do porto, mas também do anfiteatro formado pelo casario que desce até ao porto.


Um pouco mais abaixo está o pitoresco bairro de Cambaral. Neste bairro pode observar-se a Mesa dos Navegadores, onde se reuniam alguns dos navegadores espanhóis, antes de embarcarem rumo aos descobrimentos e os pescadores de Luarca, afim de planearem os rumos e as suas operações no mar. No muro em redor desta mesa estão uma série de painéis cerâmicos representando as origens da vila baleeira (desde 1232) e seus principais marcos históricos, como quando se tornou a capital do Principado em 1810 devido a uma insurreição contra o poder francês.

O bairro da Pescadería, vencedor em 1956 como "o mais limpo e cuidado, graças ao cuidado de seus vizinhos", é uma relíquia que preserva intacto as antigas casas do bairro de pescadores, que se encontra numa íngreme encosta e que alberga as típicas casas no meio de ruelas estreitas.

A Cidade Velha está situada junto ao porto, onde uma visita ao Mercado do Peixe para se observar o leilão do peixe resultante da pesca diária, é uma experiência interessante. Também junto ao porto se encontra a Igreja de Santa Eulália padroeira da vila, cuja construção foi concluída em 1879, onde se destaca o altar barroco e a capela onde se encontra a imagem de Cristo do Socorro.

A rua em redor da Igreja está a casa de Carmen e Severo Ochoa, e leva à Praça de Alfonso X, "O Sábio", onde se encontra a Câmara Municipal, que é um bonito edifício de 1912. Na praça, ao centro pode ver-se o Coreto da Música, e o monólito da jurisdição que representa o foral dado pelo rei Alfonso X, da passagem da povoação a vila no séc. IX.

A poucos metros, o Palácio dos Marqueses de Gamoneda, uma casa solarenga da construção urbana do séc. XVIII, com um vistoso brasão da família do mesmo nome. A partir daí começa a rua que reúne todos os acessos à cidade através das ruas Ramon Asenjo e Alvaro de Albornoz, onde se situa o Lyceum Circle, um belo edifício do século XIX e local de encontro de associações culturais e de académicos tertulianos.

Na rua de Escalerones, está o Palacio del Marquês de Ferrera e compreende dois edifícios ligados por um arco, o Arco-Bayon que voa sobre as escadas. Na parte inferior está o palácio primitivo (séc. XV-XVI) e a torre (provavelmente o século XII), que ao longo do tempo sofreu muitas reformas, perdendo o seu carácter defensivo. A ala direita data do séc. XVI onde se encontra a Casa da Cultura, que ao longo do ano realiza exposições de pintura e ainda alberga o Turismo.

Junto a Luarca existem três lindas praias, e uma pequena ilha, perto da qual fica o Clube Náutico. No entanto a zona oferece uma série de belas baías e enseadas onde o vento nos cheira a maresia. A leste fica a praia de Otura, que se situa a 6 km na direcção da Galiza e a praia de Baraya, que devido ao seu elevado valor ecológico foi declarada paisagem natural protegida, fazendo parte da Reserva Natural de Baraya. A praia de Portizuelo, perto do bairro de Villar, com substrato rochoso e a praia da Caverna, na foz do rio Caner, são outras opções, para quem visita a zona no Verão.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.revistaiberica.com/

Gijón

Gijón, ou Xixón em asturiano, é uma linda cidade costeira e município da Espanha situada na província e comunidade autónoma das Astúrias. Gijón é um dos principais portos marítimos do norte de Espanha e a maior cidade das Astúrias. Já visitada por nós noutras viagens, optámos por passar pela cidade afim de observarmos as mudanças operadas nos últimos anos. Uma passagem pela sua bonita marginal, porto e marina é sempre muito gratificante.

Pensa-se que Gijón deriva do nome romano "Gigia". Os vestígios da sua ocupação datam do neolítico. É da mesma época o conjunto de dólmenes de Monte Areo, um dos mais importantes do norte da Península Ibérica. Originalmente Gijón foi formado entre o monte de Santa Catalina e o bairro piscatório de Cimadevilla.

