San Remo II
Após a visita à Igreja Ortodoxa Russa de San Borilio, caminhámos novamente pelo Corso Imperatrice, seguimos até ao Casino, apanhando a meio caminho o Corso Matteotti. Pela Via Corradi acede-se a Piazza San Siro.
Ali se encontra a Catedral de San Siro, na praça um pouco abaixo de La Pígna, onde podemos também encontrar o Baptistério de San Giovanni Battista, que encerra uma famosa pintura de Orazio de Ferrari, na “comunhão de Maria Madalena”. Em frente à Catedral de San Siro está a Capela da Imaculada Conceição, um notável exemplo da arquitectura barroca.
Também no sopé da La Pigna se encontra o Palazzo Borea D'Olmo construído no séc. XV, que mostra um belo átrio e dois portais decorados com esculturas do séc. XVI, no interior, no piso principal e nos quartos, podem ser vistos frescos de Giovanni Battista Merano. Este Palácio abriga ainda o Museu Cívico de Arqueologia.
Da Piazza San Siro e desta é um pulinho até à Piazza Cassini às portas de Cidade velha, La Pígna. Na Piazza Cassini, acede-se ao interior de La Pigna, por uma porta em arco, a Porta di Santo Stefano, que funciona como a real divisão entre a cidade nove e a cidade velha.La Pigna era a antiga cidade real e hoje é a zona mais "humilde" e espontânea da cidade. Ela é cheia de vielas cobertas, casas altas e encostadas umas às outras, algumas com cores vivas e outras com cores mais esmorecidas. Ali se vivem longos silêncios, que por sua vez criam emoções e muitas sensações aos turistas que a visitam.
Primeiro, o seu nome “La Pigna” (a Pinha) provém do seu crescimento em forma concêntrica em torno da colina, como uma pinha. Nasceu como fortaleza, por volta do ano 1000 d.C. e foi ampliada e reforçada até ao séc. XVI, de modo a protegê-la dos ataques piratas.La Pigna não é um local para turistas de janela de automóvel, tem de ser descoberta a pé, a partir da Piazza Santo Stefano subindo sempre até ao Santuário da Madonna della Costa, que é o edifício religioso principal da cidade.
A partir da Piazza di Santo Stefano, sobe-se um pouco pela rua homónima, até à Porta de San Sebastiano, caracterizada por belas abóbadas, e a partir dai, segue-se para a esquerda, pela Rivolte San Sebastiano até à Piazza Dei Dolori (Praça da Dor). Esta praça é assim chamada porque antigamente a Irmandade de Nossa Senhora das Sete Dores estava localizada nas proximidades do Oratorio di San Sebastiano.
La Pígna é um local soberbo! É uma espécie de aldeia dentro da cidade de San Remo, onde as casas se desenvolvem em anéis concêntricos com passarelas cobertas, trepando a colina que cai até à cidade nova e ao Mediterrâneo.
O Santuário de Madonna della Costa, que fica no alto, acima de La Pigna, pode ser visto da maioria dos lugares em San Remo e é um autêntico símbolo da cidade. Uma estrada feita em mosaico, datando de 1651, lidera o caminho até ao santuário. O santuário remonta ao séc. XVII e a sua cúpula foi construída entre 1770 e 1775. Lá dentro um belo altar, órgãos e belas pinturas e imagens do séc. XVII e XIX. Os belos jardins da cidade são encontrados em vários lugares. Os Jardins da Rainha Elena estão situados no topo da colina, acima de La Pigna, mas a maioria dos jardins estão situados dentro de parques residenciais, e são pertença de Vilas e Palácios, mas encontram-se quase todos perto do Porto Sole.
Em frente e junto ao Mediterrâneo a marina do Porto Sole, é muito bem protegida e tem todas as comodidades modernas, é ali que estão os mega-iates. No velho porto, o Porto Vecchio, é o mais movimentado, destinado para as embarcações de pesca e pequenos barcos de recreio e tem uma atmosfera maravilhosa.Fonte: La Pigna Sanremo Vecchia - INFO SANREMO.mht / Cità de San Remo - La Pígna.mht

No final do século XIX, a ideia de construir a igreja começou a espalhar-se dentro da colónia russa, mas o projecto foi prejudicado durante algum tempo, pela falta de fundos. Em 12 Março de 1912, o czar Nicolau II, emitiu um decreto que aprovou o Comité de San Remo e permitiu uma colecta de fundos em toda a Rússia, tendo ele próprio doado dois mil rublos.
A chegada a San Remo, já de noite fez-nos procurar de imediato a área de serviço para autocaravanas. Esta está situada junto do campo de futebol municipal, à entrada da cidade e é um parque muito grande, mas sem grandes condições, faltando sombras e esgoto químico. No entanto proporcionou-nos uma calma noite de sono e um acordar silencioso.
San Remo é uma cidade situada numa enseada larga entre Cabo Verde e Cabo Negro. A sua cidade antiga chama-se La Pigna e é caracterizada por casas na encosta de traça medieval, pintadas em tons pastel, ruas íngremes e estreitas, becos cobertos e pequenas pracetas, onde se vislumbram ainda os tempos medievais, sendo um verdadeiro prazer explorar os seus lugares mais secretos.
As flores, são também um aspecto importante da economia da cidade. À sua volta, bem como das cidades vizinhas, é feito o cultivo de flores, para o abastecimento do Mercado Internacional de Flores de San Remo. No entanto a cidade está rodeada por olivais, sendo o azeite que ali se cultiva, de excelente qualidade.
San Remo goza de condições climáticas especiais ao longo de todo o ano, devido à sua proximidade com o Mar Mediterrâneo e a presença da Alpes Marítimos situados logo atrás da cidade. O clima da cidade é por isso descrito como uma “Primavera Eterna”, com dias quentes e noites frias e poucas variações de temperatura durante todo o ano.
Os portos turísticos de Porto Vecchio e do moderno Porto Sole acomodam muitas embarcações turísticas, que ali chegam todos os dias. No entanto a sua principal atracção é na realidade o seu famoso Casino de San Remo, construído em 1905, um belo exemplo de arquitectura Art Nouveu.

