Visita a Torino - Parte III - Palazzo Reale

A partir da porta do Palazzo Madama, a Piazza Castello mostra-nos toda a sua dimensão. Esta ampla praça é a praça principal de Torino e o coração do centro histórico da cidade. Nela se fundem quatro das principais avenidas de Torino, a Via Garibaldi (pedestre), a Via Pó, a Via Roma e a Via Pietro Micca.
Sobre a Piazza Castello observamos ainda o Teatro Regio, com uma fachada de 1700, mas com um moderno interior, resultado de uma remodelação profunda realizada em 1973.
Da Piazza Castello passa-se à contigua Piazza Reale, dominada em toda a sua extensão oeste, pelo enorme Palazzo Reale ou Nuovo.

A construção do Palazzo Reale foi ordenada pela regente do reino, Maria Cristina, que queria para o Tribunal uma nova residência digna e sumptuosa. O local escolhido foi o local onde ficava o Palácio Episcopal, que oferecia uma posição aberta e ensolarada, com a vantagem de estar conectado com os outros edifícios que eram sede da corte. O Palácio do Bispo, depois de alguma controvérsia, foi finalmente demolido e substituído pela construção do atual Palazzo Nuovo. O novo edifício de planta quadrada, foi residência dos reis da Sardenha até 1859, e de Vittorio Emanuele II, rei da Itália, até 1865.

Subindo a escadaria monumental desenhada por Augusto Ferri (1864-1865), decorada por pinturas e estátuas do séc. XVIII, com a única exceção do monumento a Vittorio Amedeo I, chega-se ao primeiro andar, onde estão os apartamentos do primeiro andar, onde a visita começa.
A decoração e mobiliário interior testemunham a passagem pelo palácio de vários artistas que  lá trabalharam desde o séc. XVII ao séc. XIX. A lista de pessoas que cuidaram da decoração é longa, e inclui alguns nomes de grande prestígio.

Após o Salone grande, existem outras dependências que se sucedem uma após outra, todas decorados por tapeçarias francesas e do Piemonte. As tapeçarias com temas mitológicos são da região do Piemonte, onde se encontra a cidade, enquanto que o mobiliário foi encomendado artesãos e escultores da época.


Um dos salões mais sumptuosos do palácio é a Sala del Trono. Em 1848, Carlo Alberto saiu desta sala para chegar à Loggia, nas proximidades da Galeria de Armas, de onde anunciou o início da primeira Guerra de Independência.
O Salão do Conselho de Ministros possui uma mesa sobre a qual, segundo a tradição, Carlo Alberto assinou um tratado. Outro salão se segue, a maravilhosa sala de estudo chinesa, desenhada por Francesco Juvarra, com frescos de Claudio Beaumont.
A sucessão de magníficas salas só é interrompida pela simplicidade do quarto de Carlo Alberto.  Depois a sumptuosidade está de volta com a Sala de Jantar à qual se sucede a Galleria del Daniele, que tomou o nome da sua decoradora, Daniele Seyter, que pintou a abóbada em 1690.
A encantadora sala de estudo, no quarto da rainha Maria Teresa, é provavelmente a sala mais valiosa do palácio. O quarto é decorado com muito bom gosto com  pinturas de Beaumont, possuindo também um jogo precioso de molduras douradas e espelhos antigos. O quarto reflete perfeitamente a elegância refinada e culta dos seus habitantes.
Mais adiante fica o Escritório das Miniaturas, que abriga uma coleção iconográfica do séc. XIX da família de Sabóia. Outras salas interessantes são a "Alcova", o quarto de Carlo Emanuele II, e o Salão de Dança, onde outrora tinham lugar as festas e banquetes, e que hoje abriga a coleção de porcelanas chinesas.
A sucessão de quartos grandes termina com a uma enorme sala de dança, com suas colunas de mármore, provavelmente o melhor trabalho de Palagi, que ali trabalhou livre das obrigações impostas às decorações das outras salas.
O Palazzo Reale de Torino tem preservado intacto desde há muito tempo a sua estrutura e mobiliário, oferecendo uma documentação completa e antológica das artes decorativas do Piemonte, em torno da segunda metade do séc. XVII até ao séc. XIX. Como tal, o palácio é um museu maravilhoso, rico de elementos sugestivos.

 Fonte: Wikipédia.org / http://www.visitatorino.com/ / http://www.pianetatorino.it

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