A cidade de Tours




Cidade simpática e tranquila, localizada no centro do Vale do Loire, um dos locais mais bonitos da França, cercado pelos rios Cher, Indre, Loir, Vienne e Loire. É célebre pelo grande número de castelos, testemunhos da antiga realeza francesa. A região é muito frequentada por turistas principalmente nos meses de verão. Tours foi bombardeada em 1944, na Segunda Grande Guerra Mundial e cuidadosamente vem sendo restaurada desde então.
Na Idade Média, foi um importantíssimo centro político e comercial. Em Tours há só um pequeno castelo, mas também uma linda catedral, interessantes museus e vários edifícios medievais.
A não perder, uma visita à Praça Plumerau, (onde jantámos na vespera de Natal, num restaurante chinês, cheio de gente inconformista), lugar de encontro dos moradores no centro velho de Tours, rodeada de ruas com pitorescas residências do século XV e XVI, as casas de colombage (feitas com toros de madeira intercalados com alvenaria), restauradas depois do bombardeio na Guerra Mundial.
A Catedral de St. Gatien, onde assistimos à missa de dia de Natal, é uma mistura de estilos dos séculos XIII a XV. Sua fachada foi construida com um calcáreo da região, fácil de ser esculpida, mas de desgaste fácil pelo vento e chuva. Conserva delicados arabescos esculpidos na pedra e belíssimos vitrais decoram o coro e as laterais da catedral.

A sua gastronomia é composta de uma cozinha simples usando muito a carne de porco, ganso e vitela, salmão e outros peixes do Loire. Outra especialidade é o brioche, um pãozinho doce feito em formas com a aparência de um mini panetone com sabor a pão de leite.

Bordeaux



Bordéus (em francês Bordeaux) é a capital e a maior cidade do departamento da Gironda no sudoeste de França. É um porto na margem sul do rio Garonne e designou-se Burdigala na antiguidade.
A cidade de Bordeaux tem cerca de 230.600 habitantes (sen. 2005) e é atravessada pelo rio Garonne. Os habitantes de Bordeaux designam-se em português Bordaleses (em francês Bordelais).

A cidade é famosa em todo o mundo pelas suas vinhas, responsáveis pelos famosos vinhos de Bordeaux, sobretudo desde o século XVIII, que lhe proporcionaram uma verdadeira idade de ouro.
Capital da antiga Guyenne, Bordeaux faz parte da Gasconha e é situada na fronteira das chamadas Landes de Gascogne (terras da gasconha). Foi classificada em 2007 como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO que reconheceu o excepcional conjunto urbano que representa.
Desde a Libertação da cidade na Segunda Guerra Mundial, a cidade cresceu e é hoje a sede de uma das maiores áreas metropolitanas europeias do litoral, sendo um destino turístico muito apreciado.Plana e com projecto urbanístico recém-concebido que privilegia os que gostam de caminhar, Bordeaux é uma cidade ideal para ser explorada a pé. Assim sendo, o ponto de partida deve ser o passeio pelas margens do rio Garrone. Depois a Praça da Bolsa, cercada por dois edifícios do século XVIII. À sua frente, um Espelho-d'água às margens do rio Garonne, faz a alegria dos calorentos no verão. De lá, podem avistar-se as fachadas que acompanham o Garonne por todo o centro.
A Esplanade des Quinconces, com seu imponente monumento aos Girondinos. Em seguida, e a não perder o Grand Théâtre, construído no século XVIII em estilo clássico. Ao lado do teatro, está a rua Sante Catherine, reservada a pedestres e uma das mais longas do tipo, na Europa, onde há lojas de grandes costureiros, restaurantes, casas de chá, sorveterias etc.
À noite, uma boa opção é visitar a praça Camille Julien. A principal atracção é o cinema l'Utopia, que ocupa a antiga igreja Saint Siméon.

Com suas torres em estilo gótico, a catedral Saint-André desponta no horizonte. Subir a torre Pey Berland, ao lado, compensa todo o esforço pela bela vista do centro histórico e dos monumentos de Bordeaux.
A não perder é a visita às inúmeras casas que vendem vinhos da região. Em geral, os preços são bem inferiores aos praticados em Paris. Mas, ainda assim, não chegam a ser tão bons quanto os que podem ser conseguidos directamente nos castelos produtores de vinho. A Vinothèque de Bordeaux tem boa oferta de vinhos da região. Na frente, está a Escola do Vinho, que oferece de cursos de degustação de duas horas.

