A Chegada a Cangas de Onís




A cidade já se encontrava profundamente adormecida, pelo que fomos à procura do parque de estacionamento que também é estação de serviço para autocaravanas, que nos proporcionou uma boa e tranquila noite de sono...

Astúrias, uma terra preservada

As Astúrias são uma região bem conhecida pelas suas paisagens verdes, tendo a poucos quilómetros das altas montanhas, a costa Cantábrica, com belas praias e coloridas aldeias piscatórias. Esta é a razão pela qual as incursões nas Astúrias, são uma boa maneira de descobrir as paisagens naturais e o seu rico património.

Esta região é limitada pelas altas montanhas da cordilheira cantábrica, onde se podem encontrar algumas das mais belas reservas naturais da Europa, tais como o Parque Natural dos Picos de Europa e os parques nacionais de Covadonga e Somiedo.



Com uma economia baseada em métodos agrícolas tradicionais, que continuam a ser amplamente praticados, possui ainda regiões remotas nas montanhas, onde se podem encontrar aldeias que salvaguardam um modo de vida, que pouco mudou ao longo dos séculos.
O pastoreio e a pesca na costa do Cantábrico, são também modos de vida que mantêm uma continuidade que a maioria das outras regiões de Espanha, já perderam.


A proximidade das montanhas com o Mar Cantábrico, nesta pequena região, permite um grande número de diferentes microclimas e habitats, que por sua vez permitem uma enorme diversidade de flora e fauna.

Sites: BizTravels.net / almadeviajante.com
Fim de Semana nas Astúrias

Aproveitando os feriados do início de Junho, nos dias 10 e 11, partimos dia 9, terça-feira depois do almoço, para mais uma vez viajarmos pelas Astúrias.
As Astúrias são uma zona que faz parte das nossas paixões, onde há sempre coisas novas para ver e fazer, além de tantos e novos segredos por descobrir. Este saltinho às Astúrias há muito tempo que fazia parte de mais um dos nossos planos de viagens a realizar... E garanto que depois desta, muitas mais virão para a mesma região!
1º Dia - Partida de casa /Cangas de Onís;
2º Dia - Cangas de Onís / Lagos Enol e Ercina / Santuário de Covadonga;
3º Dia - Cangas de Onís / Arenas de Cabrales / Panes / Desfiladeiro de La Hermida / Potes;
4º e 5º Dia - Potes;
6º Dia - Potes / Comillas / Santillana del Mar / Valladolid;
7º Dia - Valladolid / Casa.
Os Reais Alcazares de Sevilha

Originalmente uma fortaleza moura, o Alcazar foi ao longo do tempo ampliado várias vezes. Os Almohades foram os primeiros a construir um palácio, chamando-lhe Al-Muwarak. Todo o conjunto de palácios, foram utilizados por diferentes governadores árabes que passaram pela cidade.

Ao entrar caminha-se pelo Pátio de las Doncellas e pela Sala de las Muñecas, passando pela Sala de la Justicia ou pela Casa de la Contratación. Estas salas ão criações de diferentes estilos e épocas, que dão uma ideia de todas as culturas e costumes que passaram pelo lugar.


Caminhando ao longo das galerias e salas decoradas com belos azulejos e preciosos tectos mudéjares, desde o vestíbulo chega-se ao Pátio das Donzelas, o pátio principal, uma obra-mestra da arte mudéjar andaluza.


O Terramoto de Lisboa de 1755 afectou o conjunto arquitectónico, obrigando à realização de importantes modificações. Foi dado, então, um toque barroco ao pátio do cruzeiro.



Site: Wikipédia
A Catedral de Sevilha

Ergue-se sobre as ruínas de uma mesquita almóada/mudéjar mandada construir pelo Emir Abu Yacub Yussuf, em 1184. Por isso, sobre a Porta do Perdão, continua escrito “O poder pertence a Alá!”.


