Visita a Venezia - Piazza San Marco - 1º Dia - Parte XVII



Piazza San Marco, Venezia Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Take your travel photos and make a slideshow for free.


Após a visita ao Palazzo Ducale di Venezia, foi tempo de desfrutar da ambiência da Piazza San Marco, um lugar único e um dos lugares mais turísticos do mundo, que exerce em nós uma magia inexplicável. É dominada em sua extremidade oriental pela imponente Basílica di San Marco que marca o centro histórico da cidade. A Piazza San Marco está geralmente repleta de turistas que a fotografam avidamente, sendo também além destes extremamente popular entre os pombos da cidade.Para a descrevermos com pormenor, nada como ir recordando a caminhada por ela feita. Vai ser descrita por uma perambulação a partir da fachada ocidental da igreja (de frente para o comprimento da Piazza) processando-se para a direita.
Na Basílica di San Marco há aspectos que devem ser mencionados como é o caso da totalidade da fachada oeste com seus arcos grandes e decoração em mármore, com esculturas em volta da porta central. Em acima, os quatro cavalos que presidem a praça inteira, simbolizando o orgulho e o poder de Venezia, aos quais os genoveses em 137, fizeram referência, dizendo que não poderia haver paz entre as duas cidades até que estes cavalos ali estivessem. 400 anos depois, Napoleão, depois de ter conquistado Venezia, retirou-os enviando-os para Paris.A caminhada começa por atravessar a Piazzetta dei Leoncini, um espaço aberto no lado norte da igreja, assim nomeado por possuir dois leões de mármore ali colocados pelo Doge Alvise Mocenigo, em 1722, mas que agora é oficialmente chamada de Piazzetta Giovanni XXIII.




Em frente observamos a Torre do Relógio, concluída em 1499, acima de um alto arco, onde a rua conhecida como a Merceria, a rua principal da cidade, nos leva às ruelas de compras mais famosas da cidade, a caminho do Rialto, o centro comercial e financeiro de Venezia. À direita da Torre do Relógio observa-se a fechada da Chiesa di San Basso, projetada por Baldassare Longhena (1675), raras vezes aberta.
Virando à esquerda e seguindo a arcada ao longo do lado norte da praça, encontramos os prédios que são conhecidos como os Procuretie Vecchie, as ex-casas e escritórios dos procuradores de São Marcos, altos oficiais do estado da república de Venezia, que foram construídos no início do séc. XVI.

A arcada está alinhada com lojas e restaurantes ao nível do solo, agora com escritórios em cima. Os restaurantes incluem o famoso Caffè Quadri, que foi apadrinhado pelos austríacos quando Venezia foi governada pela Áustria, no séc. XIX, enquanto os venezianos preferiam o Caffè Florian, do outro lado da Piazza San Marco.
Viramos à esquerda no final do pórtico e a arcada continua ao longo da extremidade oeste do Piazza, que foi reconstruída por Napoleão em 1810 e é conhecida como a Ala Napoleonica das Procuratie Nuove, que por trás das lojas, possui uma escadaria cerimonial que levava ao palácio real, mas que agora constitui a entrada do Museu Correr, o museu municipal de Venezia. Este museu deve o seu nome a Teodoro Correr (1750 - 1830), um magnata descendente de uma das mais antigas famílias venezianas, que legou em 1830 a sua coleção de obras de arte à cidade de Venezia.


Viramos novamente à esquerda e a arcada porticada continua para o lado sul da Piazza. Os edifícios deste lado são conhecidos como os Procuratie Nuove e foram desenhados por Jacopo Sansovino, em meados do séc. XVI, mas só parcialmente construídos (1582-6), após a sua morte por Vincenzo Scamozzi, aparentemente com alterações exigidas pelos procuradores e, finalmente, completados por Baldassare Longhena em 1640.
O piso térreo tem lojas e ali encontramos o famoso Caffe Florian, onde toca à vez, com os outros cafés da piazza, um quarteto ou quinteto que interpreta música clássica de qualidade. Embora aparentemente fique caro o que quer que se tome nestas cativantes e belas esplanadas, a meu ver fica sempre barato, pois temos a oportunidade de assistir a belos concertos de música clássica, pelo tempo que se quiser.


A face oeste do Campanile é observada a partir da Piazza. O Campanile, o campanário da basílica, foi inaugurado em 1720 por Floriano Francesconi e apadrinhado pelos venezianos que odiavam os austríacos que habitualmente se sentavam no Caffè Quadri. Os andares superiores foram destinados por Napoleão para ser um palácio para seu enteado Eugène de Beauharnais, seu vice-rei em Venezia, e que agora abriga o Museo Correr. Na extremidade norte dos Procuratie encontra-se a Libreria Sansovino de meados do séc. XVI, cuja principal frente já se encontra na Piazzetta. A arcada continua ao virar da esquina para a Piazzetta.Oposta a esta, vemos novamente o Campanile da Basílica di San Marco (1156-1173 cuja última restaurado foi em 1514), reconstruído em 1912, "com'era, dov'era" (como era, onde estava), após a colapso do ex-campanile em 14 de Julho de 1902. Adjacente ao Campanile e voltada para a basílica, fica o elegante o pequeno edifício conhecido por Loggetta, construído por Sansovino, em 1537-46, e usado como uma sala por patrícios da cidade, quando esperavam para entrar nas reuniões do Grande Conselho, no Palácio dos Doges e pelos guardas quando o Grande Conselho estava reunido.


