Apanha-se novamente o Vaporetto no
cais dell’Academia e do lado direito observa-se após a passagem pela
Ponte dell’ Academia, o
Palazzo Cini.
O
Palazzo Cini, tem a parede lateral direita colada ao canal onde corre o
rio di San Vio, com vista para o
Campo di San Vio e é a sede da
Fondazione Giorgio Cini. A segunda das duas pontes que ligam o palácio ao
Campo di San Vio, leva a uma entrada lateral do complexo. É um edifício do séc. XVI e um maravilhoso museu de arte moderna e contemporânea, que fica situado entre as
Galerias dell’ Academia e o edifício onde onde se encontra a maravilhosa
Collezione Peggy Guggenheim.
O
Palazzo Cini é um espaço absolutamente impressionante, que conserva até hoje o estilo de vida do séc. XVI. Nada mudou e lá pode ser encontrado ainda o piano, o ambiente e o mobiliário usado pela
família Cini, com todos os objetos autênticos, que nos mostram como era residência
Cini. O palácio foi outrora a residência do
Conde Vitorio Cini, que levou uma vida inteira para reunir todas as peças que estão agora ali expostas, para nos dias de hoje encantarem todos os amantes de arte. Após a sua morte, em 1977, a sua filha Yana Cini, decidiu doar as suas coleções à cidade, que o transformou num dos museus mais interessantes de
Venezia. O seu acervo exibe toda a rica coleção do seu ex-proprietário, incluindo pinturas da escola toscana, com obras de
Filippo Lippi,
Botticelli,
Pisano e outros, cerâmica, lustres de
Murano, lindíssimas obras de ourivesaria, mobiliário e outros diversos objetos de arte. O segundo andar do edifício é usado para exposições temporárias.
Ao lado do Palazzo Cini e passando a última das pequenas pontes românticas que ligam os cais, atravessa-se o canal do rio di San Vio, mesmo um pouco antes deste desembocar no Grande Canal e observa-se o Campo San Vio, uma pequena praça ribeirinha. Esta praceta fica situada numa área retângular pavimentada e rodeada em dois lados por água. A Norte pelo Grande Canal e a Oeste pelo rio di San Vio, que liga o Grande Canal ao largo Canal Giudecca.
A
Chiesa di San Georgio (Igreja Anglicana de Venezia), faz fronteira com a parte de trás do
Palazzo Barbarigo, é uma pequena capela da segunda metade do séc. XIX, que agora faz parte de uma residência privada, construída no lugar da demolida
Chiesa di San Vio, que deu o seu nome ao campo.
Em ambos os lados do Campo di San Vio, existem edifícios de grande importância arquitetónica e histórica, como o Palazzo Barbarigo, que se encontra do lado direito, um edifício renascentista com vista para o Grande Canal, famoso pela sua fachada, coberta de mosaicos vidrados.
Em frente do Palazzo Cini, do outro lado do Grande Canal, observa-se do lado esquerdo o Palazzo Barbaro, que com a sua fachada frontal voltada para o Grande Canal, chama desde logo a nossa atenção pela sua cor amarelo vivo. É um palácio descrito no livro “A Cidade dos Anjos Caídos”, como uma casa particular, na verdade composta por dois edifícios e que foi o centro da vida social, literária e de arte na cidade de Venezia.
“Veneza, a Cidade dos Anjos Caídos” de
John Berendt, é um livro fascinante cujo enredo se passa em
Venezia, que é iniciado com um incêndio que destrói um dos principais símbolos da cidade de
Venezia, o teatro lírico
La Fenice, onde se estrearam cinco óperas de
Verdi. Para escrever este livro,
Berendt viveu em
Venezia durante períodos de dois a três meses ao longo de nove anos, entrevistando habitantes e pesquisando locais e factos verídicos, baseando a sua escrita na própria história de
Venezia. Tudo o que está descrito no livro é real: nomes, pessoas, lugares e factos. Segundo o autor "É um livro de não-ficção, mas escrito do ponto de vista de um romancista, que embora usando técnicas literárias que um romancista utilizaria, como o descrever um tipo de olhar, a reacção das pessoas no quarto... Então, deve lê-se o livro como se fosse um romance, mas é tudo verdade".
O salão de baile do Palazzo Barbaro está voltado para a frente do prédio, com vista para o Grande Canal e apresentava pinturas de Giambattista Tiepolo que se agora se encontram no Metropolitan Museum of Art de Nova-York. As pinturas colocadas nas paredes incluem grandes telas de Sebastiano Ricci.Este foi também o local escolhido pelo romancista Henry James, em 1888, para ali escrever o seu livro “Papéis de Aspern”. Segundo reza a história tinha ali um quarto com uma secretária, residindo e permanecendo no palácio por longos períodos de tempo, enquanto trabalhava no seu romance.
No caminho do Vaporetto e na mesma margem, um pouco mais à frente do Palazzo Cini e do Campo di San Vio fica um edifício branco, baixo e de um só piso, que é a antiga residência de Peggy Guggennheim, em Venezia. Marguerite "Peggy" Guggenheim (26 de Agosto de 1898 - 23 de Dezembro de 1979) foi uma americana famosa e grande colecionadora de arte, que viveu durante muitos anos em Venezia. Nascida em Nova-York e filha do multimilionário Benjamin Guggenheim, um judeu suíço natural do cantão alemão que morreu no naufrágio do Titanic, em 1912, e sobrinha de Solomon R. Guggenheim, fundador da Foundation Solomon R. Guggenheim, Peggy Guggenheim, é ainda hoje uma figura mítica na cidade de Venezia.
O Palazzo Venier dei Leoni, é o nome deste palácio de Venezia, que foi outrora a residência de Peggy Guggenheim, a partir de 1949 até sua à morte, em 1979. Ela foi durante muitos anos, a patrona de muitos artistas plásticos da sua época e era muitas vezes amorosamente chamada de "o último Doge de Venezia" pelos venezianos. Dela foi também a última gôndola particular da cidade de Venezia. O palácio, que data do séc. XVIII, é facilmente reconhecido por quem passa no Grande Canal, pois tem dois leões localizados na fachada principal à altura do lençol freático. A propriedade também contém o túmulo de Peggy Guggenheim, num lugar escolhido por ela para o seu último descanso, ao lado do túmulo de seus numerosos cães. Após a sua morte, legou a propriedade, bem como todas as suas obras de arte, à Foundation Salomão Guggenheim de Nova-York. A colecção com obras que vão desde o cubismo e surrealismo ao expressionismo abstrato, é uma coleção que com o passar dos anos, se tornou uma das atrações culturais mais respeitadas e visitadas de Venezia. No entanto, antes de morrer Peggy Guggenheim determinou que todas as suas obras de arte deveriam permanecer em Venezia, para que fossem vistas pelo público da cidade e seus turistas. Hoje podem ali ser admiradas obras de artistas famosos, como Chagall, Picasso, Kandinsky, Ernst, Pollock, Dali e Duchamp, entre outros.
Fonte: http://www.europe-cities.com / Wikipédia.org / http://www.zainoo.com / http://www.wikideep.it / http://www.wook.pt/
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