Visita a Florença - 4º Dia (Parte I)


No quinto e último dia em Florença, saímos do Parque de Campismo Michelangelo em definitivo e fomos em direcção à cidade, onde procurámos encontrar um bom lugar para deixarmos a autocaravana e apanharmos uma urbana para o centro da cidade.

Naquele dia queríamos visitar o Duomo, a catedral de Florença que tínhamos nos dias anteriores, encontrado fechada em várias circunstâncias e por motivos vários.

Encontrámos um bom lugar para deixarmos a autocaravana, num parque de estacionamento perto da Estação Ferroviária de Campo di Marte, situada a alguns quilómetros do centro histórico de Florença, a poucos metros do Estádio Artemio Franchi.

Ali apanhamos a urbana até à Piazza San Marcos, na zona norte do centro histórico da cidade, que é dominada pela Basílica de San Marco, outrora ligada e pertencente ao complexo do Convento de San Marco.

A Basílica de San Marco é uma das igrejas da cidade velha, que fazia originalmente parte do grande complexo do Convento de San Marco, que hoje abriga o Museo Nazionale di San Marco. No centro da praça encontra-se a estátua do General Manfredo Fanti.

Neste mosteiro, viveram e trabalharam muitos dos mais importantes representantes da espiritualidade e da cultura do séc. XV, como Cosimo, o Velho, Santo António de Lisboa, o Beato Angelico, Fra Bartolomeo, Tommaso Caccini, conhecido por ter processado Galileu Galilei e Girolamo Savonarola, que pregava contra a decadência da moral e que acabou enforcado e depois queimado na Piazza della Signoria.

Esta Basílica deve a sua aparência actual, à reconstrução de um convento medieval anterior, realizada pelo arquitecto Michelozzo, sob encomenda de Cosimo, o Velho, entre 1436 e 1446.

Três anos depois de se tornar propriedade do Estado em 1866, tornou-se sede de um museu que abriga obras de muitos nomes sonantes da arte renascentista, incluindo o ciclo de frescos mundialmente famosos do Beato Angelico, possuindo também muitos de seus trabalhos em madeira.

Ao Convento de San Marco está também ligado um episódio que envolveu directamente Galileu Galilei. Em 1615, um frade dominicano do convento, Niccolò Lorini, denunciou Galileu à Inquisição, entregando uma cópia de uma carta, em que o matemático defendia a validade das teorias de Copérnico, acusando Galileu de blasfémia, por fazer “duvidosas e insolentes” afirmações.

Perto da Piazza San Marco, na entrada da Via Battisti, fica situado um palácio, hoje com uma fachada vermelho-alaranjada, que já abrigou a antiga Câmara de Estudos e que hoje abriga os escritórios centrais da Reitoria da Universidade de Florença.

Ali perto, mesmo em frente, no canto oposto da entrada da Via C. Battisti, encontra-se a Galleria dell’Accademia, com arcadas e que reuniu os pintores e artistas de Florença, bem como o antigo Hospital de San Mateo.

A Galleria dell’Accademia é nem mais nem menos a Galeria da Academia de Belas Artes de Florença, ou simplesmente Galeria da Academia, criada em 1784 pelo grão-duque Pietro Leopoldo, é a mais antiga escola de belas-artes do mundo.

Hoje é um importante museu de Florença, dedicado à preservação de um rico conjunto de obras de arte de fins do gótico até o final do século XIX. Ali se encontra a maioria da estatuária e outras esculturas, que imortalizaram muitos dos nomes sonantes da renascença italiana. Nela se encontram diversas esculturas de Michelangelo, entre as quais o famosíssimo David.

Ali bem perto desta Piazza San Marco encontra-se também o Giardino dei Semplici, o terceiro mais antigo Jardim Botânico do mundo, depois do Jardim Botânico de Pisa e do Jardim Botânico de Pádua .

