Com a autocaravana ancorada num parque de estacionamento a meia encosta, numa zona de tranquilidade absoluta, fez com que o sono viesse rápido e a noite passasse sem qualquer sobressalto.
No dia seguinte e sem pressas, depois de um banho quente e de um pequeno almoço reforçado, fomos de visita à vila de Guadalupe, que nos esperava cheia de visitantes e em moderada festa carnavalesca.
Guadalupe é uma pequena vila no coração da Extremadura onde está situado o importante Mosteiro de Guadalupe, onde desde a Idade Média, os peregrinos vinham rezar, ao santuário da Virgem Maria, também chamada a Virgem de Guadalupe.
Esta vila que cresceu ao longo do tempo à volta do Mosteiro, fundado em 1340, é um lugar realmente aprazível, com vielas em pedra, onde o vento leve se faz sentir, e que a partir do largo do mosteiro vão descendo até ao vale profundo e verdejante.
O seu elegante mosteiro e as casas antigas, típicas da região da Extremadura, que o circundam com varandas e janelas floridas, são um verdadeiro encanto, fazendo sentir a qualquer visitante, uma ambiência onde se respira a paz própria de um lugar de devoção...
A praça principal, frente ao mosteiro, está repleta de esplanadas e lojas de souvenirs, que vendem cerâmicas e peças em cobre feitas à mão, que outrora eram actividades monásticas.
As torres do mosteiro situado no topo de uma colina que domina um vale profundo e arborizado, dão-lhe um ar de castelo de conto de fadas. Foi neste lugar, que de acordo com a lenda, um pastor do séc. XIV, encontrou uma imagem da Virgem Maria, negra, em madeira de cedro.
Os conquistadores espanhóis tinham grande fé na Virgem de Guadalupe e levaram esta fé para as Américas. Cristóvão Colombo deu o nome da cidade de Guadalupe, a uma ilha das Caraíbas, a Ilha de Guadalupe.
Quando o Novo Mundo foi descoberto, o mosteiro era muito importante e foi o local de baptismo dos nativos e navios trazidos das Caraíbas para a Europa por Colombo e seus marinheiros.
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