Na zona
baixa dos jardins da Regaleira os
caminhos levam-nos ao encontro de pensamentos esotéricos, filosóficos e
religiosos, conforme os encontros que vamos tendo. Os simbolismos são muitos
que nos levam desde a mitologia das primeiras civilizações (Grécia e Roma), ao secretismo ligado às práticas maçónicas ou ao encontro da
belíssima Capela da Regaleira, que
nos devolve à fé cristã.
Caminha-se em
direção da Capela da Quinta. Do lado
direito observa-se a parte baixa dos jardins da Regaleira. É ali que está situada a Fonte dos Íbis que tem ao lado o seu
bonito lago. É no patamar superior deste Lago
dos Íbis, que se acede ao troço inferior dos túneis da Regaleira e onde
podemos encontrar as entradas para as Grutas
do Labirinto.
Estas Grutas do Labirinto são também grutas
artificiais e cheias de simbolismos, totalmente imaginadas e construídas por Luigi Manini e Carvalho Monteiro. Nestas grutas, os caminhos que nos levam ao interior
do labirinto são livres, mas também nos remetem para a mitologia, convidando-nos
a uma viagem subterrânea numa procura insistente da nossa espiritualidade.
Esta primeira parte
dos túneis funciona como um labirinto, pelo seu carácter intrincado, que obriga
o visitante a percorrer voltas e voltas, quase sobre o mesmo local,
dificultando a sua orientação. A forma deste Labirinto é uma combinação entre
uma espiral e uma trança, pelo que pode ser entendido como uma figuração do
infinito num caso perpétuo, e noutro do eterno retorno. É também uma figuração
da viagem das trevas à luz, portanto podendo representar o caminho iniciático,
sob a forma exclusivamente interior, que conduz à morte simbólica do profano e
à ressurreição do iniciado, como um homem novo.
O outro elemento
evidente deste troço de túneis é o Lago, o qual é por vezes apresentado como
simbolizando o "Olho da Terra", pelo
qual os habitantes do mundo subterrâneo podem visualizar o que existe neste
nosso mundo exterior, sem esquecer a referência às águas genesíacas e ao
nascimento do Homem através das águas do ventre materno.
Na zona mais baixa
dos jardins da Regaleira, junto do
muro que separa a Quinta do exterior, tem lugar uma alameda que liga a Loggia de Pisões ao Palácio. Antes de se entrar na alameda que nos liga ao Patamar dos Deuses, podemos encontrar um Leão, que remonta à época da
Baronesa da Regaleira. Este leão tem o intuito de representar a monarquia,
principalmente o Rei.
Entra-se depois no Patamar dos Deuses, uma zona é marcada pelo alinhamento de estátuas de divindades greco-romanas, onde figuram a Fortuna, a deusa da boa sorte; Orfeu, que representa todos os seres humanos que iniciam a busca pela salvação; Vénus, a deusa do amor e da beleza; Flora, a potência da natureza, que faz florir as árvores e preside a “tudo que floresce”. É a deusa das flores, com grande importância para Carvalho Monteiro, uma vez que este era botânico; Ceres, a deusa das plantas que brotam, que germinam (particularmente os grãos) e do amor maternal, tendo um grande papel na explicação mitológica das quatro estações do ano; Pã, o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores, representado metade homem e metade bode, tem uma grande aparência animal, simbolizando a parte activa da natureza, assumindo geralmente um contexto fálico, na medida em que Pã era um grande sedutor das ninfas, tentando fecundá-las; Dionísio, o deus dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia; Vulcano, o deus do fogo, o que remete para o gosto de Carvalho Monteiro pela alquimia e novamente para o contexto iniciático, com uma noção em que a matéria tem de morrer para renascer, mais pura, das próprias cinzas; e Hermes, o deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, entre outros atributos.
Entra-se depois no Patamar dos Deuses, uma zona é marcada pelo alinhamento de estátuas de divindades greco-romanas, onde figuram a Fortuna, a deusa da boa sorte; Orfeu, que representa todos os seres humanos que iniciam a busca pela salvação; Vénus, a deusa do amor e da beleza; Flora, a potência da natureza, que faz florir as árvores e preside a “tudo que floresce”. É a deusa das flores, com grande importância para Carvalho Monteiro, uma vez que este era botânico; Ceres, a deusa das plantas que brotam, que germinam (particularmente os grãos) e do amor maternal, tendo um grande papel na explicação mitológica das quatro estações do ano; Pã, o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores, representado metade homem e metade bode, tem uma grande aparência animal, simbolizando a parte activa da natureza, assumindo geralmente um contexto fálico, na medida em que Pã era um grande sedutor das ninfas, tentando fecundá-las; Dionísio, o deus dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia; Vulcano, o deus do fogo, o que remete para o gosto de Carvalho Monteiro pela alquimia e novamente para o contexto iniciático, com uma noção em que a matéria tem de morrer para renascer, mais pura, das próprias cinzas; e Hermes, o deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, entre outros atributos.
Fonte:
http://www.rlmad.net/ http://www.gifi.pt/ Plano-guia da Quinta
da Regaleira / Wikipédia.org