Fonte: Wikipédia / http://tuscany_travel_guide/florence.san.marco

Visita a Florença - Palazzo Vecchio - 3º Dia (Parte IV)

Após o jantar e dos momentos bem passados da Piazza della Republica, resolvemos aproveitar o resto da noite, para fazer a visita ao Palazzo Vecchio, que naquele dia fechava à meia-noite.

Assim sendo, caminhamos até à Piazza della Signoria e após a compra dos bilhetes iniciámos a visita ao palácio.

A fachada principal dá uma impressão de enorme solidez, para o qual contribui em muito o seu acabamento externo, rústico em "pietraforte". Está dividida em três andares principais com cornijas a marcar a separação entre cada um deles, as quais sublinham duas filas de janelas geminadas neogóticas em mármore, com arcos acrescentados no séc. XVIII em substituição das originais. Alguns destes arcos possuem buracos, que podiam ser utilizados para derramar óleo fervente ou pedras sobre eventuais invasores.
Este palácio foi inicialmente, a sede da casa das autoridades máximas da cidade de Florença, sendo provisoriamente utilizada pela família grã-ducal até 1540, quando Cosimo I de Medici mudou a residência para o recém adquirido Palazzo Pitti, sendo nessa época que o palácio tomou o nome de "velho".

As transformações aplicadas por Vasari são do período entre 1550 e 1565. O interior foi redecorado sumptuosamente, tendo em conta o novo papel do palácio, como sede do governo de Florença e como residência oficial da família governante.
O primeiro pátio, ao qual se acede ao interior do palácio, é feito pelo portão principal da Piazza della Signoria e foi projectado em 1453, por Michelozzo.

Este pátio de entrada é absolutamente surpreendente, com um belíssimo trabalho de estuque dourado e branco, com frescos do século XVI, deve a sua elegante estrutura à segunda metade do séc. XV. O pátio abre para a antiga Armaria agora frequentemente utilizada pela Câmara Municipal para organizar exposições.

No primeiro andar encontramos o grandioso Salone dei Cinquecento (Salão de 500), um trabalho de Cronaca (1495) e que foi utilizado para as assembleias do Conselho Geral do Povo, após as reformas do Estado, provocadas por Girolamo Savonarola.

As paredes da sala, que tinham sido originalmente decoradas por Michelangelo e Leonardo da Vinci e que por isso se pensa esconderem pinturas desconhecidas destes dois pintores imortais, devem muitas das suas decorações presentes a Vasari e seus alunos, que remontam à segunda metade do séc. XVI.

O tecto apainelado, os frescos nas paredes, a secção elevada da sala com estátuas de Bandinelli e Caccini, as esculturas de De Rossi com cenas da vida de Hércules, contribuem para o rico e complexo simbolismo e oferecem uma visão histórica e precisa do passado glorioso da família Medici.

O salão também apresenta o Génio da Vitória, de Michelangelo. Em contraste com a grandiosidade do salão, mas também sumptuoso, o Studiolo de Francisco I, uma jóia da arte e sensibilidade maneirista, onde o príncipe se retirou para meditar e olhar os seus tesouros (em cerca de 1570).
A visita continua nos quartos no primeiro andar, cada um dedicado a uma personalidade da família Medici (Cosimo, o Velho, Lorenzo, Leão X), todos com frescos maravilhosos.

No segundo andar, encontramos o "Bairro dos Elementos" e os apartamentos de Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I. Apesar da rica decoração em geral, vale a pena admirar a pequena capela da princesa, que foi magnificamente decorada por Bronzino (1503-1572).
A visita continua percorrendo as salas oficiais, como a Sala de Audiência e a Câmara Lily com sumptuosos tetos, cuja decoração e portas remontam ao séc. XV. A secção final dos apartamentos é monumental e preserva a colecção Loeser, doada à cidade de Florença, pelo crítico de arte americano Charles Loeser, que morreu em 1928. A colecção inclui pinturas e esculturas da escola toscana desde o séc. XIV ao séc. XVI, com obras de Tino da Camaino, Berruguete, Rustici, Bronzino e Cellini.

