A Piazza dei Signori é uma das praças mais históricas da cidade e um símbolo do seu presente vivo e activo, sendo assim chamada porque ali se encontra o "Palazzo della Signoria", o Palácio de Carrara, dos senhores que no Renascimento dominavam Padova (1318-1405). Chegou a ser denominada Piazza della Unità d'Italia, mas voltou ao seu antigo nome.
No século XIX a praça era o coração da cidade e sob as arcadas, havia muitos cafés famosos, como o My, o Navio ou o Vitória. Nesta praça no coração do antigo centro da cidade, não devemos deixar que a pressa ou a distracção diminua o bom hábito da observação detalhada da arquitectura de casas ou dos prédios históricos que formam o pano de fundo desta praça. Ela é uma praça fechada ao longo dos dois lados com belas fachadas de casas com arcadas, elegantemente decoradas com terraços antigos e varandas em ferro forjado.
Ao fundo destaca-se a pequena Chiesa di San Clemente, que remonta a 1190 e que se encontra elegantemente incorporada em edifícios de uso residencial. Como parte do processo de reestruturação na Piazza dei Signori, procurado pela República de Veneza no final do século XVI, foi construída a fachada actual, marcada por pilastras, o elemento decorativo vertical que tem a aparência de uma coluna parcialmente embutida numa parede, que culmina com um frontão de grandes dimensões, com imagens de San Clemente, Santa Giustina e San Daniel.
Em frente à Chiesa di San Clemente, ocupa um lugar privilegiado nesta praça o Palazzo del Capitanio, assim chamado porque foi a sede de um dos dois capitães da cidade de Veneza. O antigo e belo Palácio de Carrara é dividido por uma torre central, alterada entre 1427 e 1430. Já em 1426 o edifício sofreu várias remodelações e em 1427 foi realizada a instalação do relógio, seguida da decoração pintada e o douramento da marcação do relógio.
O relógio da Piazza dei Signori tem a capacidade de não só marcar as horas e minutos, mas também o mês, dia, as fases da lua e até mesmo o "lugar" astrológico. A construção e operacionalização do relógio foram baseadas no cálculo dos pesos que foram aplicados a um sistema de alavancas e articulações. Este magnífico exemplo ainda trabalha com o seu antigo sistema e as suas engrenagens podem ser visitadas e admiradas.
Na fachada da Torre do Relógio, a entrada foi redesenhada em forma de arco de triunfo, de acordo com o gosto e os cânones clássicos do século XVI. Por baixo da fachada da Torre do Relógio, entra-se num dos pátios do Palácio de Carrara, onde se encontra a sede da Cúria, o Registro e os quartos dos guardas, a partir dali desenvolvem-se os celeiros e estábulos, os jardins e outros pátios. À frente da Torre do Relógio observa-se um Leão de São Marcos encimando uma alta coluna em mármore, que domina a praça e que recorda a memória da República de Veneza, uma obra de Giorgio da Treviso.
A Piazza dei Signori na parte da manhã é um verdadeiro ponto de encontro para aqueles que querem fazer compras nas muitas lojas dentro de arcadas ou nas barracas que enchem a praça em cada manhã, deambulando entre as várias mercadorias em exposição. Pela tarde, quando os vendedores ambulantes fecharam seus negócios retirando as barracas, a praça muda de vestido, adequirindo uma maior harmonia, deixando que se vislumbre as belas arcadas.
Os edifícios com vista para a praça, de várias idades, especialmente do século XIX, têm o privilégio de estar na primeira fila, tendo o privilégio de assistirem à festa de cada dia, quando a praça oferece a alternância das cores do mercado tradicional e a outra face com as lojas elegantes, a beleza dos monumentos que a rodeiam e que completam o cenário.
A Piazza dei Signori ainda mantém um papel central na vida da cidade, sendo um canto de Padova onde são mantidas e onde se reúnem provas significativas da história, tradições e arte da cidade. No lado sul observa-se a elegante Loggia del Consiglio, ou Guarda Grande, um edifício do séc. XVI, onde esteve sediado o Conselho Maior da cidade, recentemente restaurada.
