O Campo San Barnaba é uma pequena e linda praça quadrada, situada no bairro Dorsoduro e não muito longe da grande praça interior, o Campo Santa Margherita. A atmosfera que ali se respira é única, uma vez que é um lugar onde nos podemos sentar confortavelmente numa esplanada de café e desfrutar do sossego que ela nos proporciona, bem como de um cappuccino ou de um belo gelatto, a qualquer hora da manhã ou da tarde.
Na sua igreja, a Chiesa di San Barnaba, que domina a praça, num dos lados, onde está situada a biblioteca, foi o local de mais uma das cenas do filme "Indiana Jones e a Última Cruzada", na qual Indiana Jones encontra o caminho para as catacumbas.
A Chiesa di San Barnaba é hoje um museu, hospeda uma exposição permanente, desde há muito tempo (desde 2009). A exposição apresenta miniaturas das várias "Máquinas de Leonardo da Vinci", e é dedicada precisamente às invenções deste génio incomparável. A exposição inclui cerca de quarenta modelos, cada qual acompanhado de uma explicação e do desenho da máquina, desde o Código de Leonardo.
Do outro lado da praça fica o "sotoportego", onde foi rodado outro filme, "007 Casino Royale". O sotoportego é uma passagem porticada, uma espécie de túnel que dá passagem entre os quarteirões da cidade de Venezia. É na verdade é uma passagem que liga ruas a outras ruas através de um túnel, com a altura igual a todo o andar térreo. Na esquina da igreja fica um dos mais belos cafés em Venezia, o muito antigo "Caffé Al Artisti", lugar onde muitos artistas paravam. Ali é imperdível uma bebida local, o Spritz ou um Bellini, duas das bebidas refrescantes e quem as bebe fica encantado.
No canal ao lado da Chiesa di San Barnaba, no local onde durante a manhão ocorre o mercado flutuante de fruta e legumes, fica a Ponte dei Pugni que nos oferece uma boa panorâmica do rio San Barnaba.
Dali dirigimo-nos novamente pelo interior do bairro Dorsoduro e após uma boa caminhada pelas suas ruas labirínticas da zona, fomos visitar a Universidade Cá Foscari, um dos lindos palacetes situados junto ao Grande Canal. O Ca´Foscari é um dos polos universitários da Universidade de Venezia.
O Ca' Foscari é um palácio veneziano construído em por volta de 1452 nas margens do Grande Canal pelo Doge Francesco Foscari como demonstração do seu poder e da sua riqueza. É um representante típico do estilo gótico veneziano.
Durante a ocupação austríaca, no séc, XIX, serviu de hospedaria e depois como caserna. Em 1866, foi adquirido e reformado pela Comuna de Venezia, que em seguida o cedeu para servir de sede à Real Escola Superior de Comércio de Venezia. Entre 1997 e 2005, passou por nova reforma e atualmente é a sede da Universidade Ca' Foscari.
Fonte: http://www.tripadvisor.com/Travel / Wikipédia.org
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A partida de autocarro novamente para Venezia realizada por volta das 12h00, rapidamente nos levou até ao cais de vaporetti da Piazza Roma. De vaporetto faz-se novamente o Grande Canal. A viagem de vaporetto é uma maneira fácil de admirar com mais pormenor todas as mansões, palácios e prédios com vista para o Grande Canal e laguna. A luz desse dia estava no ponto, para que se pudessem fazer ótimas fotos.



A Piazza San Marco está geralmente repleta de turistas que a fotografam avidamente, sendo também além destes extremamente popular entre os pombos da cidade.Para a descrevermos com pormenor, nada como ir recordando a caminhada por ela feita. Vai ser descrita por uma perambulação a partir da fachada ocidental da igreja (de frente para o comprimento da Piazza) processando-se para a direita.
A caminhada começa por atravessar a Piazzetta dei Leoncini, um espaço aberto no lado norte da igreja, assim nomeado por possuir dois leões de mármore ali colocados pelo Doge Alvise Mocenigo, em 1722, mas que agora é oficialmente chamada de Piazzetta Giovanni XXIII.
Virando à esquerda e seguindo a arcada ao longo do lado norte da praça, encontramos os prédios que são conhecidos como os Procuretie Vecchie, as ex-casas e escritórios dos procuradores de São Marcos, altos oficiais do estado da república de Venezia, que foram construídos no início do séc. XVI.
Viramos à esquerda no final do pórtico e a arcada continua ao longo da extremidade oeste do Piazza, que foi reconstruída por Napoleão em 1810 e é conhecida como a Ala Napoleonica das Procuratie Nuove, que por trás das lojas, possui uma escadaria cerimonial que levava ao palácio real, mas que agora constitui a entrada do Museu Correr, o museu municipal de Venezia. Este museu deve o seu nome a Teodoro Correr (1750 - 1830), um magnata descendente de uma das mais antigas famílias venezianas, que legou em 1830 a sua coleção de obras de arte à cidade de Venezia.
Oposta a esta, vemos novamente o Campanile da Basílica di San Marco (1156-1173 cuja última restaurado foi em 1514), reconstruído em 1912, "com'era, dov'era" (como era, onde estava), após a colapso do ex-campanile em 14 de Julho de 1902. Adjacente ao Campanile e voltada para a basílica, fica o elegante o pequeno edifício conhecido por Loggetta, construído por Sansovino, em 1537-46, e usado como uma sala por patrícios da cidade, quando esperavam para entrar nas reuniões do Grande Conselho, no Palácio dos Doges e pelos guardas quando o Grande Conselho estava reunido.
Este é um dos mais belos e impressionantes palácios do mundo e surge na área monumental da Piazza San Marco (Praça de São Marcos), entre a Piazzetta e o Molo. O Palazzo Ducale é uma obra-prima da arte gótica, uma impressionante estrutura de camadas de elementos de construção e ornamentação em cima das antigas fundações. As adições renascentista e maneirista, mostram-nos belos detalhes de uma opulência pouco vulgar. É composto de três grandes edifícios que uniram os antigos edifícios.
O Palácio foi a residência oficial de 120 Doges que governaram Venezia de 697 a 1797, e contém os escritórios de várias instituições políticas, organizados em redor de um pátio central. O primeiro andar foi ocupado por escritórios de advocacia, a Chancelaria, os Censores e o Escritório Naval.
No segundo andar estavam a Grande Câmara do Conselho, a Câmara de Votação e os apartamentos do Doge. O terceiro piso apresenta a Sala del Collegio, adornada com pinturas, incluindo as de vários Doges e a do Lepanto, de Paolo Veronese, onde os embaixadores estrangeiros eram recebidos. Há salas usadas por corpos governamentais e também uma Câmara Bussola, onde os cidadãos podiam submeter as suas reclamações.
A entrada do público para a visita ao interior do Palácio dos Doges é a Porta de Trigo, (assim chamada porque estava perto do "Ufficio della Lama") que se abre sob o pórtico da fachada da frente virada para a Bacia di San Marco, do séc. XIV. O piso térreo abrigava outrora os serviços públicos e o Museu della Ópera, a área das cozinhas antigas do Doge. Possui agora um café-bar e está equipado para abrigar exposições temporárias.
Depois a parte mais esperada da visita, a passagem pela Ponte dei Sospiri (Ponte dos Suspiros), com vista através de um rendilhado de tijolos em forma de pétalas, para o Riva degli Schiavoni, o cais virado para a Bacia di San Marco. Passando a Ponte dei Sospiri e já na outra margem do rio, são visitados os calabouços sombrios da Prigioni Nuove, a antiga prisão da cidade e o primeiro edifício no mundo construído para ser uma prisão.
Basicamente são estes os locais visitados pela maioria dos turistas, sendo normalmente as rotas propostas pelo Museu, que não são linearmente os andares individuais do edifício, mas que nos proporcionam o deambular por caminhos que sobem e descem em cruzamentos múltiplos. No entanto há ainda os itinerários secretos, que não fazem parte da visita habitual, mas que podem ser visitados apenas em condições especiais.
Além disso, podemos observar no Palácio a Scala d’Oro (Escada de Ouro), projetada por Jacopo Sansovino, um famoso arquitecto e escultor do Renascimento Italiano. A Scala d’Oro é assim chamada pelas ricas decorações em estuque branco e folha de ouro zecchino da abóbada.

A Basílica é o ponto em torno do qual a vida pública e religiosa da cidade gira. É o lugar onde os Doges de outrora tinham a sua coroação. É o símbolo máximo da Venezia antiga e nova. A igreja foi construída no séc. IX para guardar o corpo de San Marco, padroeiro da cidade, cujos restos mortais foram roubados de Alexandria no Egito, em 828.
A Basílica é um esplêndido exemplo do estilo de arquitectura romano-bizantina e reflete as várias fases de construção a que esteve sujeita ao longo do tempo, sendo facilmente identificáveis os recursos romano-bizantinos, bem como as influências do gótico do séc. XV. Embora tenha sido reconstruída em diferentes ocasiões, a principal característica é ainda o estilo bizantino, com uma grande cúpula central e as cúpulas laterais.
No exterior está decorada com arte bizantina, românica e gótica e a fachada oeste é composta por duas ordens de cinco arcos, apoiados por grupos de colunas cujos capitéis foram esculpidos nos séculos XII e XIII. A alvenaria exterior foi gradualmente coberta com mármores, sendo alguns muito mais velhos do que o próprio edifício.
Nas fachadas da basílica, podem ser encontradas cinco portas, que estão decorados sumptuosamente com mármore e mosaicos. A fachada principal é absolutamente surpreendente, devido à beleza observada. Está dividida em duas partes por um terraço, onde se observam as réplicas de quatro cavalos, que substituíram os originais em cobre e banhados a ouro, enviados de Constantinopla ao Doge Enrico Dandolo, em 1204, como parte do saque desta cidade na Quarta Cruzada.