Após a visita ao Palazzo Vecchio, por volta da meia-noite, fomos a pé até à Piazza Santa Maria Novela, que mesmo aquela hora da noite se encontrava com muitos jovens sentados nos seus relvados. Foi ali que por trás da Igreja de Santa Maria Novela apanhámos o autocarro urbano para a Piazzale Michelangelo, a fim de retornarmos ao Parque de Campismo Michelangelo, para ali pernoitarmos pela última vez, antes de deixarmos a cidade de Florença.
Fonte: Wikipédia /http://www.museumsinflorence.com

Visita a Florença - 3º Dia (Parte III)


Na Piazza del Duomo, fizemos uma paragem numa esplanada para descansarmos. Depois uma caminhada até à margem direita do rio Arno, onde entre a Ponte Vecchio e a Ponte S. Trinitá assistimos ao pôr-do-sol.

Florença é o lugar mais encantador do mundo, especialmente quando o rio Arno fica dourado à luz do poente e por isso, quem a visita, tem que gozar pelo menos uma vez, a partida do Sol junto das suas margens.

Já anoitecia e rapidamente o apetite chegou. Resolvemos caminhar até à Piazza della Republica, para ali jantarmos e passarmos algumas horas da noite. Pelo caminho as ruas escuras, com pizzarias e geladarias, sempre com turistas e muitos jovens caminhantes.

Depois no final de uma rua deparou-se-nos a Loggia del Mercato Nuovo, popularmente conhecida como a Loggia del Porcellino, que é um edifício aberto que abriga durante o dia um mercado de rua. É assim chamado para distingui-lo do Mercato Vecchio, localizado na área da actual Piazza della Repubblica.

Este mercado foi construído em meados do séc. XVI no centro da cidade, a poucos passos da Ponte Vecchio e que inicialmente, era destinado à venda de bens de luxo e de tecidos de seda. Hoje é um mercado destinado ao turismo, onde são vendidos durante o dia, artigos de couro e souvenirs.

O ponto focal do mercado é a Fontana del Porcellino (Fonte do leitão), na verdade uma cópia em bronze de um javali por Pietro Tacca, do séc. XVI. O original pode ser encontrado no Palazzo Pitti.

A tradição popular diz que esfregar o nariz no nariz de porquito, traz fortuna, por isso ao longo do tempo, a estátua foi adquirindo um certo brilho nesse local. A tradição incentiva os visitantes a colocarem uma moeda na boca do porco, após esfregarem o seu nariz. Também segundo a tradição, o desejo será concedido se a moeda cair através da grelha para onde a água cai. A inclinação da grelha é de tal forma, que a maioria das moedas cai lá dentro...

Depois a chegada à grande Piazza della Reppublica, no centro de Florença, em estilo neoclássico. É um lugar central e animado, onde as pessoas se encontram e se espalham pelas esplanadas dos seus inúmeros cafés e restaurantes.

Vale realmente a pena passar por esta animada praça, no fim da tarde ou à noite. Esta praça, no coração da cidade foi ao longo do tempo, uma área que sempre manteve a sua função como um local de encontro, começando por acomodar o mercado, definindo o espaço público destinado ao comércio, perto dos espaços complementares nas proximidades, a Piazza del Duomo para assuntos políticos e Piazza del Comune, agora Piazza della Signoria, para os assuntos políticos e civis.

Hoje a Piazza della Repubblica é um lugar vivo, onde se encontram artistas de rua e exposições improvisadas, bem como o local de encontro de homens de cultura e escritores famosos, nalguns cafés da praça, como o Caffè Gilli, o Paszkowski, o Caffè Giubbe Rosse e o Caffè Gambrinus.

O nosso jantar decorreu no histórico Caffè/Ristorante Gilli, cheio de turistas e onde se degustou boa comida italiana. Aqueles que entram no caffè Gilli são imediatamente envolvidos no encanto dos seus dois séculos e meio da história.

