Visita a Padova - Parte III




A visita à cidade continuou após a perda de tempo dos transmites relativos ao roubo das nossas bicicletas. Caminhando a pé dirigimo-nos pela Piazza Prato della Valle até se encontrar a Via Beato Luca Belludi, no início da qual se vislumbram as grandes cúpulas bizantinas e minaretes da Basílica di Sant’Antonio.Caminha-se pela Via Beato Luca Belludi e no final abre-se a grande Piazza del Santo, o espaço em frente da Basílica.

A grande Piazza del Santo é limitada no trecho do lado direito pelo Oratório di S. Giorgio, a Scuola del Santo e o Museu Cívico. Em frente à Basílica del Santo, no alto de seu pedestal, destaca-se um dos monumentos equestres mais famosos da Itália e do mundo, a estátua de um chefe de mercenários, Gattamelata (por Donatello), que durante a sua vida prestou grandes serviços a Veneza.

Entrámos na Basílica di Santo Antonio, que impressiona desde logo. É um lugar imponente e um monumento à beleza e espiritualidade. É também o local turístico mais conhecido em Padova, que traz milhões de peregrinos à cidade por ano.

A área da nave aparece bastante espaçosa e marcada por dois arcos solenes em ambos os lados. Acima destes e à esquerda há uma varanda, que acompanha a nave central, entrando no transepto. Depois todo o interior é um lugar de encantos, com a riqueza das decorações e pinturas que cobrem os pilares e outros espaços, originários dos séculos XV-XVII. Construída após a morte de Santo António de Lisboa, "il Santo" (como é chamado em Padova), no ano de 1231, para abrigar os restos mortais do santo e as notáveis relíquias. Embora tenha sido um homem simples, discípulo de San Francesco de Assisi, que rejeitou todos os bens materiais, os cidadãos de Padova construíram em sua honra um dos templos mais sumptuosos da Cristandade.

A Basílica di Sant'Antonio di Padova é a maior igreja de Padova e embora receba peregrinos de todo mundo, não é a catedral da cidade, sendo administrada pelos Frades Franciscanos Conventuais.A Basílica actual é em grande parte o resultado de três diferentes reconstruções, que tiveram lugar durante um período de cerca de 70 anos (1238-1310).

A construção da basílica deve ter começado em 1238, sete anos após a morte de Santo Antonio de Padova, e foi concluída em 1310. O santo, de acordo com seu testamento, foi enterrado na pequena igreja de Santa Maria Mater Domini e perto de um convento fundado por ele em 1229. Essa igreja foi incorporada na actual Basílica, com o nome de Cappella della Madonna Mora (Capela da Madonna Negra ou Morena).

A construção do primeiro núcleo da Basílica, uma igreja franciscana, com apenas uma única nave e um transepto curto, começou em 1238. A esta igreja foram adicionadas mais duas naves laterais, que a transformaram na estrutura incrível que hoje admiramos.

A Basílica é um edifício gigante sem estilo arquitectónico definido. No interior, há numerosos monumentos funerários. A Cappella del Santissimo Sacramento é o túmulo de um famoso "condottiero" (mercenário), Gattamelata e seu filho Giannantonio.

As relíquias de Santo Antonio são encontradas na Cappella delle Reliquie (Capela das Relíquias). O corpo do santo, que estava na Capela Madonna Mora, tem hoje uma capela especial, criada por Tullio Lombardo, com esculturas de Tiziano Aspetti.

Na Basílica há também diversas imagens importantes da Madonna. Outras obras importantes são o magnífico candelabro de Páscoa, de 1515, por Andrea Briosco; as seis estátuas de santos no altar, de Donatello; e a "Crucificação", de Altichiero da Zevio, uma das obras mais importantes do final do século XIV.

