Os Reais Alcazares de Sevilha



O Alcazar, situa-se mesmo em frente e a uma curta distância a pé da colossal Catedral de Sevilha. È constituído por um conjunto de construções e jardins que se denominam de Reales Alcazares de Sevilha.

Os primeiros edifícios do conjunto dos Reales Alcazares de Sevilha, foram mandados construir pelo Emir Abd Al Raman III, o primeiro califa andaluz e passaram por várias ampliações até a actualidade. Com decoração exuberante em seu interior e magníficos jardins na sua parte externa, o Alcázar é uma visita imperdível em Sevilha.


Originalmente uma fortaleza moura, o Alcazar foi ao longo do tempo ampliado várias vezes. Os Almohades foram os primeiros a construir um palácio, chamando-lhe Al-Muwarak. Todo o conjunto de palácios, foram utilizados por diferentes governadores árabes que passaram pela cidade.
A maioria dos modernos edifícios foi construída ao longo de ruínas, por Pedro I de Castela(também conhecido como Pedro, o Cruel), no início de 1364. Dessa época data, o Palácio del Rey Don Pedro I. Depois durante o século XIV, os reis cristãos foram ampliando o complexo, contratando artesãos árabes.
Logo à entrada temos a Porta do Leão, em estilo almóada. A partir deste sítio tudo o que se pode ver é um conjunto extraordinariamente mesclado de arte árabe e cristã. Cruzando a muralha árabe do século XII, situamo-nos no Pátio da Montaria, cujo nome se deve aos batedores que acompanhavam o rei nas suas caçadas.

Ao entrar caminha-se pelo Pátio de las Doncellas e pela Sala de las Muñecas, passando pela Sala de la Justicia ou pela Casa de la Contratación. Estas salas ão criações de diferentes estilos e épocas, que dão uma ideia de todas as culturas e costumes que passaram pelo lugar.
Passamos ao Pátio do Leão, onde se podem contemplar as magníficas filigranas do Palácio de Pedro I. À direita situa-se o Quarto do Almirante, destinado por Isabel a Católica como Casa de Contratação, depois da descoberta do Novo Mundo.

Conserva-se nesta sala a famosa pintura a "Virgem dos Mareantes", de Alejo Fernández, obra de 1531, que retrata Cristovão Colombo com vestes reais, como lembrança da conquista do Novo Mundo. Foram aqui projectadas as mais célebres viagens dos descobridores, como a Primeira Volta ao Mundo de Magalhães.

No outro extremo do pátio existem uns salões do século XVIII, construídos sobre restos de um palácio gótico, do qual ainda se conservam os Banhos de Maria de Padilla, a Capela e o Salão de Carlos V.

Caminhando ao longo das galerias e salas decoradas com belos azulejos e preciosos tectos mudéjares, desde o vestíbulo chega-se ao Pátio das Donzelas, o pátio principal, uma obra-mestra da arte mudéjar andaluza.

Os Apartamentos Reais estão num primeiro nível com as salas redecoradas no século XVIII. Depois deste pátio encontramos a Sala dos Reis, a Sala de Carlos V contendo grandes tapetes de Bruxelas, o Salão do Imperador com azulejos do século XV e tapetes flamencos.

Depois o famoso Salão dos Embaixadores, uma sala coberta por uma cúpula semiesférica adornada com complicados arabescos dourados. Todas estas salas têm vistas para o pátio. A última delas é o aposento mais importante do Alcázar.

A partir da Sala de Filipe II chega-se ao Pátio das Bonecas, cujo nome se deve aos pequenos rostos visíveis em vários arcos. Este pátio, com uma belíssima ornamentação de azulejos e arabescos de estuque, costuma animar os visitantes que descobrem as caritas de bonecas talhadas em diversas colunas, já que se prestarmos atenção podemos encontrar nove caras em diferentes zonas da sala. Segundo a tradição, "traz sorte" a quem as encontra pelos seus próprios meios.

O Terramoto de Lisboa de 1755 afectou o conjunto arquitectónico, obrigando à realização de importantes modificações. Foi dado, então, um toque barroco ao pátio do cruzeiro.

Os Jardins do Alcázar são um dos maiores tesouros de Sevilha. Um passeio por estes jardins é uma das experiências mais gostosas que podemos experimentar quando se visita Sevilha.

De ornamentação árabe, renascentista, barroca, modernista... são alguns dos muitos estilos que podemos encontrar nestes jardins, tudo isto rodeado por palmeiras, fontes e abundante vegetação...

Passear pelos Jardins do Alcázar pode ser um dos passeios mais agradáveis de Sevilha, levando-nos a imaginar cenas das épocas em que os árabes dominavam esta província. Aqui é possível encontrar elementos com estilos, árabes, renascentistas e modernos.

Estão dispostos em terraços com uma vegetação verdejante, possuindo uma grande diversidade de laranjeiras e palmeiras, com fontes e pavilhões onde se respira frescura e quietude, sendo um lugar onde o vento sopra fresco, convidando ao sossego e descanso nesta calorosa cidade.

Destacam-se os Jardins do Príncipe, com a Fonte de Neptuno, os Jardins do Laranjal, com a Fonte do Leão, e o Pavilhão de Carlos V, onde morreu o rei Fernando III de Castela. No resto dos jardins, mais modernos, podemos encontrar-nos com o escudo e nome do rei Afonso XIII.

A partir dos jardins chegamos ao Pátio de Bandeiras, lugar onde se colocavam as bandeiras quando algum rei estava alojado no palácio, além de servir como uma espécie de Praça de Armas do Alcázar.

Site: Wikipédia

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