Fonte: http://www.padovanet.it / http://guide.travelitalia.com/it/guide/padova
O Palácio de Exposições separa duas das mais emblemáticas Piazzas da cidade, a Piazza delle Erbe (a Praça das Flores) e Piazza della Frutta (a Praça da Fruta). As duas praças, como no passado, ainda são o lar de 2 dos mais pitorescos mercados ao ar livre de Padova, com barracas de "scariolanti" que cobrem a maior parte da superfície das Piazzas, além da linha de lojas no rés-do-chão do palácio ferial. Todas as manhãs em redor da fonte, que foi instalada em 1930, as barracas coloridas e o colorido das flores enfeitam a Piazza delle Erbe, e o colorido dos frutos e legumes, a Piazza della Frutta.
Frente à fachada Oeste do Salone surge o Palazzo delle Debite, que estava ligado ao próprio Salone por uma passagem elevada, através da qual eram trazidos ao Palazzo della Ragione os devedores condenados, uma vez que o Palazzo delle Debite era, precisamente, a prisão dos devedores insolventes.
A Piazza delle Erbe, é também um lugar de encontro para os jovens estudantes da Universidade de Padova, especialmente à quarta-feira à noite, que é a noite da universidade, quando a praça se enche de jovens para o “ritual de spritz”, a bebida de Padova. É quase impossível encontrar dois bares ou clubes que sirvam da mesma maneira um Spritz. Cada proprietário guarda a sua receita para o Spritz.
O autocarro turístico deixa a Piazza della Erbe e do outro lado do Palazzo della Ragione aparece a Piazza della Frutta, um pouco mais estreita que a anterior. Diante de nós aparece o outro lado do Palazzo della Ragione do lado direito, e uma esplanada ocupa parte da praça.
Assim sendo, apanhámos o autocarro turístico na Piazza del Santo e fomos conhecer o resto da cidade de Padova. O autocarro encaminhou-se a partir da Piazza del Santo, para a zona ribeirinha ao rio Brenta, seguindo pela Riviera del Businello.
Desde 1500, no verão, quando a cidade se tornava demasiadamente quente, as famílias ricas de Veneza deixavam os seus palácios no Grande Canal e navegavam com elegantes gôndolas, para as suas residências de verão situadas ao longo do Rio Brenta. Quando chegavam a Fusina, na zona de aluvião no lado continental da Laguna de Veneza, trocavam de embarcação usando a partir dai “o Burchiello”, um típico barco da Riviera do rio Brenta e subiam o rio em direcção a Padova. Como se navegava contra a corrente, os barcos eram puxados com velas e cavalos, na sua navegação ao longo do rio.
Ao longo dos séculos muitos homens famosos como Goethe, Casanova, D’Annunzio, Lord Byron, músicos, pintores e cantores famosos daquele período, passavam as férias nestas casas, entretendo-se de festa em festa. Ainda hoje existem mais de duzentas moradias antigas com seus parques, que foram construídos entre os 1500 e 1800, sobre as margens do Canal do Brenta, de Padova até Fusina.
Após a demolição da igreja, o túmulo esteve em diferentes zonas de Padova, até voltar novamente a esta praça, onde se pode admirar hoje. No entanto a bela lenda das origens de Pádua foi posta em causa por testes recentes a um fragmento ósseo, que demonstraram que este pertencia a um guerreiro, provavelmente alemão ou húngaro, que viveu entre o terceiro e quarto século d.C., um período que exclui para sempre a lenda do príncipe de Tróia.
Apesar da presença de muitos monumentos de grande importância, a cidade jamais assumiu um aspecto monumental e o seu desenho urbano é abundantemente irregular, alternando largas praças e pequenas ruazinhas porticadas e pitorescas, especialmente na zona velha central à volta da basílica, actualmente restaurada onde existem galerias de arte, lojas de antiguidades e cafés.