Depois de deixarmos Cap Ferrat e a seguir a várias curvas da estrada, logo nos aparece, à direita da estrada na encosta, a antiga e atraente cidade e porto de Villefranche-sur-Mer. A linda cidade de Villefranche-sur-Mer, dispõe-se em anfiteatro, caindo levemente até à baía, onde o porto se esconde.


Antibes é uma antiga vila de pescadores, com um burgo antigo dentro de muralhas, encostado ao mar. A zona nova estende-se pelo litoral, num avenida florida e cheia de casas antigas e prédios modernos.
Depois Theoule-sur-Mer, já situada na bonita Corniche D’ Or, aninhada numa bonita baía, com uma praia de areia branca e com as suas casas semeadas pela encosta, formando um bonito anfiteatro.
Em Nice destaca-se a Promenade des Anglais, um passeio largo, que separa a praia da estrada, ao longo de todo o litoral de Nice. O passeio vai do extremo leste de Nice, ao longo da cidade velha e todo o caminho até o aeroporto, com cerca de seis quilómetros de distância.

No dia seguinte o acordar junto à baia de Cannes, com o som de leves ondulações batendo nas rochas de protecção ao parque de estacionamento e com a próxima Île Sainte-Marguerite a dominar o horizonte.
O nome Côte d'Azur, torna-se evidente logo que se chega ao litoral do Sul de França. A Côte d'Azur é assim todo o litoral, onde um mar azul-celeste, bate contra as praias de pedra e areia fina e onde nas várias marginais as roxas buganvílias, trepam pelas paredes sem cor de encantadoras casas antigas.
Até hoje com o seu clima mediterrânico, a Côte d'Azur atrai gente de longe e de perto, que não perdem por nada alguns dias de sol na praia, nem o observar das gentes do jet-set, que chegam com seus barcos aos portos da fantasia, onde a vida se desenrola à volta do ver e de ser visto.
No séc. XIX os aristocratas, alguns deles estrangeiros, começaram a escolher esta bela região para passar o Inverno devido ao seu clima ameno. Mas a verdadeira transformação foi realizada por volta de 1950, quando o turismo de massa assaltou a região.
De Cannes do século XIX, ainda podem ser vistas as inúmeras mansões inspiradas, em castelos medievais e até em vilas romanas e construídas para reflectir a riqueza permanente dos seus proprietários. Esta zona marginal ao Mediterrâneo, também conhecida como “Quartier des Anglais”, é a mais antiga área residencial de Cannes e onde se encontram os melhores cafés da cidade.

Depois de tomarmos o pequeno-almoço tardio, numa esplanada de café, bem perto da Gare, fomos visitar a bela cidade de Arles. Caminhando para Sul, logo encontramos a antiga porta da cidade, aberta no que resta da velha muralha da cidade.
Seguimos pela rue Voltaire, cheia de comércio e com muitas lojas de artesanato. Logo no início da rua, podemos observar já no seu final, a imponente e bela Arena Romana, que nos espreita, enchendo os espaços e limitando o horizonte.
Um pouco antes de chegarmos ao topo da rua, encontramos do lado direito o edifício que guarda trabalhos de vários artistas plásticos que homenageiam van Gogh. Entrámos e observámos com atenção as obras presentes, de onde se destaca um Botero e uma maqueta do quarto de van Gogh, na casa amarela. Depois de sairmos da galeria/museu, continuamos a subir a rua, intercalando com algumas paragens para a compra de várias lembranças. No topo da rua, encontramos uma praça na colina de Hauture.
Descendo pela rue de la Calade, cruzamos com a rue de l´Hotel de Ville e virando à esquerda, deparamo-nos com a bela Place de la Republique, que possui no centro um alto obelisco egípcio. Ela é o verdadeiro coração da cidade e ali encontramos alguns dos mais emblemáticos edifícios de Arles.
Na Idade Média, esta praça estava reduzida a um pátio estreito entre a Igreja de St. Trophime e a Igreja de St. Anne. Desde a construção do Paço Municipal, no século XVII, o local foi profundamente alterado e a sua área actual encontra-se mais alargada e ocupada lateralmente por vários blocos habitacionais.
Depois, já novamente na Place de la Liberation, fomos ao encontro da AC, que no estacionamento nos esperava, para o início de uma nova etapa, a caminho de Cannes, onde no final do dia, iriamos pernoitar.