
As únicas crónicas confiáveis do ocorrido, foram escritas por Plínio, o Jovem, numa carta enviada ao historiador Tácito. Plínio observou desde a sua vila em Miseno (a 30 Km do Vesúvio) um estranho fenómeno: Uma grande nuvem escura com forma de pinheiro saindo do cume do monte. Ao fim de algum tempo, a nuvem desceu pelas bordas do Vesúvio e cobriu todo pelos arredores, incluindo o mar.

A cidade morreu de repente. As pessoas morreram nos lugares que normalmente ocupavam e as casas, até hoje, estão cheias de objectos que estavam ali naquele momento, Pompeia faz da sua violenta morte a razão essencial da sua beleza e do fascínio de sua ressurreição. Muitas cidades foram exaltadas pelo mundo antigo; muitas metrópoles a superaram com sua grandiosidade e com suas belíssimas construções; mas nenhuma teve sua vida e seu quotidiano, aprisionados, formando uma imensa sepultura que só a natureza pode compor, proteger e vigiar.

Para essa importantíssima colaboração foram decisivas as inscrições feitas pelas pessoas nas paredes, actividade pela qual os romanos eram muito aficionados. Como podemos ver, não é novo o costume dos homens – especialmente dos latinos – de comunicar-se através de inscrições nas paredes. Nos “graffiti” de Pompeia, com efeito, se recolhem, como hoje em dia, retalhos de todas as actividades, paixões, sentimentos e misérias imagináveis. Até os próprios habitantes de Pompeia, reconheciam a excessiva quantidade dessas inscrições, já que uma delas diz: “Surpreende-me, parede, que não tenhas caído, tendo de aguentar tal quantidade de fastidiosos escritores”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário