Las Ramblas



Las Ramblas são uma avenida típica de Barcelona, sendo que a mais popular é a La Rambla da Praça da Catalunha. Oficialmente, Las Ramblas são uma série de pequenas ruas que se juntam. As Las Ramblas de Barcelona têm ao todo 1 km e 500 metros e liga a Praça Catalunha ao porto da cidade. Elas chamam-se sucessivamente por La Rambla de Canaletes, La Rambla dels Estudis, La Rambla de Sant Josep, La Rambla dels Caputxins, e La Rambla de Santa Monica.

As Ramblas mudam de nome como se disse várias vezes, e cada tramo tem uma característica própria. Antigamente, a Rambla era o local onde corria um riacho que desembocava no Mediterrâneo, e o seu nome vem do arábico "ramla", que significa a seca sazonal de um rio. A muralha da Barcelona do séc. XIII acompanhava a margem esquerda de um desses rios, que corria da Colina de Collserola para o mar.

Conventos, mosteiros e a universidade foram construídos na margem oposta no séc. XVI. Com a passagem do tempo, o rio desaparece e os edifícios foram demolidos, mas são recordados nos nomes das cinco Ramblas que constituem a grande avenida.

Em toda a sua extensão há lugares interessantes e pontos turísticos a visitar, como o Mosaic de Miró, a Ópera do Liceu, o Mercado de la Boqueria, os centros de exposições como o Palau de la Virreina e o Centre d'Art Santa Mònica.

Em Barcelona há dezenas de outras Ramblas, Calles, Passeios mais elegantes, mais grandiosas e sofisticadas, muito mais atraentes arquitetonicamente que esta. Todavia, sem dúvida, esta é a rua mais visitada da cidade, uma espécie de símbolo de que todos falam e todos que visitam a cidade querem conhecer. É impossível descrever o seu “espírito” e o que as Ramblas significam para a cidade ou, ainda, o prazer que se consegue captar ao explorarmos seu quilómetro e meio.

Além de ser a rua mais famosa de Barcelona, é a mais fotografada e mais cheia de turistas. A Rambla começa na Plaça Catalunya e e termina no Port Vell, e aqui a construção do Maremagnum nos anos 90, resultou na continuação das Las Ramblas de Barcelona através de um comprido passadiço em madeira, sendo esta última construção sendo chamada de La Rambla del Mar. Embora seja mais de uma, é mais comum elas serem chamadas somente de La Rambla de Barcelona.

A La Rambla de Barcelona possui uma grande e larga calçada central, onde se pode caminhar e que é margeada por ruas onde os carros passam. Ao caminharmos pela Rambla de Barcelona rapidamente nos apercebemos dos sons e cheiros intensos que trazidos pelo vento, nos fazem adivinhar antecipadamente a presença de várias lojas, cafés, restaurantes, quiosques de jornais, bancas de pássaros e de flores, leitores de Tarot e performances de vários tipos, com mímicos, actores e músicos, que enchem o largo passeio arborizado. Encontra-se sempre cheia de gente, sendo a maioria turistas que desde a manhã até altas horas da noite acorrem a esta movimentada rua.

Descendo a Rambla em direcção ao Porto, a primeira rua à direita é a Calle Tallers, que se destaca pelas diversas lojas de discos novos e usados e instrumentos musicais. Na Rambla de les Flors, as bancas de flores nas calçadas dão nome a este trecho, onde ficam o enorme Mercat de la Boqueria (Mercado da Boqueria), onde gente de todas partes da cidade e bandos de turistas se esbarram entre as centenas de bancas de frutas, legumes, verduras, doces, carnes e frios.

A seguir fica o Palau Güell, projectado por Antoni Gaudí, o génio modernista de Barcelona, constituindo um dos mais importantes edifícios do arquitecto na cidade. O edifício fica bem perto da Rambla e foi residência do magnata Eusebi Güell, o mecenas de Gaudí. O Palau Güell actualmente é sede do Museu de les Arts del Espectacle.

Este é o último trecho da La Rambla, e comunica la Rambla dels Caputxins com o Paseo de Colón monumento a Cristóvão Colombo situado numa rotunda bem em frente ao Port Vell. Outros locais de interesse podem ser admirados ao passear-se pela La Rambla de Barcelona como por exemplo a Praça Real.

Barcelona



A nossa chegada a Barcelona já se fez depois da meia-noite, e fomos logo para o Hotel Husa que tínhamos previamente marcado a partir do hotel com o mesmo nome onde ficámos em Madrid, e foi só no dia seguinte que iniciámos a visita à cidade.
Barcelona, a capital da Catalunha é inequivocamente uma cidade mediterrânica, não só devido à sua localização geográfica, mas também e acima de tudo por causa de sua história, tradição e influências culturais.

A atmosfera que se vive nesta envolvente cidade despida de preconceitos, cheia de locais interessantes e gentes também muito interessantes onde quer que se esteja ou entre, ouvindo-se uma série de li­nguas distintas e culturas diferentes a integrarem-se num complexo processo de homogeneização e globalização, que é responsável pelo espectacular ambiente de Barcelona.