O seu estilo Liberty, do início do séc. XX, com paredes cor de marfim, lustres de vidro de Murano, frescos no tecto, arcadas interiores, com um comprido e bonito balcão do bar com uma enorme oferta, bem como a sua refrescante esplanada, que oferece uma boa e variada ementa com produtos da Toscana, fazem com que os momentos ali passados sejam verdadeiramente inesquecíveis.

Fonte: Wikipédia / http://www.worldlingo.com

Dante Alighieri (1265 - 1321)

Dante Alighieri (Florença, 1 Junho de 1265 — Ravenna, 13 ou 14 de Setembro de 1321), foi um escritor, poeta e político florentino. É considerado o primeiro e maior poeta da língua italiana, definido como “il sommo poeta” ("o sumo poeta").
Seu nome, segundo o testemunho do filho Jacopo Alighieri, era um diminutivo do seu verdadeiro nome, "Durante", que nos documentos, era seguido de "Alaghieri" o nome da família, que segundo alguns biógrafos era de nobre ascendência.

Foi muito mais do que apenas um literato, numa época onde apenas os escritos em latim eram valorizados, redigiu um poema épico e teológico, La Divina Commedia (A Divina Comédia), que se tornou a base da língua italiana moderna e culmina a afirmação do modo medieval de entender o mundo.

Nasceu em Florença, onde viveu a primeira parte da sua vida até ser injustamente exilado. O exílio foi ainda maior do que uma simples separação física de sua terra natal, era extensível aos seus filhos, foi afastado dos seus parentes e sobre ele recaia uma pena de morte, se voltasse a Florença. Apesar dessa condição, o seu amor incondicional pelo saber e a sua capacidade visionária, transformaram-no no mais importante pensador de sua época.

Sua mãe morreu quando era ainda criança e seu pai, quando tinha apenas dezoito anos. Pouco se sabe sobre a vida de Dante e a maior parte das informações sobre sua educação, sua família e suas opiniões são geralmente meras suposições.

As especulações sobre a sua vida deram origem a vários mitos que foram propagados por seus primeiros biógrafos, dificultando o trabalho de separar os factos reais da ficção.

No entanto é nas suas obras que podemos encontrar muita informação, como na “La Vita Nuova” (Vida Nova) e na “La Divina Commedia” (A Divina Comédia). Na sua obra, Vida Nova, Dante fala de seu amor platónico por Beatriz (provavelmente Beatrice Portinari), que encontrara pela primeira vez quando ambos tinham 9 anos e que só voltaria a ver 9 anos mais tarde, em 1283. Há quem diga, no entanto, que Dante a viu uma única vez, nunca tendo falado com ela. No entanto não há elementos biográficos que comprovem o que quer que seja.

Nos tempos de Dante, o casamento era motivado principalmente por alianças políticas entre famílias. Desde os 12 anos, Dante já sabia que deveria casar-se com uma menina da família Donati. A própria Beatriz casou-se em 1287, com o banqueiro Simone dei Bardi e isto, aparentemente, não mudou a forma como Dante encarava o seu amor por ela. Provavelmente em 1285, Dante casou-se com Gemma Donati, com quem teve pelo menos três filhos. Uma filha de Dante tornou-se freira e escolheu o nome de Beatrice.

Dante foi fortemente influenciado pelos trabalhos de retórica e filosofia de Brunetto Latini, um famoso poeta que escrevia em italiano e não em latim, como era comum entre os nobres, tendo também beneficiado da amizade com o poeta Guido Cavalcanti, ambos mencionados na sua obra.

Pouco se sabe sobre sua educação. Segundo alguns biógrafos, é possível que tenha estudado na Universidade de Bologna, onde provavelmente esteve em 1285. Na obra “La Vita Nuova”, seu primeiro trabalho literário de importância, iniciado pouco depois da morte de Beatriz, Dante narra a história do seu amor por Beatriz, na forma de sonetos e canções complementadas por comentários em prosa.

