Estivemos para pernoitar junto ao parque da cidade, a ver as casas suspensas, no entanto e depois de vermos vários movimentos suspeitos de carros locais, fomos até à zona nova da cidade.
Ali o ambiente melhorou e rapidamente se encontrou o lugar de pernoita, num parque de estacionamento bastante iluminado, de uma grande superfície comercial.Na manhã seguinte, fomos conhecer Cuenca, que é uma pequena cidade localizada num penhasco entre dois desfiladeiros, escavados pelos rios Júcar e Huécar.
Esta é a razão pela qual a cidade é conhecida por "ninho das águias” devido à sua posição, no alto de uma colina, separada do vale dos rios Júcar e Huécar, por ravinas profundas no fundo das quais estes rios correm.
A parte antiga constitui um todo, que ao longo do tempo fez desta cidade uma das mais maravilhosas cidades de Espanha, sendo por isso digna, de uma boa exploração turística. Quando os romanos conquistaram a região, Cuenca era um matagal. A cidade só foi construída pelos árabes, quando estes já controlavam Espanha.

Um dia é mais que o suficiente para explorar os recantos da pequena cidade antiga. Estacionar na cidade de Cuenca é difícil, no entanto subindo até ao belíssimo miradouro de Cuenca, onde não se pode deixar de ir, encontram-se muitos lugares onde estacionar.
O melhor passeio deve iniciar-se por caminhar pelas ruelas que circundam a Plaza Mayor, não podendo faltar uma visita à Catedral gótica, que domina esta praça e que merece ser apreciada com vagar. Também a rua principal sempre a subir até ao miradouro, com os seus prédios multicores e comércios à moda antiga, não se deve deixar de percorrer.A cidade velha faz desta uma cidade única, onde a força da tradição religiosa espanhola é aqui fortemente percebida, nos edifícios que abrigam os seminários, capelas e o convento das carmelitas descalças, que se encontram dentro da cidade antiga.
A partir das "Casas Suspensas", descendo o caminho, é interessante atravessar a ponte de metal sobre o rio Huécar, que corre tranquilo 100 metros abaixo.
Esta estrada também nos leva a outros dois outros lugares de destaque, a "Cidade Encantada", um parque geológico que é constituído por formações geológicas invulgares e caprichosas, a cerca de 30 Km de Cuenca e a nascente do rio Corvo, a cerca de 60 Km, com fabulosas quedas de água, onde não podemos ir por falta de tempo.

O Museu está dividido em diferentes secções organizadas de forma instrutiva, no entanto os visitantes são impedidos de registar a visita e as suas pinturas favoritas em fotografia, que embora se entenda o motivo, não é uma prática de grande virtude.
A Pintura dos séculos XIX e XX, uma das melhores colecções de pintura catalã, com nomes relevantes, como pinturas de Picasso, Metzinger, Juan Gris, Renoir e impressionistas espanhóis, como Isidre Nonell, Dario Regoyos, Joan Llimona, Roma Ribeira, Santiago Rusiñol e Ramon Casas.
Há também uma representação do impressionismo francês, incluindo obras de Monet, Sisley, Degas, Pissarro e exemplos de trabalhos gráficos de pintores famosos como Chagall, Braque, Le Corbusier, Rouault, Miró, Dalí, Tapies, etc.
Desde 2006, o Museu tem, com uma nova secção, cujo colecção de 160 pinturas bizantinas e eslavas, intitulada “luz alegre”, onde as obras brilham numa atmosfera de igreja oriental, onde a luz que entra na sala tem um papel decisivo.

Embora o Mosteiro de Montserrat fique no topo de uma montanha fantasticamente recortada, numa altitude de cerca de mil metros acima do nível do mar, pode ainda ser observado mais acima, numa das montanhas vizinhas, sendo necessário subir pelo funicular.

