Visita a Florença - 2º Dia (Parte III)





A caminhada continuou pela margem esquerda do rio Arno, até chegarmos à Via Bardi, situada já bem perto da Ponte Vecchio, ainda no bairro Oltrarno, um dos bairros mais turísticos de Florença.

A Via de Bardi é uma rua que vai da Piazza de Mozzi à Ponte Vecchio. É uma rua comprida e estreita, que corre paralela ao Lungarno Torrigiani, com muitos palácios, igrejas e edifícios históricos.
Esta rua (Via Bardi), possui o nome de uma das famílias mais ricas de bancários de Florença, que nesta área possuia um palacete e muitos prédios e terrenos.

O bairro é cheio de restaurantes e lojas para satisfazer qualquer gosto. Ali começam as ruas tipicamente estreitas do núcleo medieval da cidade. Foi ali que parámos para o almoço, numa típica pizaria com forno de lenha. Embora não seja propriamente amante de pizza, o cheirinho que saia daquela casa de pizzas, era tão bom que para lá caminhámos sem hesitar e ali estivemos durante algum tempo, saboreando quadradinhos de excelentes e estaladiças pizzas caseiras.
Um pouco mais à frente paramos para o café na Piazza Santa Felicità, uma pequena praça que antecede a entrada para o tabuleiro da Ponte Vecchio.

Ali também encontramos a Chiesa de Santa Felicità. Segundo consta, este local vem abrigando templos cristãos desde épocas tão remotas quanto o século IV, quando foi erigida uma igreja para abrigar os restos mortais de mártires paleocristãos, ainda sob o Império Romano.

A estrutura que hoje vemos começou a tomar forma no século XI, e recebeu diversos adventos e modificações, passando por um período de abandono durante o período da peste negra e só foi concluída no século XVIII.

Esta igreja possui a Capela da família Capponi, a primeira à direita, com lindos frescos luminosos e com cores vivas, pintados entre 1525 e 1528, pelo grande pintor maneirista Pontormo.
Depois o assalto à Ponte Vecchio, cheia de turistas. A Ponte Vecchio (Ponte Velha) é uma ponte em arco medieval sobre o rio Arno e famosa por ter uma grande quantidade de lojas, principalmente ourivesarias e joalharias, ao longo de todo o tabuleiro.

Acredita-se que tenha sido construída ainda na Roma Antiga e era feita originalmente de madeira. Foi destruída pelas cheias de 1333 e reconstruída em 1345, com projecto da autoria de Taddeo Gaddi. Consiste em três arcos, o maior deles com 30 metros de diâmetro.

Desde sempre albergou lojas de mercadores, que mostravam as mercadorias sobre bancas, sempre com a autorização do Bargello, a autoridade municipal de então. Diz-se que a palavra bancarrota teve ali origem. Quando um mercador não conseguia pagar as dívidas, a mesa (banco) era quebrada (rotto) pelos soldados. Essa prática era chamada “bancorotto”.

Durante a 2ª Guerra Mundial, a ponte foi a única a não ser danificada pelos alemães, havendo quem acredite que isso se deve a uma ordem directa de Hitler, que impediu que esta fosse destruída.

Fonte: Wikipédia / aboutflorence.com

Visita a Florença - 2º Dia (Parte II)

O caminho na margem esquerda do rio Arno efectuado por nós, foi sendo feito sempre pelos designados ”lungarnos”, os cais do rio. Primeiro o Lungarno de Serristori, onde se encontra o belo Palazzo Serristori. Este é um grande palácio, localizado no bairro de Oltrarno, entre a Piazza Demidoff e o xará Lungarno Serristori.

O edifício data de 1520 - 1522, quando o bispo de Bitetto, Lorenzo Serristori encomendou a residência. Seu sobrinho, embaixador dos Medici, te-lo-à ampliado e melhorado, inclusive o grande jardim virado para o rio Arno.

Em 1873 a abertura do lungarno resultou na demolição de parte do edifício virado para o rio, com uma redução drástica do jardim e a destruição de uma passagem do telhado do palácio, que dava para a Ponte alle Grazie, em frente.

Ali também viveu José Bonaparte, rei de Espanha e irmão de Napoleão, que se mudou com sua família após a Restauração, e lá morreu em 28 de Julho em 1844. Hoje o palácio ainda pertence à família Serristori.

Ao lado do Palazzo Serristori, encontramos uma bonita praceta com jardim, a Piazza Nicola Demidoff, dedicada à família do embaixador russo Nicholas Demidoff, que viveu como visita no Palazzo Serristori.

Nesta praça destaca-se no meio, uma estatua mandada fazer pelos filhos de Demidoff, em 1828. O monumento em mármore do escultor Lorenzo Bartolini, representa Nicola Conte Demidoff, cercado por quatro grupos alegóricos de esculturas, representando as suas qualidades.