Fonte: http://www.padovanet.it / Wikipédia.org / http://www.basilicadelsanto.org

Visita a Padova - Parte II



A Basilica de Santa Giustina, na sua posição lateral e assimétrica em relação ao Piazza Prato della Valle, faz dela uma visão extraordinariamente fascinante, para quem entra do lado sul da cidade. O grande e famoso templo, que alguns estudiosos dizem ter sido construído sobre as ruínas de um templo pagão, é uma das obras mais importantes da arquitectura de Padova e um dos mais antigos lugares de culto da cidade.

Foi fundada por volta do século V, em memória da mártir Santa Giustina, no lugar onde estava enterrada. Santa Giustina foi uma jovem aristocrata da cidade, que foi martirizada em 304, na perseguição aos cristãos pelo imperador romano. Segundo a tradição, o pai da mártir, Vitaliano, um alto funcionário imperial, que aparentemente terá sido convertido ao cristianismo por São Prosdocimo, primeiro bispo de Padova, no séc. V, construiu com este o primeiro núcleo da igreja, que viria a ser a primeira igreja cristã da cidade. Foi reconstruída após o terramoto de 1117, e demolida em 1502, para abrir caminho para a grande igreja actual, construída entre 1532 e 1579 por vários arquitectos, e em particular por Andrea Moroni e Andrea Valle. É coroada por 8 cúpulas (domos) e tem 14 capelas laterais. A fachada, que era para ser coberta com mármore, provavelmente branco, nunca foi concluída.

Ao lado da igreja estende-se o famoso Mosteiro dos Beneditinos, que data do séc. IX. No séc. XV, a partir deste importante centro de vida monástica, o Abade Ludovico Barbo, fez os movimentos necessários à grande reforma da Congregação Beneditina de Santa Giustina. O complexo actual (cinco claustros além da Basílica), é o resultado de um trabalho de reconstrução quase total, que ocorreu em 1600. O interior é amplo e luminoso, uma das maiores obras-primas da arquitectura renascentista, é uma cruz latina e está dividido em três naves por enormes colunas. A luz entra através de janelas e cúpulas. No tamanho (122 metros) Santa Giustina é a nona maior entre as igrejas do mundo.

A majestosa Basílica preserva muitas obras de arte. Na igreja há dois altares interessantes, o Altar de San Luca, do séc.XIV na nave esquerda, e o Altar de San Prosdocimo do séc. V, na nave direita. Este último é o monumento cristão mais antigo de Padova. Estes dois altares reflectem a longa história desta igreja. Há também um trabalho maravilhoso, "O Martírio de Santa Giustina" de Paolo Veronese (1575), juntamente com obras do barroco por Luca Giordano e Sebastiano Ricci. A partir do corredor direito, atrás da Arca da San Matthias abre-se uma passagem marcante para o Bem dos Mártires (1566), onde estão todas as relíquias dos mártires de Padova. Daí chegamos ao Santuário de São Prosdocimo (uma pequena capela votiva), com uma decoração rica de mosaico e mármore, construído no final do séc. VI.

O Mosteiro, que foi suprimido por Napoleão em 1810 e transformado em quartel, foi reaberto em 1919. Hoje é ainda em parte ocupado por quartel e outra parte por mosteiro que comunica com os claustros.
Fonte: http://members.virtualtourist.com / http://www.padovanet.it

Visita a Padova - Parte I

No dia seguinte à nossa chegada a Padova e após uma noite calma e silenciosa, pegámos nas bicicletas e fomos conhecer a cidade. Lembro-me de pensar enquanto pedalava, de quanto gostava da leveza da minha simples bicicleta de cidade e de como era bom e refrescante, percorrer as ruas de novas cidades no absoluto equilíbrio dinâmico por ela proporcionado.