Cidade de Burgos

A chegada a Burgos foi no final da tarde, e estava um frio de rachar. Fomos logo para o hotel, afim de nos acomodarmos, para que depois o jantar fosse mais descansado. Junto ao hotel fica um belo passeio marginal ao rio, com muitos plátanos todos ligados entre si por empas e podas centenárias, que embelezam o lugar.

Burgos foi fundada em 884, e o seu património histórico é riquíssimo. É uma cidade monumental, com um ambiente medieval. Cidade rica em arte gótica, destacando-se as igrejas de Santa Gadea (séc. XII), Santo Estêvão (séc. XIII), onde poderemos visitar o Museu de Retábulos, e S. Gil (séc. XIII-XIV), o Hospital del Rey, o Solar del Cid, os conventos das Carmelitas e Agostinhas, e, sobretudo, a catedral.


A Catedral gótica é dominante, "delicada como uma jóia", declarada da Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO. A sua construção foi iniciada em 1221, e inspirada no modelo francês de Reims, sendo construída ao longo de três séculos por numerosos artistas e arquitectos europeus, os seus principais tesouros são coro e a Escadaria Dourada (1532 - renascentista), a Capela do Condestável (1496), as intricadas agulhas rendilhadas sobre imponentes portais e a magnífica cúpula central (1539), sob a qual se encontra o túmulo do lendário herói da cidade, El Cid, herói medieval, grande guerreiro e homem de grande honradez e lealdade ao seu rei.

Por trás da catedral pode-se ver a Igreja de San Nicolás, com o seu esplêndido retábulo em alabastro policromado. Ao longo do rio, vemos a bela Casa del Cordón, onde os reis Católicos receberam Cristóvão Colombo após a sua segunda viagem à América.

Para além deste monumento notável, Burgos oferece muitos outros motivos de interesse, com destaque para o Arco de Santa Maria, no bairro antigo, decorado com estátuas e torreões; o Real Monasterio de las Huelgas, convento cisterciense fundado em 1187 e que inclui o Museu das Ricas Telas, com trajes antigos; o Museu de Burgos, com uma interessante secção de achados arqueológicos; e a Cartuja de Miraflores, mosteiro cartusiano fundado no século XV, a leste da cidade, com dois magníficos túmulos e um belíssimo retábulo dourado.

Burgos foi também sede do governo de Franco durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Em geral, a cidade é calma e limpa, e quem a visita deve percorrer parte da cidade a pé e experimentar a sua excelente cozinha.

Para desfrutar do encanto da cidade, não se deve perder a Ruta de la Luz, uma visita turística nocturna que se faz num pequeno comboio, que nos leva a percorrer os lugares mais notáveis e emblemáticos da cidade.
No que toca à sua gastronomia, deve experimentar-se, especialmente o seu cordeiro assado, e a sua famosa morcilla de arroz, morcela muito idêntica à nossa morcela de Leiria, que se poderá comer noutras partes de Espanha, mas que nunca terá o mesmo sabor da de Burgos. E tudo isso sempre regado por um bom vinho da Ribeira del Duero.
Por isso não podemos deixar de citar Aranda del Duero, capital da ribeira burgalesa deste rio, terra de alguns dos mais famosos vinhos de Espanha, e vila histórica que oferece um agradável e típico ambiente castelhano que partilha a vida rural com a de uma cidade de tamanho médio. Merecem uma visita Las Merindades, no norte, ou a Sierra de la Demanda, a leste da cidade.
Outro local muito visitado por turistas na província de Burgos é o Mosteiro de Santo Domingo de Silos, fundado em 1040 e com belos claustros românicos de capitéis profusamente esculpidos; este mosteiro também se tornou célebre pelo canto gregoriano interpretado pelos monges beneditinos.

Natal e Fim de Ano de 2006


Um pouco fartos da tradicional festa do solstício de Inverno, habitualmente celebrada quer por nós, quer pelos nossos antepassados e pelos antepassados dos nossos antepassados, desde há milénios, decidimos que este ano (2006), seria diferente.

