



Le Corbusier foi um arquitecto francês de origem suíça (6/10/1887-27/8/1965). Nasceu em Le Chaux-de-Fonds, estudou artes plásticas e antes dos 20 anos, viajou pela Europa, conhecendo os maiores arquitectos da sua época. 

Ao mesmo tempo, constituía uma visão inovadora de integração de um sistema de distribuição de bens e serviços autónomos que serviam de suporte à unidade habitacional, dando resposta às necessidades dos seus residentes e garantindo uma autonomia de funcionamento em relação ao exterior.
Esta natureza auto-suficiente pretendida por Corbusier era a expressão de uma preocupação que começara a reflectir desde os anos 20, na sua análise aos fenómenos urbanos de distribuição e circulação que se começavam a repercutir-se na sociedade moderna, consolidando os conceitos que vinham a desenvolver-se em torno da ideia moderna de habitar.
Em 1936 visita o Brasil e do seu contacto com os arquitectos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer influencia o surgimento de uma nova arquitectura no país. Nas décadas seguintes, dedica-se a trabalhos teóricos e projectos em diversos países.
Morre em Roquebrunne-Cap-Martin, França, aos 78 anos, afogado no Mediterrâneo. O seu velório foi no Palácio do Louvre em Setembro de 1965. O seu legado influencia até hoje o mundo da arquitectura, arte e design...


O crescimento de turistas que visitam a cidade e a sua região faz com que mais e mais pessoas se encantem pelas belezas da cidade e da região. As ilhas próximas também atraem bastante visitantes, sendo a mais famosa é a ilha que possui o Château d'If, fortaleza do século XVI, que foi uma antiga prisão, famosa pelo romance "O Conde de Monte Cristo" (romance da literatura francesa escrito por Alexandre Dumas, concluído em 1844 e que embora ficção, foi várias vezes tratado em filme, tomando uma aura mística).
As ruas estreitas de Marselha, as suas praças tranquilas e as suas belas fachadas do séc. XVIII, contrastam com a agitação do Boulevard Canebiére ou com a "Cité Radieuse", ou Unidade de Habitação de Marselha, é um complexo residencial radical de Le Corbusier.
A Unidade Habitacional de Marselha é um dos projectos icónicos de Le Corbusier e uma daquelas referências básicas de qualquer arquitecto. Começou a ser planeada imediatamente após a Segunda Guerra Mundial (1945-46), entrando em construção em 1951. O edifício projectado para 1600 habitantes consiste numa enorme construção de 140 metros de comprimento de fachada, 24 metros de largura e 56 metros de altura, e previa o funcionamento interno de mais de 26 serviços independentes. Cada piso contém 58 apartamentos, projectados no famoso sistema dominó, com acesso a um grande corredor interno idealizado para funcionar como comunicação em profundidade e passagem.
Outra grande atracção da cidade é o Mercado do Peixe, que acontece no Porto Velho. Este pitoresco mercado que todas as manhãs se instala no Quai des Belges, sendo por si só uma excelente atracção turística. Além disso, a cidade tem dezenas de museus, que contam e ilustram a rica história de Marselha. A Notre-Dame-de-la-Garde e o Cours Julien, um bairro tido como o local de encontro da cultura alternativa marselhesa (onde vive a maioria dos emigrantes, sobertudo de África e onde os "graffitis" são quem mais ordena no visual colorido do bairro), são também locais a visitar.
A Idade Média foi uma etapa da história muito marcada pela pressão religiosa, imposta desde Roma e materializada através da tão temida Inquisição e das Cruzadas, tanto na Terra Santa como pela Reconquista da Península Ibérica aos mouros.
Os cátaros viam-se como os verdadeiros sucessores dos apóstolos e divulgavam que o seu cristianismo era o autêntico, enquanto o de Roma não passava de uma manifestação do Diabo. Com uma face reformadora, o movimento pregava o retorno ao evangelismo primitivo, enfatizando a pobreza pessoal e a ausência de hierarquias clericais, em detrimento da acumulação de bens e de poder tão valorizado pela Igreja Católica na época. Seus seguidores também praticavam a castidade e ajudavam os doentes e necessitados.
O chamado "Pays Cathare" (País Cátaro) estendia-se pela zona chamada Occitania, actual Languedoc, numa extensão fronteiriça entre Toulosa (actual Toulouse), até ao oeste, nos Pirinéus, e até ao sul, no Mediterrâneo e deste até leste. Em definitivo, uma área política que, durante o século XIII e em plena época medieval, era limitado entre o reino de Aragão, França e condados independentes como o de Foix e Toulouse.


