A pintura de Sílvia Hestnes Ferreira também se encontrava exposta no Museu do Douro, e foi com agrado que observei o seu trabalho cheio de cor e simbolismos. Além da pintura Sílvia Hestnes dedica-se também ao desenho, à escultura e à escrita. A pintura, o desenho e a escultura são para a artista, tanto experimentação como anotação. Sobre a sua obra Philippe Cyroulnik (Director of Centre d'Art Contemporain, Montbéliard), diz: "Algumas das suas notas escritas, deslocam-se do texto ao desenho. Como a vida tem os seus nós, as suas alegrias e a sua gravidade, os materiais e as formas, os traços e as cores remetem por vezes a um sentimento do mundo ou a uma maneira de o experimentar. Eles são aqui o território duma translação que entrelaça as ligações entre o vivido e o imaginário, o sensível e o pensamento. (...)"
A sua obra, à medida das palavras e ao longo dos desenhos e outros trabalhos, convida-nos a um vai e vem subtil e perturbador entre o mundo e os objectos, entre as formas e os sentidos. Sílvia Hestnes conduz-nos da extremidade da pena e das suas mãos a deixar-nos invadir pela sua maneira de sentir e ressentir. Ela faz-nos entrar num universo onde o sorriso tem também a cor da melancolia e a tristeza a voz da felicidade de um dia.Sílvia Hestnes Ferreira, ao escrever sobre o seu trabalho acrescenta: "(...) O meu trabalho em objectos/esculturas começou por ser a recolha de materiais diversos e de cores – cores sob a forma de pigmentos puros espalhados sobre tiras de papel. Os objectos/esculturas surgiram dos materiais como são na origem, segundo jogos de formas, de recortes, ou então segundo ideias iniciais, reformuladas ou sonhadas. (...) Há uma ligação entre os objectos/esculturas e os desenhos-pinturas. Uma passagem que é feita pela fotografia e a memória. E então desencadeiam-se as coisas. Uma ideia que se exprime pode desenvolver-se, alastrar-se, crescer e materializar-se de todas as maneiras de que falei até agora. Assim há uma continuidade. Mas essa continuidade é logo quebrada quando há repetição. Tento, pois, ensaiar diferentes tópicos, encontrar variantes, imaginar e construir."
Dessa imaginação e construção resulta um trabalho sem dúvida muito agradável, levando-nos para um Mundo imaginário e ao mesmo tempo real, a partir das formas e dos sentidos captados pelo observador. 
A sua obra integra plenamente a figuração e a abstracção, pela via de uma sensibilidade absolutamente surreal. Não é fácil encontrar-lhe parentescos próximos na grande família da pintura portuguesa saída dos meados do século XX. Mas, se quiséssemos procurá-los, talvez fosse algures nesse intervalo entre mundo concreto e onírico, entre real e fantástico. E assim, iniciar-se-ia essa difícil leitura de formas que se diluem nos fundos, de fundos onde se geram formas, de nebulosas que engendram figuras. Enfim um estilo e uma pintura realmente conseguida. Adorei... Pena as câmaras não poderem ser usadas.
Em 1960 frequenta o Curso Geral de Escultura e, entre este ano e 1968, participa em seis edições das Exposições Magnas da ESBAP. Em 1963 conclui o Curso Geral de Pintura, um ano depois viaja para França e Inglaterra e casa com Madalena Von Hafe.
Aqui nesta zona privilegiada onde pernoitámos, fica o cais fluvial de Peso da Régua de onde partem e chegam muitos dos famosos Cruzeiros que cruzam o seu bonito rio, possuindo igualmente várias infra-estruturas de lazer como uma área pedonal, campos de ténis, piscinas e equipamentos para pesca, lojas de artesanato, restaurantes e bares.
O Peso da Régua desde sempre deu a conhecer ao Mundo a grandeza dos homens que a criaram. O sacrifício, a coragem e a paixão de um povo que esculpiu, com mestria, um berço de prodigiosa beleza. A região distingue-se das imediatas não pela topografia do terreno, ou pelos cursos de água ou até pelo património artístico, mas sim pela modelação que o homem operou nela ao longo de vários séculos, visando a sua utilização agrícola e a melhoria da sua qualidade de vida.
Da riqueza patrimonial do concelho destacam-se as muitas casas senhoriais, pequenos palacetes e grandes quintas rurais dos “senhores do vinho”, muitas delas abertas ao público, demonstrando a riqueza que esta produção trouxe à terra, mas também outros monumentos, como a Igreja Matriz de S. Faustino, construída no local onde outrora existiu a capela do Espírito Santo, a Capela do Senhor do Cruzeiro do século XVIII, a Igreja do Asilo Vasques Osório, as Capelas do Espírito Santo, a de Nossa Senhora do Desterro, a de São João ou a de Nossa Senhora da Boa Morte, entre tantos outros. 
O seu relevo é caracterizado por terrenos planos a Este, vales junto ao Rio Douro e zonas montanhosas a Oeste, tendo como rochas predominantes, o granito, o xisto e o quartzo. As suas principais produções agrícolas são a amendoeira, que em Fevereiro se encontra em flor, e a vinha, sendo de realçar a cultura do vinho do Porto, até porque esta foi a primeira região demarcada de vinhos do mundo, "região demarcada do vinho do Porto".