A sua área total abrange 11.520 metros quadrados. A catedral foi construída sobre uma base rectangular, onde o grande plano da mesquita foi substituído, mas o arquitecto cristão acrescentou uma maior dimensão à sua altura. A nave central subiu para 42 metros e até mesmo as capelas laterais parecem suficientemente grandes para nelas conter uma qualquer igreja normal.
Felizmente foram preservadas nesta grande Catedral, duas partes pertencentes à mesquita original, a entrada do tribunal mouro, o Pátio de los Naranjos, e da Giralda, originalmente um minarete, convertido numa torre sineira.
A entrada para a catedral é feita pela Porta de San Cristóbal, na zona sul. Perto da porta dedicada a este santo foi colocado o túmulo de Cristóvão Colombo.
Um monumental túmulo foi esculpido por Arturo Mélida para a ocasião. Foi projectado em estilo romântico tardio, tendo sido esculpidas quatro enormes figuras, sob os ombros das quais é suportado o tumulo, que representam os reinos de Leão, Castela, Aragão e Navarra.
Têm-se levantado muitas dúvidas relativamente à autenticidade dos restos mortais de Colombo, pelo que estão actualmente em curso testes de DNA, para descobrir se estes realmente são os restos do explorador.
O enorme interior da catedral, possui uma nave central e quatro naves laterais sumptuosamente decoradas. Podemos ver ouro em toda parte, mas ao mesmo tempo, verifica-se um certo sentimento geral de simplicidade e de retenção na sua decoração. As capelas estão confinadas às naves laterais e a enorme nave central foi deixada praticamente vazia.
Os seus vitrais são notáveis obras de arte do século XV. A grandiosa Capela Maior, concebida em estilo plateresco em 1528, abriga um magnífico tesouro. Entre os expositores fechados encontram-se relicários de prata e ouro, obras de Goya, Murillo e Zurbarán, e uma colecção de crânios.
A nordeste encontram-se as cúpulas da Capela Real, que não está sempre aberta. Construída no local da capela original, ela é um panteão real, que abriga os corpos de Fernando III de Leão e Castela, o Santo, e os túmulos dos dois laterais pertencem a sua esposa, Isabel de Hohenstaufen, conhecida em Castela como Beatriz da Suábia, e seu filho, Afonso, o Sábio.
Sem qualquer possibilidade de passar despercebida, quase como um apêndice da catedral, ergue-se a torre La Giralda, verdadeiro ex-líbris da cidade.
Apesar de uma existência anterior, aquando da presença do templo árabe, foi só depois da sua quase completa destruição durante o terramoto de 1356, que o minarete ressurgiu e ganhou nova importância. A base de pedra suporta 94 metros de altura que são culminados pela estátua e cata-vento denominada Giraldillo, representativa da fé de um povo devotado ao cristianismo.
À esquerda da Capela Real encontra-se a entrada para esta maravilhosa torre mourisca, que vale a pena subir. Aqui, janelas e varandins distribuem-se pelos quatro lados da torre iluminando o interior das escadas que dão acesso a uma das mais belas vistas sobre Sevilha.
Site: Wikipédia
O último dia em Sevilha

Antes de partirmos rumo a Portugal, fomos visitar a bela Catedral de Sevilha, que no domingo de Páscoa estava toda engalanada e o Álcazar que só abrira portas nesse dia, pois tinha estado sem receber visitas, durante toda a Semana Santa.
A cidade estava ainda cheia de gente, aliás como tinha estado durante toda a Semana Santa. Nesta semana Sevilha torna-se numa cidade pedonal, sem automóveis, com as ruas cheias de animação e carregadas de gente que anualmente ali vão festejar a Páscoa.
O dia mais alegre durante a Semana Santa em Sevilha é sem dúvida o Domingo de Páscoa, que como se sabe, celebra a ressurreição de Cristo morto.

Flamenco - Palácio Andaluz
Federico Garcia Lorca
A última noite em Sevilha

O Palácio Andaluz oferece um dos melhores e os mais completos espectáculos de flamenco de Sevilha, oferecendo um menu de enchidos, queijos e tapas como entrada, sopa, prato de peixe e carne, sobremesa, café e bebidas, que foi mais do que suficiente.
Há grande número de clubes de flamenco em Sevilha e não se sabe nunca qual é o melhor, pois todos reclamam para si o estatuto de melhor.
Os vários clubes de flamenco oferecem percentagem aos hotéis, bares, restaurantes e até aos quiosques de jornais ou gelados, de forma a venderem maior número de bilhetes para o seu espectáculo, tendo sido desta forma que adquirimos os nossos bilhetes.
Sevilha está no cerne da cultura espanhola e, consequentemente do Flamenco, onde a cidade é sem dúvida a sua capital.
O Flamenco é uma arte espanhola, com raízes profundas na Andaluzia. Existem indícios quanto à forma como esta dança e música folclórica evoluiu, mas os seus detalhes estão perdidos na história.
A origem do Flamenco é motivo de controvérsia entre historiadores e estudiosos inclusive na própria Espanha. A versão mais aceite, foi concebida por um dos mais conceituados historiadores espanhóis, Ramón Menéndez Pidal, que afirma que no Séc. X, após o término das invasões árabes, camponeses expulsos do Egipto atravessaram o Norte de África e o Estreito de Gibraltar e estabeleceram-se na Península Ibérica. Se assim for, o nome “flamenco” confirma a teoria, pois em egípcio antigo, “Fallah Menco” significa camponeses expulsos.
Também há confusão com os flamengos, originários da Bélgica e Holanda que derrotados pela “fiel infantaria” espanhola, foram depreciativamente chamados em espanhol de “flamencos”.
Embora as suas origens realmente sejam muito antigas, foi ao longo dos séculos XVIII e XIX que floresceu, atingindo uma enorme popularidade de 1875 a 1900. Praticamente todos a cidades andaluzas neste período, tiveram os seus cafés de canto e dança flamenca. Sevilha impulsionou muitos desses locais de espectáculo e com poucas excepções, os mais famosos cantores e bailarinos foram ou são de origem cigana.
No século XIX, passa a apresentar-se de forma mais completa com a utilização de guitarra (violão de 6 cordas), que se tornou imprescindível e mais tarde outros instrumentos foram incorporados ao Flamenco.
Segundo os estudiosos, o Flamenco é uma das danças mais originais e complexas. Além da técnica, o bailarino precisa desenvolver a expressão corporal para transmitir os seus sentimentos através dos seus movimentos, o que em Espanha é chamado de “Duende”.

Site: anaesmeralda.com