Visita a Padova - Parte I

No dia seguinte à nossa chegada a Padova e após uma noite calma e silenciosa, pegámos nas bicicletas e fomos conhecer a cidade. Lembro-me de pensar enquanto pedalava, de quanto gostava da leveza da minha simples bicicleta de cidade e de como era bom e refrescante, percorrer as ruas de novas cidades no absoluto equilíbrio dinâmico por ela proporcionado.


Do parque de autocaravanas até à Basílica de Santa Giustina, é um pulinho e uma vez lá chegados, amarrámos as bicicletas umas às outras e entrámos na basílica. Após a visita à basílica ainda as vimos pela última vez, mas enquanto tomávamos um “gelatto”, na esplanada de um pequeno quiosque ao lado da basílica, alguém as roubou à molhada, pois foram as três só de uma vez. A causa provável do crime foi a bicicleta de montanha caríssima da minha filha. Procurámos a polícia, mas disseram-nos que era pouco provável encontra-las. Muito pesarosa, a senhora italiana proprietária do quiosque foi amavelmente connosco no seu carro, até à esquadra mais próxima, para realizarmos formalmente a queixa, mas lá a resposta foi a mesma. E nem Santo António nos valeu!… A Basílica de Santa Giustina faz parte de um grande complexo de edifícios que constituem a grande Abbazia di Santa Giustina (Abadia de Santa Justina). A Abadia e a Basílica de Santa Giustina, em Padova, são dedicadas à santa padroeira da cidade, sendo o complexo fundado no séc. V, no local onde se encontrava o túmulo de Santa Giustina, tornando-se um dos mosteiros mais importantes na área, até que foi suprimido por Napoleão em 1810, que o transformou em quartel. O complexo tal como hoje o vemos, foi só foi reaberto em 1919.


Santa Giustina de Padova é uma santa cristã que foi martirizada e morta em 304 d.C., durante a perseguição imposta pela diarquia de Diocleciano e Maximiano aos cristãos. Santa Giustina terá sido martirizada por não querer renunciar à sua fé e oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Diz a lenda que ela era muito bonita e que um nobre romano queria casar-se com ela, mas foi recusado por ser pagão. Então como represália, o procônsul mandou que a martirizassem para que ela renunciasse à sua fé. Os relatos dos “Actos do Martírio” eram feitos por escribas romanos, que tinham a orientação de descrever o martírio com detalhes e não dar muita ênfase à pessoa que era supliciada. A ideia era assustar os cristãos, visto que os “Actos do Martírio” eram públicos e ficavam expostos nas bibliotecas da cidade, onde ocorria o martírio e em Roma. Depois de ser martirizada sem sucesso, amarram Santa Giustina a um poste no pátio do anfiteatro de Padova e, derramaram sobre ela uma espécie de resina ateando fogo de seguida, mas a jovem continuou a cantar louvores a Jesus. Soltaram então dois tigres famintos, e estes deitaram-se a seus pés. Então o procônsul enfurecido ordenou que Santa Giustina fosse decapitada.


A história medieval descreve-a como uma seguidora das doutrinas do Apóstolo São Pedro. Assim, São Prosdocimus, o primeiro bispo de Padova, terá sido o pai espiritual de Santa Giustina, uma vez que teria sido baptizada por ele, em 300 d.C..
Fonte: http://www.cademeusanto.com.br / Wikipédia.org

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