Do parque de autocaravanas até à Basílica de Santa Giustina, é um pulinho e uma vez lá chegados, amarrámos as bicicletas umas às outras e entrámos na basílica. Após a visita à basílica ainda as vimos pela última vez, mas enquanto tomávamos um “gelatto”, na esplanada de um pequeno quiosque ao lado da basílica, alguém as roubou à molhada, pois foram as três só de uma vez. A causa provável do crime foi a bicicleta de montanha caríssima da minha filha. Procurámos a polícia, mas disseram-nos que era pouco provável encontra-las. Muito pesarosa, a senhora italiana proprietária do quiosque foi amavelmente connosco no seu carro, até à esquadra mais próxima, para realizarmos formalmente a queixa, mas lá a resposta foi a mesma. E nem Santo António nos valeu!… A Basílica de Santa Giustina faz parte de um grande complexo de edifícios que constituem a grande Abbazia di Santa Giustina (Abadia de Santa Justina). A Abadia e a Basílica de Santa Giustina, em Padova, são dedicadas à santa padroeira da cidade, sendo o complexo fundado no séc. V, no local onde se encontrava o túmulo de Santa Giustina, tornando-se um dos mosteiros mais importantes na área, até que foi suprimido por Napoleão em 1810, que o transformou em quartel. O complexo tal como hoje o vemos, foi só foi reaberto em 1919.


Santa Giustina de Padova é uma santa cristã que foi martirizada e morta em 304 d.C., durante a perseguição imposta pela diarquia de Diocleciano e Maximiano aos cristãos. Santa Giustina terá sido martirizada por não querer renunciar à sua fé e oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Diz a lenda que ela era muito bonita e que um nobre romano queria casar-se com ela, mas foi recusado por ser pagão. Então como represália, o procônsul mandou que a martirizassem para que ela renunciasse à sua fé. Os relatos dos “Actos do Martírio” eram feitos por escribas romanos, que tinham a orientação de descrever o martírio com detalhes e não dar muita ênfase à pessoa que era supliciada. A ideia era assustar os cristãos, visto que os “Actos do Martírio” eram públicos e ficavam expostos nas bibliotecas da cidade, onde ocorria o martírio e em Roma. Depois de ser martirizada sem sucesso, amarram Santa Giustina a um poste no pátio do anfiteatro de Padova e, derramaram sobre ela uma espécie de resina ateando fogo de seguida, mas a jovem continuou a cantar louvores a Jesus. Soltaram então dois tigres famintos, e estes deitaram-se a seus pés. Então o procônsul enfurecido ordenou que Santa Giustina fosse decapitada.


A história medieval descreve-a como uma seguidora das doutrinas do Apóstolo São Pedro. Assim, São Prosdocimus, o primeiro bispo de Padova, terá sido o pai espiritual de Santa Giustina, uma vez que teria sido baptizada por ele, em 300 d.C..
Fonte: http://www.cademeusanto.com.br / Wikipédia.org

A chegada a Padova






A manhã acordou muito sombria e chuvosa e foi nestas condições que viajamos até Padova (Pádua), onde chegámos ainda de dia. À entrada da cidade parámos logo no parque destinado às autocaravanas, situado ao lado de uma grande praça elíptica, ao sul de Padova, designada de Prato della Valle, que, além de ser a principal Piazza da cidade, é a maior praça da Europa e, provavelmente, uma das mais belas do Mundo. Como o dia tinha decorrido chuvoso, estavam só meia dúzia de autocaravanas e o enorme parque estava praticamente vazio. O jantar foi confeccionado na autocaravana e após a refeição fomos dar uma volta pelo Prato della Valle.

O princípio de noite adivinhava-se e o céu apresentava uma tonalidade cinza-azulada, onde a luz do sol tentava a todo o custo entrar, sem contudo o conseguir, proporcionando o cenário ideal para a realização de belas fotos. O passeio foi lento e demorado, uma vez que o Prato della Valle, tem 90,000 m2 e embora no coração de Padova, está rodeado de verde e silêncio, que nos dá um imenso bem-estar.