Um pouco mais à frente, encontramos do lado direito a Ponte alle Grazie. A Ponte original foi construída em 1227 e reconstruída em 1345 com nove arcos, tornando-se a ponte mais longa e mais antiga de Florença. Dois dos arcos foram preenchidos durante 1347, a fim de ampliar Piazza dei Mozzi. Foram também construídas casas sobre a ponte, como as da Ponte Vecchio, mas estas acabaram por ser abandonados e foram removidas em 1876, para dar lugar à via-férrea.

Em Agosto de 1944, a ponte original foi destruida durante a 2ª Guerra Mundial pelo exército nazista. Após o fim da guerra, foi realizado um concurso para um novo projecto de substituição da ponte, que foi concluída em 1953.

A montante da Ponte alle Grazie, caminhamos até à Ponte Vecchio pelo Lungarno Torrigiani. O Lungarno Torrigiani, é um trecho da margem sul do rio Arno, que vai desde a Ponte alle Grazie à Via Bardi. Deste lungarno pode-se desfrutar de uma vista extraordinária sobre as Galerias Uffizi, o Corredor de Vasari e da linda Ponte Vecchio.

Este cais do rio Arno tem o nome da família Torrigiani, que possui ali um palácio. Este palácio remonta ao séc. XV, quando as margens do rio Arno eram ladeadas por palácios pertencentes a famílias nobres. O edifício foi alterado ao longo dos séculos, até meados do século XIX, quando o famoso arquitecto, Enrico Poggi, se esforçou para transformar Florença numa capital. Ele modelou o palácio para a área do Lungarno Torrigiani, a fim de manter a paleta de cores clássicas renascentistas de gesso creme e cinza e "pietra serena", que são visíveis em tantos edifícios por toda a cidade.

Quase na esquina da Piazza dei Mozzi abre-se um quadrado verde, com bancos para descanço, cheio de boas sombras que convidam a alguns momentos de repouso, rodeado de antigas casas onde se encontra a Igreja Evangélica Luterana, em estilo gótico. Esta Igreja Luterana de Florença, foi construída em 1901, no jardim que outrora pertenceu ao Palazzo Torrigiani.

Fonte: Wikipédia / Google Maps

Visita a Florença - 2º Dia (Parte I)

O segundo dia destinado à visita à cidade de Florença, mais uma vez acordou radioso. Naquele dia o passeio pela cidade far-se-ia a pé, pois Florença é uma cidade plana.

Florença tem também a virtude de ser uma cidade de fácil orientação, apesar das inúmeras ruas e ruelas estreitas e sombrias. O centro é compacto e fácil de percorrer a pé.

A partir da Piazzale Michelangelo, descemos através da escadaria e rampas, bem como da estrada em zig-zag que desce a encosta, até atingirmos a Piazza Poggi (nas imediações dos célebres Jardins Boboli), que se encontra na base da colina sobre a qual assenta a Piazzale Michelangelo.

Esta praça até 1911, foi chamada “Praça do Moinho” e só depois se começou a designar pelo nome actual. Parece que fora das muralhas da cidade, havia muitos moinhos operados pelas águas de um canal alimentado pelo rio Arno e dai o seu antigo nome. A praça é agora dedicada a Giuseppe Poggi, o arquitecto da Piazzale Michelangelo e das avenidas de Circonvalação de Florença.

No meio desta praça encontra-se ainda muito bem preservada a antiga Porta San Niccolo, mais uma das portas pertencentes às antigas muralhas da cidade e que impressiona pela sua grandeza, mais parecendo uma torre. A sua posição central em relação à cidade, dá-nos a certeza que esta era a Porta/Torre de Vigia, que controlava as entradas na cidade medieval e que segundo reza a história, se manteve intacta durante o Cerco de Florença (1529-1530).

Virámos à esquerda, em direcção à Ponte Vecchio, a fim de fazermos a pé a margem esquerda do rio Arno. É indescritível o prazer que se sente ao caminhar pela beira do rio Arno, olhar as suas águas apressadas que reflectem intensamente o brilho intenso do Sol, observar de perto os “lugarnos”, os cais da cidade e olhar as suas pontes que se sucedem umas às outras, formando um conjunto muito belo, impossível de encontrar em qualquer outra parte do Mundo…

A meio caminho encontramos a Casa Museu Rodolfo Siviero, localizada em frente do rio, no bairro de Oltrarno.

Rodolfo Siviero foi ministro nos anos 50, mas a sua maior conquista, à qual a sua memória está mais ligada, foi ser “detetive de arte”, trazendo de volta ao seu país, importantes obras de arte roubadas ilegalmente durante a 2ª Guerra Mundial.