Os cartagineses teriam ocupado a região durante a Segunda Guerra Púnica,(que foi possivelmente o acontecimento mais importante da Antiguidade Ocidental, pois foi através da vitória neste conflito que Roma começou sua grande expansão), sendo em seguida os romanos a instalar-se no local.


A história documentada da cidade remonta à fundação de uma colónia romana sobre o seu solo, no séc. II a.C., sobre o mesmo assentamento ibérico anterior onde já se haviam instalado anteriormente desde o ano 218 a.C., e teria sido convertida numa fortificação militar, chamada de Iulia Augusta Paterna Faventia Barcino, que estava situada sobre o então chamado Mons Taber, uma pequena elevação onde hoje está situada a Catedral de Barcelona e a Praça de Sant Jaume.

No século V, Barcelona foi ocupada pelos visigodos o ano 415, provenientes do norte da Europa. No século VIII, a cidade foi conquistada pelo Vizir árabe Al-Hurr e iniciou-se um período de quase um século de domínio muçulmano que terminou em 801 quando foi ocupada pelos Carolíngios, que a converteu em capital do Condado de Barcelona.

A partir do século XIV a cidade iniciou uma era de decadência que se estendeu durante os séculos seguintes. Até o fim do século XVIII, Barcelona iniciou uma recuperação económica que lhe favoreceu a industrialização progressiva no século seguinte. A segunda metade do século XIX coincidiu com o projecto de derrube das muralhas antigas que envolviam a cidade e outras cidades próximas são incorporadas à Barcelona antiga.

Isso permitiu que a cidade executasse um projecto de desenvolvimento da indústria, que lhe permitiu entrar no século XX como um dos centros urbanos mais avançados de Espanha. Barcelona foi historicamente uma cidade muito ligada à indústria. Foi a primeira cidade em Espanha a acolher a Revolução Industrial e apesar de ter tido algumas crises económicas é hoje o maior centro industrial do país.

A Barcelona moderna tem experimentado um crescimento espectacular e de recuperação económica no início da industrialização durante a segunda metade do séc. XIX. A cultura e as artes floresceram em Barcelona e em toda a Catalunha, e o esplendor alcançado pelo modernismo catalão na arquitectura é patente por toda a cidade.

Barcelona, mais do que apenas uma única cidade, é realmente uma colecção multifacetada de diversificadas cidades dentro dela. Os visitantes não familiarizados com a sua história, podem ser surpreendidos com o facto de uma moderna e empreendedora cidade, que preserva no entanto, um centro histórico gótico quase intacto, com um curioso contraste entre o labirinto de suas ruas estreitas, com um planeamento urbano do final do séc. XIX.

Barcelona é uma das mais vibrantes cidades europeias. Pelo seu cosmopolitismo, pela gastronomia e sua habitual movida, sobretudo na passerelle ininterrupta de Las Ramblas, pela moda que nela se dita e pelo design que nela se cria, pelos ares da montanha Montjuic e pelas irresistíveis águas do Mediterrâneo. E, sobretudo, pela obra ímpar de Antoni Gaudí.

Barcelona é, provavelmente, a mais extraordinária cidade de toda a Espanha e um incontornável destino turístico para os amantes das viagens, do lazer, da cultura e da arquitectura. Barcelona é a cidade de Antoní Gaudí, o génio arquitecto que deixou, na capital da Catalunha, obras como a Casa Battló, a Casa Milá, o Parque Güell ou a Sagrada Família, algumas classificadas Património da Humanidade pela UNESCO. Esta foi para nós uma viagem sensorial à Barcelona de Gaudí.

Barcelona é um daqueles lugares em que bastam alguns minutos para que qualquer pessoa logo se apaixone. A cidade oferece variadas opções de entretenimento, capaz de agradar a cada um dos mais diferentes visitantes. Por conta disso, estrangeiros de diversas partes do mundo vivem por lá, transformando Barcelona numa das cidades mais cosmopolitas da Europa.

A cidade catalã nunca dorme. A qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer estação do ano, sempre haverá algo divertido para fazer. No Verão, nada mais agradável do que passar o dia nas belíssimas praias mediterrâneas. No Inverno, nada melhor que um passeio pela famosa avenida de “Las Ramblas”. Nessa rua encontra-se de tudo um pouco, desde os mais diversos artistas, que se apresentam ao ar livre, às mais variadas opções de gastronomia.

Os autocarros turísticos, abertos e de dois andares feitos para os turistas que visitam a cidade, é sem dúvida uma boa opção de passeio. As três diferentes rotas que o autocarro possui são bem variadas e conseguem mostrar o que há de mais bonito e escondido pela cidade. Mas quem preferir pode fazer belas caminhadas a pé pela cidade, uma vez que a cidade além de não ser muito grande é praticamente toda plana.