Do outro lado da Piazza em frente da basílica encontramos três grandes mastros com bases de bronze decorados em alto-relevo por Alessandro Leopardi em 1505. A bandeira de São Marcos de Venezia era ali desfraldada, usada no tempo da República de Venezia, onde agora podemos observar a bandeira tricolor italiana.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.photoglobe.info / http://europeforvisitors.com/

Visita a Venezia - 1º Dia - Palazzo Ducale di Venezia - Parte XVII



Palazzo Ducale di Venezia Slideshow: Pé’s trip from Sao Martinho do Porto, Estremadura, Portugal to Venice, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

Depois da visita à Basílica di San Marco, foi a vez da visita ao Palazzo Ducale (Palácio dos Doges). Na bilheteira a agradável surpresa, o bilhete dava para entrar em muitos outros museus da cidade.Este é um dos mais belos e impressionantes palácios do mundo e surge na área monumental da Piazza San Marco (Praça de São Marcos), entre a Piazzetta e o Molo. O Palazzo Ducale é uma obra-prima da arte gótica, uma impressionante estrutura de camadas de elementos de construção e ornamentação em cima das antigas fundações. As adições renascentista e maneirista, mostram-nos belos detalhes de uma opulência pouco vulgar. É composto de três grandes edifícios que uniram os antigos edifícios.

O palácio atual foi construído entre 1309 e 1424. Giovanni Bon e Bartolomeo Bon criaram a chamada Porta della Carta, um monumental portão em estilo gótico tardio na Piazzetta, ao lado do palácio. O Palácio foi a residência oficial de 120 Doges que governaram Venezia de 697 a 1797, e contém os escritórios de várias instituições políticas, organizados em redor de um pátio central. O primeiro andar foi ocupado por escritórios de advocacia, a Chancelaria, os Censores e o Escritório Naval.

A dimensão das suas salas onde se reuniam todas as famílias nobres de Venezia, revestidas a pinturas magníficas e com dimensões inimagináveis dão uma ideia do poder, da autoridade e da riqueza da Sereníssima República di Venezia que foi uma potência mundial na sua época.
No segundo andar estavam a Grande Câmara do Conselho, a Câmara de Votação e os apartamentos do Doge. O terceiro piso apresenta a Sala del Collegio, adornada com pinturas, incluindo as de vários Doges e a do Lepanto, de Paolo Veronese, onde os embaixadores estrangeiros eram recebidos. Há salas usadas por corpos governamentais e também uma Câmara Bussola, onde os cidadãos podiam submeter as suas reclamações.




A ala virada para a Bacia di San Marco, contém o hall do Grande Conselho e é a mais antiga, reconstruída em 1340; A ala virada para a Piazzeta (ex-Palácio da Justiça) é a Sala dello Scrutinio, cuja construção começou na sua forma actual, desde 1424, com pinturas que retratam os vários Doges e o quadro "Batalha de Lepanto", de Andrea Vicentino; Na parte traseira do palácio está a Ponte dos Suspiros, anexa à prisão; No lado oposto, fica a fachada renascentista, onde fica a residência do Doge e possui muitos gabinetes governamentais, que foi reconstruída entre 1483 e 1565.
A entrada do público para a visita ao interior do Palácio dos Doges é a Porta de Trigo, (assim chamada porque estava perto do "Ufficio della Lama") que se abre sob o pórtico da fachada da frente virada para a Bacia di San Marco, do séc. XIV. O piso térreo abrigava outrora os serviços públicos e o Museu della Ópera, a área das cozinhas antigas do Doge. Possui agora um café-bar e está equipado para abrigar exposições temporárias.

O caminho para os quartos superiores do edifício, passa primeiro pelo extraordinário tribunal e continua com o plano das lojas que nos levam aos preciosos quartos do apartamento dos Doges, no primeiro andar. Os quartos destinados ao trabalho dos magistrados estão localizados no segundo andar e finalmente nas lojas do plano, acabamos com uma visita ao imenso e bem preservado museu de armamento, onde se encontram belos exemplares de armas medievais e outras de várias épocas.
Depois a parte mais esperada da visita, a passagem pela Ponte dei Sospiri (Ponte dos Suspiros), com vista através de um rendilhado de tijolos em forma de pétalas, para o Riva degli Schiavoni, o cais virado para a Bacia di San Marco. Passando a Ponte dei Sospiri e já na outra margem do rio, são visitados os calabouços sombrios da Prigioni Nuove, a antiga prisão da cidade e o primeiro edifício no mundo construído para ser uma prisão.

Conhecida em todo o mundo e milhares de vezes fotografada pelos turistas provenientes de todos os pontos do globo, a Ponte dei Sospiri tem este nome porque a lenda diz que, em tempos remotos, os prisioneiros ao atravessá-la, quando vinham do tribunal onde tinham sido julgados e condenados, suspiravam quando passavam por ela, na ocasião de ver pela última vez o mundo exterior. Basicamente são estes os locais visitados pela maioria dos turistas, sendo normalmente as rotas propostas pelo Museu, que não são linearmente os andares individuais do edifício, mas que nos proporcionam o deambular por caminhos que sobem e descem em cruzamentos múltiplos. No entanto há ainda os itinerários secretos, que não fazem parte da visita habitual, mas que podem ser visitados apenas em condições especiais.

De todas as salas visitadas, talvez a sala mais espetacular seja a Câmara do Grande Conselho ou Sala del Maggior Consiglio, originalmente a sala de reuniões da legislatura. A sala é ladeada por pinturas de antigos Doges e lá pode ser encontrado o enorme e belo "Paraíso", de Tintoretto, considerada a maior pintura em tela do mundo.
Além disso, podemos observar no Palácio a Scala d’Oro (Escada de Ouro), projetada por Jacopo Sansovino, um famoso arquitecto e escultor do Renascimento Italiano. A Scala d’Oro é assim chamada pelas ricas decorações em estuque branco e folha de ouro zecchino da abóbada.