Antes da sua morte, em 1983, doou a sua casa e a sua colecção de obras de arte, bem como a sua biblioteca à cidade de Florença. A casa, por si só já merece a visita, pois é uma das obras projectadas por Giuseppe Poggi, o autor principal das obras de restauração da cidade, no século XIX.

Ali se podem encontrar belas obras de arte, como estátuas de madeira policromada do século XV, pintados a ouro, cerâmicas, bronzes, móveis antigos e outras relíquias.

Na margem direita do rio Arno e em frente desta casa, podem ser observadas as Gallerias degli Uffizi, o principal museu de arte de Florença.

Fonte: Wikipédia / Guias de viagem GTB

Visita a Florença - 1º Dia (Parte IV)

A partir da Piazzale D’Azeglio, o autocarro vira à esquerda e segue pela Viale G. B. Nicoccolini. Esta estrada, funciona paralela à Viale Giovanni Amendola e liga a Piazza Beccaria, à Piazza Piave Lungarni.
Vira-se em seguida em direcção ao rio Arno, pela Viale Giovanni Amendola, uma das grandes avenidas de Florença. Depois chegamos à Piazza Cesare Beccaria onde se encontra a Porta alla Croce, outra das antigas portas da cidade amuralhada.
A Piazza Cesare Beccaria é um cruzamento de estradas, pensadas por Giuseppe Poggi, em 1876, quando Florença era ainda a capital da Itália e inspiradas pelo boulevard parisiense.

Esta praça é dedicada a Cesare, Marquês de Beccaria, que foi um filósofo e político que condenou a tortura e a pena de morte. Em redor da praça estão diversos palácios neoclássicos e por baixo existe um parque de estacionamento.

Quando foi construída era conhecida como Piazza alla Croce, pois nela se encontra a Porta alla Croce (Porta da Cruz). Esta é uma das portas da cidade, construída em 1284, como parte das fortificações de Florença. Dentro da Porta alla Croce encontra-se já bastante danificado, uma Madonna e Menino com São João Batista, um fresco de Di Michele Rodolfo.
Vira-se à direita e segue-se pela estrada paralela ao rio Arno, contornando todo o Lungarno della Zecca, um dos principais cais da cidade. Do lado direito surge a Biblioteca Nazionale, que liga pelos claustros à bela Igreja Santa Croce.

Esta é a principal igreja franciscana de Florença e uma das principais basílicas da Igreja Católica no mundo. Está situada na Piazza di Santa Croce, a lesta da Santa Maria del Fiore, o Duomo da cidade. É o lugar onde estão enterrados alguns dos mais ilustres italianos, tais como Michelângelo, Galileo Galilei, Maquiavel e Rossini, sendo por isso apelidada de Panteão das Glórias Italianas.
Vira-se à direita, em direcção à Piazza Santa Croce e depois novamente à direita pela Via Ghibellina até se encontrar mais uma vez a Viale Giovane Italia, que que nos leva novamente até ao rio Arno, que se atravessa pela Ponte San Niccoló.

Depois da travessia do rio Arno, sobe-se novamente pela Viale Michelangelo em direcção à bela Piazzale Michelangelo, para ver o pôr-do-sol.

Ficámos na Piazalle Michelangelo até ao pôr-do-sol e depois optámos por fazer a viagem de regresso a Florença, para lá jantarmos. Depois de algumas horas lá passadas, a maioria na Plazza del Duomo, o regresso ao parque de campismo de autocarro urbano, para a merecida pernoita.
Fonte: Wikipédia / CitySightseeing Firenze

Visita a Florença - 1º Dia (Parte III)

Atavés da Via Valfonda progride-se até a uma fortaleza muito bem conservada. Conhecida por Forteleza da Basso e nascida com o nome de Castelo de Alexandria, possui hoje o nome de Fortaleza de San Giovanni Battista. É a maior obra de fortificação construida no séc. XIV em Florença, por Pier Francesco da Viterbo e Antonio da Sangallo, entre 1534 e 1537, por despacho de Alessandro de Medici.
Encontra-se rodeada por um anel de avenidas e do complexo de exposições da Feira de Florença, sendo hoje utilizada para inúmeras conferências, reuniões, concertos e outras iniciativas nacionais e internacionais.

Volta-se à direita pela Viale Spartaco Lavagnini, uma avenida que nos leva até à Piazza della Libertà. Ali se encontra a Porta da Praça San Gallo, uma antiga porta pertencente às antigas muralhas da cidade. Em 1738 foi ali construído um arco triunfal para celebrar a chegada da dinastia Lorena a Florença.

Em 1865 a praça foi construída após a destruição das muralhas da cidade, com um desenho do arquitecto Giuseppe Poggi. De forma elíptica, está rodeada de palácios formando um todo harmonioso. No meio da praça encontra-se um jardim com chafariz e um tanque de água, entre a Porta de San Gallo e o arco triunfal.