Barcelona oferece ao visitante a possibilidade de percorrer a pé desde as ruínas romanas e a cidade medieval até os bairros do modernismo catalão, com seus edifícios característicos, suas ruas arborizadas e suas largas avenidas. A cidade antiga é praticamente plana, enquanto que os bairros novos, já não o permitem, à medida que ficam próximos da cordilheira litoral, deixando o aspecto plano de lado.

Banhada pelo mar Mediterrâneo, em Barcelona encontra-se uma extensa variedade de peixes e frutos do mar, e naturalmente, a Paella é o prato mais tradicional e pode ser encontrado na maioria dos restaurantes. Os mercados como o de La Boqueria, oferecem muitos produtos numa variada e grande oferta de produtos frescos: carnes, frutas, condimentos ...

Barcelona não é o tipo de cidade para se conhecer rapidamente, e quem como nós a pretenda visitar em poucos dias, no final fica com a certeza de que um mês por lá, ainda não será suficiente para querer deixá-la, sendo o ideal programar mais visitas, noutras ocasiões, a esta belíssima cidade.

Basílica de Nossa Senhora do Pilar

A Catedral ou Basílica de Nossa Senhora do Pilar, em Zaragoza, é um grande templo barroco com onze coloridas cúpulas de azulejos, que é considerado o primeiro templo mariano do mundo cristão, e nele é venerada a imagem de Nossa Senhora em cima de uma coluna de jaspe, o pilar.
Segundo a lenda este pilar foi entregue em mãos ao Apóstolo S.Tiago, por Maria, mãe de Jesus Cristo, tal como aparece escrito num documento do século XII, conservado na Catedral de Zaragoza, que remonta à época imediatamente posterior à Ascensão de Jesus Cristo, quando os Apóstolos, fortalecidos pelo Espírito Santo, pregavam o Evangelho.

Os mesmos documentos referem textualmente que o Apóstolo São Tiago Maior, filho de Zebedeu e irmão de São João, ..."tendo passado pela Astúria, chegou (...) a um território chamado Celtibéria, na Espanha, onde está situada a cidade de Zaragoza, às margens do rio Ebro. Após haver pregado por muitos dias, Tiago escolheu, entre numerosos convertidos, oito discípulos (...)."

Em 2 de Janeiro do ano 40, à noite, São Tiago Maior encontrava-se com os seus discípulos junto ao rio Ebro quando ..."vozes angelicais cantaram Ave Maria, graça plena. Todos viram a Virgem Mãe de Cristo, de pé, sobre uma coluna de mármore".
A Santíssima Virgem, que ainda vivia aqui na Terra, apareceu em veste mortal, e pediu ao Apóstolo que naquele local fosse construída uma pequena igreja, para ela, cujo altar deveria ficar em torno da coluna sobre a qual ela se encontrava. Maria prometeu que ..."este local permaneceria até o fim dos tempos", e que "a virtude de Deus ali operaria portentos e maravilhas por Minha intercessão com aqueles que, em suas necessidades, implorassem a minha protecção".
Segundo uma antiga tradição, desde os primórdios de sua conversão, os cristãos primitivos ergueram uma capelinha em honra da Virgem Maria, às margens do rio Ebro, na cidade de Zaragoza.

A capelinha primitiva foi sendo reconstruída e ampliada com o correr dos séculos, até se transformar na grandiosa basílica que acolhe, como centro vivo e permanente de peregrinações numerosos fiéis que, de todas as partes do mundo, vêm rezar à Virgem e venerar seu Pilar.
Muito para além dos milagres espectaculares, a Virgem do Pilar é invocada como refúgio dos pecadores, consoladora dos aflitos, Mãe da Espanha e a sua acção é sobretudo espiritual. A devoção ao Pilar tem uma enorme adesão em Espanha e na América do Sul, cujos países celebram o dia do descobrimento de seu continente a 12 de Outubro, isto é, no dia do Pilar.

A Basílica fica aberta o dia inteiro, mas nunca faltam os fiéis que chegam ao Pilar em busca de reconciliação, graça e diálogo com Deus. É popular na Espanha, especialmente na região de Aragão, a jaculatória: "Bendita seja a hora em que a Virgem veio em carne mortal a Zaragoza".
A imagem de Nossa Senhora do Pilar, encontra-se no interior da Santa Capela do Pilar, obra de Ventura Rodríguez. A pequena estátua da Virgem sobre um pilar, no meio do brilho de prata e flores, está coberta por uma túnica, a manta, que é mudada todos os dias, e os peregrinos passam por trás da capela para beijar a zona exposta do pilar.
A Santa Capela ou Capela de Nossa Senhora do Pilar, é um edifício separado dentro do conjunto de edifícios da Basílica, e constitui um espaço abrangente e intimista ao mesmo tempo. Em estilo barroco e guarnecida com cúpulas e numerosas esculturas em mármore. A cúpula principal foi pintada por Velazquez, e outra das cúpulas foi pintada por Francisco de Goya.
A basílica é dividida em três naves com a mesma altura cobertas com abóbadas inseridas em cúpulas assentes em fortes pilares. O revestimento exterior de tijolo, seguindo a tradição da construção em tijolo aragonês. A nave principal está dividida pelo altar sob a cúpula central.
O altar é liderado pelo grande e magnífico Retábulo da Assunção, que pertencia à igreja anterior, feito pelo escultor Damien Forment no séc. XVI, e seguindo o modelo imposto do retábulo gótico da Catedral del Salvador (La Seo), em Zaragoza. O retábulo é feito em alabastro policromado com tecto em madeira e é dedicado à Assunção da Virgem aos Céus.