Talvez motivados por um sentimento de alguma rebeldia, virámos costas a uma festa já perfeitamente integrada na nossa cultura que em principio quase ninguém ousa abandonar de tão enraizada que está no nosso subconsciente, uma vez que ela é a própria imagem da eternidade - O Natal.

Assim sendo, decidimos que este ano iríamos viajar e passar toda a quadra (Natal e Fim de Ano), fora de casa e do resto da família, escolhendo como destino a Cidade Luz - Paris.
O percurso escolhido para ir e voltar, foi decidido:

- 22 de Dezembro - Burgos;

- 23 de Dezembro - Bordaux;

- 24, 25, 26 de Dezembro - Tours e Vale do Loire;

- 26 de Dezembro - Paris, até dia 1 de Janeiro de

2007;

- 2 de Janeiro - Bayonne, Biarritz, S. Sebastian;

- 3 de Janeiro - chegada a casa.

Partida para o final da viagem

Partimos de Capri, mais precisamente da baia de Napoles, às 14h15, afim de se percorrerem as últimas 334 milhas náuticas, que nos faltavam para terminarmos a nossa viagem, zarpando em direcção a Génova.

À nossa direita passámos pelas ilhas de Vivara e Porcida, e imediatamente à esquerda a ilha de Ischia, da qual tivémos a oportunidade de observar de bem perto o lado norte-oriental da ilha.
Às 17h00, podemos observar o Cabo Circeo, a 4 milhas de distância, e cerca das 18h15, tivemos a oportunidade de ver o Cabo de Anzio e logo de seguida as cidades de Fiumicino e Civitatavecchia, (figura um, dois e três, a contar de cima).

Aproximadamente às 23h00, passamos pelas ilhas Giannutri e Giglio, à esquerda, e pela à direita o Promontório de Argentario.

Durante a noite entre os dias 15 e 16 de Abril, passamos o canal de Piombino, passando novamente pela ilha de Elba, à esquerda, e pela ilha de Palmaiola, à direita.

Durante o resto da noite e principio da manhã do dia 16, dirigimo-nos para Génova, onde chegamos às 10h00, terminando assim mais uma viagem inesquecivel.

Lugares a não perder em Capri




A Grotta Azzurra, famosa gruta marinha cuja água se tinge, por acção de uma extraordinária e feliz refracção da luz, de um fantástico azul, como se uma fortíssima iluminação de néon irrompesse do fundo do mar. Lá dentro o canto dos barqueiros, cantando a inolvidavel canção italiana "Oh sole mio", faz com que este lugar fique para sempre gravado na nossa memória, como um dos melhores momentos da nossa vida. Imperdível...

Não menos singulares são os caprichos naturais de que a ilha é invulgarmente pródiga: o Salto de Tibério, uma escarpa a pique sobre o mar, abismo providencial de onde o imperador Tibério, fazia precipitar inimigos caídos em desgraça.

O Arco Naturale, uma bizarra formação rochosa em forma de arco. Apesar das contingências vertiginosas, cada vez mais imprevisíveis, de um mundo em permanente mutação e cada vez mais pequeno - com as óbvias consequências em termos de volubilidade das modas turísticas -, Capri está longe de ter esgotado o seu feitiço ou de se ver ultrapassada na sua aura de sofisticado paraíso de lazer. Os anos 50 e 60 foram tempos de glória; sobreveio depois alguma discrição, apenas isso...

A Arquitectura em Capri


Toda a ilha convida a longas caminhadas (há uma rede de óptimos trilhos), a melhor forma de descobrir não apenas os cenários naturais de timbre mediterrânico como também notáveis realizações arquitectónicas, desde as villas de Tibério - nomeadamente a luminosa Villa Jovis, junto ao Monte Tibério (primeira e segunda figura, a contar de cima) - até à casa de Curzio Malaparte, desenhada pelo arquitecto Adalberto Libera.

Cravada sobre um pequeno promontório rochoso, que foi cenário, em 1963, da rodagem de «O Desprezo», de Jean-Luc Godard, filme adaptado do romance homónimo de Alberto Moravia, cuja acção decorre parcialmente em Capri.

Outra preciosidade arquitectónica é o Hotel Punta Tragara, (terceira figura, a contar de cima), uma antiga villa construída segundo traço de Le Corbusier. No final da II Guerra Mundial ali se realizou uma cimeira entre os poderes vencedores, Eisenhower e Churchill.

