Cuenca, o ninho das águias

A chegada a Cuenca, depois dos muitos quilómetros percorridos desde os rochedos de Montserrat, foi feita já bastante tarde e o lugar de pernoita foi dificilmente encontrado, pois a cidade não nos pareceu muito segura.

Estivemos para pernoitar junto ao parque da cidade, a ver as casas suspensas, no entanto e depois de vermos vários movimentos suspeitos de carros locais, fomos até à zona nova da cidade.

Ali o ambiente melhorou e rapidamente se encontrou o lugar de pernoita, num parque de estacionamento bastante iluminado, de uma grande superfície comercial.

Na manhã seguinte, fomos conhecer Cuenca, que é uma pequena cidade localizada num penhasco entre dois desfiladeiros, escavados pelos rios Júcar e Huécar.

Esta é a razão pela qual a cidade é conhecida por "ninho das águias” devido à sua posição, no alto de uma colina, separada do vale dos rios Júcar e Huécar, por ravinas profundas no fundo das quais estes rios correm.

A cidade está claramente dividida em duas partes: a antiga e a moderna. A metade da história moderna oferece muito pouco, consistindo principalmente em residências modernas e blocos de apartamentos e várias superfícies comerciais.

A parte antiga constitui um todo, que ao longo do tempo fez desta cidade uma das mais maravilhosas cidades de Espanha, sendo por isso digna, de uma boa exploração turística.

Cuenca é uma cidade histórica muito antiga e fortificada, possuindo muros gigantes a cercá-la. Centro agrícola, pecuário e florestal, a cidade possui um centro histórico belíssimo, cheio das deliciosas ruelas estreitas e com uma bela Plaza Mayor, dominada pela belíssima Catedral Gótica.

Ali perto ainda podemos encontrar o Convento das Carmelitas Descalças e o Ayuntamiento (Câmara Municipal). Também há a salientar as famosas «Casas Colgadas» (casas penduradas ou suspensas).

O conjunto destas casas construídas na beira da encosta íngreme produz um efeito peculiar, propício a belas fotos e ao olhar ávido dos turistas.

O Museu de Arte Abstracta, encontra-se instalado numa das "Casas Suspensas", que se projectam arrojadas na beira do paredão calcário do desfiladeiro, é de visita obrigatória.

Quando os romanos conquistaram a região, Cuenca era um matagal. A cidade só foi construída pelos árabes, quando estes já controlavam Espanha.

Estes fizeram um forte para estabelecer o controle total da região e para isso fizeram-no numa elevação calcária entre os seus dois rios, um lugar na época praticamente inacessível.

Mais tarde após a reconquista, a cidade prosperou e cresceu e algumas das suas muralhas foram usadas pela população para a construção de novas casas, uma vez que estas impediam o crescimento da cidade.

Um dia é mais que o suficiente para explorar os recantos da pequena cidade antiga. Estacionar na cidade de Cuenca é difícil, no entanto subindo até ao belíssimo miradouro de Cuenca, onde não se pode deixar de ir, encontram-se muitos lugares onde estacionar.

Depois é fácil ir até ao centro histórico ou a pé, pois é sempre a descer ou de autocarro urbano, que nos deixa mesmo em frente à inacabada Catedral de Cuenca. Depois do passeio volta-se normalmente de urbana de cor amarela, pois a subida é muito acentuada.
O melhor passeio deve iniciar-se por caminhar pelas ruelas que circundam a Plaza Mayor, não podendo faltar uma visita à Catedral gótica, que domina esta praça e que merece ser apreciada com vagar. Também a rua principal sempre a subir até ao miradouro, com os seus prédios multicores e comércios à moda antiga, não se deve deixar de percorrer.

A cidade velha faz desta uma cidade única, onde a força da tradição religiosa espanhola é aqui fortemente percebida, nos edifícios que abrigam os seminários, capelas e o convento das carmelitas descalças, que se encontram dentro da cidade antiga.A partir das "Casas Suspensas", descendo o caminho, é interessante atravessar a ponte de metal sobre o rio Huécar, que corre tranquilo 100 metros abaixo.

É o melhor lugar para apreciar o conjunto de casas construídas sobre o penhasco. Estando de carro, a descida leva à bela estrada que margeia o rio no fundo do vale e que para os amantes do jogging ou de caminhadas, é um bom lugar para ser percorrido.
Esta estrada também nos leva a outros dois outros lugares de destaque, a "Cidade Encantada", um parque geológico que é constituído por formações geológicas invulgares e caprichosas, a cerca de 30 Km de Cuenca e a nascente do rio Corvo, a cerca de 60 Km, com fabulosas quedas de água, onde não podemos ir por falta de tempo.
Fonte: www.idealspain.com

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