
O cair da noite fez-se ainda em viagem. Depois a chegada a Pisa, pela hora de jantar e sob uma noite de calor intenso e sem qualquer brisa.

São muito difíceis de serem visitadas por carro, devido aos seus difíceis acessos. Podem no entanto, ser visitadas por comboio ou barco. Há também trilhos pedestres, muito mais populares entre as pessoas das aldeias, que podem ser percorridos a pé, mas os turistas têm que pagar pelo seu uso.
Infelizmente para nós, devido ao adiantado da hora, não nos foi possível a visita a nenhuma destas belas aldeias de pescadores, devido não só à sua inacessibilidade, mas também ao tempo necessário à realização destas morosas visitas. No entanto, ficou pensada uma vinda num dos próximos anos, para uma visita detalhada à Ligúria.
Estas cinco belas povoações à beira mar, praticamente inacessiveis, são Portovenere, Lerici, La Spezia, Sarzana e San Terenzo e há trilhos para as pequenas vilas de pescadores situadas para o Sudeste, como Fiascherino, Tellaro e Montemarcello. Em La Spezia, encontra-se um centro de comboios e um porto de ferries, com partidas e chegadas para Portovenere, Lerici e as restantes povoações de Cinqueterre.
Fonte: http://goitaly.about.com/ /guiasdeviagem.com.br
A povoação seguinte é Chiavari, outra estância balnear, situada na foz do rio Entella. Chiavari tem uma bela rua cheia de palmeiras, uma Catedral de 1613, uma Torre de fortaleza de 1537 e o seu famoso mercado matinal, realizado na praça no centro da cidade.
Trata-se de uma região bem acidentada, com pequenas baías, praias e rochedos à beira-mar. Uma paisagem de sonho onde se destacam a Península de Portofino e Cinqueterre.
A estrada da costa é feita numa encosta de rochedos escarpados, que caem sobre o mar Mediterrâneo. É uma estrada sinuosa, com muitos trechos elevados, parecendo incrustada na montanha e que passa no mesmo local da antiga Via Aurélia, que ligava Roma à Gália.
Lá em baixo, o azul cintilante do mar profundo vai demarcado enseadas e pequenas praias de cascalho e aqui e além pequenas e paradisíacas estâncias balneares da preferência das elites italianas, como Santa Margherita e Portofino.
É um trecho da costa muito popular entre os turistas italianos e estrangeiros, mas onde também se podem encontrar locais que fogem às multidões, como ao longo dos penhascos protegidos das aldeias de Cinqueterre.
Camogli é a primeira povoação que se encontra. É uma encantadora vila piscatória situada num afloramento rochoso. Camogli tem uma bela praia e os típicos prédios coloridos em tons pastel.
Perto de Camogli pode visitar-se San Fruttuoso, uma Abadia à beira mar, numa pequenina aldeia de pescadores entre rochedos, completamente isolada e acessível apenas por mar ou por um trilho pedestre de uma hora de caminhada.
Uns quilómetros a seguir, aparece-nos Rapallo. Em Rapallo existem ainda resquícios históricos de seu longo passado, como a Ponte di Annibale, um pequeno castelo medieval à beira-mar e várias igrejas.
É a maior estância da Riviera di Levante. Tem um porto de pesca e um belo passeio marítimo, cheio de hotéis e cafés. Um elevador de cremalheira leva-nos até ao Santuário de Montallegro, do séc. XVI.
Depois da descida desde o parque de campismo até à beira do Mediterrâneo, há a percorrer toda a beira-mar da cidade de Pegli, até Génova. A zona de Pegli é um bairro limítrofe da cidade de Génova, situado a cerca de 6 Km, onde outrora a elite abastada da cidade se retirava ao fim-de-semana, para desfrutar do sossego proporcionado pela zona. Dessa época ali se encontram vários palácios e mansões do início do séc. XX.
Depois a meio caminho entre Pegli e Génova, apanhamos a auto-estrada que rapidamente nos faz entrar na cidade, seguindo por um alto viaduto, que nos proporciona uma bela vista da cidade e do seu belo porto.
Saímos em seguida da auto-estrada e seguimos pela estrada marítima até Nervi, uma estância de Verão muito agradável, situada a Leste da costa genovesa. Nervi foi por nós totalmente percorrida pela estrada da costa. No entanto existe um caminho pedonal bem junto ao mar, para melhor se apreciarem os recantos e enseadas rochosas existentes naquele local.
Integrada nos dias de hoje, já na cidade de Génova e perto de outras estâncias da Riviera Oriental, Nervi é especialmente conhecida pelas suas belezas naturais, bem como pelo seu clima ameno. Situada entre as montanhas e o mar, oferece belas vistas do litoral mediterrânico.
A zona antiga é caracterizada por um compacto núcleo de antigos bairros, entre o porto e a Via S. Lorenzo e entre a Piazza de Ferrari e Via Garibaldi, que são famosos pelo elevado número de estreitas ruelas, as “caruggi”, que não chegam a ter os dois metros de largura, repletas de estreitas casas altas que podem ter até 8 andares.
Depois enveredámos pelas ruelas da cidade antiga, a caminho do Porto Velho da cidade. Perto da Piazza de Ferrari, tem início a descida até o velho porto reurbanizado, passando pela Basílica de San Lorenzo, uma igreja gótico-românica erigida a partir do século XIII. A fachada é listrada, feita de mármores cinza e rosa em camadas alternadas.
Este velho quarteirão da cidade de Génova, é o local onde esteve outrora instalado o porto primitivo, engrandecido nos alvores dos tempos modernos. No coração deste velho quarteirão estão situados os mais simbólicos edifícios da história da cidade portuária de Génova.
Essa regeneração esteve a cargo de um dos mais festejados arquitectos europeus da actualidade, o genovês Renzo Piano. Esta reformulação urbana capitaneada por Renzo Piano demoliu velhos armazéns e, conservando os prédios significativos, fez uma revolução cultural no ancestral Porto Antigo.
Um dos melhores aquários da Europa surgiu nessa área, projectado pelo norte-americano Peter Chermayeff, o mesmo que concebeu o Oceanário de Lisboa.
A restauração fez surgir eventos anuais como a Notte Bianca (Noite Branca), que ocorre em Setembro. Nesse encontro, os italianos passam a noite em branco assistindo a shows musicais e a espectáculos de teatro.
E é nessa praça à beira-mar, agora cercada de igrejas e de prédios públicos restaurados, caso do multicolorido Palácio de San Giorgio, que Génova passeia, festeja e recebe os seus turistas. Foi ali que passámos parte do último dia em Génova. Decorria o "Genova Guitar Festival" e os espaços encontravam-se cheios de belos cartazes anunciando os vários shows.
Ali estivemos, percorrendo todo o Porto Velho, desfrutando da animação constante deste lugar magnífico, em bares flutuantes onde se degustaram os aperitivos e por fim o jantar, uma bela fritada de peixes e mariscos, no típico "Ristorante Caravelle 92", situado perto da Piazza Príncipe, onde no final da noite, apanhamos a urbana a caminho da Estação Ferroviária de Brignole, onde apanharíamos o comboio para Pegli.
No entanto, como já só nos restava um último comboio à 1h00 da madrugada, resolvemos ir de táxi até ao Camping Villa Doria, em Pegli, a cerca de 6 Kms de distância da cidade de Génova.
Fonte: / www1.folha.uol.com.br