No final da visita no seu pátio no piso terreo o destaque fica para a Scala dei Giganti (Escada dos Gigantes), ornada com belíssimas esculturas de Sansovino representando Marte e Neptuno. Do lado de fora a belíssima fachada gótica e suas loggias, com colunas e arcos ogivais perfurados, que são de uma beleza impar.
Fonte: Wikipédia.org / http://betoefofs.wordpress.com / http://www.blogger.com/

Quando as mulheres ousam...

"Assim como há mulheres que conspiram contra a própria causa, há homens que talvez possam ajudar. A discriminação é a tolice que supera o machismo." Josias de Souza*

http://tv.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=24806&c_id=8&dif=tv&idpod=63978#.Tp3MRiPKiBY.blogger

* Josias de Souza é um jornalista brasileiro. Exerce o jornalismo desde 1984.

Visita a Venezia - Basílica di San Marco - 1º Dia - Parte XVI




Basílica di San Marco, Venice Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create a free slideshow with music from your travel photos.

Chegados à Piazza San Marco e após um bom bocado de tempo sentados a degustar um “gelatto”, numa das extensas esplanadas da praça, resolvemos começar pela visita à Basílica di San Marco. A Basílica é o ponto em torno do qual a vida pública e religiosa da cidade gira. É o lugar onde os Doges de outrora tinham a sua coroação. É o símbolo máximo da Venezia antiga e nova. A igreja foi construída no séc. IX para guardar o corpo de San Marco, padroeiro da cidade, cujos restos mortais foram roubados de Alexandria no Egito, em 828.


A Basílica di San Marco foi a capela dos Doges durante a maioria da sua história, mas em 1807, tornou-se a Catedral de Venezia.A Basílica é um esplêndido exemplo do estilo de arquitectura romano-bizantina e reflete as várias fases de construção a que esteve sujeita ao longo do tempo, sendo facilmente identificáveis os ​​ recursos romano-bizantinos, bem como as influências do gótico do séc. XV. Embora tenha sido reconstruída em diferentes ocasiões, a principal característica é ainda o estilo bizantino, com uma grande cúpula central e as cúpulas laterais.


Embora a estrutura básica do prédio tenha mudado muito pouco ao longo do último milénio, a sua decoração foi regularmente modificada após a sua conclusão. Os 14 séculos seguintes contribuíram todos para o seu embelezamento, sendo também trazidos do Oriente vasos, colunas, capitéis e frisos de edifícios antigos para decorar a Basílica.No exterior está decorada com arte bizantina, românica e gótica e a fachada oeste é composta por duas ordens de cinco arcos, apoiados por grupos de colunas cujos capitéis foram esculpidos nos séculos XII e XIII. A alvenaria exterior foi gradualmente coberta com mármores, sendo alguns muito mais velhos do que o próprio edifício.




Também a não perder é a observação detalhada do lado sul (mais próximo ao Palácio dos Doges), onde é possível admirar duas colunas finamente esculpidas em estilo bizantino. Elas são provavelmente oriundas da Síria, do séc. V ou VI. Perto dali, no canto exterior do Tesouro, encontram-se as esculturas egípcias conhecidas como “Tetraquia”, que datam do séc. IV e que se acredita representarem Diocleciano e seus três co-governantes. Nas fachadas da basílica, podem ser encontradas cinco portas, que estão decorados sumptuosamente com mármore e mosaicos. A fachada principal é absolutamente surpreendente, devido à beleza observada. Está dividida em duas partes por um terraço, onde se observam as réplicas de quatro cavalos, que substituíram os originais em cobre e banhados a ouro, enviados de Constantinopla ao Doge Enrico Dandolo, em 1204, como parte do saque desta cidade na Quarta Cruzada.


Os Cavalos de San Marco foram acrescentados à basílica em torno de 1254. São uma obra da Antiguidade Clássica e alguns crêem que antes adornaram o Arco de Trajano. Foram retirados por Napoleão em 1797, mas devolvidos à basílica em 1815, onde permaneceram até ao ano 1990. Encontram-se atualmente numa sala de exposições, havendo sido substituídos por réplicas em fibra de vidro.Há muitos detalhes fascinantes para desfrutar no exterior, graças à incorporação de uma grande variedade de obras de arte desde a Antiguidade até a Idade Média. Na Basílica di San Marco existe uma quantidade enorme de mosaicos, cada um mais interessante que os outros. Encontramos ali mais de sessenta padrões diferentes, onde estão retratados pavões, rinocerontes, flores e alguns desenhos abstratos que desafiam a nossa imaginação. A combinação das cores, a qualidade dos desenhos e o ineditismo dos temas são de fazer espantar um pintor impressionista.


No átrio, antes de entrar na Igreja, o piso de mosaico em mármore pode ser datado dos séculos XI e XII, com colunas e paredes decoradas com mármore. Meias abóbadas e cúpulas em miniatura em estilo bizantino, revestidas com mosaicos de mármore, são datados dos séculos XII e XIII. A porta de entrada principal para a igreja é guardada por três portões em bronze dos séculos XI e XII.O interior é pouco luminoso, mas um lugar de grande riqueza e beleza arqutetónica. É uma igreja tipicamente bizantina, com desenho em cruz grega, com três naves divididas por colunas e arcos maciços, cobertos de mosaicos dourados que suportam as cinco cúpulas. Os mosaicos que decoram as cúpulas principais são feitos com ouro fundido e possuem na realidade a verdadeira grande riqueza da Igreja. Estas obras de arte em estilo bizantino e veneziano dos séculos XI a XIV, foram em parte refeitos por Ticiano, Tintoretto e Veronese entre outros, nos séculos XVI e XVII.