Ao deixar-se a Auto-Estrada do Mediterrâneo e seguindo pela Auto-Estrada de Montserrat, encontramos a cerca de 40 quilómetros, a cidade de Terrassa, de onde se vislumbra ao longe todo o imponente maciço de Montserrat, que faz parte do Parque Natural da Montanha de Montserrat.
Após o jantar, fomos a pé ver o mosteiro com a sua iluminação nocturna, o que é imperdível! O nome oficial do lugar é Monasterio de Santa Maria de Montserrat.
Até hoje é lugar de peregrinação de fiéis que procuram milagres através da adoração da Virgem de Montserrat, "La Moreneta".
Rezavam em uníssono às duas virgens de sua devoção, a Virgem de La Macarena, de Sevilha e à Virgem La Moreneta, da Catalunha. Quando nos viram, logo nos contaram o que tinha sucedido. A pequena e jovem pomba, ainda com fracas asas, teria caído lá de cima, da torre e como ainda não conseguia voar ali estava caída, sem amparo. Espero que durante a noite, tal Fénix Renascida, a pomba tenha voado novamente para o seu ninho e para os cuidados de sua mãe…
Alguns têm subidas bem fortes, outros vão serpenteando pelas encostas dos morros. Nada que demande equipamento ou calçados especiais, pois tudo são estradinhas bem definidas, inclusive com escadarias nos pontos mais íngremes e guardas de protecção nas partes mais perigosas.

Quem se desloca de Barcelona em direcção ao noroeste e após cerca de quarenta quilómetros, começa a vislumbrar a bela montanha de Montserrat.
Montserrat é segundo a tradição, a montanha mais importante e misteriosa da Catalunha. Situada entre as comarcas do Bages, o Anoia e o Baix Llobregat, esta montanha possui também o místico Mosteiro de Montserrat, que se localiza no cimo da montanha.
Na abertura do libreto de sua última obra, o compositor Richard Wagner, escreveu as seguintes instruções: “A acção da Ópera Parsifa passa-se no território dos guardiões do Graal, o Castelo de Monsalvat, situado nas montanhas ao norte da Espanha Gótica”.
Como se sabe a ordem militar dos cavaleiros templários foi fundada na época das cruzadas, para defender o Santo Sepulcro. Sua primeira sede foi a Mesquita Al-Aqsa, situada no Monte do Templo, em Jerusalém.
Acusados de heresia, os templários foram detidos, torturados e tiveram suas propriedades e bens confiscados. Seu líder máximo, Jacques de Molay, foi queimado vivo.
Os últimos sobreviventes foram os Templários da Catalunha, que receberam a protecção dos monges beneditinos, refugiando-se no Mosteiro de Montserrat. Diz a lenda, que o Santo Graal foi levado para este refúgio e escondido numa das grutas desta montanha. 
Após o almoço, tentámos ir até Port Lligat, mas as estradas estavam vedadas ao trânsito e o caminho tinha que ser feito a pé. 

Segundo li, esta casa transpira a personalidade de Dalí, que está carimbada em cada quarto, em cada sala, em cada recanto, dando ao visitante a impressão da sua constante presença.
Encontra-se a curta distância de Barcelona, (a apenas 2h30) o que a torna muito acessível e atraindo não só turistas, mas também muitos espanhóis que têm ali as suas segundas casas para férias ou fins-de-semana.
Outros notáveis artistas, tais como Pablo Picasso, Joan Miró, Marcel Duchamp, Antoni Pitxot, Henri-François Rey, Melina Mercouri e Maurice Boitel também moraram ou veranearam ali, por certo atraídos pelas belezas naturais de cadaqués.
Dentro da vila podem ser encontradas várias lojas de venda de artesanato e lembranças turísticas. Existem também vários bares e restaurantes que servem principalmente os frutos do Mediterrâneo.
Tudo somado, Cadaqués é um lugar que faz do tempo lá passado, um tempo ideal e inesquecível, pois não podemos esquecer que ali estamos numa das estâncias turísticas mais cativantes da Costa Brava espanhola.