Chegámos por volta das 15h00. No centro histórico, o trânsito é condicionado e a maioria dos locais de estacionamento não podem ser utilizados por mais de uma hora. Então deixámos a AC no parque de estacionamento do “campo da feira” e caminhámos a pé em direcção à cidade velha, lá no alto.
Depois de passada uma antiga porta, a cidade surge com todas as características dos velhos burgos medievais. Subindo até ao cimo, por ruas empedradas, labirínticas e apertadas, algumas delas com travessas terminadas por vezes em sombrios becos e pátios, vão-nos trazendo à imaginação todo um riquíssimo passado.As casas de janelas, pórticos e colunas carregadas de ecos de outros tempos, bailam na frente dos nossos olhos a cada momento, não só nas belas casas senhoriais mas também naquelas que outrora eram da população mais pobre e que constituem a grande parte desse emaranhado sinuoso de artérias.
De quando em quando, o aparecimento de uma praça, um largo ou um pátio, onde normalmente se encontram fontes ou chafarizes, numa demonstração clara de que a água sempre foi um problema crucial para as populações da região.
A artística fonte coroada, data de 1571 e a Igreja de Santo Antão de 1557, são os principais monumentos da Praça do Giraldo, obras mandadas executar pelo Cardeal-Infante D. Henrique, que ocupava por essa altura a cadeira metropolitana de Évora, completam o cenário daquele que foi e continua a ser o grande espaço comercial da cidade.Dali saem, para Sul, a rua da Moeda e a rua dos Mercadores, onde estava cediada a antiga Judiaria, e para Norte, a Rua 5 de Outubro, a principal rua de comércio artesanal. Por esta se chega ao Largo da Sé, onde se situa a magnífica catedral, o mais acabado exemplar português da arquitectura romano-gótica.
A Sé alberga o Museu de Arte Sacra, disposto em três salas. Junto à Sé, no Largo do Conde de Vila Flor, no edifício do antigo Paço Episcopal fica o Museu Regional, com uma interessante colecção de pintura.Nas imediações da Sé, fica o Templo Romano de Diana (séc. III), ex-libris da cidade, que é um edifício ligado ao culto dos imperadores. Ali também se podem encontrar, um bonito jardim, muito bem cuidado e um miradouro, o Paço Episcopal, hoje o actual Museu Regional, o Celeiro do Cabido, bem como o Colégio dos meninos da Sé, que constituem modernamente e em conjunto, a Biblioteca Pública da cidade.
São de uma fase mais tardia a igreja e o Convento dos Lóios (actual pousada), a actual residência do inquisidor-mor (Serviços Pastorais da Arquidiocese) e o Palácio da Inquisição, tomado aos condes da Vidigueira e depois mandado remodelar.
A Nova Aldeia da Luz, como é chamada, foi inaugurada no ano de 2002 e construída de raiz a dois quilómetros da aldeia antiga, com as mesmas características de ruralidade da anterior aldeia e para onde se mudaram todos os habitantes da Luz. A antiga aldeia foi desmantelada e maioritariamente submersa pela albufeira de Alqueva.

A sua moderna adega é construída em 1987, cumprindo-se assim uma nova etapa. Em 1989 é lançado o primeiro vinho Esporão, sendo considerado um dos melhores vinhos portugueses e três anos depois são lançados os vinhos Monte Velho.
Ao longe destaca-se Monsaraz no horizonte, como que um farol, toda iluminada. Depois de se trilhar uma longa estrada pela planície alentejana, que a liga a Reguengos de Monsaraz e depois de uma curva na estrada, começamos a subir a estrada empedrada e íngreme, que nos leva lá acima.