O altar-mor está levantado acima da cripta e cercado por portões de mármore sobre os quais estão uma série de estátuas de Dalle Masegne (1396). O altar em si é o túmulo de San Marco que está sustentado por quatro colunas em alabastro do séc. XII. Atrás fica o famoso retábulo de ouro, a "Pala d'Oro", todo realizado com ouro e pedras preciosas, além de esmaltes que são trabalhados em estilo bizantino e veneziano dos séculos X a XIV.A história das relíquias de San Marco não pode nem deve passar desconhecida a quem visita a cidade de Venezia, pois como se sabe este é o seu Santo padroeiro.


Segundo reza a história em 828, mercadores venezianos roubaram as relíquias de San Marco Evangelista que descansavam desde a sua morte, em Alexandria, no Egito. Para conseguirem sair do Egito, os venezianos terão escondido as relíquias num barril sob camadas de carne de porco, para as conseguirem passar pelos últimos guardas muçulmanos. Curiosamente esta aventura está retratada num mosaico do séc. XIII, colocado sobre a porta mais à esquerda da entrada principal da basílica e é um dos mais antigos da igreja. As relíquias foram inicialmente alojadas numa capela temporária no Palácio dos Doges, mas uma igreja foi construída para abrigar as valiosas relíquias entre 829 e 832. Esta igreja foi mais tarde queimada numa rebelião contra o Doge Pietro Candiano IV, em 976, mas foi restaurada pelo Doge Domenico Contarini. A basílica sumptuosa atual, que incorpora os edifícios anteriores, foi concluída por volta de 1071.

Fonte: http://www.veneziasi.it/en/venice / http://www.basilicasanmarco.it / Wikipédia.org

António Lobo Antunes

Acabei de ouvir avidamente António Lobo Antunes. Que beleza… É um homem de uma beleza profunda!... Nunca me canso de o ouvir… Sou e serei enquanto viver uma apaixonada pela sua obra e pelo seu ser. Como é bom viver na sua época, como é bom lê-lo, como é bom saber que existe…



Biografia: António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1 de Setembro de 1942 e provém de uma família da Alta Burguesia. Licenciou-se em Medicina e especializou-se em Psiquiatria. Viveu em Angola (1971 e 1973) como tenente médico do Exército, na Guerra do Ultramar. Venceu o Prémio Jerusalém (2005), o Prémio Camões (2007) e nomeado Comendador da Ordem das Artes e das Letras Francesas (2008).



Experiência Profissional: Médico no Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa (até 1985). Dedicou-se totalmente à escrita relacionada com os problemas psíquicos e históricos.



Obras Publicadas:


Sei Lá (1999)
Memória de Elefante (1979)
Os Cus de Judas (1979)
Conhecimento do Inferno (1980)
A Explicação dos Pássaros (1981)
Fado Alexandrino (1983)
Auto dos Danados (1985)
As Naus (1988)
A Besta do Paraíso (1989)
Tratado das Paixões da Alma (1990)
A Ordem Natural das Coisas (1992)
A Morte de Carlos Gardel (1994)
A História do Hidroavião (1994)
Manual dos Inquisitores (1996)
O Esplendor de Portugal (1997)
Livros de Crónicas (1998)
Exortação aos Crocodilos (1999)
Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura (2000)
Que Farei Quando Tudo Arde? (2001)
Segundo Livro de Crónicas (2002)
Letrinhas das Cantigas (2002)
Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo (2003)
Eu Hei-de Amar uma Pedra (2004)
Cartas da Guerra (2005)
Terceiro Livro de Crónicas (2006)
Ontem Não Te Vi Em Babilónia (2006)
O Meu Nome é Legião (2007)
O Arquipélago da Insónia (2008)
Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar (2009)
Sôbolos Rios Que Vão (2010)
Quarto Livro de Crónicas (2011)

Visita a Venezia - 1º Dia - Parte XVI







Piazza San Marco, Venezia, itália Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning free slideshow from your travel photos.
Do cais Salute o Vaporetto encaminha-se para o cais seguinte, San Marco, situado no ancoradouro de la Fondamenta dele Farine, por onde caminhamos até à Piazzetta, a praceta que nos recebe antes de entrarmos realmente na Piazza San Marco.A poucos passos da Piazzetta, o Fondamenta delle farinha (a "doca da farinha", por ser ali que outrora se desembarcava a farinha que chegava por barco a Venezia), leva-nos desde o cais onde pára o vaporetto ao longo da Reali Giardini. É um lugar perfeito para apreciar o pôr-do-sol, com uma vista magnífica sobre a Bacia de São Marcos e a ilha onde se encontra a Basílica de San Giorgio Maggiore.