Não muito longe da Via Orlandi, a meio caminho dos Banhos de Tibério, ergue-se a magnífica Villa San Michele, em Anacapri. Antiga residência do médico e humanista sueco Axel Munthe. A villa está situada sobre uma colina vizinha dos Banhos de Tibério, detendo um excelente panorama de Capri, da península de Sorrento, das ilhas de Ischia e Procida e de todo o Golfo de Nápoles, com o vulto sombrio do Vesúvio ao fundo. Para se lá ir, podemos utilizar o teleférico com cadeiras individuais, para quem não sofre de vertigens.

A Villa San Michele, hoje convertida por vontade de Axel Munthe, numa fundação promotora de relações culturais entre a Suécia e a Itália, foi edificada sobre as ruínas de uma velha vila imperial romana e essa herança é uma das marcas mais vísiveis na concepção da casa, que alberga também esplêndido mobiliário renascentista e uma colecção de esculturas gregas e romanas (segunda figura a contar de baixo).

Cidade de Anacapri





Anacapri é a segunda cidade da ilha de Capri, região da Campania, província de Nápoles, com cerca de 5.844 habitantes (ISTAT 2001). Estende-se por uma área de 6,39 km2, tendo uma densidade populacional de 914,60 hab/km2. Faz fronteira com a cidade de Capri.
A estrada para Anacapri foi percorrida em mini autocarros, em estrada estreita e extremamente sinuosa e íngreme, de uma só via, mas com dois sentidos (tendo escaparates, para os carros que se cruzavam em sentido contrário). Pela estrada escavada na rocha (figura de baixo), com o abismo ou do lado direito, ou do lado esquerdo, consoante o capricho das suas curvas e contracurvas subindo a íngreme montanha, lá chegámos a Anacapri.
Anacapri é quase o anagrama urbano de Capri; situada no lado ocidental da ilha, a poucos minutos de Capri, é (já foi mais) uma cidadezinha bem mais reservada do aluvião turístico que diariamente desembarca na ilha. Jardins luxuriantes rodeiam terraços luminosos de cal e de sol, casas mediterrânicas sucedem-se ao longo de plácidas ruelas imersas aqui e ali numa sombra meiga, o toque rural das hortas e das vinhas prossegue, enfim, uma convivência amigável e secular com as velhas villas romanas que os patrícios da Cidade Eterna aí edificaram.
Já no final da visita à cidade, tivémos a possibilidade de visitar um espaço designado "Capri em Miniatura", que representa a ilha de Capri e a sua história. À volta da réplica da ilha, podemos observar em quadros miniatura feitos por artesãos cerâmicos, várias representações de ofícios e trajes típicos da ilha.

A cidade de Capri

A cidade de Capri é a primeira cidade da ilha de Capri, no mar Tirreno, região da Campania, província de Nápoles, com cerca de 7.058 habitantes. Estende-se por uma área de 3 km2, tendo uma densidade populacional de 2353 hab/km2.

Esta cidade é símbolo de um cosmopolitismo ímpar, de uma vertigem que durante o dia quase atinge o insuportável, com milhares de turistas desembarcando no Porto de Marina Grande para a visita breve de um dia à ilha. Mas as noites de Capri são o perfeito oposto e o antídoto: deambular por ruelas periféricas como a Via Traghara, tendo por única música as sonatas de noctívagas cigarras e o rumor côncavo do mar, onde mal se adivinham as sombras dos emblemáticos faraglioni, é uma experiência que mais parece uma súbita viagem no tempo até ao regaço de um Eden perdido.Quem espere ou receie encontrar em Capri uma estância turística de luxo profanada pelo turismo de massas não andará longe da verdade. Mas este não é, felizmente, o único retrato possível, nem o mais justo, porventura de Capri.

Mesmo o viajante mais avisado, não deixará de ter algumas surpresas. Num recanto do Jardim de Augusto, encontramos, por exemplo, uma homenagem da comuna de Capri a Lenine, um dos muitos personagens que passaram pela ilha. Não é mais do que um austero busto do célebre líder revolucionário acompanhado de uma dedicatória solene; a dois passos, sobre um pinheiro, uma inscrição cautelosa lavrada em letra vermelha: "pericolo de incendio"...