Historicamente foi um teatro romano e mais tarde um parque de diversões, tomando o aspecto actual em 1775. Possui um canal de forma oval por onde corre um bom veio de água, e uma ilha central, com uma grande área relvada, que é atingida por quatro pontes e nas bordas do canal, alinhamentos com 78 estátuas de personalidades famosas do passado, como bispos, escritores, filósofos e artistas imortais. Era sexta-feira, e para sábado preparava-se um concerto para toda a tarde e noite, seguido de fogo-de-artifício. Fora da praça, um grande palco negro fazia adivinhar a festa que se aproximava. A área em redor da praça é usada por corredores, ciclistas, patinadores… Ali e acolá, jovens sentados na relva ou junto ao canal liam, relaxavam, conversavam ou simplesmente viam o mundo passar.


O arranjo foi inspirado na grande tradição aristocrata do jardim veneziano, de acordo com os conceitos neoclássicos, numa solução para o planeamento urbano e qualificação ambiental. Fora da praça a Leste, e ao longo de um dos lados do Prato della Valle, avista-se, a Basílica de Santa Giustina, com as suas oito cúpulas, dando um toque abençoado ao local.

Fonte: http://www.padovanet.it / http://wikitravel.org

História de Bologna, entre o mito e a lenda

Bologna está situada numa localização central, que desde os tempos antigos, a fazia favorável ao tráfico comercial com o resto da península. A cidade está delimitada pelos rios Reno e Savena, no sopé dos Apeninos.

Existem várias lendas sobre o nascimento de Bologna, alguns atribuem a sua fundação, aos umbros, que se puseram em fuga aquando da invasão etrusca, e que fundaram uma aldeia onde agora está situada Bologna, e posteriormente ocupada pelos etruscos.


Acredita-se também que tenha sido fundada pelos etruscos, com o nome de Felsina, por volta de 510 a.C.. Essa é outra história que fala de Felsina, uma descendente de Bianore, o lendário fundador da Pianoro, Parma e Mantua, que deu à cidade o seu nome alterado mais tarde por seu filho Bono, para Bononia.

Talvez haja alguma verdade em todas essas lendas, mas a mais fascinante é definitivamente a que nos fala do rei etrusco Fero que acampou na planície entre os rios Aposa e Ravone. Fero e seus homens começaram a construir cabanas num local de vegetação densa e com óptima localização.

A aldeia foi expandida em torno de um rio (o Aposa que ainda hoje corre no por baixo de alguns locais de Bologna) e um dia, para ligar os dois lados do rio, Fero construiu uma ponte, às vezes erroneamente lembrada como Ponte de Ferro (em vez de Fero), localizada na Via Farini provavelmente onde está situada hoje a Piazza Calderini. Mas um dia Aposa, amante de Fero, foi arrastada por uma inundação do rio quando ele se aproximava de casa. Fero tentou encontrar o seu corpo, mas este nunca foi encontrado. Desde então, o rio tomou o nome de sua mulher, Aposa.

A vila cresceu e Fero decidiu protegê-la com um muro, e apesar de velho, sempre trabalhou na sua construção. Enquanto trabalhava num dia quente de verão, a filha de Fero foi oferecer a seu pai um recipiente com água fresca, pedindo a Fero para que desse o seu nome à cidade. Fero concordou e manteve a sua promessa e a partir desse momento a cidade tomou o nome de sua filha, Felsina.

Bologna é uma das cidades mais antigas da Itália, com quatro milénios de história, quatro mil anos de glórias, de vicissitudes intensas e por vezes adversas, e rica em vestígios da sua história. Como a generalidade das cidades italianas, Bologna dispõe de uma história extremamente rica.

Com os etruscos tinha o nome de Felsina. Depois conquistada pelos gauleses, que fizeram de Bologna a sua capital, adquire o nome de Bononia. Bononia da era imperial romana floresce e desenvolve-se. Marcus Valério Marcial, poeta latino, chamava-a de "Culta Bononia". Os romanos de 189 a.C. nominaram-na como uma colónia, que prosperou com a abertura da Via Emilia.