Depois sempre a caminhar, passamos por muitas barraquinhas com as maravilhosas lembranças de Venezia, como os bordados de Burano, onde as sombrinhas se destacam, as famosas mascaras de fabrico artesanal de Venezia, assim como os lindos cristais e vidros multicores de Murano.À entrada da Piazzeta destacam-se duas elegantes colunas, a Colonne di San Marco e a Colonne di San Teodoro. Estas duas colunas, juntamente com a fachada monumental com pórticos do Palazzo Ducale e a Biblioteca Marciana, marcam a entrada monumental para a Piazza San Marco, para quem vem do mar. Foram erguidas por Nicholas Barattieri em 1172, sob as ordens do Doge Sebastian Ziani, quando a praça foi alargada. Estas enormes colunas foram transportadas para Venezia desde o Oriente e segundo consta eram originalmente três, mas a terceira foi partida durante o desembarque.

A coluna que se apresenta do lado do Palazzo Ducale e que suporta um leão alado, símbolo de São Marcos, o santo padroeiro da cidade, é também o símbolo da cidade e do Estado de Venezia. É uma escultura de bronze muito antiga, a que mais tarde lhe foram adicionadas asas.
Do lado da Biblioteca Marciana, pode observar-se a Coluna de San Teodoro, que suporta um santo guerreiro bizantino, San Teodoro, protetor da primeira cidade de origem, retratada em mármore no ato de matar um dragão. O espaço entre as duas colunas foi outrora usado e concebido como um lugar para execuções, de modo que ainda persiste entre a população local o uso supersticioso de não atravessar o espaço entre as duas colunas.

A Piazza San Marco é a mais bela praça de Venezia. Foi um enorme centro de poder em séculos passados e a porta de entrada marítima da cidade. É uma praça de grandes dimensões, com uma arquitectura complexa e harmoniosa. A qualquer a hora do dia e até pela noite dentro a música faz-se ouvir, tocada pelas orquestras dos vários e luxuosos cafés (como é o caso do Florian, entre outros).
Rodeada de arcadas a toda a volta, encontram-se ali três dos mais importantes edifícios da cidade. A imponente torre "Campanille", que lá em cima nos proporciona vistas excepcionais sobre a cidade. Em frente a Basílica di San Marco, de uma beleza de tirar o fôlego é um capricho arquitectónico bizantino oriental, com um espectacular interior revestido por enormes painéis de mosaico, pintados a ouro. Possui cinco cúpulas, entre as quais se destaca a cúpula da Criação. São também de visitar o Baptisterio, a Virgem da Vitória e a Pala d´Oro.

Ao lado da Basílica di San Marco (oeste), destaca-se virado para a Piazzeta, o magnífico e imponente Palácio dos Doges ou Palazzo Ducale di Venezia, dos séculos XIV e XV, que é também um dos símbolos de Venezia, com as suas paredes de mármore rosa e branco. O Palazzo Ducale, foi outrora a antiga residência do governo de Venezia, no séc. IX.
Não se deve perder a visita ao seu interior, onde se destacam as Salas do Senado e a Ponte dei Sospiri (Ponte dos Suspiros), que passa sobre o rio del Palazzo, um estreito canal, unindo o Palazzo Ducale com a Prigioni Nove (a antiga prisão da cidade, que é também visitada), e que ali se derrama no Grande Canal.


Na Piazza San Marco podem-se encontrar ainda os edifícios das Procuradorias e as residências de grandes funcionários venezianos, que datam dos séculos XVI e XVII. Fotografada por turistas do mundo inteiro, lá coincidem em todos os dias do ano, visitantes, moradores locais e artistas de rua. No andar térreo das Procuradorias, estão hoje instalados os cafés mais famosos da cidade: o Caffè Florian e o Gran Caffè Quadri, abertos desde o séc. XVII. Também se encontram na Piazza San Marco, o Museu Correr e o Museu de Arqueologia; a Biblioteca Marciana e a bela Torre do Relógio, que exibe as fases da lua e os signos do zodíaco. Conta a lenda, que os responsáveis pelo projeto do relógio, tiveram os olhos arrancados após a sua conclusão, para que não pudessem jamais repetir a obra.

No entanto, este lugar, além do favorito dos deuses, também o é de muitos dos seus visitantes, sendo o lugar mais lotado de Venezia, possuindo ainda muitas outras maravilhas e tantos segredos por descobrir, como monumentos que são verdadeiras obras-primas criadas por grandes artistas, igrejas com tesouros escondidos, teatros e palácios com séculos de inúmeras histórias das famílias patrícias da cidade... É desde há muito um bairro que já não é visto propriamente como o centro político de antiga República Sereníssima de Venezia, mas sim como um bairro que agora se transformou num centro mais comercial, principalmente para jóias e produtos de luxo, além de ali se poderem comprar também muitos e bons artigos a bom preço.

Fonte: http://www.venezia-gallery.com / Wikipédia.org

O Mundo é a nossa rua

Comentário do autor das legendas: "Quando vi este vídeo, tive de o tirar e fazer-lhe umas legendas, porque é simplesmente inacreditável e sintomático do que vai acontecer à educação em Portugal.
Obrigado Pai, obrigado Mãe por me terem ensinado valores mais altos, como responsabilidade, empenho e determinação. Se não chego mais longe, não é por culpa vossa."



Sem mais comentários!...


Visita a Venezia - 1º Dia - Parte XV


Veneza, Grande Canal, itália Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

Antes de se continuar a descrição da visita pelo Grande Canal, deve referir-se que todo o Sestiere Dorsoduro, o bairro onde se encontram as principais galerias e museus de arte de Venezia, foi sempre um bairro boémio, procurado por muitos artistas emergentes de várias épocas e um lugar onde sempre residiram jovens pintores, músicos e poetas. Dorsoduro é há muito o lar da Universidade Ca 'Foscari de Venezia e das Galerias della Accademia, que tem como é natural uma vibrante vida artística e cultural.Ali viveram, Peggy Guggenheim, Henry de Régnier, Ezra Pound, John Ruskin, Ettore Tito e Robert Browning e muitos outros, que vão de simples apreciadores de arte, artistas, poetas e músicos e todos escolheram viver nesta faixa de terra espremida entre o Grande Canal e Canal do della Giudecca.


