Assim deixámos o parque de campismo um pouco antes da hora do almoço, rumo à Cidade Antiga. Era domingo e a cidade parecia adormecida, com pouco movimento automóvel e poucos transportes públicos em funcionamento.
Subimos o desnivel que separa Vidy da Cidade Antiga e depois de fazermos a Avenue Jules Gonin estacionámos a autocaravana numa pequena praça situada na junção desta avenida com a Avenue Montbenon, junto ao parque do mesmo nome. Depois fomos a pé visitar a cidade, tomando o caminho da Catedral através da Rue du Grand Chêne que nos levou até à Place de St-François.
As ruas que partem da Place St-François são as mais elegantes da cidade. A Cidade Antiga não fica em nenhum planalto, sendo mais do estilo sobre-e-desce. Subimos então pela rue du Rôtillon até encontrar-mos uma boa esplanada à sombra, onde gostosamente almoçámos.
Depois visitámos a belíssima “Cathédrale de Lausanne”, de construção gótica imponente, que foi iniciada em 1175 e consagrada em 1275 pelo Papa Gregório X. Nunca foi totalmente concluída, pois ainda hoje permanece inacabada.
A catedral domina a “Vieille Ville”, a verdadeira Cidade Antiga. Durante a Idade Média, os peregrinos reuniam-se na catedral para orar diante da "Virgem de Ouro", uma imagem milagrosa da Virgem Maria, a quem a catedral foi dedicada.
O seu principal tesouro, uma colecção única de paramentos litúrgicos e tapeçarias, foi levada para Berna, onde está agora preservada em museu. Ao sairmos da Catedral de Lausanne deparámo-nos com o belíssimo terraço panorâmico da Catedral, onde se podem fazer excelentes fotos da cidade e seus arredores e que dá acesso às “Escalieres du Marche”, uma inolvidável escadaria coberta em madeira que desce até à Place de la Palud.
A Place de la Palud é a praça do mercado da cidade e nela está situado o “Hotel de Ville”, a Câmara Municipal. No centro da praça, ergue-se a Fontaine de la Justice, uma fonte com uma figura alegórica da justiça.
Depois começámos a descer, atravessando mais uma vez a Pont Bessières, que também oferece boas vistas do Bairro Bel Air, dominado pelo grande edifício Bel Air (o primeiro arranha-céus da Suiça), que fica para Ocidente.
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A rue de Bourg foi descida até à Place St-François, situada em pleno coração da cidade, onde podémos visitar a simples mas bela igreja de St-François, construida nos séc. XIII a XIV, com uma porta com sensor, do tipo “abre-te sésamo”.
Depois de visitarmos a Igreja de St-François, estivémos parados durante algum tempo nos belos jardins suspensos da Avenue du Théàtre para descançar e fazer as fotos da práche.

Ali, quando entramos através do parque, tropeçamos em restos e ruínas da cidade romana de Lousonna, um conjunto de paredes de baixa altura feitas de pedra, com uma placa explicativa nas proximidades.
Um pouco mais adiante encontramos Ouchy, uma zona popular da cidade de Lausanne situada na ponta sul junto ao lago Lèman (Lago Genebra).
As incríveis vistas para o lago com os Alpes ao fundo, e o ar fresco no Verão fizeram de Ouchy um lugar muito apetecível, especialmente nos meses de Verão, onde há um grande aglomerado de hotéis e restaurantes em redor do porto.
Em 18 de Outubro de 1912, o primeiro “Tratado de Lausanne” foi assinado aqui em Ouchy, entre a Itália e do Império Otomano, concluindo assim a Guerra ítalo-turca.
Um século mais tarde, foi reconstruído e transformado numa residência fortificada para os bispos da cidade, em particular para o bispo Guillaume de Varax, mas também foi utilizado como prisão.
O novo proprietário transformou radicalmente o castelo, demolindo o edifício e reduzindo-o a ruínas e deixando apenas a sua torre. O castelo foi então reconstruído no estilo neo-gótico entre 1889 e 1893, afim de se fazer dele um hotel.
Inaugurado em 1994, é um espaço muito grande, com jardins e fontes. A exposição tem uma mostra baseada nas Olimpíadas da Grécia antiga e na restauração dos jogos nos tempos modernos.
Podem ver-se também alguns dos objectos de atletas do passado, como discos, bicicletas e velhos sapatos de corrida.
A partir de passeios sombreados e floridos por trás da marginal junto ao lago, dirigimo-nos novamente para a zona de Vidy. Como o dia estava a acabar e a família queria ainda dar um mergulho no lago, pedalámos apressadamente até á praia de Vidy, para que os nossos desejos se concretizassem.
Depois do banho no lago, foi a vez de um banho de água bem quente nos balneários. A música jazz que vinha do restaurante do parque de campismo, o "Berges de Vidy" à beira do lago, levou-nos até lá.
A confinar com o lago existe a "Promenade Archéologique", uma estreita estrada, só usada por peões e ciclistas, patinadores e scooters, que pode ser encontrada logo no início da zona lacustre. É um belo passeio pavimentado, entre praias e relvados, onde se fazem belas caminhadas de horizontes abertos.
Nos lindos relvados à beira lago ou na praia, encontravam-se imensos grupos de jovens deitados em toalhas, conversando e ouvindo música sem perturbar os vizinhos e todos tinham algo em comum, pequenos fogareiros a carvão fumegantes, onde assavam suculentos pedaços de carne condimentada, que o vento dava a cheirar a quem por lá passasse.
Depois de varias paragens, para sentir a alma destes lugares, partimos rumo a Ouchy...

A cidade está construída numa encosta voltada a sul do planalto suíço, com uma diferença de altitude em relação ao lago, de cerca de 500 metros, entre as margens do lago em Ouchy e sua borda da fronteira norte, em Le Mont-sur-Lausanne e Epalinges.
Durante as Guerras Napoleónicas, o estatuto da cidade mudou e em 1803, tornou-se a capital do recém-formado cantão suíço de Vaud, que se juntou à Confederação Suíça.
Fomos parando pelo caminho, para observar a paisagem que se desfrutava das margens do lago, uma vez que não fizemos o percurso pela auto-estrada e sim pela estrada do lago (junto ao lago Lèman).
No caminho quer se olhe para a esquerda ou direita, o vestido das pastagens é verde. Admirar o panorama das margens do lago ou olhar as cristas altas das montanhas do Jura é de deixar qualquer um sem fôlego.
Esta é uma rota delicada e deliciosa para todos os nossos sentidos, de vinhedos que mais parecem jardins, com adegas de trabalho que se misturam harmoniosamente nos pequenos povoados de casas de varandas e janelas floridas.


Durante este período Calvin experimentou uma súbita conversão protestante. Não se sabe muito sobre as circunstâncias que lhe deram origem, mas ele fez uma referência a essa conversão no prefácio do seu Comentário sobre o Livro dos Salmos:
Aproximadamente em 1533 Calvin declarou-se protestante. Em 1534, deixou a França e estabeleceu-se em Basiléia, na Suíça. Nessa cidade publicou a primeira edição de seu livro “Instituição da Religião Cristã” (1536). Este livro provocou imediata admiração por Calvin. Durante sua vida ele alterou a obra, aumentando-a. O livro apresenta as ideias básicas de Calvin sobre religião.