Em posição dominante na margem direita do rio Aude, a Sudeste da moderna cidade, encontra-se constituído o conjunto arquitectónico medieval de Carcassonne, que foi restaurado pelo arquitecto Viollet-le-Duc, encontrando-se inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO desde 1997.
Carcassonne é uma combinação doce e irresistível entre a vanguarda discreta de uma cidade tranquila que as muralhas protegem de um sol que por vezes espreita apaziguador, e a ternura dos ocres de uma cidade nova, discreta, que pacientemente espera pelo vento suão que irá fazer o rodopiar dos girassóis e o ondular das searas, que crescem à volta da cidade no Verão...
A origem da cidade vem desde os tempos dos conquistadores Romanos, e segue até o século XIV. O lugar ocupado pela Cidadela de Carcassonne remonta aos povos Celtas, Galo-romanos, Visigodos e Sarracenos. As fundações das suas casas e muralhas retratam com clareza essas sucessivas ondas civilizadoras.

A posição estratégica de Carcassonne, colocou a cidade no centro de conflitos religiosos. No século X os cruzados sitiam a cidade para combater os Cátaros (seita de monges católicos que dominava a região do Languedoc), que acabaram por ser dizimados, em 1209, por ordem de Roma.
Diversos senhores feudais, e reis da França, entre outros, contribuíram para o crescimento e fortalecimento da Cidadela de Carcassonne. Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidadela foi usada como campo de prisioneiros. No final do século XIX, o conjunto estava praticamente abandonado, quando foi redescoberto por turistas ingleses. A Cidadela de Carcassonne, é hoje um resquício da Idade Média, em lugar altaneiro sobre a cidade nova.
A história de Carcassonne é muito interessante. Outrora a cidade fortificada ficava na fronteira com a Espanha e por isto era fortemente armada. Em algum momento a prosperidade de Carcassonne causava inveja a outras cidades como Paris e muitas outras. Assim a cidade foi invadida (por franceses, não por espanhóis!) e tomada e a sua população foi expulsa, estabelecendo-se no vale logo abaixo.
A fronteira com a Espanha foi alterada e Carcassonne perdeu sua importância militar. Os "novos ocupantes" da cidade abandonaram-na em decadência enquanto os "velhos ocupantes" prosperavam no vale adjacente. Daí a "velha Carcassonne" ter ficado tão preservada, enquanto a "nova Carcassonne" mudava, evoluía e prosperava.
Agora a cidade tornou-se uma fantástica atracção turística, de entrada grátis, embora se pague para uma visita ao Castelo, onde ao percorrer as suas muralhas se pode observar a formidável paisagem proporcionando um passeio inesquecível. Na cidadela além das muitas ruelas sinuosas, pode observar-se a bela arquitectura proveniente de muitos anos de história emocionante.
Entre os pontos mais visitados estão o Portão de Narbonne, a Torre da Justiça, e a Torre da Inquisição, no Castelo Callares. Depois podemos optar por visitar a Basílica de Saint-Nazaire, o Castelo do Conde, construído no ano 1130, que abriga hoje o famoso Museu Lapidário e o Museu de Cera, que mostra os costumes da população local na Idade Média.
Para além do castelo propriamente dito, há uma infinidade de atracções dentro da Cidadela, acrescido de um número infinito de fascinantes lojas, com estreitas ruas calcetadas, repletas de lojas e de uma sucessão de cafés e restaurantes onde se pode desfrutar de uma boa refeição "gourmet" ou tomar apenas um café...
