A visita a Grignan e ao seu belo castelo deixa qualquer um com o sentimento de estar a viver uma espécie de encantamento, pois ali estamos em presença de um Castelo da Renascença, circundado por uma muralha da Idade Média. Uma muralha que não se distingue do próprio rochedo onde está implantada, numa completa fusão das épocas, aliada a um perfeito entrelaçamento da mão do homem e da mão de Deus.
À noite ao chagármos, a visão da cidade é arrebatadora. De dia o encantamento é total, pela visão do povoado no seu todo e pela vista que dele se alcança. Ao longe, uma cadeia de montanhas e, na planície, a luz da vinha, dos campos de girassol e de lavanda, amarelos e roxos.
Mas Grignan também arrebata pela aura literária. Porque no castelo morou Madame de Grignan, a filha e a destinatária de centenas de cartas de Madame de Sévigné, a maior correspondente da literatura francesa.
A visita ao Château de Grignan permite descobrir peças notáveis, como tapeçarias de Aubusson, magníficos móveis e quadros com retratos de familiares dos proprietários do castelo, entre os quais se encontra um de Madame de Sévigné.
A partir do primeiro pátio interior, formando o ângulo oriental da fachada restaurada, dita de Francisco I, encontra-se uma torre ligeiramente em relevo, a Torre Sévigné. Esta torre foi construída em puro estilo renascentista original do século XVI, possuíndo dois andares.
O primeiro andar esteve outrora ocupado pelo gabinete de trabalho da Madame de Sévigné, de onde lhe adveio o nome. A torre escapou ao vandalismo e um dos últimos proprietários do castelo, fê-la consolidar e reparar imediatamente, após a tomada de posse da propriedade.
Não há como fazer a visita ao castelo, sem nos interessarmos por essa grande dama. Quem era Madame de Sévigné e por que escrevia?
Não há como fazer a visita ao castelo, sem nos interessarmos por essa grande dama. Quem era Madame de Sévigné e por que escrevia?
Quem lê as cartas fica a saber que o amor maternal é sem dúvida para Madame de Sévigné, o mais sublime de todos, e que a sua filha era a sua musa.
Por ter sido a morada da destinatária dessas cartas de amor maternal e da própria Madame de Sévigné, o Châteaux de Grignan incita a refletir sobre o amor. E quem fica sabendo da história da restauração do castelo não tem como não pensar, que foi mais uma vez o amor, que o salvou...
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