Vira-se de seguida à direita, pela Viale Giacomo Matteotti, uma avenida, criada por Giuseppe Poggi, originalmente chamada de Príncipe Amedeo di Savoia, filho do rei Vittorio Emanuel II. Nesta avenida encontram-se grandes edifícios com importante valor arquitetônico, construídos na época em que Florença era a capital da Itália.

A avenida liga duas das principais praças da cidade, a Piazza della Libertà e a Piazzale Donatello. Passa-se à esquerda pelo Jardim della Gherardesca e pelo Cemitério Inglês. Na esquina com a Via Benivieni há um nicho com uma Madonna, pintada por Ezio Giovannozzi.

Depois chega-se à Piazzale Donatello, vira-se à direita e mais à frente observa-se do lado esquerdo a Piazzale D’Azeglio e à frente desta aparece-nos o bonito Templo Israelita, com as suas belas cupulas verdes. É a Sinagoga de Florença, também conhecida como Tempio Maggiore, Templo Principal e que é considerada uma das mais belas da Europa.
Fonte: Wikipédia / Google Maps / CitySightseeing Firenze

Visita a Florença - 1º Dia (Parte II)

A Piazzale Michelangelo é um lugar onde apetece estar durante muito tempo, não só pela bela vista panorâmica que oferece de Florença e do vale do rio, mas também por ser um lugar amplo, que mesmo estando cheio de turistas e vendedores há sempre lugar para outros tantos.

Projectada em 1869 pelo arquitecto florentino Giuseppe Poggi, a Piazzale Michelangelo é um terraço sumptuoso, tipicamente do séc. XIX e um local popular também entre os moradores da cidade, sendo também um grande parque de estacionamento.

Quando este terraço foi terminado, Poggi projectou um edifício que ainda hoje lá se encontra, para um Museu para expor obras de Michelangelo. Por alguma razão, o edifício que era para ser museu, é hoje um restaurante de luxo.

Depois apanhámos o autocarro turístico de dois andares, vermelho e amarelo para uma visita guiada à cidade.

Desce-se desde a Piazzale Michelangelo pela Viale Galileo Galilei até ao vale do rio Arno, onde se pode ver do lado direito, a casa de Galileo Galilei. Desce-se ainda mais um pouco pela Viale Nicoló Machiavelli, no bairro Bobolino, um local onde se situam as casas da elite florentina do início do séc. XX, rodeadas de grandes jardins.

Mais à frente vê-se à direita a Porta Romana, uma das portas do centro histórico de Florença e uma das portas de entrada na cidade amuralhada da época medieval.

Passamos esta porta e entra-se na cidade antigo, ou seja no centro histórico da cidade. Passa-se a Ponte S. Trinitá, a mais antiga ponte de arco elíptico no mundo, desenhada e construída pelo arquitecto florentino Bartolomeu Ammanati. A jusante a igualmente notável, Ponte Vecchio.

Mais adiante, encontra-se do lado direito o palácio que outrora pertenceu à família Tornaquinci que, no século XV, alterou o apelido para Tornabuoni de forma a poder participar nos serviços públicos. O edifício foi construído por Giovanni Tornabuoni em meados do século XV, incorporando em numerosos outros edifícios, segundo um desenho de Michelozzo.

Os Tornabuoni eram aparentados com os Medici e como aqueles, foram mecenas de artistas e apaixonados coleccionadores de objectos de valor, mobílias, esculturas, obras pictóricas e livros raros.

Em 1563, este palácio foi vendido a Lorenzo di Piero Ridolfi, que o cedeu mais tarde a Alessandro de Medici, Arcebispo de Florença e futuro Papa Leão XI.

Mais à frente encontra-se o Palazzo Antinori, encomendado pela Giovanni Antinori no séc. XV. Este palácio espectacular é um excelente exemplo do poder e da riqueza da classe nobre durante o século XV.

A família Antinori vive desde então no palácio, possuindo terrenos em toda a Toscânia, onde se produzem famosos vinhos, além de azeite e outros produtos. A produção vinícola Antinori é muito antiga e a venda de vinho no palácio, ainda é testemunhada por um pequeno postigo aberto, onde por uma pequena abertura eram vendidas as garrafas, como ainda especifica a palavra "Vino" no parapeito (e este não é o único palácio da cidade a possuir, ainda, tais janelas). Actualmente hospeda o restaurante a "Cantinetta".

Mais à frente para-se na Piazza Unitá, a poucos passos da Piazza Santa Maria Novela, onde se encontra a pequena e bonita Basílica de Santa Maria Novella, uma igreja situada a Noroeste da parte antiga da cidade, quase junto à principal estação ferroviária florentina.
Fonte: Wikipédia / CitySightseeing Firenze