No século IV a.C., Bologna e os arredores foram conquistados por uma tribo celta. A tribo estabeleceu-se e misturou-se muito bem com os etruscos, povos que viviam na península Itálica. Após a Batalha de Telamon, onde esta tribo e os seus aliados foram violentamente derrotados, os celtas aceitaram com resistência a influência da República Romana. A população céltica acabou então por ser absorvida na sociedade romana, mas a língua sobreviveu até hoje no dialecto bolonhês.

Em 88 a.C., Bologna tornou-se um município com um plano de ruas rectilíneas, com seis a oito cardi decumani (intersecção de ruas), que ainda hoje são visíveis. No seu auge, Bologna foi a segunda cidade de Itália, e uma das mais importantes de todo o Império, com vários templos, um teatro e uma arena.

Depois de um longo declínio, Bologna renasceu no séc. V, ao abrigo do bispo Petronio. Segundo a lenda, San Petronio construiu a Igreja de San Stefano. Após a queda de Roma, Bologna foi uma fortaleza da fronteira do Exarcado de Ravenna, na planície do Pó, e foi defendida por uma linha de muralhas.

Em 728, a cidade foi capturada por lombardos, pelo rei Liutprando, tornando-se parte do Reino Lombardo. Os conquistadores germânicos formaram uma jurisdição chamada "longobarda addizione" perto do complexo de San Stefano.

Bologna é brutalmente saqueada pelos húngaros, em 902, e mais tarde retomada. A recuperação da cidade coincidiu com o nascimento de sua famosa e conhecida universidade, a mais antiga do mundo, cuja fundação remonta a 1088, a que foi dado o apelido de "Dotta" (dotada, erudita), onde estudarem notáveis eruditos da Idade Média como Irnerius, Dante, Boccaccio e Petrarca.

No século XI Bologna começou a crescer novamente, como um município livre, juntando-se à Liga Lombarda contra Frederico Barbarossa, em 1164. A discórdia política, em várias ocasiões, da cidade com a Igreja, fez com que Bologna, em 1513 se tornasse um Estado Papal.

Proclamada capital das Províncias Unidas, em 1831, derrotou os austríacos a 8 de Agosto de 1848. Sede de um governo provisório em 1859, Bologna foi anexada em seguida, após o plebiscito de Março de 1860, ao reino da Itália.

Nos dias de hoje e na nova situação política, Bologna ganhou importância pelo seu papel cultural e tornou-se um importante pólo comercial, industrial e de comunicações. A população desta cidade italiana começou a crescer de novo e no início do século XX, as antigas muralhas foram destruídas, a fim de serem construídas novas casas para a população da cidade.
Bologna é por isso hoje uma cidade orgulhosa da sua antiguidade, cheia de carácter, aberta e tolerante, o que é bem expresso pelos seus epítetos tradicionais, Bologna la dotta (a erudita), la grassa (a gorda), ou ainda la rossa (a vermelha). Bologna a erudita, devido à sua prestigiada universidade fundada em 1088, que hoje oferece 250 programas de graduação para mais de 100 mil alunos e ainda por ser uma das capitais culturais da Europa. Bologna a senhora gorda, porque ela é uma amante dos prazeres da vida, uma cidade onde a comida é arte. Bologna a vermelha, pela cor vermelha de seus edifícios e arcadas, com cerca de 40 Km, mas também pela cor da maioria dos seus governos desde 1945 até à data.

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Visita a Bologna - Parte VII





Deixamos a Piazza Verdi e a partir do Largo Alfredo Trombetti aparecem de ambos os lados da Via Zamboni, os vários edifícios da Universidade de Bologna (Università di Bologna) que é a universidade mais antiga em funcionamento na Europa e que remonta a cerca de 1088. Actualmente cerca de 100.000 alunos frequentam esta Universidade.O campus está distribuído por vários edifícios, estando os serviços académicos concentrados na sua maioria, no Palazzo dell’Università. Junto da Piazza Antonino Scaravilli, está situada a faculdade de Economia, junto da Piazza Puntoni encontra-se a Academia das Belas Artes e mais à frente, já no final da zona antiga de Bologna e perto da Porta di San Donato, fica o Departamento de Matemática.


