
Goya iniciou sua aprendizagem como pintor em 1759, aos treze anos, com Don José Luzan y Martinez. Como era costume na época, começou fazendo cópias de pinturas de vários mestres. Aos dezassete anos, transferiu-se para Madrid, onde tentou por duas vezes, uma em 1763 e outra em 1766, entrar para a Academia de Belas Artes, sendo rejeitado em ambas as tentativas. Os biógrafos atribuem a Goya todo o tipo de aventuras nos anos que se seguiram, como a de ter-se tornado toureiro em Roma e ter-se envolvido em inúmeras aventuras amorosas.
No final de 1771, inscreveu-se em concurso da Academia de Belas Artes de Parma, recebendo uma menção honrosa com a sua primeira encomenda, o fresco na Igreja de Nossa Senhora do Pilar, em Saragoça. A partir daí, seguiram-se encomendas para o Palácio de Sobradiel e o Monastério Aula Dei.

Depois de estabelecido em Madrid, começou a pintar retratos. O mais antigo que se conhece data de 1774, sendo que no ano de 1778 fez nada menos do que catorze retratos. No ano de 1780, entrou para a Academia de San Fernando em Madrid e apresentou a obra "La Crucificada". Nessa pintura, Goya seguiu as regras académicas, provando que era um mestre do estilo convencional.
Em 1785, começou a receber encomendas da aristocracia. A primeira encomenda foi para o "Festival Folclórico" do dia de Santo Isidoro. No mesmo ano, executou o primeiro retrato de um membro da nobreza, a "Duquesa de Osuna".
Em 1786 foi nomeado pintor da corte por Carlos III, nomeação confirmada por seu filho Carlos IV, em 25 de Abril de 1785, nomeando-o "Primeiro Pintor da Câmara do Rei", tendo pintado o monarca e sua esposa Maria Luísa com excelente precisão artística. Em 1790, pintou um de seus auto-retratos.

Pintou em 1787 "O prado de São Isidro". Suas inclinações realistas só se afirmaram a partir de 1792, em quadros como "O manicómio", "O tribunal da Inquisição", "Procissão de flagelantes" e o mais marcante "O funeral da sardinha", cenas realistas em que há um fluxo subterrâneo de visões fantásticas.




A sátira está entretanto ausente na colecção mais célebre de Goya, "Os desastres da guerra" (1810-1814), na qual o artista rememora as atrocidades das invasões napoleónicas na Espanha. É também o Goya mais "heróico", que exalta os patrícios, sobretudo as mulheres, e mostra a infâmia dos invasores, numa sucessão de mutilações, fuzilamentos, saques, tentativas de estupro e outros males da guerra.


Existe ainda uma pequena série de obras litográficas. Das suas obras mais fortes a mais impressionante é a intitulada "O colosso", um gigante sentado defronte a um quarto crescente, com o rosto voltado para o contemplador, talvez o emblema mais contundente dos enigmas de seu génio artístico. Goya morreu em Bordéus, em 16 de Abril de 1828.

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