Gijón é uma ponte entre o passado e o futuro. Situada na costa atlântica de Espanha e a principal cidade das Astúrias foi fundada no séc. V a.C. pelos celtas, tendo depois caído sob o domínio de Roma. O porto de Gijón foi sempre uma peça-chave no desenvolvimento da urbe, mesmo quando a indústria pesada foi a sua aposta maior, sobretudo no séc. XX.

O declínio das minas de carvão da região, da siderurgia e dos estaleiros navais, sobretudo durante os anos 80, obrigou a uma mudança radical da estrutura económica e social de Gijón. A cidade teve de se reinventar e de apostar em novos eixos estratégicos. O turismo e a educação foram os alvos escolhidos para escapar da crise.

Para a maioria da população, as duas últimas décadas do século passado foram tempos difíceis. A crise económica deu origem a uma tensão social que acabou em violência. A crise foi debelada com a implementação de uma solução radical: um programa maciço de reformas antecipadas destinado aos trabalhadores dos principais sectores em declínio, a indústria siderúrgica, as minas de carvão e os estaleiros navais.

A transformação paisagística de Gijón sofreu alterações que se reflectiram sobretudo nas mudanças junto e no porto histórico da cidade. O "El Musél", como é conhecido, é apenas o 6º porto espanhol em termos gerais, mas se considerarmos o trânsito de algumas matérias-primas como o carvão destinado à indústria do aço da região, Gijón alcança o primeiro lugar.

A infra-estrutura portuária, que sempre foi considerada como um vector de desenvolvimento da cidade, foi alvo de um investimento maciço para duplicar a sua capacidade. A construção de uma doca artificial foi um projecto ambicioso e tecnicamente inédito. O investimento foi possível graças à União Europeia que disponibilizou fundos para a sua construção, tratando-se do maior investimento jamais realizado na história económica das Astúrias.

A criação de uma Universidade laboral e técnica deu origem ao parque tecnológico universitário de Gijón tornando-se uma cidade atractiva para os jovens espanhóis e muitos acabam por ficar depois de acabar os seus estudos, contribuindo com a criação de soluções inovadoras para o mundo que os rodeia.
O Cerro de Santa Catalina, é um parque na ponta da península que proporciona uma vista muito formosa do litoral. Sobre a própria ponta da península há uma escultura de grande tamanho, o "Eligio del Horizonte", ou o "Elogio do Horizonte".

As praias perto de Gijon são lindas, com areias douradas. Algumas das melhores atracções de Gijón são as ruínas dos banhos romanos e alguns palácios medievais também muito populares, como o palácio barroco Revillagigedo, que remonta ao século XVIII, agora um museu de arte moderna.
Fonte: http://www.skyscrapercity.com/ Wikipédia.org

Santillana del Mar


Na costa oeste da Cantábria, encontra-se a vila de Santillana del Mar, a cerca de 30 km de Santander, que é um autêntico museu vivo de uma aldeia medieval que outrora se desenvolveu em redor da igreja de Santa Juliana, embora a maior parte das suas casas correspondam a diversas contribuições arquitectónicas dos séculos XIV a XVIII.
Existe um velho ditado sobre a vila de Santillana del Mar, que a considera a vila das três mentiras, uma vez que não é lugar santo (santi), nem lugar plano (llana) e não tem mar (del mar), tal como está implícito no nome da cidade. Na verdade o seu nome deriva de Santa Juliana (ou Santa Illana) cujos restos mortais são mantidos na Colegiata, uma igreja românica e antigo mosteiro beneditino.
O núcleo histórico/artístico de Santillana del Mar, pode ser visitado numa bela caminhada pela vila medieval. A zona norte da aldeia abre caminho através de um único percurso, a rua de Santo Domingo, que se abre em forma de "Y", seguindo-se a rua do Infante Juan, que conduz à praça de Ramón Pelayo, e que tendo vários nomes (Carrera, Cantão e River), é direccionada para a Colegiada.