Zaragoza

Capital regional de Aragão e da província com o mesmo nome, Saragoza deve o seu importante passado à localização nas margens férteis do rio Ebro e no centro de um grande vale com grande variedade de paisagens, desde desertos, (Las Bardenas), a bosques densos, prados, e montanhas, sendo hoje a quinta maior cidade de Espanha.
No local da presente cidade existiu outrora um povoado celtibérico denominado Salduba, mas ainda no passado, e no início da ocupação romana da península, Zaragoza foi também uma importante cidade romana, ostentando o nome completo de seu fundador, César Augusto (chamando-se então Caesar Augusta ou Cesaraugusta de onde deriva seu actual nome), no séc. I a.C.
No século VIII converteu-se num importante centro muçulmano chamado Medina Albaida Sarakusta, apenas passando para mãos cristãs em 1118, quando Alfonso I a conquistou e converteu em capital do reino de Aragão. A partir do final do século XIX, tornou-se foco de imigração rural, atraída pela industrialização da cidade.
Sarakusta fez parte de um reino independente entre 1018 e 1110, (Taifa de Saragoça ou Reino de Saragoza), isto é, desde a desintegração do Califado de Córdoba no início do século XI até que foi conquistada pelos almorávidas em 1110. Nessa época experimentou um extraordinário auge político e cultural com os reinados de Al-Muqtadir, Al-Mutamán e Al-Mustaín II na segunda metade do séc. XI.

O legado intelectual e artístico mais notório poder-se-ia resumir na construção do Palácio da Aljafería, (enorme palácio mouro do século XI), e na criação da primeira escola estritamente filosófica andaluza, cuja figura central foi Avempace, (ou Ibn Bajja que foi considerado o primeiro grande filósofo árabe da Espanha), que nasceu em Zaragoza entre 1070 e 1080 e teve que emigrar da cidade em 1118 após a conquista cristã.
Muito destruída durante a Guerra de Independência contra os franceses (Guerra Peninsular, 1808-1813), preservou todavia, interessantes vestígios romanos e sobretudo, fascinantes exemplos da arquitectura mudéjar (feita pelos muçulmanos que permaneceram na Península Ibérica depois da Reconquista), patente em monumentos como a Basílica de Nossa Senhora do Pilar (século XVII) ou a , a Catedral construída entre os séculos XII e XVII, com uma mistura de estilos mas incluindo uma deslumbrante fachada em tijolo escuro e cerâmica colorida, típica do mudéjar.
Na história de Zaragoza, há vários episódios interessantes, como por exemplo aquele que aconteceu na madrugada de 3 de Agosto de 1936, quando um avião republicano sobrevoou a cidade de Zaragoza, volteando sobre a Basílica da Virgem del Pilar e largando três bombas sobre o templo. Duas atingiram o telhado do edifício e uma outra caiu no pátio.

O curioso desta história é que nenhuma delas explodiu, o que foi apontado desde logo como mais um espantoso milagre da Virgem. As duas bombas que atingiram o edifício ainda hoje estão expostas no seu interior, intrigando todos aqueles que não estão a par do acontecimento.

A explicação mais racional para o facto de nenhuma das bombas ter explodido reside talvez no facto do avião voar a muito baixa altitude e, como tal, a altura não ser suficiente para despoletar o sistema que induz o explosivo. Seja como for, este é um episódio curioso da Guerra Civil de Espanha.
Como pontos turísticos mais relevantes, Zaragoza possui: A Basílica del Pilar, com onze coloridas cúpulas revestidas a azulejos. O interior reúne obras de grande valor artístico como a cúpula da capela, pintada por Antonio Gonzáles Velázquez, bem como o alto-relevo da Assunção, de Carlos Saura, localizado atrás da capela. De sua torre tem-se uma linda vista panorâmica da cidade. A basílica também tem frescos de Goya.
Ali perto, na praça do mesmo nome, encontra-se a Câmara Municipal, a Lonja (bolsa de mercadorias) renascentista, do séc. XVI e ainda o Palácio Arzobispal. Do lado leste da praça está a Catedral de Zaragoza, mais conhecida por La Seo, exibindo uma grande mistura de estilos. Parte do seu exterior foi coberta com decorações de tijolo e cerâmica, típicas do mudéjar, enquanto no seu interior há belos retábulos góticos e esplendorosas tapeçarias flamengas.
O Palácio de Aljafería, um dos monumentos mais importantes do período muçulmano, data do século XI e sofreu algumas reformas e modificações ao longo do tempo, das quais a mais radical foi a executada pelos reis católicos em 1492. Actualmente, uma parte de suas dependências é sede da Corte de Aragão.
As Muralhas Romanas, protegiam um perímetro de 3 km da antiga Caesar Augusta. As suas torres são semicirculares, com um diâmetro de cerca de 8 metros. e data provavelmente, do século II ou III.
A Ocidente de Saragoza, a antiga cidade de Tarazona exibe igualmente fascinantes exemplares da era muçulmana e da arquitectura mudéjar. Não muito longe, o isolado Mosteiro de Veruela, fundado no século XII, é um dos maiores de Aragão, rodeado por muralhas que o fazem parecer um castelo.

