Grignan
O local de pernoita foi num recatado parque, com vista para o conjunto urbano, constituído pelo castelo e o casario iluminado à sua volta, situado junto de um aromático campo de lavanda, que se estende aos pés do povoado.


Localizada no terraço do castelo, existe uma igreja que foi construída entre 1535 e 1539, a pedido de Luís Adhemar. A fachada renascentista é flanqueada por duas torres quadradas de estilo gótico e possui uma bela rosácea. Dentro desta igreja existe um impressionante altar do século XVII e um órgão. No chão em frente ao altar de mármore há uma pedra funerária que marca a entrada selada para o túmulo de Madame de Sévigné, que ali morreu e foi sepultada em 1696.

No século seguinte, o nome evoluiu para se tornar no castrum Grainan (1105), sabendo-se muito pouco sobre o real nascimento do castelo ou daqueles que o construíram.






Fonte: Wikipédia
Catedral de Saint-Pierre



Um dia perfeito em Genebra





Em 1865, Henri Dunant (1828-1910) fundou na cidade a Cruz Vermelha Internacional, e desde então Genéve tem sido um centro de organizações internacionais, como as Nações Unidas, e de negociações relativas à política, comércio, saúde, ciências e paz. Como centro de congressos, proporciona conforto de cinco estrelas num cenário magnífico, com o famoso repuxo, símbolo da cidade, que sobe acima do lago.

O passeio pelas margens do seu lago também oferecem boas alternativas para quem quiser passear algumas horas por Genéve. Uma delas é visitar o Bain de Pâquis, uma espécie de piscina pública, por onde passámos, com área de lazer já perto do coração da cidade.
A caminhada por esta zona da cidade, vendo um dos lagos mais bonitos da Europa, oferece também espaços interessantes como o Parc des Eaux-Vives, (Parque das Águas Vivas) ou, ao lado, o Parc des Granges, (Parque das Granjas).

Em Genéve os passeios são em placas de cimento, as esplanadas assentam no alcatrão das ruas, os jardins encontram-se muito bem tratados, com muitas crianças a brincarem na relva, adultos a namorarem, mães com filhos, carrosséis... é uma cidade repleta de vida.
No bairro antigo há pessoas às janelas, há movimento nas ruas, a cidade palpita, embora haja carros em todas as ruas a circular, ao lado de jovens em patins, muitas bicicletas, muitas scooters, motas, eléctricos rápidos, sempre a circularem cheios de gente.

Depois de entrarmos no bairro antigo, parámos num dos seus muitos e típicos cafés, onde estivemos parados a observar a vida da cidade antiga. Ali mesmo podemos visitar uma bela igreja, l’Église Saint-Maurice, onde fomos muito bem recebidos.

Subimos depois no sentido das montanhas e encontramos a Catedral de Saint-Pierre, que já espreitava lá de cima e que fica lá bem no alto, que é a Igreja de Calvin. Subimos até à Place du Bourg de Four, que se encontrava cheia de turístas, aproveitando para descansar à sombra, nas esplanadas da praça.

Depois desta visita, descemos pela Rue de l’Hôtel de Ville, onde se encontra a Câmara Municipal (Hotel de Ville), da cidade. Através da Rue de sain-Léger, chegámos ao Parc des Bastions, um enorme parque no centro da cidade antiga e que é uma beleza. Encontrava-se repleto de gente, uns namoravam, outros faziam ginástica, outros ioga, outros ainda jogavam xadrez em enormes tabuleiros desenhados no chão com peças à escala… Neste parque enconra-se o Monumento aos reformadores, o Monument International de la Réformation.
Depois de sairmos do Parc des Bastions, descemos em direcção ao lago, até encontrarmos a Rue du Rhône, junto ao Relógio de Flores que se encontra no Jardin Anglais. Entramos a pedalar em plena Feira, o que a partir de certa altura se tornou impossível, uma vez que a Feira fervilhava de actividade e se encontrava repleta de gente. Depois de nos sentarmos num restaurante árabe e degustarmos "que-babes" acompanhados de batatas fritas, pedalámos até à AC, que nos esperava para rumarmos a França.

Fonte: diplomatatours.pt /Google Maps
Thonon-les-Bains

A maior e mais animada povoação por onde passámos ainda de dia, foi Thonon-les-Bans, uma bonita vila termal, esmagada por enormes montanhas vizinhas, cobertas de escarpas e florestas de um verde intenso, onde os ventos parecem não incomodar.
Thonon-les-Bans é a capital de Chablais, na região francesa de Rhône-Alpes, e uma vila conhecida pela sua actividade comercial, a sua atmosfera descontraída e pela reputada fama das suas águas termais.
Situada à beira do lago Lémam, na margem sul pertencente a França, Thonon-les-Bans é construída em dois níveis. A parte inferior, com o seu porto de pesca e marina e um passeio ao longo do lago, até à antiga aldeia de Rives. A parte superior está concentrada no centro da cidade, com suas ruas pedonais, as suas muitas lojas, mercados e grandes eventos semanais durante todo o ano.


Na cidade alta, pode subir-se até às montanhas que a circundam, através de um elevador de cremalheira, que nos leva a ver vistas magnificas da cidade e toda a área envolvente.

Lord Byron (1788 - 1824)

Um ser mais intenso, que dotamos
Com a forma que desejamos, e obtemos, dando-lhe vida,
A vida que imaginamos.”
O seu pai, juntamente com a esposa, imigrou para a França para fugir das cobranças de credores. Porém, a sua mãe não queria que seu rebento nascesse em solo francês e não hesitou em voltar a Inglaterra.


A obra alcançou sucesso imediato e sua fama consolidou-se com outros trabalhos, principalmente “The Corsair”, (O Corsário), em 1814 e “Lara”, no mesmo ano; além de “The Siege of Corinth”, (O Cerco de Corinto), em 1816. Nestes poemas, de enredos exóticos, Byron confirmou o seu talento para a descrição de ambientes.
Em Genebra vive com Claire Clairmont e faz-se amigo de Shelley. Percy Bysshe Shelley foi também um dos mais importantes poetas românticos ingleses, que tal como Byron, morre cedo.

Em 1819 começou o poema heróico cómico “Don Juan”, sátira brilhante e atrevida, à maneira do século XVIII, que deixaria inacabada, devido à sua inesperada morte. No mesmo ano ligou-se à condessa Teresa Guiccioli, seguindo-a a Ravena onde, juntamente com o irmão desta, participou das conspirações dos carbonários.
Em Novembro de 1821, tendo fracassado o movimento revolucionário dos carbonários, Byron partiu para Pisa. Em 1822 fundou, com Leigh Hunt, o periódico “The Liberal”. Foi a seguir para Montenegro e daí para Génova.

No meio a toda essa agitação existencial, que se tornou no paradigma do homem romântico que busca a liberdade, Byron escreveu uma obra grandiloquente e passional. Encantou o mundo inicialmente com seus poemas narrativos folhetinescos, em que não faltam elementos autobiográficos, como em “Childe Harold's Pilgrimage”, e depois assustou o mundo, com a faceta satírica e satânica que apresenta em poemas como “Don Juan”.
“Don Juan” é sem dúvida uma das suas obras mais conhecidas, sendo a que mais retrata a vida pessoal do autor e daí a famosa a frase que o descreve, de Lady Caroline Lamb: "Louco, mau e perigoso para se conhecer".