A palavra Dorsoduro é um nome derivado das palavras “osso duro”, que é uma referência ao solo desta zona de Venezia, o mais difícil solo encontrado na cidade. Das cúpulas da Basílica Santa Maria della Salute aos humildes cortiços perto da Stazione Maritima, passando pela vibração do Campo Santa Margarita, o Sestiere Dorsoduro oferece um pouco de tudo, quer para moradores, quer para os visitantes.É um local onde se deve parar, não só para se fazer uma pausa, mas também para se respirar a beleza que rodeia este bairro e onde segundo os seus habitantes devemos voltar, para apreciar os melhores momentos do dia, como após o nascer do sol, ao meio-dia, no final da tarde e à noite, para realmente se descobrir a verdadeira magia do lugar.


Seguindo a viagem pelo Grande Canal, um pouco mais à frente do Ca' Dario e do outro lado esquerdo do canal, observa-se o Palazzo Gritti-Pisani, que foi outrora a residência da nobre e antiga família Gritti, onde se contam algumas das figuras mais ilustres da sua época, como: Luigi Gritti, Bispo de Adria e Conselheiro de Giovanni Rei da Hungria; Benedicto Gritti, governador da Candia; Luigi Gritti, também governador da Candia; Francesco Gritti, embaixador de Venezia; Vincenzo Gritti, procurador de Salò e capitão da Riviera e Andrea Gritti, um Doge de da cidade de Venezia.

O Palazzo é um edifício que data do séc. XIV, quando foi concebido como um edifício de três andares. No séc. XIX foi levantado mais um piso e já no séc. XX, foi adaptado para abrigar um hotel de luxo, com o terraço da frente atual no primeiro andar, com vista para o Grande Canal. O Palazzo Pisani construído em estilo gótico, cujas características principais são as janelas que acabam com arcos pontiagudos. O último piso, mais tarde adicionado, foi construído em harmonia entre as outras partes. No rés-do-chão existe uma agradável esplanada, com uma excelente vista sobre o Grande Canal.

Dali observa-se um pouco mais à frente, na outra margem do Grande Canal, a belíssima Basílica di Santa Maria della Salute (Santa Maria da Saúde), que se ergue perto da da Punta della Dogana di Mare (Ponta da Alfândega), construída no séc. XVII. Foi construída, tal como a Igreja do Redentor e a Igreja de São Roque, como "ex-voto" dos habitantes venezianos por causa da peste negra, que em 1630 dizimou grande parte da população da cidade de Venezia. Segue-se viagem no Vaporetto e do lado esquerdo observa-se o Palazzo Gritti-Pisani, a moradia da família Gritti, que foi transformada no Gritti Palace Hotel. Encontra-se com a fachada principal voltada para o Grande Canal, bem próxima da Basílica Madonna della Salute.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.planetware.com / http://www.museumplanet.com / http://www.orkut.com

Visita a Venezia - 1º Dia - Parte XIV


Veneza, Grande Canal, itália Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create a free slideshow with music from your travel photos.

Na última etapa da nossa primeira viagem de Vaporetto pelo Grande Canal, com destino a San Marco e após a passagem pelo edifício onde está sediada a Collezione Peggy Guggennheim, observa-se do mesmo lado, um pouco à frente, o Palazzo Dario.O Ca’ Dario é um palácio estreito, que chama facilmente a nossa atenção pela fachada assimétrica de mármore policromado brilhante e vistoso, com uma mistura invulgar de estilos arquitetónicos, que como os anteriores palácios próximos também fica localizado no Sistieri Dorsoduro e com vista para o Grande Canal. A fachada é ricamente decorada com pedra d'Istria, onde estão dispostos vários medalhões circulares nos seus três andares superiores.

O edifício é famoso pela alegada maldição que pesa sobre ele, que segundo a lenda se encontra assombrado e que todos os seus proprietários estariam destinados a ir à falência ou morrer de uma morte violenta. O número de proprietários ou membros de suas famílias, que morreram pouco depois de possuirem este edifício é chocante, pois o número de mortes ali ocorridas foram pelo menos dez. O palácio foi construído sobre um antigo cemitério e a sua fachada principal encontra-se visivelmente inclinada devido à cedência das suas fundações. Um poeta italiano certa vez comparou a sua estrutura sumptuosa e inclinada, com "uma cortesã decrépita inclinada sob o peso de suas bugigangas".

A maioria do corpo do edifício foi construído num estilo peculiar, assemelhando-se ao gótico veneziano, embora a fachada principal virada para o Grande Canal, seja claramente renascentista. No rés-do-chão do prédio encontra-se a inscrição em latim, VRBIS DARIVS GENIUS GIOVANNI (Giovanni Darius protector da cidade). As suas chaminés também se destacam por serem altas, pois embora sejam tipicamente venezianas, estão entre os poucos exemplares originais da sua época. A varanda neogótica só foi adicionada ao edifício no séc. XIX.