Durante o seu exílio Dante escreveu duas obras importantes em latim, “De Vulgari Eloquentia”, onde defende a língua italiana, e “Convivio”, obra incompleta, onde pretendia resumir todo o conhecimento da época em 15 livros, mas apenas os quatro primeiros foram concluídos. Escreveu também um tratado, “De Monarchia”, onde defendia a total separação entre a Igreja e o Estado.

A Divina Comédia (poema épico e teológico com 100 cantos, divididos em 3 livros, "Inferno", "Purgatório" e "Paraíso"), consumiu os últimos 14 anos da sua vida e estes escritos durariam até à sua morte, em 1321, que ocorreu pouco tempo após a conclusão da última parte, “Paraíso”. O poema chama-se "Comédia" não por ser engraçado mas porque termina bem, no Paraíso.
Cinco anos antes de sua morte, foi convidado pelo governo de Florença a retornar à cidade. Mas os termos impostos eram humilhantes, semelhantes àqueles que eram reservados a criminosos perdoados e Dante rejeitou o convite, respondendo que só retornaria se recebesse a honra e dignidade que merecia. Continuou em Ravenna, onde morreu e foi sepultado com honras.

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities / Wikipédia

Visita a Florença - 3º Dia (Parte II)


A partir do Palazzo Strozzi, tomámos a Via degli Strozzi até encontrarmos a Piazza della Republica.

A Piazza della Republica está localizada no centro da cidade e ocupa um lugar muito importante na história romana. Nos tempos antigos, o local onde a Piazza della Republica está situada, foi ocupado pelo Fórum Romano, que foi demolido, em 1865.

Na era medieval, era o maior centro de venda e troca de mercadorias, realizando-se ali, um mercado fervilhante de actividade. Nas imediações encontrava-se, o Bairro Judeu e muitas igrejas.
No séc. XVIII, esta praça foi testemunha de uma nova renovação, numa área densamente povoada, quando a decisão de limpar a praça foi feita pelo conselho municipal. Como resultado, muitas casas, oficinas e igrejas foram demolidas. Em alguns museus da cidade algumas pinturas da época testemunham como esta praça era outrora.

Nos dias de hoje a Piazza della Republica, é um dos marcos mais importantes da cidade. É uma praça rodeada por majestosas arcadas que contribuem para aumentar ainda mais a sua aparência já em si espectacular.

Piazza della Republica encontra-se sempre repleta de turistas, artistas de rua e vendedores. Ocasionalmente a praça apresenta exposições improvisadas nas laterais da praça. Ali também se encontram alguns dos melhores restaurantes e cafés da cidade, servidos de boas e frescas esplanadas. Ainda ali se encontra a Edison, a maior livraria da cidade e a Riccordi uma excelente loja de música.

Depois enveredámos pela Via del Corso, virando na segunda rua à direita, em direcção à Casa Museu de Dante Alighieri. Esta antiga casa, fica situada na Via Margherita, numa peque praceta junto da Igreja Santa Margherita, também conhecida como Igreja de Dante.
No interior desta Igreja encontramos um quadro, representando o celebre encontro de Dante com a sua amada Beatrice e tumbas da sua família. Também ali se encontra o túmulo de Beatrice, mas dizem não ser verdadeiro. Acredita-se no entanto, que os restos mortais de Beatrice estejam no túmulo da família do seu marido, Simone Bardi, no interior da Igreja Santa Croce.
Ali perto, numa rua atrás da Igreja Santa Margherita, encontra-se o Bargello, o segundo principal museu da cidade, dono de um impressionante acervo de Donatellos, Michelangelos, Giambolognas e Cellinis.

Dali seguimos por ruelas estreitas até à Piazza del Duomo, mas como era domingo todos os monumentos estavam fechados e não podemos entrar no Duomo, pelo que tivemos que deixar esta visita para o dia seguinte, antes de deixarmos a cidade, a caminho de Siena.