Caminha-se pela Via Beato Luca Belludi e no final abre-se a grande Piazza del Santo, o espaço em frente da Basílica.
Entrámos na Basílica di Santo Antonio, que impressiona desde logo. É um lugar imponente e um monumento à beleza e espiritualidade. É também o local turístico mais conhecido em Padova, que traz milhões de peregrinos à cidade por ano.
Construída após a morte de Santo António de Lisboa, "il Santo" (como é chamado em Padova), no ano de 1231, para abrigar os restos mortais do santo e as notáveis relíquias. Embora tenha sido um homem simples, discípulo de San Francesco de Assisi, que rejeitou todos os bens materiais, os cidadãos de Padova construíram em sua honra um dos templos mais sumptuosos da Cristandade.
A Basílica actual é em grande parte o resultado de três diferentes reconstruções, que tiveram lugar durante um período de cerca de 70 anos (1238-1310).


O grande e famoso templo, que alguns estudiosos dizem ter sido construído sobre as ruínas de um templo pagão, é uma das obras mais importantes da arquitectura de Padova e um dos mais antigos lugares de culto da cidade.
Foi reconstruída após o terramoto de 1117, e demolida em 1502, para abrir caminho para a grande igreja actual, construída entre 1532 e 1579 por vários arquitectos, e em particular por Andrea Moroni e Andrea Valle. É coroada por 8 cúpulas (domos) e tem 14 capelas laterais. A fachada, que era para ser coberta com mármore, provavelmente branco, nunca foi concluída.
O interior é amplo e luminoso, uma das maiores obras-primas da arquitectura renascentista, é uma cruz latina e está dividido em três naves por enormes colunas. A luz entra através de janelas e cúpulas. No tamanho (122 metros) Santa Giustina é a nona maior entre as igrejas do mundo.
A partir do corredor direito, atrás da Arca da San Matthias abre-se uma passagem marcante para o Bem dos Mártires (1566), onde estão todas as relíquias dos mártires de Padova. Daí chegamos ao Santuário de São Prosdocimo (uma pequena capela votiva), com uma decoração rica de mosaico e mármore, construído no final do séc. VI.
No dia seguinte à nossa chegada a Padova e após uma noite calma e silenciosa, pegámos nas bicicletas e fomos conhecer a cidade. Lembro-me de pensar enquanto pedalava, de quanto gostava da leveza da minha simples bicicleta de cidade e de como era bom e refrescante, percorrer as ruas de novas cidades no absoluto equilíbrio dinâmico por ela proporcionado.
A Basílica de Santa Giustina faz parte de um grande complexo de edifícios que constituem a grande Abbazia di Santa Giustina (Abadia de Santa Justina). A Abadia e a Basílica de Santa Giustina, em Padova, são dedicadas à santa padroeira da cidade, sendo o complexo fundado no séc. V, no local onde se encontrava o túmulo de Santa Giustina, tornando-se um dos mosteiros mais importantes na área, até que foi suprimido por Napoleão em 1810, que o transformou em quartel. O complexo tal como hoje o vemos, foi só foi reaberto em 1919.
Os relatos dos “Actos do Martírio” eram feitos por escribas romanos, que tinham a orientação de descrever o martírio com detalhes e não dar muita ênfase à pessoa que era supliciada. A ideia era assustar os cristãos, visto que os “Actos do Martírio” eram públicos e ficavam expostos nas bibliotecas da cidade, onde ocorria o martírio e em Roma. Depois de ser martirizada sem sucesso, amarram Santa Giustina a um poste no pátio do anfiteatro de Padova e, derramaram sobre ela uma espécie de resina ateando fogo de seguida, mas a jovem continuou a cantar louvores a Jesus. Soltaram então dois tigres famintos, e estes deitaram-se a seus pés. Então o procônsul enfurecido ordenou que Santa Giustina fosse decapitada.
Fonte: http://www.cademeusanto.com.br / Wikipédia.org