Ao entrarmos no Poço Iniciático, não é preciso muita
imaginação para sentimos que aquele é o símbolo perfeito da descida ao interior
da Terra (talvez ao mais fundo de nós próprios?), que desencadeia o processo
irreversível do Homem em busca de si mesmo.
E depois, uma
vez vencidos todos os obstáculos, continua a ser ele o símbolo perfeito, no seu
percurso de subida ou continuação por outro caminho em direção ao exterior, a
iluminação do peregrino que conseguiu ser mais forte que a viagem que se propôs
fazer.
As pedras amontoadas
à entrada, em forma de menir, sugerem logo um túmulo ou a morte simbólica, iniciática,
que precede a descida. A descida propriamente dita é feita de 15 em 15 degraus,
até se percorrerem os nove patamares que trazem à memória os nove círculos do Inferno, os nove céus do Paraíso e as nove secções do Purgatório da Divina Comédia de Dante.
O percurso
descendente contínua, levando-nos cada vez mais fundo, até ao interior da terra.
Pelo caminho e sempre que olhamos para baixo vai-se aproximando a estrela de
oito pontas, onde está gravada a Cruz dos Templários, que nela se esconde, e que vai
crescendo a olhos vistos, até que os nossos pés toquem no fundo do poço. Esta estrela de oito pontas, é o símbolo heráldico de Carvalho Monteiro e também o símbolo da
harmonia e o símbolo da Cavalaria Espiritual da maçonaria escocesa.
Chegados lá
abaixo, várias possibilidades estão em aberto, pois ali se abre a entrada para o
labirinto subterrâneo que se segue, sendo nele que se podem fazer as múltiplas escolhas,
tal como na vida. Um dos caminhos vai dar a um beco sem saída (que é aquilo que acontece
a quem recusa a viagem); outro vai ter ao Poço
Inacabado, que recebe a luz do dia, mas que não dá acesso ao exterior, representando
os que optam pelo menor esforço e acabam por se perder a meio do percurso.
No entanto nesta gruta labiríntica, há outros caminhos mais compensadores, tal como na vida. Ainda existem mais duas opções, muito mais valiosas. Nas galerias subterrâneas o caminho a escolher é-nos dado a conhecer por um fio de néon iluminado. Num desses percursos, o fio conduz-nos ao magnífico
Lago da Cascata, de uma beleza espetacular que sobe para o exterior.
Esta é a melhor recompensa final. É a surpresa completa no processo de
iniciação, quase como nos dizendo: “O
processo está completo. Custou, mas valeu a pena!…” Como aliás,
na vida, quando percebermos que fomos capazes de superar os nossos limites… Nesta gruta espetacular do Lago da Cascata, que é sem dúvida o melhor dos caminhos escolhidos, a água aparece como elemento
purificador, no final da caminhada iniciática.
No meio das galerias subterrâneas quando se
escolhe o caminho mais longo, para a saída da esquerda (o contrário da saída para o Lago da Cascata), vê-se um longo túnel que nos leva até à Gruta do Oriente.
É também um caminho com saída e luz, mas mais comprido que os outros e que no
final não tem água, mostrando-nos que na vida, nem sempre o caminho mais longo e penoso é a melhor opção.
Fonte: Panfleto com o
plano-guia da Quinta da Regaleira http://templars.wordpress.com/
http://atracoessintra.no.sapo.pt/
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