Outro edifício conventual famoso é o Mosteiro de Pedra, onde existe agora um hotel rodeado de um agradável parque cheio de grutas e quedas de água. Em direcção a Leste, a pequena cidade de Daroca possui impressionantes muralhas medievais em redor de uma velha fortaleza mourisca.

Ali perto, a pequena aldeia de Fuendetodos orgulha-se de ter sido o local de nascimento de um dos maiores pintores espanhóis, Francisco de Goya (1746-1828), que é recordado na Casa-Museu Goya, onde se diz que nasceu, e que foi restaurada para expor artigos pessoais e gravuras do artista.

Comer em Saragoza é degustar uma boa refeição aragonesa, boa culinária e gastronomia simples mas deliciosa, uma gastronomia muito pessoal que se pode conhecer em qualquer restaurante especializado em cozinha local. Para acompanhar um bom menu de Saragoza, nada melhor que um vinho de Calatayud, com denominação de origem, vinhos tintos e brancos dos mais deliciosos.

A base da cozinha de Saragoza é a dos produtos do campo, produtos frescos, como a carne e as verduras, produtos que se misturam na sua elaboração dando como resultado uma cozinha maravilhosa, excelente, uma cozinha que também tem muitas influencias da cozinha mediterrânica.

Francisco de Goya

Francisco José de Goya y Lucientes, dotado e precoce pintor aragonês, nasceu em Fuendetodos, perto de Calatayud e de Saragoça, em 30 de Março de 1746.

Goya iniciou sua aprendizagem como pintor em 1759, aos treze anos, com Don José Luzan y Martinez. Como era costume na época, começou fazendo cópias de pinturas de vários mestres. Aos dezassete anos, transferiu-se para Madrid, onde tentou por duas vezes, uma em 1763 e outra em 1766, entrar para a Academia de Belas Artes, sendo rejeitado em ambas as tentativas. Os biógrafos atribuem a Goya todo o tipo de aventuras nos anos que se seguiram, como a de ter-se tornado toureiro em Roma e ter-se envolvido em inúmeras aventuras amorosas.

No final de 1771, inscreveu-se em concurso da Academia de Belas Artes de Parma, recebendo uma menção honrosa com a sua primeira encomenda, o fresco na Igreja de Nossa Senhora do Pilar, em Saragoça. A partir daí, seguiram-se encomendas para o Palácio de Sobradiel e o Monastério Aula Dei.
Entre os anos de 1773 e 1774 foram executadas, provavelmente, as últimas pinturas desse período em que esteve em Saragoça. Especializou-se no desenho de cartões para a indústria das tapeçarias e na decoração de igrejas como a igreja de San Juan el Real, de Calatayud com brilhantes frescos.

Depois de estabelecido em Madrid, começou a pintar retratos. O mais antigo que se conhece data de 1774, sendo que no ano de 1778 fez nada menos do que catorze retratos. No ano de 1780, entrou para a Academia de San Fernando em Madrid e apresentou a obra "La Crucificada". Nessa pintura, Goya seguiu as regras académicas, provando que era um mestre do estilo convencional.

Em 1785, começou a receber encomendas da aristocracia. A primeira encomenda foi para o "Festival Folclórico" do dia de Santo Isidoro. No mesmo ano, executou o primeiro retrato de um membro da nobreza, a "Duquesa de Osuna".

Em 1786 foi nomeado pintor da corte por Carlos III, nomeação confirmada por seu filho Carlos IV, em 25 de Abril de 1785, nomeando-o "Primeiro Pintor da Câmara do Rei", tendo pintado o monarca e sua esposa Maria Luísa com excelente precisão artística. Em 1790, pintou um de seus auto-retratos.
Em 1799, era o primeiro pintor da corte, mas retirou-se em 1808, quando a invasão de Madrid pelas tropas napoleónicas e a ocupação do trono por José Bonaparte. Reassumiu o cargo em 1814, com Fernando VII, mas a restauração do absolutismo levou-o a isolar-se na Quinta del Sordo, e em 1824, e a mudar-se mais tarde para Bordéus, na França.