Foi construído para Giovanni Dario, original da Dalmácia, em 1487 e projetado por Pietro Lombardo. Em 1494, com a morte de Giovanni Dario, o palácio foi herdado por sua filha Marietta passando depois para Vincenzo Barbaro. Mais tarde foi reconstruído por Giuseppe Sardi para o almirante Antonio Barbaro, entre 1678 e 1681 e possui um dos melhores estilos do barroco veneziano, em algumas das fachadas.O exterior tem mapas em relevo em mármore que representam os vários locais por onde Antonio Barbaro viajou a serviço de Venezia, como Candia, Zadar, Pádua, Roma, Corfu e Spalato. A família Barbaro permaneceu na posse do prédio até o que no início do séc. XIX, quando Alexandre, o Bárbaro (1764-1839), último membro do Conselho dos Dez da República de Venezia e conselheiro do Supremo Tribunal de Verona, vendeu o prédio a Arbit Abdoll, um mercador arménio de pedras preciosas.


Já no final do séc. XIX, o Palazzo Dario, foi adquirido pela Condessa de la Baume-Pluvinel, uma aristocrata e escritora francesa, que escrevia sob o pseudónimo de "Laurent Evrard" e que fez uma grande renovação do palácio. A condensa tinha por hábito e prazer cercar-se de escritores franceses e venezianos, entre os quais Henri de Régnier, cuja presença habitual no palácio, está imortalizada numa inscrição num muro do jardim do palácio, que diz: "Em Questa Casa antica dei Dario, Henri de Regnier, poeta di Francia, venezianamente Visse e scrisse-anni 1899-1901" (Nesta antiga casa de Dario, Henri de Regnier, poeta francês, viveu e escreveu em Venezia, nos anos 1899-1901).O palácio é também um dos palácios de Venezia que foi retratado num dos quadros de Claude Monet, pintado em 1908, quando se encontrava a residir na cidade e que hoje se encontra na coleção permanente do Art Institute of Chicago.


Atrás do Palazzo Dario reside numa pequena praça, o Campo Barbaro Campiello, assim nomeado em honra de um dos membros da família Barbaro. A praça sombreada por frondosas árvores é ladeada pelo Palazzo Dario, que também e mais uma vez foi imortalizado nos escritos do crítico de arte Inglês John Ruskin, que descreveu o mármore incrustado no edifício com grande detalhe.A estátua de António Barbaro encontra-se no centro da praça, ladeada por belas esculturas que representam a Honra, a Virtude, a Fama e a Sabedoria. No topo da fachada observa-se a árvore genealógica da família Barbaro, esculpida em relevo.


Em frente do Ca’ Dario, do outro lado do Grande Canal encontra-se o cais de Vaporitti de Santa Maria del Giglio. O Campo del Giglio ou Campo Santa Maria Zobenigo, é uma praceta a Oeste da Piazza San Marco onde se encontra a Chiesa di Santa Maria Zobenigo, que foi fundada no séc. IX pela família Zubanico, daí o seu nome, mas que é mais conhecida por Santa Maria del Giglio. Esta igreja, cujo nome se traduz como Igreja de St. Maria do Lírio, referindo-se à flor classicamente usada nas pinturas e escritas relativas ao Anjo São Gabriel, o anjo da Anunciação.


O interior foi restaurado em 1660 e a fachada barroca foi adicionada em 1678-83 por Giuseppe Sardi sob as ordens de Antonio Barbaro, garantindo assim a sua imortalidade, uma vez que a igreja possui uma estátua sua em pedra, que se encontra colocada em cima do portal principal, com estátuas de alguns de seus antepassados por baixo. Na realidade a fachada principal da igreja foi construída para comemorar a história da glória naval e política da família Barbaro, na República de Venezia, pelo que não há um único símbolo religioso na frente da igreja. A família Barbaro, embora originalmente de Roma veio para Venezia em 868, onde vários membros da família se distinguiram, tendo estado alguns deles no comando das tropas venezianas em várias batalhas travadas pela República de Venezia. Além de alguns diplomatas que também serviram Venezia nas complexas relações com as possessões ultramarinas da República, houve um dos seus membros que foi canonizado pela igreja católica.


Fonte: Wikipédia.org / http://www.planetware.com / http://www.carols-cruise-port-itineraries.com

Visita a Veneza - 1º Dia - Parte XIII




Apanha-se novamente o Vaporetto no cais dell’Academia e do lado direito observa-se após a passagem pela Ponte dell’ Academia, o Palazzo Cini.O Palazzo Cini, tem a parede lateral direita colada ao canal onde corre o rio di San Vio, com vista para o Campo di San Vio e é a sede da Fondazione Giorgio Cini. A segunda das duas pontes que ligam o palácio ao Campo di San Vio, leva a uma entrada lateral do complexo. É um edifício do séc. XVI e um maravilhoso museu de arte moderna e contemporânea, que fica situado entre as Galerias dell’ Academia e o edifício onde onde se encontra a maravilhosa Collezione Peggy Guggenheim.


O Palazzo Cini é um espaço absolutamente impressionante, que conserva até hoje o estilo de vida do séc. XVI. Nada mudou e lá pode ser encontrado ainda o piano, o ambiente e o mobiliário usado pela família Cini, com todos os objetos autênticos, que nos mostram como era residência Cini. O palácio foi outrora a residência do Conde Vitorio Cini, que levou uma vida inteira para reunir todas as peças que estão agora ali expostas, para nos dias de hoje encantarem todos os amantes de arte. Após a sua morte, em 1977, a sua filha Yana Cini, decidiu doar as suas coleções à cidade, que o transformou num dos museus mais interessantes de Venezia. O seu acervo exibe toda a rica coleção do seu ex-proprietário, incluindo pinturas da escola toscana, com obras de Filippo Lippi, Botticelli, Pisano e outros, cerâmica, lustres de Murano, lindíssimas obras de ourivesaria, mobiliário e outros diversos objetos de arte. O segundo andar do edifício é usado para exposições temporárias.

