Depois da visita ao Duomo, seguimos novamente para a Piazza Castello para em seguida irmos ao encontro da rua mais conhecida da cidade de Torino, a Via Roma.
A Via Roma é a mais impressionante rua da cidade e uma das principais do centro histórico de Torino. Ela liga a muito central Piazza Castello com a histórica estação ferroviária Porta Nuova e inclui no seu caminho a Piazza CLN e da famosa Piazza San Carlo, terminando na Piazza Carlo Felice. Orientada no eixo norte-sul, ela viaja paralelamente à grade de configuração da antiga cidade romana Taurinorum Julia Augusta.
Uma vez lá chegados, observa-se a notável perspetiva arquitetónica da Via Roma, com as suas igrejas “gémeas” de S. Carlo e S. Cristina, fechando o cenário do percurso. Na Piazza S. Carlo temos o Palazzo dell’Accademia delle Scienze que hospeda o Museo Egípcio e a Galleria Sabauda, que guarda obras de Beato Angelico, Bronzino, Mantegna, Veronese, Tintoretto, Gentileschi, Carracci, Reni, Tiepolo, entre outros.
É uma rua com uma vocação comercial diferenciada, interdita há maioria de veículos, sendo praticamente só de acesso pedonal. É imprescindível uma caminhada por ela, onde por baixo de pórticos, podemos observar os portais, as praças e a elegância.
Desde a sua renovação, a Via Roma tornou-se numa das principais rotas do comércio da cidade, realizado sob as arcadas características, onde estão sediados elegantes cafés, a histórica sede do jornal La Stampa, diversas lojas e boutiques exclusivas, mas também muitas lojas de pronto a vestir de conhecidas marcas.
Torino é famosa também por seus típicos cafés e por seus restaurantes de alto nível que se localizam pelas ruas com os pórticos que se espalham pela cidade e frequentá-los, significa fazer parte de uma das grandes tradições da cidade.
Por isso mesmo, andar a pé pela cidade é a melhor forma de a conhecer, e como há mais de 18 km de galerias porticadas por baixo dos edifícios, pode-se andar confortavelmente por elas, protegidos do sol, chuva ou neve, admirando os inúmeros cafés que vendem chocolates deliciosos, restaurantes e belas montras.
Depois do percurso pela Via Roma, caminha-se até à autocaravana para nela irmos até às margens do rio Pó, pois Torino é também uma cidade de jardins e de “águas” e nas margens do rio localizam-se alguns jardins e o magnífico Parco del Valentino, um dos símbolos da cidade.
Toma-se o movimentado Corso Vittorio Emanuele II, e chega-se, virando à direita no sentido rio Pó, ao Parco del Valentino, que equivale, como diz o escritor Giuseppe Culicchia de Torino, “À Casa Mia”, o "terraço da cidade". O parque tem mais de 400 mil metros de verde intenso, que nos proporciona uma visão das colinas nevadas, que rodeiam a cidade.
Um passeio pela área verde, é imprescindível, onde se encontra o Castelo Valentino, onde está sediada a faculdade de arquitetura. Nos últimos anos o parque tem sido bastante atualizado, possuindo belos cafés nas margens do rio Pó, sendo o destino, ao pôr-do-sol, de muitos fãs de corrida e ciclismo.
Mas há um monumento em Torino que sobressai acima do resto, acima de tudo, que é a Mole Antonelliana. E foi para lá que seguimos, antes de deixarmos a cidade de Torino.
Projetada pelo arquiteto Antonelli, iniciada em 1863 (séc. XIX) e concebida como um templo judeu, para a sinagoga da cidade, a Mole é agora um monumento à unificação italiana e arrogância arquitetónica, que alberga o Museu Nacional de Cinema da Itália.
A Mole Antonelliana é uma enorme e conhecida torre, exuberante por fora, e muito bem decorada por dentro, considerada um símbolo para a cidade, com os seus mais de 160 metros de altura. Lá dentro podemos visitar o Museu do Cinema e subir de elevador até ao seu cimo, de onde se observa a cidade em todo o seu esplendor.