Pintou em 1787 "O prado de São Isidro". Suas inclinações realistas só se afirmaram a partir de 1792, em quadros como "O manicómio", "O tribunal da Inquisição", "Procissão de flagelantes" e o mais marcante "O funeral da sardinha", cenas realistas em que há um fluxo subterrâneo de visões fantásticas.

Em 1800, no auge do prestígio, pintou seus quadros mais discutidos, "Maja desnuda" ("Mulher despida") e "Maja vestida", e o famoso "A família de Carlos IV", que é um exemplo de como introduzia traços grotescos nas figuras. Em todos o realismo ora explode em erotismo, ora detém-se na análise desapiedada dos modelos.
Goya pintou também os episódios da invasão francesa, e os horrores que se seguiram, que influenciaram muito o temperamento de Goya, como o "Três de Maio", que representa uma cena de fuzilamento de composição insólita. "El Sabado de las Brujas" e "Saturno" são o ápice da carreira e manifestam uma visão sombria da realidade.

Goya foi tão importante na pintura quanto na gravura, onde pôde manifestar de forma extremamente expressiva o espírito do humor espanhol, que tende para a deformação e até para o trágico. Predominam a sátira social, cheia de sarcasmo, os motivos eróticos e a feitiçaria, como obra oposta à razão, pois Goya era um iluminista e fustigava as crendices do tempo. A mais emblemática é a que traz a inscrição "O sono da razão produz monstros", o charlatanismo, a inveja, a avareza e a vaidade, são seus alvos.

A sátira está entretanto ausente na colecção mais célebre de Goya, "Os desastres da guerra" (1810-1814), na qual o artista rememora as atrocidades das invasões napoleónicas na Espanha. É também o Goya mais "heróico", que exalta os patrícios, sobretudo as mulheres, e mostra a infâmia dos invasores, numa sucessão de mutilações, fuzilamentos, saques, tentativas de estupro e outros males da guerra.

A colecção de gravuras "Tauromaquia" escapa desse universo atormentado, para mostrar as façanhas e heróis célebres da praça de touros. Nessa colecção, editada em 1816, Goya desenvolve um clima de dinamismo e tensão raros na arte da gravura.

Por volta de 1819, realizou o último dos seus conjuntos e o de mais difícil abordagem, os "Disparates". Há neles um carácter crítico, em que volta o génio sarcástico de "Os caprichos", mas os temas são genéricos e há maior liberdade de composição e de proporção das figuras.

Existe ainda uma pequena série de obras litográficas. Das suas obras mais fortes a mais impressionante é a intitulada "O colosso", um gigante sentado defronte a um quarto crescente, com o rosto voltado para o contemplador, talvez o emblema mais contundente dos enigmas de seu génio artístico. Goya morreu em Bordéus, em 16 de Abril de 1828.

Como era interessante termos ainda entre nós Francisco Goya, para que pintasse da sua forma sarcástica e crítica, as vivências dos nossos dias...

Calatayud

A caminho de Zaragoza na auto-estrada que liga Madrid a Barcelona, e depois de percorridos cerca de 144 Km de estrada com poucas povoações, avista-se a bela cidade de Calatayud, com as suas inesquecíveis torres mudéjar que se destacam na paisagem, como que trazidas pelo vento, que nos sussurra ao ouvido: "Bienvenidos a la muy noble, leal, siempre augusta y fidelísima ciudad de Calatayud".

A cidade de Calatayud, localizada em Aragão, que é uma província sem paralelo em Espanha, por sua variedade de paisagens (vales fluviais luxuriantes, zonas de montanha e áreas semi-desérticas). O seu nome deriva de um antigo governador árabe de nome Ayub, que construiu um castelo, (qalat) na confluência dos rios Jalon e Jiloca (qalat Ayub).

Há muito, muito tempo, há mais de dois mil anos, no local onde hoje se encontra a cidade, havia uma pequena mas próspera população de celtiberos. A primeira época de grande esplendor da região, foi com o Império Romano, e nesta época, a antiga cidade de Bílbilis (onde nasceu o poeta Marcial e cujas ruínas ficam a 6Km a leste de Ctalatayud), foi utilizada como importante ponto de encontro e descanso das legiões romanas no seu caminho para o norte, em direcção à Gália.

Calatayud é a mais típica cidade muçulmana de Aragão, sendo considerável a sua importância como núcleo Histórico-Artístico. O seu castelo foi mandado construir por Ayub-ben-Habib, que era um sobrinho do general Muza-ben-Nusair, conquistador de Espanha. Hoje o castelo de Ayub está em ruínas, mas foi outrora de grandes dimensões, (100 x 50 metros). Possuiu em tempos duas zonas fortificadas e ainda hoje podem observar-se algumas portas do conjunto fortificado.

A sua importância estratégica é incontestável, dada a sua localização entre dois rios e no centro da Península Ibérica, na comunicação com o platô estratégico, o que conduziu a assentamentos no território, desde tempos muito antigos. Porém, durante a dominação muçulmana a sua importância foi crescendo, em especial desde a chefia do Emir de Córdova, Muhamad I.