Ao lado do Palazzo Cini e passando a última das pequenas pontes românticas que ligam os cais, atravessa-se o canal do rio di San Vio, mesmo um pouco antes deste desembocar no Grande Canal e observa-se o Campo San Vio, uma pequena praça ribeirinha. Esta praceta fica situada numa área retângular pavimentada e rodeada em dois lados por água. A Norte pelo Grande Canal e a Oeste pelo rio di San Vio, que liga o Grande Canal ao largo Canal Giudecca.


A Chiesa di San Georgio (Igreja Anglicana de Venezia), faz fronteira com a parte de trás do Palazzo Barbarigo, é uma pequena capela da segunda metade do séc. XIX, que agora faz parte de uma residência privada, construída no lugar da demolida Chiesa di San Vio, que deu o seu nome ao campo.

Em ambos os lados do Campo di San Vio, existem edifícios de grande importância arquitetónica e histórica, como o Palazzo Barbarigo, que se encontra do lado direito, um edifício renascentista com vista para o Grande Canal, famoso pela sua fachada, coberta de mosaicos vidrados.

Em frente do Palazzo Cini, do outro lado do Grande Canal, observa-se do lado esquerdo o Palazzo Barbaro, que com a sua fachada frontal voltada para o Grande Canal, chama desde logo a nossa atenção pela sua cor amarelo vivo. É um palácio descrito no livro “A Cidade dos Anjos Caídos”, como uma casa particular, na verdade composta por dois edifícios e que foi o centro da vida social, literária e de arte na cidade de Venezia.

“Veneza, a Cidade dos Anjos Caídos” de John Berendt, é um livro fascinante cujo enredo se passa em Venezia, que é iniciado com um incêndio que destrói um dos principais símbolos da cidade de Venezia, o teatro lírico La Fenice, onde se estrearam cinco óperas de Verdi. Para escrever este livro, Berendt viveu em Venezia durante períodos de dois a três meses ao longo de nove anos, entrevistando habitantes e pesquisando locais e factos verídicos, baseando a sua escrita na própria história de Venezia. Tudo o que está descrito no livro é real: nomes, pessoas, lugares e factos. Segundo o autor "É um livro de não-ficção, mas escrito do ponto de vista de um romancista, que embora usando técnicas literárias que um romancista utilizaria, como o descrever um tipo de olhar, a reacção das pessoas no quarto... Então, deve lê-se o livro como se fosse um romance, mas é tudo verdade".


O salão de baile do Palazzo Barbaro está voltado para a frente do prédio, com vista para o Grande Canal e apresentava pinturas de Giambattista Tiepolo que se agora se encontram no Metropolitan Museum of Art de Nova-York. As pinturas colocadas nas paredes incluem grandes telas de Sebastiano Ricci.Este foi também o local escolhido pelo romancista Henry James, em 1888, para ali escrever o seu livro “Papéis de Aspern”. Segundo reza a história tinha ali um quarto com uma secretária, residindo e permanecendo no palácio por longos períodos de tempo, enquanto trabalhava no seu romance.


No caminho do Vaporetto e na mesma margem, um pouco mais à frente do Palazzo Cini e do Campo di San Vio fica um edifício branco, baixo e de um só piso, que é a antiga residência de Peggy Guggennheim, em Venezia. Marguerite "Peggy" Guggenheim (26 de Agosto de 1898 - 23 de Dezembro de 1979) foi uma americana famosa e grande colecionadora de arte, que viveu durante muitos anos em Venezia. Nascida em Nova-York e filha do multimilionário Benjamin Guggenheim, um judeu suíço natural do cantão alemão que morreu no naufrágio do Titanic, em 1912, e sobrinha de Solomon R. Guggenheim, fundador da Foundation Solomon R. Guggenheim, Peggy Guggenheim, é ainda hoje uma figura mítica na cidade de Venezia.


O Palazzo Venier dei Leoni, é o nome deste palácio de Venezia, que foi outrora a residência de Peggy Guggenheim, a partir de 1949 até sua à morte, em 1979. Ela foi durante muitos anos, a patrona de muitos artistas plásticos da sua época e era muitas vezes amorosamente chamada de "o último Doge de Venezia" pelos venezianos. Dela foi também a última gôndola particular da cidade de Venezia. O palácio, que data do séc. XVIII, é facilmente reconhecido por quem passa no Grande Canal, pois tem dois leões localizados na fachada principal à altura do lençol freático. A propriedade também contém o túmulo de Peggy Guggenheim, num lugar escolhido por ela para o seu último descanso, ao lado do túmulo de seus numerosos cães. Após a sua morte, legou a propriedade, bem como todas as suas obras de arte, à Foundation Salomão Guggenheim de Nova-York. A colecção com obras que vão desde o cubismo e surrealismo ao expressionismo abstrato, é uma coleção que com o passar dos anos, se tornou uma das atrações culturais mais respeitadas e visitadas de Venezia. No entanto, antes de morrer Peggy Guggenheim determinou que todas as suas obras de arte deveriam permanecer em Venezia, para que fossem vistas pelo público da cidade e seus turistas. Hoje podem ali ser admiradas obras de artistas famosos, como Chagall, Picasso, Kandinsky, Ernst, Pollock, Dali e Duchamp, entre outros.


Fonte: http://www.europe-cities.com / Wikipédia.org / http://www.zainoo.com / http://www.wikideep.it / http://www.wook.pt/