A ilha de Santorini/Thera

Chegámos à ilha de Santorini, às 07h30 da manhã. O barco permaneceu na baía e o desembarque realizou-se por meio de lanchas.
Santorini (em grego Σαντορίνη), é uma ilha vulcânica localizada no extremo sul do grupo das Cíclades, no Mar Egeu, a cerca de 200 km a sueste da cidade de Atenas, Grécia nas coordenadas aproximadas de 36.40° N e 25.40° E. Com uma área total de aproximadamente 73 km², nos sensos de 2001, tinha uma população de 13.600 habitantes.

A ilha deve o seu nome a Santa Irene, nome pelo qual os venezianos a denominavam. Era anteriormente conhecida por Kallisti, Strongili ou Thera, nome que ainda hoje ostenta em grego. Para além da ilha principal, Santorini tem nas suas proximidades diversos ilhéus, formando um grupo quase circular de ilhas, vestígio da grande erupção que despedaçou a ilha. O grupo de ilhas é também conhecido por Tira (em grego Θήρα).

Santorini é o vulcão mais activo do denominado Arco Egeu, sendo constituída por uma grande caldeira submersa, rodeada pelos restos dos seus flancos. Esta forma actual da ilha deve-se, em grande parte, à erupção que há aproximadamente 3.500 anos atrás destroçou o seu território. Aquela erupção, de grande explosividade, criou a actual caldeira e produziu depósitos piroclásticos com algumas centenas de metros de espessura que recobriram tudo o que restou da ilha e ainda atingiram grandes áreas do Egeu e dos territórios vizinhos.

O impacto daquela erupção fez-se sentir em todo o mundo, mas com particular intensidade na bacia do Mediterrâneo. A erupção parece estar ligada ao colapso da Civilização Minóica, na ilha de Creta que dista apenas 70 km a sul de Santorini.

As principais cidades, Fira, a capital, e Oia, já pouco se assemelham às vilas pacatas que meia dúzia de viajantes curiosos descobriram e escolheram para viver nos anos 70. Embora preservem a sua arquitectura tradicional, um conjunto de habitações escavadas na rocha com tecto em arco, palacetes neoclássicos e casas rústicas do século XIX, ambas as cidades foram literalmente invadidas por lojas de artesanato e souvenirs, bares e restaurantes, assemelhando-se à primeira vista a belos centros comerciais ao ar livre.
Por seu lado, as pequenas aldeias, no interior, permanecem encantadoras, praticamente intocadas, recheadas de igrejas bizantinas e pequenos bairros caiados. À sua volta os campos continuam cultivados, pejados de figueiras, dando-nos a impressão de assistirmos a uma paisagem centenária, ainda por descobrir.
Oia, é a cidade dos olhos de Santorini, em que o pôr-do-sol é o acontecimento mais esperado do dia. Centenas de visitantes chegam pelo cair da tarde e empoleiram-se, afoitos, apressados, em competição aberta, no topo de casas, igrejas, muros e outras saliências para assistir ao que alguns apontam como um dos mais fantásticos pores do sol de todo o mundo. Talvez não seja tanto a beleza do fenómeno. Talvez se deva apenas ao ritual, à comunhão de um momento desejado por milhares de almas ansiosas de beleza. Mas aqueles instantes de cor laranja, em que o Sol, comprimido até mais não poder, se esconde por detrás de um ilhéu pequenino, ficarão registados para sempre.
A cidade, no entanto, não se reduz a estes 15 minutos de magia: é uma típica cidade grega, com ruelas empedradas de onde se destacam típicas casitas de côr ocre, com seus caracteristicos telhados azuis em forma de cúpula, que caracterizam todas as ilhas Cíclades. A sua arquitectura é no entanto, um misto agradável de casas rústicas ajardinadas, antigas capitanias e pequenas habitações esculpidas na rocha. Até as ruínas de alguns edifícios tombados no terramoto de 1956 pincelam o lugar com o charme que outros, demasiado perfeitos e sem marcas do passado, não conseguem alcançar. Este lugar é famoso pela sua situação, que oferece aos visitantes, uma espectacular vista sobre o golfo de Santorini e a oportunidade de fazer bonitas fotos.
No final da visita à ilha, acabamos por experimentar o que acabou por ser considerado “o momento inesquecível" em Fira: a descida pelo funicular até ao velho porto, Gialos, que, poupando o cansaço dos 587 degraus (há quem prefira o burrico), nos leva através de uma paisagem extraordinária de lava solidificada e formações rochosas quase até ao Egeu. De cortar a respiração!...


Um comentário:

zen dicas disse...

ADOREI o blog! Parabens!
Voce tem o dom de nos fazer sonhar! Desejo para mim e para todos eternas viagens..
Zen Dicas & Musicais