Fonte: http://www.travel-to-florence.com / http://passioneperviaggio.blogspot.com

Visita a Florença - 3º Dia (Parte I)

O terceiro dia em Florença já começou tarde para nós, pois o dia anterior tinha sido muito cansativo. Após o almoço, apanhámos o autocarro urbano nº 13, na Piazzale Michelangelo para descermos na paragem principal da cidade, na Piazza de Santa Maria Novella, onde está situada a Basílica do mesmo nome.

Esta paragem de autocarros é também o terminal de urbanas da cidade e ali perto, também se encontra a principal estação ferroviária da cidade de Florença, nas traseiras da Basílica de Santa Maria Novella.

Esta igreja, foi concebida por Giorgio Vasari, o arquitecto da penúltima reforma e tendo mais tarde a interferência de Enrico Romoli, que fez a última reforma.

No século IX, já ali existia um pequeno oratório de Santa Maria delle Vigne. Em 1049, foi sobre ele construída uma pequena igreja, com o nome de Santa Maria Novella, que foi concedida em 1221 aos frades dominicanos.

A ampliação principal foi realizada em 1279, seguindo o projecto de Fra Sisto da Firenze e Fra Ristoro da Campi. Ficou completa em meados do século XIII, sendo a nova igreja consagrada, pelo Papa Eugênio IV, em 1420.

Dali até ao centro histórico da cidade de Florença é um pulinho, caminhando por ruas cheias de turistas e de história. Ruas planas e empedradas, onde o caminhar se transforma a todo o momento, numa deliciosa aula de história.

Ali podemos encontrar além de várias capelas e igrejas, inúmeros palácios brasonados, alguns ainda com traça medieval e muitos é claro, renascentistas, alguns deles transformados em museus.

Por isso mesmo, as ruas de Florença são a todo o momento, sinónimas de cultura. Em cada esquina respira-se arte e em todas as ruas, há algo para ver. Encontramos sempre pessoas com mapas e guias da cidade nas mãos e claro, também ouvimos todos os tipos de sotaques e idiomas.

Naquele dia, queríamos deambular pelas ruas e ruelas estreitas de Florença, aproveitando para conhecer algumas praças da cidade ainda não visitadas, bem como muitas casas e palácios imponentes, escondidos nas ruas da cidade.

Assim sendo e partindo da Piazza Santa Maria Novella, fomos pela Via del Sole até ao Palazzo Strozzi (Palácio Strozzi), na zona central de Florença. Este é um dos mais notáveis edifícios da fase inicial da Renascença italiana.

De tamanho imponente (foi necessário destruir 15 edifícios para construí-lo), encontra-se entre as homónimas Via Strozzi e Piazza Strozzi e a Via Tornabuoni, com grandiosos portais que fazem de entrada, todos idênticos, em cada um dos três lados e não se encontram encostados a outros edifícios.

Autêntica obra-prima da arquitectura civil florentina do Renascimento, foi construído, entre 1489 e 1538, para a família Strozzi, uma das mais importantes linhagens florentinas, tradicionalmente hostil à facção dos Médici e que manteve este palácio na sua posse até 1907, ano em que foi legado ao Estado italiano. O projecto do edifício é do arquitecto Benedetto da Maiano, que o projectou por encomenda de Filippo Strozzi.

No exterior deste palácio, ainda podemos encontrar agarrados às esquinas do edifício, alguns apetrechos para a iluminação daquelas épocas distantes, como os porta-archotes com argolas, que serviam para amarrar também os cavalos.
A Piazza Strozzi foi usada durante todo o Renascimento como lugar de feira para venda de alimentos, uma ocupação que deixava diariamente muitos dejectos e que não agradava aos Strozzi. Uma placa ali colocada em 1762 pelos "Otto di Balia e di Guardia", (os precursores do corpo da policía municipal) na esquina da praça, proíbe o comércio de melancias, fruta e sucata, sob pena de severas multas.