Antes de anoitecer, resolvemos apanhar a auto-estrada a fim de se fazer o restante caminho até Pisa. A estrada faz-se no alto das encostas, através de numerosos túneis, acompanhando-nos lá em baixo, o belíssimo Mar Mediterrâneo, azul e profundo.
Da estrada ainda se vai vislumbrando ao longe, aqui e além, algumas praias e belíssimas enseadas. Do lado terra, vêem-se também pitorescas cidadezinhas, algumas situadas em altos rochedos e montes cobertos de luxuriante vegetação, salpicados de pequenas povoações.
O cair da noite fez-se ainda em viagem. Depois a chegada a Pisa, pela hora de jantar e sob uma noite de calor intenso e sem qualquer brisa.
À entrada da cidade, encontrámos o parque para autocaravanas, há esquerda, só com algumas tomadas eléctricas, tendo a sorte de ficarmos com uma delas. A noite decorreu conturbada, com cigarras cantando sem parar e imensos mosquitos.
A noite sufocante que se fazia sentir fez com que a maioria dos autocaravanistas, dormissem com as janelas e portas abertas. No entanto, a meio da noite a chuva começou a cair de forma incessante, abatendo-se sobre nós uma enorme tempestade, com grandes faíscas e trovoada a condizer, onde nem faltou o forte cheiro a terra queimada, fazendo em tudo recordar Angola e as belíssimas tempestades tropicais de que eu tanto gostava em criança.
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