A Porta de San Donato, conhecida na cidade como Porta Zamboni por se destacar no final da Via Zamboni, é uma das portas da muralha da antiga cidade medieval. Como todas as cidades medievais, Bologna possui várias portas que parecem grandes arcos, onde cada uma é direccionada para uma outra cidade. Foi construída no séc. XIII, em tijolo, ao lado do alojamento para os guardas e no final do séc. XIV, foi-lhe colocada uma ponte levadiça.

Fechada e reaberta várias vezes entre 1952 e 1959, foi-lhe derrubado mais de um metro das paredes para permitir um melhor fluxo de veículos nas ruas Via Zamboni e Via San Donato. No entanto através do trabalho de restauração realizado entre 2007 e 2009, foi concedida à Porta San Donato a sua antiga glória.


Pela Porta San Donato, saímos em direcção à Via Irnerio onde apanhámos um autocarro que nos levou até à Via dell’ Indipendenza onde apanharíamos o autocarro 68, que nos levaria de volta ao parque de campismo.


Já no parque e como se avizinhava a hora de jantar, fomos para o restaurante, que embora não tivesse uma ementa diversa, servia comida saborosa. Depois o descanso, pois no dia seguinte partia-mos para Pádua.

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Visita a Bologna - Parte VI





A caminhada continuou em direcção à zona universitária e mais à frente, pela direita aparecem duas praças, a primeira a Piazza Rossini, onde se encontra a Chiesa di San Giacomo Maggiore e a segunda uns 100 metros à frente, a Piazza Verdi, que tem o Teatro Comunale pela frente.
A Piazza Rossini, é uma praça que mantém a sua estrutura do século XV. No lado oeste está alinhada com o complexo majestoso que constituem os vários elementos do Convento e Igreja de San Giacomo Marggiori, que integram os restos das muralhas com ameias da antiga cidade medieval.

A Chiesa de San Giacomo Maggiore tem uma fachada românica-gótica que domina a Piazza Gioacchino Rossini, na frente do Palazzo Magnani e é um dos monumentos mais importantes da cidade de Bologna e abriga uma colecção notável de pinturas e artefactos. A fachada da igreja tem um portal românico decorado com leões esculpidos e coroado por um nicho com uma estátua de San Giacomo. Reza a história que Goethe ficou sem palavras, quando viu este magnífico lugar de culto. A Chiesa di San Giacomo Marggiori, foi construída por padres da Ordem dos Frades Eremitas de Santo Agostinho, em 1267. O maior destaque vai para a capela Bentivoglio com frescos de Lorenzo Costa e um retábulo de Francesco Raibolini, conhecido como Il Francia. No século XV, esta capela foi adicionada por Giovanni Bentivoglio e provavelmente desenhada por Lapo Portigiani.

O concerto em mi menor dos sinos da Igreja de San Giacomo é considerado um dosmais belos da cidade de Bologna, com harmónicos de afinação perfeita, que atravessam a zona universitária com o som de suave melancolia.

Do lado esquerdo desta igreja há um bonito pórtico em estilo renascentista, que corre até à Piazza Verdi do lado direito. Esta galeria porticada tem 36 colunas com capitéis coríntios e foi construída em 1477, a pedido de Giovanni Bentivoglio e possui no início da galeria antigos frescos já desbotados.

Já próximo do final deste belo pórtico da Chiesa di San Giacomo Maggiore da Via Zamboni entre a Piazza Rossini e a Piazza Verdi, encontramos a entrada para o Oratório de Santa Cecília. Este magnífico oratório de Santa Cecília é apelidado de "Capela Sistina" de Bologna, devido aos bonitos frescos nas suas paredes.A pequena Chiesa di Santa Cecília remonta ao século XIII e foi assumida pela Ordem Agostiniana em 1323. Em 1505, Giovanni II Bentivoglio, um homem rico de Bologna, instruiu todos os principais produtores de arte renascentista para ajudar na decoração deste pequeno santuário. Os dez frescos foram pintados pela escola de arte bolonhesa, entre os séculos XV e XVI, um o trabalho de artistas como Lorenzo Costa, Francia Francesco, Aspertini Amico e Tamaroccio Cesare.