Há muitos detalhes fascinantes para desfrutar no exterior, graças à incorporação de uma grande variedade de obras de arte desde a Antiguidade até a Idade Média. Na Basílica di San Marco existe uma quantidade enorme de mosaicos, cada um mais interessante que os outros. Encontramos ali mais de sessenta padrões diferentes, onde estão retratados pavões, rinocerontes, flores e alguns desenhos abstratos que desafiam a nossa imaginação. A combinação das cores, a qualidade dos desenhos e o ineditismo dos temas são de fazer espantar um pintor impressionista.
O interior é pouco luminoso, mas um lugar de grande riqueza e beleza arqutetónica. É uma igreja tipicamente bizantina, com desenho em cruz grega, com três naves divididas por colunas e arcos maciços, cobertos de mosaicos dourados que suportam as cinco cúpulas. Os mosaicos que decoram as cúpulas principais são feitos com ouro fundido e possuem na realidade a verdadeira grande riqueza da Igreja. Estas obras de arte em estilo bizantino e veneziano dos séculos XI a XIV, foram em parte refeitos por Ticiano, Tintoretto e Veronese entre outros, nos séculos XVI e XVII.
A história das relíquias de San Marco não pode nem deve passar desconhecida a quem visita a cidade de Venezia, pois como se sabe este é o seu Santo padroeiro.
As relíquias foram inicialmente alojadas numa capela temporária no Palácio dos Doges, mas uma igreja foi construída para abrigar as valiosas relíquias entre 829 e 832. Esta igreja foi mais tarde queimada numa rebelião contra o Doge Pietro Candiano IV, em 976, mas foi restaurada pelo Doge Domenico Contarini. A basílica sumptuosa atual, que incorpora os edifícios anteriores, foi concluída por volta de 1071.
A poucos passos da Piazzetta, o Fondamenta delle farinha (a "doca da farinha", por ser ali que outrora se desembarcava a farinha que chegava por barco a Venezia), leva-nos desde o cais onde pára o vaporetto ao longo da Reali Giardini. É um lugar perfeito para apreciar o pôr-do-sol, com uma vista magnífica sobre a Bacia de São Marcos e a ilha onde se encontra a Basílica de San Giorgio Maggiore.
À entrada da Piazzeta destacam-se duas elegantes colunas, a Colonne di San Marco e a Colonne di San Teodoro. Estas duas colunas, juntamente com a fachada monumental com pórticos do Palazzo Ducale e a Biblioteca Marciana, marcam a entrada monumental para a Piazza San Marco, para quem vem do mar. Foram erguidas por Nicholas Barattieri em 1172, sob as ordens do Doge Sebastian Ziani, quando a praça foi alargada. Estas enormes colunas foram transportadas para Venezia desde o Oriente e segundo consta eram originalmente três, mas a terceira foi partida durante o desembarque.
Do lado da Biblioteca Marciana, pode observar-se a Coluna de San Teodoro, que suporta um santo guerreiro bizantino, San Teodoro, protetor da primeira cidade de origem, retratada em mármore no ato de matar um dragão. O espaço entre as duas colunas foi outrora usado e concebido como um lugar para execuções, de modo que ainda persiste entre a população local o uso supersticioso de não atravessar o espaço entre as duas colunas.
Rodeada de arcadas a toda a volta, encontram-se ali três dos mais importantes edifícios da cidade. A imponente torre "Campanille", que lá em cima nos proporciona vistas excepcionais sobre a cidade. Em frente a Basílica di San Marco, de uma beleza de tirar o fôlego é um capricho arquitectónico bizantino oriental, com um espectacular interior revestido por enormes painéis de mosaico, pintados a ouro. Possui cinco cúpulas, entre as quais se destaca a cúpula da Criação. São também de visitar o Baptisterio, a Virgem da Vitória e a Pala d´Oro.
Não se deve perder a visita ao seu interior, onde se destacam as Salas do Senado e a Ponte dei Sospiri (Ponte dos Suspiros), que passa sobre o rio del Palazzo, um estreito canal, unindo o Palazzo Ducale com a Prigioni Nove (a antiga prisão da cidade, que é também visitada), e que ali se derrama no Grande Canal.
Também se encontram na Piazza San Marco, o Museu Correr e o Museu de Arqueologia; a Biblioteca Marciana e a bela Torre do Relógio, que exibe as fases da lua e os signos do zodíaco. Conta a lenda, que os responsáveis pelo projeto do relógio, tiveram os olhos arrancados após a sua conclusão, para que não pudessem jamais repetir a obra.
É desde há muito um bairro que já não é visto propriamente como o centro político de antiga República Sereníssima de Venezia, mas sim como um bairro que agora se transformou num centro mais comercial, principalmente para jóias e produtos de luxo, além de ali se poderem comprar também muitos e bons artigos a bom preço.