Aqui também se pode encontrar uma cozinha rica e deliciosa. Como as "alheiras" que se fazem por toda a região, particularmente populares no Inverno, o "cosido à transmontana" só com carnes de fumeiro e a "feijoada à transmontana" de Vila Real ou pela muito famosa "bola de carne" de Lamego. Se por lá se passa devemos provar os excelentes presuntos e perdizes do Pinhel e as enguias e trutas do Sabugal. O cabrito cozido no forno com arroz sobre o molho da carne e as "morcelas" que são muito típicos das zonas baixas da região das montanhas. E não se pode esquecer de colocar no topo da lista, os vinhos mais populares da região, como os do Porto da província do Alto Douro.

As suas noites de Verão são conhecidas como as mais cumpridas e divertidas da Galíza, onde se pode começar de “tapeo” (expressão típica espanhola para "ir de tasca em tasca", beber vinhos e comer vários petiscos ou tapas) nos balcões dos bares da vila até Portonovo, vila que está colada a Sanxenxo, passando por todos os bares até altas horas do amanhecer, sendo depois habitual a festa continuar nas discotecas que estejam alí perto e que são o ponto de encontro da juventude das Rias Baixas.
O termalismo é moda em toda a Europa, mas provavelmente onde esta tendência tem vindo a ganhar maior protagonismo é na Galiza. Nesta zona encontra-se uma boa parte da oferta termal da geografia espanhola e o balneário de A Toxa, como se diz em galego, é um dos mais conhecidos dentro e fora das fronteiras espanholas, fazendo parte de um complexo que constitui O Gran Hotel Hesperia La Toja. Além dos balneários o complexo tem uma excelente loja com produtos de beleza naturais, que são fabricados com as suas águas termais.
A descoberta no século XIX das suas águas termais e lama medicinais fez da ilha um local muito visitado. A ilha é uma propriedade privada que explora as propriedades térmicas das suas águas, constituindo um dos mais antigos spas. O centro da ilha ainda mantém um denso pinhal virgem que faz as delícias dos visitantes no Verão.
Este casino ao longo do ano acolhe diversos visitantes de todas as partes de Espanha, bem como de todo o mundo, e oferece também várias exposições e outros actos culturais, durante todo o ano. Este casino junta ao fim-de-semana um conjunto interessante de carros desportivos e de alta cilindrada à sua porta.
A ermida da ilha de A Toxa, dedicada a São Caralampio e à Virgem do Carmo, conserva o seu culto desde o séc. XII. É uma das mais singulares igrejas de toda a Galiza, toda recoberta de conchas de vieira, chamando a atenção no centro da ilha, embora o seu interior seja modesto e com um certo ar marinheiro.
Os 10 quilómetros de praias de O Grove oferecem a calma das pequenas enseadas da Ria de Arousa e o mar aberto das praias atlânticas. Todos os amantes da natureza podem encontrar nesta península cantos cheios de uma beleza inegável.
O mar é o principal tesouro da vila de O Grove. Tudo aqui gira à volta do Atlântico, que nos acolhe na entrada da ria de Arousa. A riqueza destas águas faz de O Grove um dos principais portos pesqueiros e marisqueiros do país. Nelas são extraídos os melhores produtos que em cada dia são leiloados publicamente no Mercado do Peixe, que podemos visitar de segunda a sexta a partir das 17h00.
Tanto a cozinha tradicional como a "nova cozinha" ganham uma nova dimensão nesta terra. Contando sempre com a inegável qualidade das matérias primas, são elaborados autênticos manjares que não devem deixar de ser provados quando visitamos a zona. Como complemento ideal, os vinhos da região como o Albariño ou o tinto de Barrantes, regam da melhor maneira estes preparados gastronómicos.
O Caminho de Santiago tem sete rotas históricas: o Caminho Francês, o Caminho do Norte, a Vía de la Plata, a Rota Marítimo fluvial, o Caminho Inglês, o Caminho Primitivo e o Caminho Português. Para alem destas rotas existe ainda o Caminho de Finisterra que faz a ligação entre a cidade de Santiago e Finisterra.
Os Caminho Francês e Aragonês entram em Espanha nos Pirinéus e cruzam o norte de Espanha passando por Pamplona, Burgos e León.
O Caminho do Norte entra em Espanha em Irún no País Basco e traça um percurso paralelo ao Caminho Francês, mas pela costa passando por San Sebastian, Santander e Luarca.
O Caminho Primitivo é provavelmente o primeiro Caminho Jacobeu sai de León e sobe para Oviedo passando entre o Caminho do Norte e o Caminho Francês.
A Vía de la Plata também chamada de Caminho do Sudoeste ou Caminho Leonês sai de Sevilha e traça uma linha vertical paralela a Portugal. Antes de chegar a Zamora existem duas alternativas, uma primeira contorna o nosso país, e uma segunda entra em Portugal em Alcanices, passa por Bragança e junta-se de novo ao Caminho Leonês em Ourense.
A Rota Marítimo/fluvial entra em Espanha pela Ria de Arousa e pelo Rio Ulla. Em Padrón junta-se ao Caminho Português. Esta rota pretende recriar a viagem feita pelos discípulos até Santiago com o corpo do apóstolo depois do seu martírio.
O Caminho Inglês entra em Espanha por mar nos portos de Ferrol ou de A Coruña e segue numa linha vertical para Santiago.
Em Coimbra existem também duas alternativas, pelo interior (por Viseu e Chaves que sai de Portugal em Feces de Abaixo e se junta à Via da Prata em Verin), ou pela costa em direcção ao Porto. No Porto temos opção entre Barcelos e Braga. Em Braga segue para Ponte de Lima ou para a Portela do Homem, em Barcelos segue para Viana do Castelo ou para Ponte de Lima. De Ponte de Lima segue para Ponte da Barca e Vilarinho das Furnas ou para Valença. Existe ainda uma outra alternativa entre Caminha e Vila Nova de Cerveira. 