Logo a seguir, do lado direito chegamos à Piazza Verdi, um lugar amplo, onde a música ecoava entre prédios porticados. Os cafés abertos em esplanada permitiam o descanso a jovens estudantes que gesticulavam conversando, enquanto a torre sineira esguia da Chiesa di Santa Cecilia, domina o lado direito da praça. À sua frente encontra-se o Teatro Comunale, um edifício neoclássico.O Teatro Comunale di Bologna é a casa de ópera de Bologna e é um dos locais mais importantes da ópera na Itália. Normalmente, ele apresenta cerca de oito óperas durante a sua temporada, que vai de Novembro a Abril.

Embora houvesse vários teatros de ópera em Bologna desde o início do século XVII, ou caíram em desuso ou sofreram incêndios. No início do século XVIII, o Teatro Malvezzi, construído em 1651, sofreu um incêndio em Fevereiro de 1745 o que levou à construção de um novo teatro público, o Teatro Nuovo Publicco, como o foi chamado pela primeira vez o Teatro Communale. Projectado pelo arquitecto Antonio Galli Bibiena, o teatro foi inaugurado em 14 de Maio de 1763. Fonte: Fonte: http://www.travelchannel.com / http://www.ricettebolognagrasse.it/storia / Wikipédia.org

Visita a Bologna - Parte V







A caminhada continuou pelo coração do centro histórico de Bologna e já bem perto das duas torres gigantes, do lado direito observa-se a Chiesa dei SS. Bartolomeo e Gaetano. A tradição diz que esta igreja dedicada a São Bartolomeu, já existia ali no séc. V, erguida por San Petronio sobre os alicerces de uma primitiva igreja cristã. No lugar onde hoje se ergue a basílica, uma outra igreja existia em tamanho bastante modesto, com a frente virada para a Piazza di Porta Ravegnana, que é o ponto de confluência de 7 ruas e uma das mais importantes da cidade.


Depois a chegada junto às duas torres, que impressionam, quer pelo tamanho, quer pela sensação de pequenez forçada que qualquer um tem sob a sua esmagadora presença!... As duas torres inclinadas de Bologna, são as últimas que restam de um grande conjunto de torres que existiam na cidade e que anteciparam sem dúvida os arranha-céus de Manhattan e que realizam hoje uma das mais poderosas formas do imaginário medieval, a verticalidade, a ascensão aos céus e ao mesmo tempo o símbolo de poder.Por volta do ano 1000, havia em Bologna mais de 200 torres, que eram construídas por famílias aristocráticas medievais, para mostrar o seu poder e riqueza. Hoje, existem apenas estas duas torres da Piazza Ravegnana. A torre mais baixa e aparentemente inacabada, é a chamada Torre Garisenda e a mais alta, a Torre degli Asinelli, com 98 metros de altura.

Diz a lenda que um pobre homem se apaixonou por uma jovem nobre. Depois de ficar rico, pediu a mão da senhora em casamento, mas como condição imposta para se casar com ela, teria que construir a torre mais alta da cidade, que segundo a lenda, teria sido a Torre degli Asinelli. Na realidade os nomes das torres referem-se aos sobrenomes das famílias que as construíram. Para se observar a mais bonita vista da cidade de Bologna, basta subir à Torre degli Asinelli, embora com algum esforço, os seus 498 degraus, mas vale bem a pena.
Pela Via Zamboni caminha-se para a zona universitária, situada a Noroeste da zona histórica de Bologna. Na sua extensão estão grande parte dos edifícios da Università di Bologna. Logo no início do caminho a cidade escurece, devido ao calcetamento com paralelepípedos de escuro basalto e das fachadas de antigos prédios escurecidas pelo tempo, que dão um aspecto escuro e insalubre a esta zona da cidade.