Seu filho al-Anqar o "Coxo", veio a alargar os seus domínios até Zaragoza e o seu neto, Abu-Yahia, rompeu os laços de fidelidade para o califa de Córdova e declara estado de revolta, marcando a sua peculiar posição, chegando a acordo com Ramiro II de Leão. O califa de Córdova, Adbderramán III não esteve com contemplações e agindo com rapidez e firmeza, atacou a cidade em 937, causando a morte de Mutarrif, general defensor da cidade, e dos soldados que defendiam Calatayud. Calatayud caiu junto com mais trinta povoações e castelos inclusive Zaragoza, no entanto, Abu Yahia foi perdoado.

Após o início da Reconquista, o rei Alfonso I, conquistou Calatayud em 1120 e depois da batalha, entre as ruínas de um dos castelos, apareceu, segundo a tradição, uma imagem da Virgem a quem chamaram de Nossa Senhora da Rocha e que é hoje a padroeira da cidade. Neste local foi erigida uma capela, mandada construir pelo Papa Lúcio III, que foi sendo construida até ao ano 1180.

Anos mais tarde, o rei concedeu o foral a Calatayud e criou a "Comunidade de Calatayud", que durou até o século XIX. É muito provável que todo o recinto fortificado seja de origem muçulmana, sendo composta por cinco castelos ligados por uma longa série de muros, que possuíam no seu interior uma série de morros e a primitiva cidade.

Com vinte e três mil habitantes, Calatayud é a quarta maior cidade de Aragão, e está localizada num ponto estratégico, uma vez que se encontra a apenas 75 Km de Saragoza e localizada junto à auto-estrada entre Madrid, Zaragoza e Barcelona.

A sua enorme fortaleza mourisca e as torres de igreja semelhantes a minaretes são visíveis de muito longe, possuindo ainda numerosos monumentos religiosos e civis que se destacam pelo seu interesse histórico e artístico. Entre eles, devemos mencionar as torres mudéjar de Santo André e de Santa Maria Maior, (com uma complicada fachada planteresca) e de toda a fortificação islâmica, que é a mais antiga fortificação dos tempos medievais em toda a península, datando do séc. VIII.

O seu património sofreu durante o século XIX, a agressão do louco desenvolvimento, mas agora é um motivo de constante preocupação e cuidado por parte dos cidadãos e dos seus representantes eleitos. Nos últimos anos, muitas construções foram restauradas e salvas da ruína e outras estão em recuperação.

Pode iniciar-se a visita à cidade, a partir da Plaza del Fuerte, ampla e central, rodeada por plátanos centenários, para as ruas que levam aos mais belos recantos da cidade velha, tal como a igreja de San Juan el Real, construída no século XVII pela Companhia de Jesus, um notável edifício de estilo barroco. O fresco pintado na sua cúpula, foi obra do génio precoce de Aragão, o pintor Francisco de Goya, bem como muitos dos seus quadros.

Como monumentos a visitar, há a destacar o Santuario de la Virgen de la Peña, que é a padroeira da cidade e encontra-se no castelo do mesmo nome; Colegiata Santa María la Mayor, situada no centro urbano e construída sob uma mesquita árabe; Colegiata del Santo Sepulcro, principal templo desta ordem em Espanha; Igreja de San Pedro de los Francos, construída para os franceses que ajudaram D. Afonso I, o Conquistador, na conquista da cidade.

As Colecções de Pintura do Museu do Prado

A importância do Museu do Prado baseia-se sem dúvida nenhuma nas suas colecções reais. A riqueza das obras de arte estrangeiras, incluindo muitas das melhores obras da Europa, reflecte o poder histórico da coroa espanhola. Os Países Baixos e parte da Itália estiveram sob o domínio espanhol durante séculos. O séc. XVIII foi uma era de influência francesa, após a subida dos Bourbons ao trono de Espanha.
A colecção de pintura espanhola é a mais importante do museu, sendo a que, claro lhe concede o renome internacional que, claro actualmente tem. Obedecendo a um critério cronológico, o Prado expõe desde os murais românicos do século XII à produção da pintura de Francisco Goya. Esta colecção alberga obras de pintores espanhóis de fama internacional, como El Greco, José de Ribera , José de Madrazo y Agudo e o filho deste, Federico de Madraz y Kuntz, e ainda Bartolomé Esteban Murillo, Diego Velázquez e Goya.
O facto de os Países Baixos terem integrado o grande Império Espanhol, durante o chamado "El siglo de oro" (O século de ouro), explica a riqueza da colecção da escola flamenga no Museu do Prado. A colecção alberga pintura de pintores como Hieronymus Bosch, Dirck Bouts, Hans Memling, tal como Rubens, Adriaan Isenbrant, Rembrandt, Anthony van Dyck e Brueghel.

