Deixa-se a Sala Árabe e em seguida
entramos no Quarto de Hóspedes. Este quarto possui uma decoração que
remonta a 1940. O seu nome deve-se ao facto de ter sido preparado para alojar o
duque de Kent, aquando das comemorações centenárias da nacionalidade e
da independência, quando o duque veio representar o seu irmão, o rei Jorge
VI de Inglaterra, não tendo na realidade, sido utilizado pelo ilustre
convidado.
Tendo sido a Trascâmara de D. João, com oratório e quarto de vestir, foi a última
dependência e a mais íntima dos aposentos reais à qual só acedia o monarca. A
porta nascente foi aberta já no século XX, para permitir a circulação dos
visitantes do palácio.
Segue-se-lhe a Cozinha, que originariamente estava separada do resto do paço. A
sua construção deve-se ao rei D. João I,
tendo como elementos a destacar, duas
monumentais chaminés cónicas com base octogonal, divididas por um arco em
ogiva. Desde a sua construção estas
chaminés de trinta e três metros de altura, tornaram-se célebres, tornaram no
ex-libris da vila de Sintra.
O revestimento das paredes é em azulejo datado de
1895, com as armas reais de Portugal e de Saboia, de finais
do séc. XIX, que testemunham o último período de habitação da família real
neste palácio. Nela também se destaca o
brasão de D. Maria Pia, com as armas de Portugal e de Saboia, com a
legenda: “Lusos às Armas, pela Fé, pelo
Rei e pela Pátria”.
Em seguida passa-se à Sala Manuelina. Situada na ala manuelina do palácio, dai o seu nome, é uma sala que sofreu modificações já este século, como é evidente pelas cópias de azulejos antigos que cobrem as paredes. Anteriormente, e já nos finais da monarquia, este espaço esteve dividido em três compartimentos que foram utilizados como aposentos do rei D. Luís.
É a Salão Nobre do Paço, mandado construir por D.
Manuel I, no início do séc. XVI. Esta ala marca a ultima grande campanha
construtiva do Palácio, tendo sido restaurada nos anos 30 do séc. XX.
Após a descida por uma escada em espiral, construída no séc. XVI (reinado
de D. João III), depara-se com uma robusta
grade de ferro forjado, junto à qual se encontra uma lanterna que recorda o
costume da época de D. Afonso V, que impunha esse dispositivo na
primeira divisão dos paços. É ali que foi finalizada a visita, sendo nesta sala
que outrora estava a Guarda Real dos Archeiros.
Mas para deixarmos o
palácio, ainda se desce uma escadaria, que nos leva ao pátio interior
da entrada do Paço, onde se rasgam para o exterior quatro arcadas góticas,
cadenciadas mas algo austeras, que fazem a transição com o exterior e nos
separam do Largo Rainha D. Amélia.
Uma vez neste Largo, caminha-se para o Centro de Sintra, deixando-se para traz a fachada joanina do Paço a caminho de uma esplanada, onde se pudesse tomar um leve lanche e uma refrescante bebida.
Fonte: http://www.cm-sintra.pt/ http://pnsintra.imc-ip.pt/ http://palaciodesintra.paginas.sapo.pt/Visita.htm
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