A visita a Carcassone é uma emocionante viagem ao passado, um exemplo do que é belo nunca deve ser destruído, constituindo sem dúvida, um dos pontos altos de qualquer viagem à França.
A Côte d'Azur (Costa Azul), assim chamada pela cor das águas do Mediterrâneo, que aí são claras, mornas e tranquilas, é também conhecida como Riviera francesa. Compreende um trecho do litoral da França (inclusive o principado de Mónaco), entre Cannes e Menton, no departamento dos Alpes Marítimos, e é a mais importante região turística da França. Assim sendo, o percurso escolhido para ir e voltar, foi o seguinte:
1º Dia (25 de Dezembro) - Burgos;
2º Dia (26 de Dezembro) - Carcassonne;
3º Dia (27 de Dezembro) - Carcassonne, Marselha;
4º Dia (28 de Dezembro) - Marselha, Cassis, Saint-Tropez;
5º Dia (29 e 30 de Dezembro) - Saint-Tropez, Saint-Rafael, Cannes;
6º Dia (30 de Dezembro) - Cannes, Antibes, Nice, Mónaco (Monte-Carlo), Menton;
7º Dia (31 de Dezembro) - Menton, Mónaco;
8º Dia (1 de Janeiro) - Mónaco, Nice, Figueras;
9º Dia (2 de Janeiro) - Figueras, Barcelona, Zaragoza;
10º Dia (3 de Janeiro) - Catalayud, Trujillo;
11º Dia (4 de Janeiro) - Trujillo, Casa.
A caminho de casa e como já referi várias vezes, sou assaltada por vários pensamentos, que em resumo e desta vez se centraram na necessária promoção cultural do turismo e no meio de transporte mais adequado à viagem.
Em 1629, um grupo de devotos da Santa Cruz do Monte resolveu construir uma confraria a que foi dado o nome de Confraria do Bom Jesus do Monte, sendo a sua finalidade fazer tudo para o engrandecimento deste centro de peregrinação.
A partir de 1722, com o Arcebispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles, foi iniciado o projecto e começou-se a realizar um grande plano, que acabou por redundar no Santuário do Bom Jesus do Monte actual. Tratava-se de reedificar, em Braga a cidade de Jerusalém, para que os cristãos que não podiam peregrinar até à Palestina pudessem fazer aqui a sua peregrinação aos lugares santos, revivendo as cenas da Paixão de Cristo. Estas estações do Gólgota espiritual conduzem gradualmente até à igreja concluída em 1811, que substituiu o santuário original de forma circular.
Além disso o peregrino e o turista também encontram no Bom Jesus ocasião para uma sã diversão, não só proporcionada pela bela vista que daqui se desfruta, mas também pela existência da sua bela mata com exemplares magníficos e ar puro que proporciona óptimos passeios.
O adro da Igreja projectado por Carlos Amarante em 1784, apresenta 8 estátuas, que representam personagens que intervieram na condenação, paixão e morte de Cristo, tendo a própria Igreja uma planta em cruz latina.
O Bom Jesus do Monte é por todos estes motivos um local magnifico, onde se conjuga a obra da natureza com a notável obra do homem, (vasta, diversificada e absolutamente fabulosa), numa das maiores intervenções barrocas do País desenvolvida por André Soares, e se afirma como uma referência obrigatória do Barroco europeu, que evidência a própria evolução da arte-bracarense, consubstanciada na introdução do neoclássico por Carlos Amarante.
Importa ainda referir o elevador, movido a água de finais do século XIX, peça viva da arqueologia dos transportes portugueses e hoje um imóvel de interesse público, que pode ser usado durante todo o dia. As célebres escadas do Bom Jesus do Monte (1723-1837), são a outra opção para alcançar o santuário que proporcionam um óptimo exercício.