Nos velhos e históricos edifícios com arcadas vamos observando lápides que os distinguem por terem pertencido em tempos recuados a alguns polos universitários, como é o caso da primeira sede da Academia de Literatura e História Polaca e Eslava.
No caminho e logo no início da Via Zamboni, encontramos no cruzamento com a Via Canonica, a Chiesa di San Donato, uma antiga igreja construida em 1454 e alterada em 1751, quando foi pintada toda a sua fachada com frescos, hoje já bastante desbotados.

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Visita a Bologna - Parte IV





Após a visita à Basílica di San Dominico e a observação detalhada aos túmulos da Piazza San Dominico, atalhámos por uma ruela estreita até à Via de Poeti, onde se encontra uma pequena praça para estacionamento automóvel, a Piazzeta Caldederini. Dali é um pulinho até à acolhedora, bonita e refrescante Piazza Minghetti. A Piazza Minghetti tomou este nome após Marco Minghetti, um ilustre político ter morrido em 1886. No meio da praça destaca-se uma estátua de Mingehtti, um trabalho de Giulio Monteverde, em 1896. Para a inauguração da mesma, no dia 28 de Junho desse mesmo ano, esteve presente o rei Umberto I e sua esposa a rainha Margherita. No passado a Piazza Mingehtti foi uma das principais paragens para os eléctricos antigos que corriam até San Ruffillo. O Palazzo delle Poste, situado logo atrás da praça, foi construído entre 1909-1911 pelo Emilio Saffi, um engenheiro civil de renome internacional.

Pela Via Luígi Carlo Farini, seguimos para a direita e antes de chegarmos à Via Santo Stefano, numa pequena e inclinada ruela empedrada destacava-se a Chiesa San Giovanni in Monte. Subimos a íngreme ruela e lá em cima do lado direito observa-se a recatada e silenciosa Piazzeta com o mesmo nome, que serve de estacionamento aos moradores dos prédios em volta. A Chiesa di San Giovanni in Monte foi reconstruída por volta de 1286. A lenda atribui a sua origem a San Petronio (séc. V), o santo padroeiro de Bolonha. No entanto, estudos recentes têm revelado que ela foi pela primeira vez construída em 1045. A fachada foi projectada em 1474, por Bernardi segundo os modelos venezianos do Renascimento.

O interior é em estilo gótico e está dividido em três naves, que são suportadas por pilares octogonais. As janelas, que foram construídas no final do séc. XV, segundo um projecto de Francesco del Cossa, são muito bonitas. No centro da nave central, existe uma coluna em mármore pardacento, encostada à qual está um precioso Cristo Crucificado em madeira, uma bela escultura atribuída a Afonso Lombardi. No cruzamento com a Via Santo Stefano, segue-se para a esquerda a caminho do coração da cidade velha. Observam-se ao longe as enormes Due Torri, como são denominadas as duas torres medievais inclinadas situadas na Piazza Ravegnana.

Pelo caminho cafés e restaurantes onde muita gente conversa e bebe para se refrescar e alguns dos edifícios que datam do séc. VIII. Como de costume, alguns destes edifícios encontram-se sob pórticos. Na verdade, os pórticos são o traço que mais distingue Bologna, que no seu conjunto formam as galerias de pórticos mais longas do mundo, medindo mais de 40 km! Numa esquina, entre a Via Santo Stefano e a Via Castiglione, observa-se a Loggia dei Mercanti, um belo edifício de cor rosa ocre, que é um dos edifícios mais antigos em Bologna. Era o Tribunal onde se julgavam todos os problemas entre vendedores e compradores, uma casa digna da importância da Associação de Comerciantes, Artes e Ofícios. Hoje, o edifício é a sede da Câmara de Comércio de Bologna.

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