Visita a Florença - 2º Dia (Parte I)

O segundo dia destinado à visita à cidade de Florença, mais uma vez acordou radioso. Naquele dia o passeio pela cidade far-se-ia a pé, pois Florença é uma cidade plana.

Florença tem também a virtude de ser uma cidade de fácil orientação, apesar das inúmeras ruas e ruelas estreitas e sombrias. O centro é compacto e fácil de percorrer a pé.

A partir da Piazzale Michelangelo, descemos através da escadaria e rampas, bem como da estrada em zig-zag que desce a encosta, até atingirmos a Piazza Poggi (nas imediações dos célebres Jardins Boboli), que se encontra na base da colina sobre a qual assenta a Piazzale Michelangelo.

Esta praça até 1911, foi chamada “Praça do Moinho” e só depois se começou a designar pelo nome actual. Parece que fora das muralhas da cidade, havia muitos moinhos operados pelas águas de um canal alimentado pelo rio Arno e dai o seu antigo nome. A praça é agora dedicada a Giuseppe Poggi, o arquitecto da Piazzale Michelangelo e das avenidas de Circonvalação de Florença.

No meio desta praça encontra-se ainda muito bem preservada a antiga Porta San Niccolo, mais uma das portas pertencentes às antigas muralhas da cidade e que impressiona pela sua grandeza, mais parecendo uma torre. A sua posição central em relação à cidade, dá-nos a certeza que esta era a Porta/Torre de Vigia, que controlava as entradas na cidade medieval e que segundo reza a história, se manteve intacta durante o Cerco de Florença (1529-1530).

Virámos à esquerda, em direcção à Ponte Vecchio, a fim de fazermos a pé a margem esquerda do rio Arno. É indescritível o prazer que se sente ao caminhar pela beira do rio Arno, olhar as suas águas apressadas que reflectem intensamente o brilho intenso do Sol, observar de perto os “lugarnos”, os cais da cidade e olhar as suas pontes que se sucedem umas às outras, formando um conjunto muito belo, impossível de encontrar em qualquer outra parte do Mundo…

A meio caminho encontramos a Casa Museu Rodolfo Siviero, localizada em frente do rio, no bairro de Oltrarno.

Rodolfo Siviero foi ministro nos anos 50, mas a sua maior conquista, à qual a sua memória está mais ligada, foi ser “detetive de arte”, trazendo de volta ao seu país, importantes obras de arte roubadas ilegalmente durante a 2ª Guerra Mundial.

Antes da sua morte, em 1983, doou a sua casa e a sua colecção de obras de arte, bem como a sua biblioteca à cidade de Florença. A casa, por si só já merece a visita, pois é uma das obras projectadas por Giuseppe Poggi, o autor principal das obras de restauração da cidade, no século XIX.

Ali se podem encontrar belas obras de arte, como estátuas de madeira policromada do século XV, pintados a ouro, cerâmicas, bronzes, móveis antigos e outras relíquias.

Na margem direita do rio Arno e em frente desta casa, podem ser observadas as Gallerias degli Uffizi, o principal museu de arte de Florença.

Fonte: Wikipédia / Guias de viagem GTB

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