Na praça triangular, estão localizados alguns dos mais representativos edifícios, como a mansão de Bracho Barreda do século XIX, com pretensioso brasão que é hoje o Parador Gil Blas. Nesta praça ainda se encontram as casas del Aguila e la Parra, a Câmara Municipal, a Torre de Don Borja, construída em finais do século XIV e que é um dos edifícios mais nobres de Santillana, e dá abrigo à Fundação Santillana. Finalmente a Torre Merino do século XIV, que é o mais antigo prédio da vila, e que é uma residência fortificada dos gerentes dos interesses soberanos.

A rua de Cantão, entretanto, apresenta um magnífico conjunto de mansões do séc. XV a XVII, como a casa gótica (séc.. XV), de D. Leonor de la Vega, mãe do primeiro Marquês de Santillana. No final da rua do Cantão está localizada a Colegiada, um dos mais importantes monumentos religiosos da arquitectura românica da Cantábria, construído sobre um antigo santuário do século XII.
Na fachada principal da Colegiada, há uma galeria de quinze arcos emoldurados por três torres, uma delas cilíndrica. O claustro anexo à nave norte, é considerada a sua obra-prima, pela sua excelente decoração. Mas o verdadeiro sabor desta vila museu de pedra, é o verdadeiro movimento de pessoas que inundaram as ruas, as suas varandas floridas, o encanto dos seus recantos que oferecem um mundo de surpresas em cada rua ou ruela...

Fonte: Wikipédia.org / http://www.santillana-del-mar.com/


Santander

A capital histórica da Cantábria é Santander, porto movimentado, que se encontra num local esplêndido, perto da boca de uma profunda baía. Esta bela baía é cercada por montanhas, e possui uma península, a Península de la Magdalena, que é uma espécie de promontório, onde fica situado o majestoso Palácio Real da Magdalena.

Quando chegámos a Santander, e depois de uma volta de reconhecimento pela cidade, como sempre fazemos, fomos directos ao "El Sardinero", situado no subúrbio a norte da cidade, onde fica o Hotel Sardinero, escolhido por nós para ali pernoitarmos. Está situado na zona mais conhecida e elegante do cenário turístico de Santander. Este grande e belo hotel, foi construído em 1890, e dispõe de um total de 109 habitações.
Encontra-se muito bem situado, a pouca distância (20 m), da famosa praia de "El Sardinero", assim chamada por outrora lá se desembarcar, a sardinha pescada durante a noite ou o dia, e que se encontra rodeada de jardins, cafés e lindas esplanadas. O hotel escolhido por nós, fica mesmo em frente da Plaza de Itália e ao lado do majestoso Casino Branco, rodeado das mais confortáveis e elegantes esplanadas ao ar livre da cidade, e com vista para o Palácio Real da Magdalena.

A cidade recebe um ar cosmopolita durante os meses de verão, sendo considerada uma elegante estância de férias com óptimas praias, um porto movimentado, bares e restaurantes agradáveis e uma animada vida nocturna. Já tivemos a oportunidade de visitar Santander no Verão, e é realmente inesquecível, quer o dia, com a sua praia do Sardinero cheia de gente, quer a noite, com a sua cativante movida nocturna, com as esplanadas do Sardinero replectas, junto ao seu Casino, que é um dos mais belos e luxuosos de Espanha.

É também no Verão, que o Palácio Magdalena, antiga residência do rei, se torna a Universidade de Verão, com um amplo programa de cursos e conferências que atrai as pessoas mais intelectuais do mundo cultural, tanto nacional como internacionalmente. Este Palácio/Universidade, era um palácio de Verão, mandado construir por Alfonso XIII, em 1912, da autoria do arquitecto González de Riancho, o que reflecte a popularidade do local junto da família real.
Ao pé do palácio estão situadas as cavalariças, construídas em 1920 e que na actualidade são utilizadas para alojar os vários alunos que acorrem no Verão à Universidade. A península de la Magdalena, possui ainda um belíssimo parque e um pequeno mas encantador zoológico.

As primeiras notícias de Santander referem-se ao período romano, quando era denominada Portus Victoriae Julio Brigesium, um ponto relevante do comércio marítimo, naquela época longínqua. No ano de 1187 a cidade recebeu de Alfonso VII os foros para formar juntamente com Castro Urdiales, Laredo e San Vicente de la Barquera as "Quatro Vilas da Costa". Ao longo de sua história destacou-se como porto marítimo.