Reduzida também em número, mas de grande qualidade, a colecção de pintura alemã alberga obras desde o século XVI ao século XVIII, dedicando diversas salas a pinturas capitais de Albrecht Dürer, Lucas Cranach, Hans Baldung e Anton Raphael Mengs.

Com dezasseis salas dedicadas à sua exposição, a secção da colecção de pintura italiana alberga obras desde a Baixa Renascença até ao século XVIII, reunindo pinturas de artistas famosos como Fra Angelico, Melozzo da Forlì , Andrea Mantegna, Botticelli, Tiepolo e Giaquinto. Para além destes, podem ali observar-se excelsas obras de Ticiano, Tintoretto, Veronèse, Bassano, Caravaggio e Gentileschi.
De todas estas colecções, foram escolhidas para aqui figurarem, as obras mais emblemáticas e exemplificativas, não só da colecção espanhola, mas também de todas as outras colecções do Museu do Prado.

O Museu do Prado


O Museu do Prado é maravilhoso! É um dos maiores de toda a Europa, com belíssimas e preciosíssimas obras de arte, e ninguém deveria passar por Madrid sem conhecer este Museu. Embora desfrutar do seu encanto, seja trabalho para mais de um dia, pelo menos as principais obras de Goya e Velázquez valem um dia de visita.
O Museo del Prado, criado como museu de pintura e escultura, possui também importantes colecções de desenhos (mais de 5000), gravuras (2000), moedas e medalhas (mil) e quase 2000 peças de artes sumptuárias e decorativas.

A escultura está representada por mais de 700 peças e praticamente o mesmo número de fragmentos, mas a colecção de pintura, com a sua enorme riqueza, em quantidade (8.600 obras) e qualidade, obscureceu a importância das outras colecções.
O Museu do Prado tem uma colecção de pintura bastante completa e complexa, com a maior colecção de pintura espanhola do mundo, em especial obras de Velázquez e de Goya, dos séculos XII ao XIX. Também abriga impressionantes colecções estrangeiras, particularmente obras italianas e flamengas.

Num belo edifício de estilo neoclássico, construído no fim do século XVIII, (1785), o museu, parte de um complexo assinado pelo arquitecto Juan de Villanueva, por ordem de Carlos III, foi projectado inicialmente para abrigar o museu e o Gabinete de História Natural.

Durante a Guerra Peninsular, serviu de paiol e quartel de cavalaria do exército de Napoleão, e depois foi saqueado pelos próprios habitantes de Madrid, que levaram vigas de madeira e blocos de pedra para reconstruir as suas casas.

O rei Fernando VIII decidiu então instalar no edifício o seu novo Museu Real de Pinturas; os trabalhos de acabamento levaram ainda mais dez anos. Abriu como museu em 1819, com obras coleccionadas pelos antepassados nobres do rei. Mais tarde sofreu obras de melhoramento e ampliação, sendo construído um novo edifício sobre o claustro da igreja adjacente, sob a responsabilidade do arquitecto espanhol, Rafael Moneo, onde se encontram localizadas as exposições temporárias.

No final do século XIX, todo o acervo do Museu Trindade foi doado ao Museu do Prado. As obras, de temática religiosa, eram na maioria expropriações dos bens eclesiásticos, como forma de amortização das dívidas do clero com o reino. Desde a fusão dos dois museus, muitas obras de arte foram incorporadas ao acervo por meio de doações, legados e novas aquisições.

Actualmente, as colecções do Museu do Prado estão organizadas nas seguintes secções: pintura espanhola, pintura italiana (1300 a 1800), pintura flamenga (1430 a 1700), pintura francesa (1600 a 1800), pintura alemã (1450 a 1800), escultura, artes decorativas e desenhos e gravuras.
O Prado mantém telas de Goya, Velásquez, Rivera, El Greco e ainda várias de Zurbarán e Murillo. Além de reunir o que há de mais importante da escola espanhola, o Museu do Prado possui uma significativa colecção de arte italiana (Fra Angelico, Tintoretto, Bellini) e também da escola flamenga (Van der Weyden, Van Dyck, Rembrandt).
As obras estão dispostas por escolas, estando as mais antigas nos pisos inferiores. O primeiro andar cobre a pintura espanhola do século XVII, incluindo as obras-primas de Goya e Velázquez.

A colecção de escultura é composta por mais de duzentas e vinte esculturas da Antiguidade Clássica, trazidas de Itália entre os séculos XVI e XIX. A colecção alberga esculturas do período greco-arcaico ao período helenístico, tal como do Renascimento. Duas salas são reservadas a estas esculturas.

A colecção de desenhos e estampas, conta com cerca de 4 mil desenhos, destacando os cerca de quinhentos desenhos de Francisco Goya, a mais importante do mundo. Duas salas, instaladas no segundo andar do museu, mostram rotativamente, por razões de conservação, esta importante e rica colecção.

Por último, a colecção de artes decorativas é das mais bonitas e ricas do Prado, albergando até o famoso Tesouro do Delfim.