Vale a pena visitar a Catedral Gótica, destruída em 1941, mas reformada algum tempo depois, conservando ainda uma cripta da catedral antiga, do séc. XII. Devem-se visitar também os museus de Arqueologia e Pré-História (onde se podem encontrar achados pré-históricos, moedas romanas, etc.) e o Museu Marítimo (onde podem ser observados, esqueletos de baleia e 350 espécies de peixes locais), o Museu Municipal (com quadros de artistas plásticos dos séculos XVII e XVIII), e o Museu das Belas Artes, que guarda trabalhos de Goya e de outros artistas dos séculos XIX e XX.
Ainda se devem destacar em Santander, El Sardinero, o calçadão praiano que se estende desde a Península de La Magdalena até Mataleñas, e tem seu centro na Plaza de Italia, ponto de encontro dos seus habitantes, as Ruínas Romanas, que estão localizadas sob a cripta do Cristo e sob o claustro da Catedral da cidade, e sendo o monumento mais antigo da cidade e praticamente o único que conserva restos romanos.

A Igreja da Consolação começou a ser construída em 1772, em estilo barroco. O edifício do Hospital de San Rafael, de 1791, foi restaurado para abrigar a sede do Governo Regional da Cantábria, conservando seu estilo neoclássico original. A cidade ainda oferece aos seus visitantes outras alternativas turísticas, como um passeio de barco pela baía, como o que foi realizado por nós e que recomendamos, ou para os mais ousados, um passeio de avioneta sobrevoando a cidade, a baía e suas belas praias.

 Fonte: Wikipédia.org / www.youtube.com


A Cantábria



A Cantábria é a região para onde nos dirigimos de seguida, a fim de ser visitada por nós, quando deixámos a zona basca, onde fica situada a cidade de Bilbao. Esta região foi durante muito tempo olhada como uma mera extensão de Castela que proporcionava o acesso ao mar. Foi uma região habitada por povos de origem obscura e que ofereceu bastante resistência aos romanos até ter sido finalmente dominada, no ano 19 a.C.
Cantábria é a região mais rica do mundo em lugares de interesse arqueológico do Paleolítico Superior. Os primeiros sinais de ocupação humana datam do Paleolítico Inferior, ainda que este período não esteja tão bem representado na região.

A principal atracção da província é sem dúvida a vertente ocidental dos Picos da Europa, o grupo de montanhas que partilha com a vizinha região das Astúrias, com os seus magníficos cenários de imponentes desfiladeiros e cumes rochosos a proporcionarem excelentes condições para o alpinismo e passeios a pé.

Contudo, a Cantábria também exibe outras atracções naturais, desde um interior verdejante e rural, ainda pouco explorado pelo turismo, até às bonitas praias e pequenas enseadas do litoral, onde vilas encantadoras como Santillana del Mar ou Colmillas preservam centros históricos com antigas casas de pedra, monumentos e ruas empedradas de aspecto medieval.

A sua belíssima e inesquecível capital, Santander, também oferece boas praias, para além de interessantes monumentos e museus, um porto movimentado e uma vida nocturna animada, com uma das "movidas" mais cativantes de Espanha.

No interior, aldeias remotas situadas em vales férteis e verdejantes e rodeadas de íngremes montanhas exibem muitas vezes belas igrejas de estilo românico. A Cantábria também se orgulha da herança pré-histórica das grutas de Altamira, com as magníficas gravuras rupestres de fama internacional, cujos exemplares mais antigos têm cerca de 20 mil anos. As pinturas da caverna de Altamira, estão datadas entre 16.000 e 9.000 a.C. e foram declaradas Património da Humanidade pela UNESCO.
Mais desenhos pré-históricos de cavalos, bisontes e outros animais podem ser admirados na Cueva del Castillo, perto da vila de Puente Viesgo, uma gruta que também forma um labirinto de estalactites e estalagmites.

A gastronomia local inclui pratos como o farto Cocido Labaniego (um guisado de grão e carne de porco), e a região produz bons queijos e outros produtos lácteos.